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Nestcrick, Ségio : Dramaturgia de série e animação

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Dramaturgia de 
Série de Animação 
Sérgio	
  Nesteriuk	
  
Por que animação? 
 Animação	
  como	
  produto	
  artístico	
  e	
  cultural	
  ;	
  
 Animação	
  como	
  importante	
  e	
  estratégico	
  setor	
  na	
  
Economia	
  da	
  Cultura	
  e	
  na	
  própria	
  Economia	
  Nova.	
  
Fotograma de animação de Roberto Miller 
Animação no Brasil 
  Dificuldade	
  em	
  se	
  pesquisar	
  sobre	
  o	
  tema;	
  
  Reflexo	
  da	
  própria	
  história	
  da	
  animação	
  e	
  da	
  questão	
  da	
  
memória	
  no	
  Brasil;	
  	
  	
  
  Principais	
  fontes	
  de	
  consulta	
  são	
  depoimentos,	
  catálogos	
  e	
  
materiais	
  diversos;	
  
  Exceção	
  é	
  o	
  livro	
  “A	
  experiência	
  brasileira	
  no	
  cinema	
  de	
  
animação”,	
  de	
  Antonio	
  Moreno	
  (Embrafilme,	
  1978).	
  O	
  livro	
  está	
  
esgotado	
  há	
  20	
  anos	
  e	
  não	
  contém	
  atualizações	
  referentes	
  às	
  
três	
  últimas	
  décadas.	
  
Breve História da Animação Nacional 
  Há	
  mais	
  de	
  cem	
  anos,	
  em	
  1907,	
  Raul	
  Pederneiras	
  começa	
  a	
  criar	
  
pequenas	
  charges	
  animadas	
  para	
  terminar	
  a	
  exibição	
  dos	
  
primeiros	
  cinejornais;	
  
  Até	
  a	
  década	
  de	
  50,	
  são	
  desenvolvidos	
  curta	
  metragens	
  e	
  
comerciais	
  de	
  cinema	
  para	
  o	
  governo	
  e	
  a	
  iniciativa	
  privada	
  em	
  
animação.	
  
Um	
  dos	
  dois	
  fotogramas	
  remanescentes	
  de	
  
“O	
  Kaiser”	
  de	
  Seth	
  (Álvaro	
  Marins).	
  Datado	
  
de	
  1917,	
  é	
  o	
  mais	
  antigo	
  registro	
  da	
  
animação	
  brasileira.	
  
Breve História da Animação Nacional 
  Com	
  a	
  chegada	
  da	
  TV	
  a	
  
animação	
  começa	
  a	
  perder	
  
espaço	
  nas	
  salas	
  de	
  cinema.	
  	
  
  Diferentemente	
  de	
  outros	
  
produtos,	
  como	
  o	
  esporte,	
  o	
  
jornalismo,	
  os	
  programas	
  de	
  
auditório	
  e	
  as	
  novelas,	
  não	
  
houve	
  espaço	
  regular	
  para	
  a	
  
animação	
  brasileira	
  em	
  
nossa	
  TV	
  –	
  problema	
  que	
  
perdura	
  até	
  os	
  dias	
  atuais.	
  
  Em	
  1953	
  é	
  lançado	
  o	
  
primeiro	
  filme	
  de	
  longa-­‐
metragem	
  em	
  animação	
  
brasileiro,	
  “Sinfônica	
  
Amazônica”	
  de	
  Anélio	
  
Latini.	
  
Fotograma	
  de	
  “Sinfonia	
  Amazônica”	
  de	
  Anélio	
  Latini.	
  
  De	
  lá	
  para	
  cá,	
  cerca	
  de	
  20	
  
outros	
  filmes	
  foram	
  
lançados	
  –	
  mais	
  da	
  metade	
  
nos	
  últimos	
  10	
  anos.	
  	
  
  No	
  Brasil,	
  há	
  certa	
  tradição	
  
na	
  animação	
  em	
  curta-­‐
metragem	
  e	
  na	
  publicidade.	
  
