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Impactos políticos, sociais e econômicos da espionagem norte-americana

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Mídia e RI – Prof.º Maurício Santoro
Alunos (as): Danilo Santos
Fernanda Bravim
Letícia Toledo
Marlon Souza
Impactos políticos, sociais e econômicos da espionagem norte-americana
Introdução
Em 2013, Edward Snowden, na época um jovem de 29 anos, após trabalhar como terceirizado para a NSA (Agência de Segurança Nacional), no Havaí, vazou documentos sigilosos sobre o sistema de vigilância americano, denunciando espionagem sobre diversos países da Europa, América Latina e também sobre a própria população do país. A revelação causou grande repercussão e impactos sociais, políticos e econômicos ao redor do globo.
Snowden começou trabalhando como agente de segurança na Universidade de Maryland em uma unidade secreta da NSA. Passou então para a CIA, na segurança da tecnologia da informação, pois tinha habilidade em programação de software e conhecimentos de Internet. Chegou a tirar certificado de hacker ético, enquanto trabalhou na Dell, documento dos que testam a segurança das redes e sistemas de computadores a fim de encontrar brechas e vulnerabilidades a serem reparadas. Snowden trabalhou ainda na Booz Allen Hamilton, como terceirizado para a NSA onde teve acesso às informações sigilosas e decidiu revelá-las ao mundo sob o pretexto de levantar um debate a respeito da validade dessas práticas de monitoramento que interferem na privacidade das pessoas, a partir da tomada de consciência de que ela está acontecendo.
Para tal, Snowden deixou os EUA indo para Hong Kong, onde divulgou os documentos e informações obtidos para a mídia. A notícia foi veiculada em importantes jornais como o "The Guardian", do Reino Unido, e "The Washington Post", dos Estados Unidos. O americano foi acusado de espionagem, roubo e conversão de propriedade do governo, e o governo americano pediu que ele fosse extraditado, prática possível já que EUA e Hong Kong tinham um tratado de extradição assinado na década de 90. Com isso, Snowden voluntariamente vai para a Rússia, com apoio do WikiLeaks, onde após 40 dias em limbo jurídico devido a seu passaporte ter sido revogado, consegue asilo político provisório no país.
As denúncias de Snowden retratavam o sistema de vigilância americano como capaz de coletar dados de ligações, mensagens, fotos, e-mails e videoconferências através de plataformas como Google, Facebook e Skype. Também houveram denúncias de invasão de data centers e monitoramento de geolocalização de celulares.
Tais informações difundiram-se amplamente, levantando debates e descontentamentos nos países espionados, gerando diversos impactos na sociedade.
Impactos políticos
As descobertas de Snowden causaram uma grande tensão diplomática no mundo. Diversos países que mantinham ligações com os EUA ficaram em estado de alerta, pois uma das maiores potências do planeta tinha acesso ao um grande fluxo de informações de governos e dos cidadãos.
Durante a 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, a então presidente do Brasil, Dilma disse em discurso que as ações de espionagem dos Estados Unidos no Brasil feriam o direito internacional e afrontavam os princípios que regem a relação entre os países. A Polícia Federal abriu um inquérito para que fossem ouvidos fora do país os presidentes mundiais das empresas Yahoo, Microsoft, Google, Facebook e Apple - que forneceram informações para o governo dos EUA. A Polícia Federal também pediu acesso ao interrogatório de Snowden. Além disso o Senado Federal instaurou uma CPI para investigar a espionagem dos EUA no Brasil.
A pressão da sociedade brasileira por uma reação ao monitoramento dos cidadãos também fez ser aprovado o Marco Civil da Internet, que estava parado no Congresso Nacional e, como consequência da revelação das espionagens, foi tratado com urgência e aprovado em abril de 2014. A lei determina os direitos e deveres dos usuários, bem como dos provedores de internet e de serviços. Até então, não havia nenhuma regulamentação clara a respeito da privacidade de dados e do conteúdo disponibilizado, e agora está prevista a proteção dos dados pessoais dos cidadãos, com possibilidade de abertura de exceções no caso de investigações criminais.
