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Asma Relacionada ao Trabalho Asma Relacionada ao Trabalho Asma Ocupacional (asma causada pelo trabalho) Asma Agravada no Trabalho (asma pré-‐existente agravada por fatores ocupacionais) Asma Ocupacional Definição “Asma ocupacional é a obstrução variável das vias aéreas causada pela exposição, no ambiente de trabalho, a poeiras, gases, vapores ou fumos”. (Newman Taylor AJ, 1980”) Asma Ocupacional Asma por Sensibilizantes Asma por agentes de alto peso molecular Asma por agentes de baixo peso molecular Asma por Irritantes RADS Exposição Crônica a Baixos Níveis de Irritantes Importância Em países industrializados, a asma ocupacional tornou-‐se uma das pneumopatias ocupacionais mais comuns. Tem graves consequências médicas e sócio-‐ econômicas. O diagnóstico precoce, afastamento da exposição e tratamento melhoram o prognóstico. Incidência Em geral, estimada entre 22-‐40 casos novos/ milhão trabalhadores ativos/ano Países Industrializados: Países escandinavos: 7-‐18 casos/100 000 trab./ano. Europa ocidental e EUA: 2,4-‐4,3/100 000 Países em Desenvolvimento: África do Sul: 1,8/100 000 trab./ano. Brasil (SP): 1,7/100 000 trab./ano. Prevalência A asma afeta aproximadamente 7,7% dos adultos em idade produtiva (EUA, 2003-‐2005). Asma ocupacional – responsável por 17,6% dos casos de asma iniciada na idade adulta (Toren and Blanc, 2009). Asma agravada no trabalho – Nos EUA, 21,5% dos casos de asma em adultos (Henneberger, 2006). No Brasil, 13% dos adultos com asma (Caldeira, 2006) Em adultos com obstrução ao fluxo aéreo, indagar: “Sua asma melhora nos dias de folga ou nas férias ?” Em cerca de 50% dos que respondem afirmativamente, pode-‐se confirmar o diagnóstico de asma relacionada ao trabalho. Asma Ocupacional por Sensibilizantes (asma com latência) Mais de 400 sensibilizantes descritos em literatura: • Agentes nos quais a sensibilização pode ser demonstrada na maioria dos pacientes (geralmente IgE específica) – exemplo: látex. • Agentes com mecanismo imunológico fortemente suspeito mas não facilmente demonstrável – ex: químicos reativos. Agentes de Alto Peso Molecular (1) Antígenos de Origem Animal • Animais de laboratório: cobaias, ratos (trabalhadores de laboratórios) • Aves (trab. de granjas) • Mamíferos: porco, gado bovino (criadores) • Peixes diversos e crustáceos como lagosta, caranguejo e ostra (pescadores, trabalhadores de indústrias alimentícias) • Lacto-‐albumina (padeiros) • Proteínas do ovo (produtores de ovos) • Artrópodes: ácaros dos grãos (trabalhadores em silos), besouro, larvas de insetos, borboletas, bicho da seda • Fungos: Aspergillus, Alternaria (padeiros) Agentes de Alto Peso Molecular (2) Enzimas Biológicas • Pancreatina, tripsina, papaína, pepsina, bromelina, lactase (trab. indústrias farmacêuticas) • Amilase fúngica (padeiros) Agentes de Alto Peso Molecular (3) Antígenos de Origem Vegetal • Farinhas de trigo, centeio e soja; glúten (padeiros) • Grãos • Látex (trab. indústria da borracha, trabalhadores da saúde) • Mamona (ind. de óleo) • Psyllium (enfermeiros) • Chá , chá de ervas. • Flores – ex: rosa e crisântemo (produtores, floristas). • Henna (cabeleireiros) • Batatas (donas de casa), espinafre (trab. na ind. de massas), chicória (verdureiros), cogumelos (produtores, cozinheiros) • Temperos como alho, cebola e ervas aromáticas (trab. na ind. de alimentos) Agentes de Baixo Peso Molecular (1) Di-‐isocianatos • Estão entre as mais importantes causas de asma ocupacional em todo o mundo. • Sua utilização começou na segunda guerra mundial. • Precursores dos poli-‐isocianatos, são usados em diversas indústrias na produção de plásticos, elastômeros, espumas, adesivos, tintas e vernizes. Agentes de Baixo Peso Molecular (2) Di-‐isocianatos Di-‐isocianato de tolueno (TDI) – poliuretano (trab. na ind. de espumas, plásticos e vernizes); pré-‐polímero de TDI (aplicadores de verniz em pisos) Combinação de