O	
  longa	
  em	
  3D	
  “Cassiopéia”,	
  de	
  Clóvis	
  Vieira	
  (1996) 
“Meow”, curta de Marcos Magalhães 
“D.D.Drin” comercial animado por Ely Barbosa 
Breve História da Animação Nacional 
Desafios e soluções 
para a animação brasileira 
 “Janela	
  de	
  exibição”	
  tem	
  sido	
  um	
  problema	
  a	
  contornar	
  
para	
  a	
  animação	
  brasileira	
  nos	
  cinemas.	
  	
  
 Ir	
  além	
  dos	
  “guetos”,	
  atingir,	
  nacional	
  e	
  
internacionalmente,	
  o	
  grande	
  público	
  e	
  se	
  firmar	
  como	
  
importante	
  produto	
  artístico,	
  cultural	
  e	
  econômico	
  
As	
  séries	
  são,	
  sem	
  dúvida,	
  um	
  eficiente	
  meio	
  para	
  
isso.	
  
Séries de animação no Brasil 
  “Turma	
  da	
  Mônica”	
  (anos	
  
80):	
  produção	
  irregular	
  e	
  
não	
  sistemática.	
  Formato	
  
direct	
  to	
  video	
  ou	
  package	
  
film.	
  
  Anos	
  90:	
  nos	
  programas	
  
educativos	
  	
  daTV	
  Cultura	
  
surgem,	
  além	
  de	
  quadros	
  e	
  
produções	
  próprias,	
  séries	
  
de	
  pequena	
  duração,	
  como	
  
“Os	
  Urbanóides”,	
  de	
  Cao	
  
Hamburguer.	
  
“Os Urbanóides”, de Cao Hamburguer. Série 
educativa com duração aproximada de um 
minuto, exibida no programa “Glub Glub” (TV 
Cultura, 1991). 
  Nos	
  anos	
  90	
  e	
  2000,	
  
estúdios	
  (como	
  a	
  TV	
  
Pinguim	
  e	
  a	
  Martinelli	
  Films)	
  
produzem	
  séries	
  de	
  
animação	
  de	
  curta	
  duração	
  
para	
  emissoras	
  educativas.	
  
“Annabel”,	
  série	
  da	
  Martinelli	
  Films	
  
“Rita”,	
  série	
  da	
  TV	
  Pinguim 
Séries de animação no Brasil 
  Em	
  2003,	
  a	
  MTV	
  lança	
  
“Megaliga	
  dos	
  Vjs	
  Paladinos”.	
  
Dirigida	
  por	
  Pavão,	
  ao	
  todo	
  
foram	
  produzidas	
  três	
  
temporadas,	
  com	
  56	
  episódios	
  
de	
  21	
  minutos	
  cada.	
  	
  
  Com	
  baixo	
  orçamento,	
  
criatividade	
  e	
  senso	
  de	
  humor	
  
adequado	
  ao	
  seu	
  público,	
  a	
  
emissora	
  lançou	
  ainda	
  
“Fudêncio	
  e	
  seus	
  
Amigos”	
  (2005),	
  “RockStar	
  
Ghosts”	
  (2007),	
  “The	
  
Jorges”	
  (2008)	
  e	
  “Infortúnio	
  
com	
  Funéria”	
  (2009).	
  
“Mega	
  Liga	
  dos	
  Vjs	
  Paladinos”,	
  série	
  exibida	
  pela	
  MTV	
  em	
  2003	
  
“Fudêncio	
  e	
  seus	
  Amigos”,	
  série	
  de	
  2005	
  
Séries de animação no Brasil 
  Em	
  2004,	
  é	
  lançada	
  a	
  TV	
  Rá-­‐Tim-­‐Bum.	
  Primeiro	
  canal	
  100%	
  
brasileiro,	
  produz	
  atualmente	
  cerca	
  de	
  300	
  horas	
  de	
  material	
  
inédito/ano,	
  incluindo	
  séries	
  como:	
  “Sidnei”	
  (To	
  Beat	
  Animação)	
  
e	
  “Nilba	
  e	
  os	
  Desastronautas”	
  (44	
  Toons).	
  