Na União europeia os efeitos das revelações sobre a NSA também foram enormes. Países como Espanha, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Áustria e Itália pediram explicações do governo norte-americano.
Barack Obama em seu discurso, também na 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, argumentou que tais atividades visam detectar e combater o terrorismo, e assim são necessárias e apresentam vantagens para todos. A alta capacidade tecnológica de monitoramento americano não existe em outros países, causando uma certa vulnerabilidade mundial. Isso reafirma um posicionamento hegemônico dos EUA, que se coloca como disseminador dos seus ideais e defensor dos interesses mundiais, pois eles são os únicos capazes de ocupar esse papel de liderança.
Cerca de dois anos depois da revelação de Snowden o governo americano reformulou a lei de vigilância da NSA. Após a lei ser sancionada o presidente Barack Obama se manifestou: "A aplicação desta legislação fortalecerá as garantias das liberdades civis e dará mais segurança ao público nestes programas". Mesmo com a nova lei chamada de “Lei da Liberdade”, os EUA ainda podem continuar com suas práticas de vigilância, porém não será o governo que irá selecionar os dados dos cidadãos, a tarefa será feita pelas companhias telefônicas, caso sejam solicitadas por motivo de segurança.
O governo americano sofreu um grande abalo diplomático após a descoberta das práticas de espionagem feitas pela NSA. Diversos órgãos internacionais e governos iniciaram debates sobre o limite da espionagem e monitoramento da vida das pessoas, tendo como justificativa a defesa de grupos terroristas. O olhar sob o governo americano como controlador e imperialista foi reforçado após essas descobertas, colocando outras nações em atenção com desconfiança.
Impactos sociais
O escândalo da espionagem suscitou um debate a nível global sobre cibersegurança e privacidade, com a opinião pública em geral se opondo à vigilância em massa por parte dos governos. Segundo pesquisa realizada pela Anistia Internacional em 13 nações de todos os continentes, 59% dos cidadãos reprovam o monitoramento de telefones e internet por seus governos, e 71% são contra a espionagem dos Estados Unidos sobre outros países.
A pesquisa revelou ainda que os brasileiros estão entre os mais preocupados com segurança na internet, pois aqui o número de reprovação às práticas norte-americanas de vigilância em massa sobe para 80%. Não por acaso, os alemães têm porcentagens próximas às nossas. Tanto a presidente Dilma Rousseff quando a chanceler alemã Angela Merkel foram monitoradas pela NSA, e a denúncia dos casos revoltaram a população das nações que tiveram suas soberanias violadas. Ambas se destacaram no âmbito internacional pressionando pela criação de mecanismos de proteção à privacidade, apontando a prática da vigilância governamental como violação dos direitos humanos.
Embora a sociedade brasileira e mundial tenda a posicionar-se contra essa vigilância massiva e considera-la uma invasão de privacidade, há ainda um amplo processo de evasão de privacidade que não mudou muito desde a denúncia das espionagens. As pessoas se expõem voluntariamente nas redes sociais, cedendo seus dados e sua rotina pessoal às grandes corporações de tecnologia como Google, Facebook e Microsoft.
Esse comportamento ambivalente, que de um lado teme a vigilância, mas por outro contribui com a ampla cessão de informações pessoais, é consequência de uma falta de conscientização acerca do uso dessas tecnologias, mas também por uma certa coerção dada a necessidade cada vez mais presente no nosso cotidiano desses serviços, uma vez que não temos alternativa senão utilizá-los e, para isso, concordar com os termos de privacidade que nos são impostos e automaticamente ceder nossos dados.
 Ainda segundopesquisa, 60% dos entrevistados concordam com a afirmação de que as empresas de tecnologia têm o dever de proteger os dados dos usuários e buscar impedir o rastreamento pelo governo – entre os brasileiros, esse número sobe para 78%. Esses dados refletem um outro impacto da espionagem: a cobrança em cima das empresas de tecnologia para saber qual o nível de envolvimento e contribuição com a vigilância e coleta de dados não só para governos, mas também para fins comerciais – como é o caso do uso da big data para propaganda dirigida –, e para que tomem medidas de combate à espionagem.