di-‐isocianatos: di-‐isocianato de tolueno (TDI), de difenilmetileno (MDI), de hexametileno (HDI) – pintores em spray Di-‐isocianato de difenilmetano – trab. de fundições Agentes de Baixo Peso Molecular (3) Anidridos Ácidos • Anidrido ftálico, tetracloroftálico, trimelítico, maleico, hímico e o dioctilftalato (DOP). • Usados em todo o mundo há pouco mais de 50 anos. • Empregados na producão de plastificantes, de resinas epóxi e poliéster (usadas em tintas, vernizes, adesivos, plásticos reforçados), corantes, inseticidas e outros. • Podem causar efeitos pulmonares e sistêmicos por hipersensibilidade (mediada por IgE ou outras) ou toxicidade direta. Agentes de Baixo Peso Molecular (4) • Medicamentos: penicilinas, cefalosporinas, amoxicilina, tetraciclina, metildopa, intermediário do salbutamol, isoniazida, cimetidina (trab. da ind. farmacêutica e de hospitais). • Poeira de madeira: cedro, mogno, carvalho, imbuia,pau marfim, cabriúva, ipê. • Corantes Reativos : indústrias têxtil, de alimentos e química. • Metais: sulfato de níquel (trab. de galvanizações), sais de cromo (cromeações, trab. com cimento), cobalto (polimento de metal duro), sais de platina (refinarias de platina), fumos de zinco (trab. com solda de metal galvanizado). Agentes de Baixo Peso Molecular (4) • Aminas – etilenodiaminas (produção de borrachas e cosméticos), etanolaminas (tintas acrílicas, cosméticos, solda de alumínio) e outras. • Colofônio (resina de pinheiro) – fluxo de solda de equipamentos eletrônicos, tintas e outros. • Formaldeído – trab. em hospitais, no isolamento de edifícios, na ind. de móveis, ind. de borracha, fundições. • Plásticos – produtos da degradação térmica de polivinilcloreto (PVC), polietileno, polipropileno e poliester • Névoa de óleo – trab. na ind. metalúrgica e nos processos de usinagem de peças metálicas. Asma Agravada no Trabalho Exposições a níveis baixos ou moderados de irritantes: poeiras, fumaça (inclui fumo passivo), produtos de limpeza, fatores físicos como temperatura no ambiente de trabalho ou exercícios físicos, alérgenos comuns no trabalho (ácaros, antígenos animais, esporos de fungos), vírus e outras infecções respiratórias, fatores emocionais. Asma Agravada no Trabalho -‐ Causas • Químicos Irritantes • Poeiras • Fumo passivo • Alergenos comuns presentes no ambiente de trabalho • Estresse emocional • Baixa temperatura do ambiente de trabalho • Exercícios físicos Asma por Irritantes Trabalhadores Expostos: limpadores, trabalhadores nas indústrias de plásticos, de borracha, ind. química, bombeiros. • Exposição Aguda (inclui RADS) – sintomas iniciam após exposição a altas doses de irritantes, como cloro, amônia, ácidos (acético, sulfúrico, hidroclorídrico e outros), fumaça de incêndios, dióxido de enxofre e outros. • Exposição crônica a baixos níveis ou exposição intermitente a altos níveis de irritantes. Disfunção ReaJva das Vias Aéreas (RADS) Asma iniciada após exposição única a altos níveis de irritantes na forma de vapores, fumos ou fumaça – ex: cloro, fumaça de incêndio, di-‐isocianatos, misturas acidentais ou reações químicas. Causas mais comuns de asma ocupacional em países industrializados e em desenvolvimento* Países Industrializados Países em Desenvolvimento Isocianatos Agentes de limpeza Farinhas de cereais/Poeira de grãos Produtos da degradação térmica de plásticos ou borracha Fumos de solda Látex Poeira de madeira Isocianatos Antígenos animais Farinhas de cereais/Poeira de grãos Aldeídos Produtos agrícolas Látex Produtos metálicos Persulfatos Solventes derivados do petróleo Fluxos de solda Poeira de Madeira Peixes e crustáceos *retirado de Jeebhay and Quirce, 2007 Asma Ocupacional em São Paulo, 1995-2000 Agentes Implicados (394 pacientes) Sexo Feminino (n=156) • Produtos de Limpeza – 38,5% • Agentes Biológicos – 23,7% • Solventes – 20,5% • Plásticos ou Borracha (aquecimento) – 18,0% • Tintas não Poliuretânicas – 11,5% • Resinas – 11,5% • Isocianatos – 