  Em	
  2005,	
  é	
  realizada	
  a	
  primeira	
  série	
  brasileira	
  em	
  3D	
  exibida	
  
internacionalmente:	
  “Pixcodelics”	
  (MoP	
  Brasil	
  Digital).	
  
  Apoio	
  fundamental	
  da	
  ABPI-­‐TV	
  e	
  da	
  Brazilian	
  TV	
  Producers	
  em	
  
programas	
  de	
  capacitação	
  e	
  participação	
  brasileira	
  em	
  eventos	
  
do	
  setor	
  no	
  exterior.	
  
  Modelo	
  de	
  co-­‐produção	
  internacional	
  começa	
  a	
  surgir	
  como	
  
opção	
  viável	
  de	
  realização.	
  
Séries de animação no Brasil 
“Princesas	
  do	
  Mar”,	
  co-­‐produção	
  brasileira	
   “Osmar	
  a	
  Primeira	
  Fatia	
  do	
  Pão	
  de	
  Fôrma”	
  	
  
“PixCodelics”,	
  série	
  exibida	
  internacionalmente	
  em	
  2005	
  
Séries de animação no Brasil 
“As	
  Aventuras	
  de	
  Gui	
  e	
  Estopa”	
  (2009),	
  de	
  Mariana	
  Caltabiano	
  
“Turma	
  da	
  Mônica”,	
  de	
  Maurício	
  de	
  Souza	
  	
  
“Escola	
  Pra	
  Cachorro”,	
  de	
  Mixer	
  
“Meu	
  Amigãozão”(2010),	
  de	
  2D	
  Lab	
  
“Peixonauta”, de TV Pinguim 
Além	
  da	
  TV,	
  outras	
  séries	
  nacionais	
  também	
  fazem	
  
sucesso	
  na	
  Internet,	
  em	
  sites	
  como	
  “Mundo	
  Canibal”	
  e	
  
“Charges.com”.	
  
Personagens	
  do	
  site	
  “Mundo	
  Canibal”	
   “Tobby	
  Entrevista”,	
  do	
  site	
  Charges.com	
  
Séries de animação no Brasil 
  ANIMATV:	
  programa	
  inédito	
  com	
  o	
  objetivo	
  de	
  impulsionar	
  a	
  
produção	
  de	
  séries	
  de	
  animação	
  no	
  Brasil.	
  
  Perspectivas:	
  considerando	
  os	
  últimos	
  10	
  anos	
  e	
  o	
  cenário	
  atual,	
  
são	
  promissoras.	
  Estimativa	
  atual	
  de50	
  projetos	
  profissionais	
  
tentando	
  viabilização.	
  
  Novos	
  desafios:	
  (1)	
  continuidade	
  de	
  ações	
  no	
  setor;	
  (2)	
  
“gargalo”	
  na	
  formação	
  e	
  educação	
  do	
  animador	
  (mão	
  de	
  obra);	
  
e	
  (3)	
  ampliação	
  do	
  público	
  nacional	
  e	
  internacional	
  de	
  animação	
  
brasileira	
  (espectadores)	
  
Outros aspectos das séries animadas 
  Séries	
  de	
  animação	
  são	
  altamente	
  interdisciplinares;	
  
  Sua	
  produção	
  pressupõe	
  a	
  formação	
  de	
  equipes	
  e	
  o	
  
conhecimento	
  de	
  diferentes	
  áreas	
  e	
  setores,	
  muitas	
  vezes	
  
aparentemente	
  distantes;	
  
  Entre	
  estas	
  áreas	
  podemos	
  destacar	
  a	
  narrativa	
  que,	
  claro,	
  se	
  
articula	
  com	
  as	
  demais	
  áreas	
  na	
  produção	
  de	
  uma	
  série	
  de	
  
animação.	
  