As empresas têm se demonstrado atentas a essas demandas, incorporando medidas de proteção à privacidade em seus programas, anunciando o aumento da segurança e a criptografia como forma de dizer ao público consumidor que ele está seguro ao utilizar o serviço e que ninguém mais teria acesso aos seus dados além de si mesmo e dos receptores de suas mensagens.
Mas o que se sabe – e cada vez mais a população toma ciência disso – é que de fato pouca coisa mudou. A vigilância em massa continua pouco regulamentada, apesar dos esforços de combater essa realidade: 80.000 pessoas no mundo todo assinaram a petição da Anistia Internacional para que a vigilância em massa fosse proibida. No entanto, muitos governos estão aprovando leis antiterrorismo que ampliam a capacidade de monitoramento de cidadãos comuns em nome da segurança, enquanto na prática elas têm sido utilizadas de acordo com os interesses políticos e econômicos de poderosos. A terceirização dos nossos dados na internet sem nosso consentimento é sempre evidente, pelas propagandas oportunas demais para serem coincidências. As empresas afirmam que não tem acesso, mas não sabemos como esse processo se dá na realidade. O debate sobre privacidade e cibersegurança segue ativo e é importante que cada um de nós reflita sobre a nossa relação com as tecnologias de comunicação e o que queremos manter privado.
Impactos econômicos
Especialistas ouvidos pelo programa Fantástico (Exibido no dia 1 de setembro de 2013) afirmaram que os filtros usados pela NSA não englobam apenas questões de segurança nacional e terrorismo. De acordo com eles, o monitoramento também seria feito com objetivos comerciais, que colocaria os norte-americanos em vantagem em negociações internacionais.
Devido a insatisfação de diversos países em meio as divulgações feitas por Snowden se calculou, inicialmente, uma grande perda para os fornecedores de serviços de computação em nuvem e outras empresas de tecnologia, de acordo com uma projeção feita pela Information Technology and Innovation Foundation (ITIF).
Há cerca de três anos, a fundação, que é financiada por gigantes do setor como Intel, Microsoft e outras, havia estimado que as revelações de Snowden poderiam significar até US$ 35 bilhões em vendas perdidas e outras despesas até 2016, devido ao fato de que muitas empresas e governos devem optar por não comprar produtos de companhias de TI norte-americanas.
No ano passado, após revisar os dados, a ITIF calcula que o prejuízo "provavelmente teria sido muito superior", já que muitas empresas dos EUA estão sendo "forçadas" a construir data centers no exterior para tranquilizar os clientes estrangeiros que suas informações estão a salvo dos olhares indiscretos no governo dos EUA e garantir que cumprirão as leis internacionais de soberania de dados. "Abrimos as portas para a perda enorme de dinheiro porque a política de vigilância dos EUA não mudou em praticamente nada", disse Daniel Castro, vice-presidente da ITIF, ao The Wall Street Journal.
Por outro lado, as revelações de Snowden também contribuíram para impulsionar os negócios dos fabricantes de software e prestadores de serviços europeus, que anteriormente tinham mais dificuldade em competir com rivais norte-americanas, como Amazon.com e Microsoft. Segundo Oliver Dehning, CEO da fabricante de software segurança antispameuropeGmbH, a revelação de espionagem da NSA foi um "presente do céu", e lhes deu "uma oportunidade de contra-atacar e proteger nosso mercado doméstico".
O mercado estadunidense pode ter sofrido outras perdas indiretas, como por exemplo, o caso da compra de jatos F/A-18 da empresa Boeing pelo governo brasileiro, que após as divulgações de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA estava espionando, inclusive, as comunicações do gabinete da ex presidenta Dilma, levaram o governo brasileiro a descartar a possibilidade de qualquer negócio com a empresa norte-americana. E posteriormente, o governo brasileiro divulgou que demandaria caças produzidos pela Suécia e não mais pelos EUA.
