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resenha A expansão do direito penal

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
DISCIPLINA DIREITO PENAL I
 PROFESSOR: CARLOS ALBERTO BAPTISTA
 ACADEMICO: ROBERT REZENDE DE CASTRO
 RESENHA DA OBRA: A EXPANSÃO DO DIREITO PENAL
PONTA GROSSA 22/06/2017
SÁNCHES, Jesus-Maria Silva. A Expansão do Direito Penal.2º ed. São Paulo. Editora Revista dos tribunais,2011.
Jesus Maria é professor de direito penal na universidade Pompeu Fabra, localizada na Espanha. A sua obra “ A expansão do direito penal “, foi publicada pela primeira vez em 1999. Nessa obra o autor visa destacar a importância do direito penal na conjuntura atual, fazendo uma ponte do direito penal desde o seu surgimento até a contemporaneidade, apresentando um retrato minucioso das transformações ocorridas na atualidade nessa área do direito, relacionando-o à criminalidade moderna com a globalização. Diz ele que “ toda lei penal é uma sensível intromissão na liberdade do indivíduo”, entretanto o estado deve usar de um direito Penal mínimo para regrar certas condutas.
No primeiro capítulo, o nobre doutrinador trata de modo geral a transformação ocorrida com o direito penal através da globalização, da economia e até a influência das comunicações. Afirma ele que “a sociedade atual aparece caracterizada, basicamente por um âmbito econômico rapidamente variante e pelo aparecimento de avanços tecnológicos sem paralelo em toda a história da humanidade. ” (p.35) e continua que esta rápida modernização faz com que “ o modelo do Estado bem estar, reflete no aumento dos bolsões de desemprego e marginalidade, especialmente o juvenil” (p.35).
Vale ressaltar ainda que a imprensa faz com que a sensação de insegurança cresça “ é incontestável a correlação estabelecida entre a sensação social de insegurança diante do delito e a atuação dos meios de comunicações. ” (p.47). Outro ponto bastante interessante ´mencionado é que com o passar do tempo e com está acentuada crescente da criminalização, a classe alta que antes lutava contra o direito penal hoje pressiona o Estado para a criminalização de condutas que antes não foram tuteladas.
Continuando no segundo capitulo traz referências à globalização econômica e a integração supranacional. Menciona que a criminalidade na globalização é econômica e que a resposta essa demanda se dá em termos punitivos, ou seja, uma forma de responder a este aumento da criminalidade e sua delinquência se concebe em geral, no aumento de normas punitivas.
Todavia o ponto alto na discussão, em se tratando de criminalidade, está na questão da criminalidade organizada, internacional e a que os poderosos definem bem o perfil do crime na sociedade globalizada. Como resposta a essa organização do crime, um direito penal eminentemente prático. ”trata-se de proporcionar uma resposta uniforme ou, ao menos, harmônica, à delinquência transacional, que evite a conformação de “paraísos jurídicos-penais” (p.105).
A política criminal é abordada no terceiro capitulo juntamente com os aspectos socioculturais e políticos da globalização. Descreve que os crimes cometidos por imigrantes são mais vistos, e que os meios de comunicações dedicam mais a atenção aos mesmos, fazendo com que alguns países tenham adotado a política de tolerância zero em relação a crimes cometidos por estrangeiros, resolvendo muitos casos com a expulsão.
No quarto capitulo, destaca-se a constatação do escritor que o direito penal atinge a ordem social, de tal maneira que sua legitimação deriva da legitimidade das normas cuja a vigência assegura.
No próximo capitulo discorre sobre a diferença do direito penal e o administrativo. Menciona que a administração do direito penal, e aponta a proteção penal do meio ambiente como um dos exemplos mais claros dessa nova tendência. Ou seja, tutelar proteção a áreas do direito que antes não tinham tal importância.
No capitulo sexto discorre sobre a dificuldade de voltar ao antigo direito penal liberal, afirmando que não se pode voltar para aquilo que nunca existiu.
E por fim, fala sobre a terceira velocidade do direito penal. Cabe mencionar que a primeira é representada pelo direito de prisão, seguido pelas penas de privações do direito ou pecuniárias, com princípios e regras mais flexíveis. A terceira velocidade é a ampla relativização de garantias políticos- criminais, regras de imputação e critérios processuais.
Em suma, portanto, a obra é relevante pois o escritor, um do mais conceituado penalista espanhol, examina as principais causas e as consequências da expansão do Direito Penal, o livro é um guia filosófico capaz não somente de orientar aqueles que desejam aprofundar-se nos diversos temas nele abordados, como também serve como norte extremamente útil àqueles que detêm o poder de elaborar as leis penais e o dever de aplicá-las com isenção e justiça

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