Tríade Narrativa 
Ação 
Personagem Universo 
A narrativa seriada 
  Serialização	
  não	
  é	
  sinônimo	
  de	
  redundância	
  ou	
  
banalidade;	
  
  O	
  próprio	
  cotidiano	
  ao	
  mesmo	
  tempo	
  em	
  que	
  se	
  
repete,	
  se	
  renova	
  ;	
  
  Presença	
  da	
  repetição	
  em	
  outras	
  formas	
  como	
  a	
  
música	
  e	
  as	
  arte	
  plásticas.	
  Na	
  narrativa	
  podemos	
  
pensar	
  no	
  romance	
  (folhetim),	
  rádio	
  (radiodrama),	
  
cinema	
  (theatricals)	
  e	
  HQs;	
  
• 	
   É	
   possível	
   pensar	
   em	
  uma	
  estética	
  da	
   repetição	
   capaz	
  de	
   criar	
  
uma	
  “poesia	
  ininterrupta”	
  (Eco):	
  a	
  expressividade	
  desta	
  poética	
  só	
  
pode	
  ser	
  experimentada	
  em	
  sua	
   totalidade	
  por	
  meio	
  de	
   “um	
  ato	
  
contínuo	
  e	
  fiel	
  de	
  simpatia.	
  	
  
”. 
  Os	
  breaks	
  possibilitam	
  receita	
  pelo	
  anúncio	
  de	
  comerciais	
  e	
  uma	
  
“pausa	
  para	
  respirar”.	
  Essa	
  pausa	
  deve	
  ser	
  explorada	
  com	
  
recursos	
  como	
  os	
  “ganchos	
  de	
  tensão”,	
  por	
  exemplo;	
  
  A	
  serialização	
  segue	
  os	
  preceitos	
  da	
  produção	
  industrial	
  em	
  
série.	
  Agiliza	
  a	
  produção	
  e	
  permite	
  a	
  terceirização	
  de	
  
programas;	
  	
  
  É	
  necessário	
  ter	
  em	
  mente	
  as	
  características	
  do	
  meio,	
  como	
  a	
  
sua	
  recepção	
  em	
  ambiente	
  doméstico.	
  
A narrativa seriada 
• 	
  É	
  estruturada	
  em	
  capítulos	
  ou	
  episódios	
  	
  	
  	
  	
  
com	
  emissões	
  descontínuas	
  ou	
  
fragmentadas.	
  Pensada	
  em	
  forma	
  de	
  
blocos	
  em	
  função	
  dos	
  breaks;	
  
Por onde começar? 
  Antes	
  de	
  qualquer	
  coisa,	
  pensar	
  nas	
  especificidades	
  e	
  
potencialidades	
  da	
  animação.	
  
  Porque	
  esta	
  série	
  tem	
  que	
  ser	
  feita	
  em	
  animação?	
  
  Tipologia:	
  linear,	
  autônoma	
  e	
  temática.	
  
Ideia 
  Repertório	
  e	
  referências:	
  
valorizar	
  e	
  diversificar.	
  
  A	
  questão	
  do	
  olhar.	
  
  Crítica	
  e	
  autocritica.	
  
 Conceito Geral da Série 
  Um	
  parágrafo	
  (8	
  linhas)	
  com	
  
enredo	
  central,	
  tom,	
  
universo,	
  personagens	
  
principais	
  e	
  seus	
  
relacionamentos;	
  
  Texto	
  conciso,	
  claro	
  e	
  
objetivo.	
  	
  Deve	
  permitir	
  o	
  
entendimento,	
  das	
  
principais	
  características	
  e	
  
elementos	
  propostos	
  pela	
  
série	
  .	
  
Story line (“frase conceito”) 
 Apresentação 
  Desdobramento	
  das	
  ideias	
  apresentadas	
  no	
  conceito	
  geral	
  em	
  
até	
  três	
  páginas.	
  
  Quais	
  são	
  as	
  justificativas	
  e	
  os	
  objetivos	
  do	
  projeto?	
  