Para ajudar a medir a perda real devido a ataques cibernéticos, o CSIS (Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais) alistou economistas, especialistas em propriedade intelectual e pesquisadores de segurança para desenvolver um relatório. A gama geral aceita para o lançamento do cibercrime foi entre US$ 100 bilhões e US $500 bilhões para a economia global. Dessa forma, os pesquisadores usaram analogias do mundo real como figuras de acidentes de carro, pirataria, furto, crime e drogas para construir o modelo. Eles notaram a dificuldade de depender de métodos, tais como pesquisas, porque as empresas que revelam suas perdas cibernéticas muitas vezes não possibilitam estimar o que tem sido tomado, as perdas de propriedade intelectual são difíceis de quantificar e o processo de autosseleção de pesquisas podem distorcer os resultados.
Para fins de pesquisa, a CSIS classificou a atividade cibernética maliciosa em seis áreas, que envolvem a perda da propriedade intelectual, o cibercrime, a perda de informações comerciais sensíveis, incluindo uma possível manipulação do mercado e os custos de oportunidade, incluindo as interrupções de serviço e redução de confiança para atividades on-line. Além disso, vem o custo adicional de segurança de redes, seguros e recuperação de ataques cibernéticos.
O custo da atividade cibercriminosa envolve muito mais do que a perda de ativos financeiros ou de propriedade intelectual. Há custos de oportunidade, danos à marca e à reputação, perdas de consumo por causa de atividades fraudulentas, além dos custos de oportunidade de interrupções de serviço a serem ajustados depois de incidentes cibernéticos e os custos com o aumento dos gastos em segurança cibernética. Cada uma destas categorias deve ser abordada com cuidado, mas em combinação elas ajudam a medir o custo para a sociedade.
James Lewis, Diretor e pesquisador sênior, da área de Tecnologia e do Programa de Políticas Públicas da CSIS e um coautor do relatório. "Usando dados do Departamento de Comércio sobre a razão das exportações para empregos nos EUA, chegou-se a uma estimativa de high-end de 508 mil empregos nos EUA, que foram potencialmente perdidos com atividades de espionagem cibernética.
Considerações finais
Todos esses impactos mostram que o debate a respeito da vigilância na Internet está longe de acabar. O vazamento dessas informações foi apenas um pontapé inicial para que o mundo colocasse em xeque a forma como nossa privacidade, que parece tão consistente em um mundo cada vez mais “criptografado”, pode ser facilmente violada. No entanto, passados três anos das revelações de Snowden, a soberania estadunidense no monitoramento de informações é discutida em menor frequência, permanecendo a incerteza dos fins para os quais os dados coletados podem ser utilizados.
Referências Bibliográficas
A compra dos Gripens: Espionagem dos EUA deu com os burros n’água. Vermelho, 25 dez. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/yyrMtl>. Acesso em: 3 dez. 2016.
ALEGRETTI, Laís. Governo conclui acordo para compra de caças da Suécia, diz ministério. G1, Brasília, 25 jul. 2015. Disponível em: <https://goo.gl/5FFwOI>. Acesso em: 3 dez. 2016.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O "efeito Snowden": da crise diplomática à crise econômica. Uol Notícias, 30 out. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/EOvdaH>. Acesso em: 3 dez. 2016.
Entenda o caso de Edward Snowden, que revelouespionagem dos EUA. G1, 2 jul. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/LyH8o9>. Acesso em: 3 dez. 2016.
Espionagem deve gerar perda superior a US$ 35 bilhões a empresas de TI dos EUA em 2016. TI Inside Online, 10 jun. 2015. Disponível em: <https://goo.gl/eP2gTv>. Acesso em: 3 dez. 2016.
LEMKE, Camilla. Estudo Relaciona Cibercrime a Perda de Emprego. Under-Linux, 23 jul. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/NtxKW4>. Acesso em: 3 dez. 2016.
PESQUISA inédita indica preocupação dos internautas brasileiros com vigilância e privacidade na internet. Anistia Internacional, 18 mar. 2015. Disponível em: <https://goo.gl/6Sz7ww>. Acesso em: 3 dez. 2016.
SOARES, Joana. A espionagem norte-americana no Brasil e a hegemonia dos Estados Unidos. Mundorama, 12 out. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/32u918>. Acesso em: 3 dez. 2016.

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