7,0% • Fibras Têxteis – 7,0% Asma Ocupacional em São Paulo, 1995-2000 Agentes Implicados (394 pacientes) Sexo Masculino (n= 238) • Isocianatos – 24,8% • Plásticos ou Borracha (aquecimento) – 19,7% • Metais – 18,9% • Solventes – 17,6% • Resinas – 17,2% • Tintas não Poliuretânicas – 13% • Agentes Biológicos – 10,1% • Poeira de madeira – 10,1% “Morbidade Respiratória em Trabalhadores da Limpeza Interna na Região Metropolitana de São Paulo”* 346 limpadores avaliados Agentes citados como relacionados aos sintomas de vias aéreas: Agente Alvejantes com cloro Citações 157 (25%) Poeira 122 (20%) Ácidos 48 (8%) Detergentes amoniacais 47(8%) Desinfetantes 37(6%) Outros 181 (29%) Não sabe 33 (5%) Total de agentes citados 625 (100%) *Elayne de Fátima Maçãira. Tese de mestrado, FSP –USP, 2004 Confirmação do diagnóstico de asma • História clínica • Diagnóstico funcional – espirometria e provocação brônquica inespecífica. Estabelecimento da relação entre asma e exposição ocupacional • História ocupacional -‐ Exposição a agente suspeito, relação com a jornada de trabalho, com fins de semana e férias. • Evidência de obstrução reversível associada à exposição ocupacional Espirometria • Importante no diagnóstico de asma e prognóstico da AO - freqüentemente é normal, mas pode apresentar padrão obstrutivo ou restritivo. Quando anormal, está relacionada a pior prognóstico • Antes e após a jornada de trabalho - deve ser feita após o fim de semana ou após um dia de folga, buscando-se observar redução significativa do VEF1 com a jornada de trabalho. São freqüentes falsos negativos. Testes de Broncoprovocação Inespecífica Histamina, metacolina e carbacol são os agentes mais empregados. Administração de aerossol, através de um nebulizador de jato ou dosímetro, em concentrações progressivas, observando a função pulmonar (curva dose-‐resposta) e calculando a dose e concentração da droga capaz de reduzir o VEF1 em 20% do basal (PD20 ou PC20). Broncoprovocação Inespecífica Curva dose-‐resposta 0 20 40 60 80 100 120 VEF1 (% ) Log Concentração (mg/ml) Metacolina Carbacol PC 20 Brocoprovocação Inespecífica - Indicações 1. Quandoa espirometria é normal, para diagnóstico de asma. Já foram descritos casos de asma ocupacional com provocação inespecífica negativa. 2. Para avaliar o prognóstico da asma ocupacional. Quanto maior a responsividade brônquica, pior o prognóstico. 3. Para avaliar o efeito de medidas terapêuticas, como, por exemplo, o afastamento do trabalho. Testes Cutâneos e Sorológicos Específicos Quando positivos, indicam sensibilização • Testes Cutâneos -‐ prick-‐tests ou testes intradérmicos com extratos de alergenos proteicos, como antígenos de animais, enzimas biológicas, poeira de farinha e com alguns agentes de baixo peso molecular, como sais de platina e níquel ou antibióticos. • Testes Sorológicos -‐ determinam a presença de anticorpos IgE ou IgG pelo RAST ou ELISA específicos para antígenos de alto peso molecular ou antígenos de baixo peso conjugados a proteínas, como os anidridos ácidos e isocianatos. Raramente disponíveis em nosso meio. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório Método mais freqüentemente empregado para o diagnóstico de asma ocupacional • Usar aparelhos portáteis já testados e de boa qualidade. • Ensinar o trabalhador a realizar as medidas corretamente. • Orientar o trabalhador para realizar a atividade onde ocorre a exposição ao agente suspeito. • Manter a medicação constante durante o período de registro. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório Realizar no mínimo 4 medidas de PFE ao dia, em intervalos regulares, com pelo menos 3 manobras reprodutíveis por vez. Ideal ter 2 períodos de trabalho intercalados por um de afastamento (≥ 3 semanas). OASYS é um programa disponível que constrói as curvas e faz análises estatísticas dos dados. O sistema OASYS, através da análise discriminante, produz um escore. O sistema também exibe um gráfico com os valores médios, máximos e mínimos diários. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório - OASYS Curva de PFE -‐ OASYS Curvas de Pico de Fluxo Expiratório Interpretação Análise Visual (tem se mostrado superior às análises estatísticas) Padrões mais freqüentes de deterioração e recuperação: Padrões Diários Deterioração diária progressiva com recuperação no fim de semana. Deterioração equivalente com recuperação nos fins de semana. Recuperação nos finais de semana e nos períodos de afastamento. Padrões Semanais Deterioração progressiva sem recuperação nos fins de semana. Deterioração equivalente sem recuperação nos fins de semana. Recuperação nos períodos de afastamento. S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D A A A A A S D A A A A A 0 100 200 300 400 500 600 700 37 anos, masc., operador de extrusora. Padrão Diário. A A S D A A A A A S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D T T T 0 50 100 150 200 250 42 anos, fem., faxineira. Padrão de deterioração semanal progressiva Curvas de Pico de Fluxo Expiratório Incovenientes • O trabalhador precisa estar trabalhando e exposto. • O próprio indivíduo faz o registro, o que exige colaboração e capacidade. • Desaconselháveis em casos de asma severa. • Tratamento com corticosteróides e infecções intercorrentes podem dificultar a interpretação. Curva de PFE em Casos de Asma Ocupacional (n= 394 ) em São Paulo/SP – 1995-2000 Realizou 38% Demitido 23% Afastado 21% Asma Grave 8% Transferido 3% Analfabeto 4% Outros 3% Testes de Broncoprovocação Específica Considerados testes padrão para o diagnóstico de asma ocupacional. Etapas: Dia 1: Exposição ao placebo e monitorização da função pulmonar. Dia 2: Exposição ao agente suspeito e monitorização da função pulmonar. Se necessário, repetir em outros dias em concentrações maiores. Métodos: Administração, via nebulizador, de extratos de alergenos hidrossolúveis de alto peso molecular. Administração, em câmaras de broncoprovocação, de agentes em forma de poeiras, gases ou vapores. Testes de Broncoprovocação Específica • Raramente disponíveis em nosso meio • Podem induzir reações asmáticas graves. • Podem ser negativos se a exposição já cessou. • São demorados e trabalhosos. • Exigem hospitalização para observação, no caso de ocorrerem reações tardias. • Não estão indicados para fins médico-‐ legais. • Indicados quando há asma ocupacional por agente ainda não descrito em literatura ou em casos de exposições múltiplas. Broncoprovocação Específica Método de Pepys Câmaras de Broncoprovocação Testes de Broncoprovocação Específica. Padrões de Resposta Típicas: 1-‐Imediata -‐ começa no máximo 10-‐20 minutos após a exposição e dura de 1 a 2 horas. 2-‐Tardia -‐ pode ocorrer 1-‐2 horas ou 4-‐8 após a exposição, e se associa a eosinofilia e inflamação das vias aéreas. Combinada (imediata e tardia). Atípicas: 1-‐Progressiva 2-‐Imediata prolongada 3-‐Quadrada 4-‐Asma noturna recorrente após exposição única. Provocação Brônquica com Látex Reação Imediata 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Basal 20min 1h 3h 5h 7h 9h 11hPFE (% basal) Nitrílica Látex PB específica – farinha de trigo Reação Imediata 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Basal 30min 3h 6h 19,5 VEF1 PFE Broncoprovocação com poeira de madeira 50 60 70 80 90 100 110 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Ipê Jatobá PB com poeira de madeira Reação imediata e na manhã seguinte. 50 60 70 80 90 100 110 120 Basal 1h 5h 10 24h PFE (% basal) Jatobá Ipê Sensibilidade e Especificidade dos Métodos para DiagnósJco de Asma Ocupacional* Método Sensibilidade (%) Especificidade (%) PFE seriado (OASYS)** 78 92 Espirometria pre/pós turno de trabalho 50 91 Variação da resposta à metacolina ≥ 3,2 vezes 48 64 Provocação no local de trabalho desconhecida desconhecida Provocação Específica desconhecida (<100%) desconhecida (<100%) *Retirado de Burge S., 2010. **≥ 4 medidas / dia e ≥ 3 semanas Asma Ocupacional - Conduta Emissão de CAT e afastamento imediato e definitivo da exposição. Notificação do caso (SINAN). Tratamento da asma. Acompanhamento do caso junto ao INSS. Reabilitação profissional quando possível. Maioria dos pacientes tornam-‐se asmáticos crônicos (persistência dos sintomas após remoção da exposição: 29-‐100%) A continuidade da exposição agrava a asma e pode causar reações graves e até fatais. Prevenção Primária: identificação e substituição de agentes causadores de asma ocupacional (ex: substituição de luvas de látex). Secundária: controle dos níveis de exposição (medidas ambientais) e dos indivíduos expostos. Terciária: diagnóstico precoce da doença e afastamento da exposição. Asma Relacionada ao Trabalho Discussão de Casos Caso nº 1 • Paciente: JCSC, sexo masc., 24 anos, REG 3028, avaliado em agosto/ 2011. • História ocupacional: trabalha em ind. da borracha desde maio/2008, sendo 3 anos como prensista e depois no acabamento, transportando peças da produção para a rebarba e depois para a embalagem. • História clínica: assintomático até fev/2010, quando começou a sentir prurido nasal, dispnéia e chiado, piorando no trabalho e melhorando nas folgas. Transferido para o acabamento a pedido do médico da convênio, melhorou da asma mas não da rinite. • Exames realizados: prick-‐test positivo para ácaros e barata. IgE total e Ig E específica para poeira doméstica aumentadas. • Espirometrias: distúrbio ventilatório obstrutivo que melhora após BD. • Valores menores de função pulmonar trabalhando no acabamento e nas prensas. Curva de PFE -‐ Caso n°1 Curva de PFE -‐ Caso n°1 Período N° de dias PFE (média) PFE (DP) Trabalhando 32 467,7734 9,6445 Afastado 16 487,4218 6,7309 T de Student = 7,29 (p<0,0001) OASYS work effect: 3,00 Caso nº 2 Paciente:RDF, 46 a, masc.,REG 3022, avaliado em 09/06/2011. História ocupacional: trabalha há 25 anos como funileiro e pintor de autos. História clínica: Refere há 3-‐4 anos dispnéia ao se expor a tintas automotivas, particularmente o catalisador de tinta poliuretânica. Antecedente de “bronquite” até os 11 anos. Permaneceu assintomático até há cerca de 4 anos. Exames realizados: prick-‐test positivo para ácaros Espirometria: normal. Caso nº 2 Curva de PFE -‐ Caso n°2 REG 3022 Período N° de dias PFE (média) PFE (DP) Trabalhando 20 506,10 20,0965 Afastado 7 515,40 43,5703 OASYS work effect: 3,00 Caso nº 3 Paciente:JNCS, 25 a, masc.,REG 3014, avaliado em 31/03/2011. História ocupacional: trabalha há um ano em ind. de autopeças como operador de solda a ponto, exposto a fumos de solda e névoa de óleo. História clínica: Antecedente de asma leve dos 9 aos 15 anos. Refere que 7 meses após ser admitido na empresa voltou a ter sintomas de rinite e asma, começando cerca de uma hora após o início da jornada de trabalho e melhorando no final da mesma. Necessita usar broncodilatador a cada 2 horas durante o trabalho. Exames realizados: prick-‐test positivo para ácaros Espirometria: distúrbio obstrutivo leve com resposta a Bd. Curva de PFE -‐ Caso n°3 Curva de PFE -‐ Caso n°3 Período N° de dias PFE (média) PFE (DP) Trabalhando 36 553,8888 22,1798 Afastado 14 571,0714 26,7415 T de Student = 2,32 (p<0,0246) OASYS work effect: 3,00 36 anos, masc.funileiro, trabalha com massa plástica (poliéster), exposto também a tinta PU e esmalte sintético (usado na pintura de autos na oficina). Fase 1: máscara de duplo filtro. Fase 2: Afastado Fase 3: máscara descartável. S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D A A A A A S D A A A A 0 200 400 600 800 1000 33 anos, masc, operador de moinho de polietileno. Padrão de deterioração semanal progressiva T T T S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D A A A AA S D A A A A A S D A 0 100 200 300 400 500 600 20 anos, masc, exposto a verniz poliuretano e poeira de madeira. Padrão de deterioração semanal progressiva.
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