  Definir	
  o	
  público,	
  dissertar	
  sobre	
  o	
  tema	
  central	
  da	
  série	
  e	
  a	
  
maneira	
  pelo	
  qual	
  será	
  abordado	
  (gênero	
  e	
  tom),	
  assim	
  como	
  se	
  
dará	
  a	
  articulação	
  entre	
  a	
  forma	
  e	
  o	
  conteúdo	
  propostos.	
  
  Estilo	
  do	
  texto	
  pode,	
  portanto,	
  variar	
  entre	
  trechos	
  mais	
  
descritivos,	
  criativos,	
  conceituais	
  e	
  teóricos.	
  
Universo 
  Mais	
  	
  do	
  que	
  seus	
  elementos	
  
constituintes,	
  é	
  importante	
  
pensar	
  nas	
  redes	
  de	
  relações	
  
que	
  definem	
  suas	
  
singularidades.	
  
  Suspensão	
  voluntária	
  da	
  
descrença	
  
(Coleridge)	
  
Cenários 
  Partes	
  constituintes	
  do	
  
universo;	
  
  Não	
  devem	
  ser	
  gratuitos;	
  
  Domínio	
  da	
  gramática	
  
visual;	
  
  Sua	
  função	
  principal	
  é	
  a	
  de	
  
criar	
  ou	
  reforçar	
  um	
  
determinado	
  “clima”	
  ou	
  
atmosfera.	
  
Concept Art 
Traduzir	
  os	
  
conceitos	
  e	
  
sensações	
  
desejados	
  
em	
  imagem.	
  
Personagem 
  Série:	
  character	
  driven.	
  
  Tipologia	
  	
  -­‐	
  Hierarquia:	
  principais,	
  secundárias	
  ou	
  figurantes.	
  
-­‐	
  Função:	
  antagonistas	
  e	
  protagonistas.	
  
-­‐	
  Desenvolvimento	
  Psicológico:	
  planas	
  ou	
  esféricas.	
  
  Personalidade:	
  virtudes,	
  defeitos,	
  gostos	
  e	
  preferências	
  
diversas,	
  hobbies,	
  trabalho	
  ou	
  ocupação	
  principal,	
  estilo	
  de	
  vida.	
  
  Formação	
  (background):	
  ficha	
  biográfica	
  contendo	
  local	
  e	
  data	
  
de	
  nascimento,	
  criação,	
  família	
  (pais),	
  criação,	
  escola,	
  amigos,	
  
infância,	
  juventude,	
  vida	
  adulta,	
  lembranças,	
  traumas	
  etc.	
  
Personagem 
  Como	
  a	
  personagem	
  se	
  relaciona	
  e	
  é	
  vista	
  nas	
  	
  esferas	
  pública,	
  
privada	
  e	
  pessoal?	
  
  Dimensão	
  interior	
  da	
  personagem:	
  transmitida	
  ao	
  público	
  da	
  
série	
  não	
  só	
  por	
  diálogos	
  e	
  por	
  sua	
  relação	
  com	
  o	
  universo,	
  
como	
  também	
  pela	
  dinâmica	
  visual	
  da	
  personagem	
  (acting).	
  
  Três	
  paradigmas	
  visuais:	
  a	
  divisão	
  do	
  corpo	
  em	
  cabeça,	
  tronco	
  
e	
  membros;	
  a	
  cefalização	
  (concentração	
  dos	
  órgãos	
  sensoriais	
  
na	
  cabeça,	
  próximos	
  ao	
  cérebro)	
  e	
  a	
  simetria	
  
bilateral,	
  na	
  qual	
  a	
  metade	
  de	
  um	
  lado	
  do	
  corpo	
  é	
  equivalente	
  
ao	
  outro.	
  
Roughs 
Os	
  roughs	
  são	
  
fundamentais	
  
para	
  o	
  estudo	
  
detalhado	
  da	
  
personagem.	
  
 Model Sheet 
Contém“imagem	
  
síntese”,	
  turn	
  
around,	
  action	
  
poses,	
  expressões	
  
faciais,	
  objetos	
  e	
  
acessórios. 
Dois	
  testes	
  
visuais	
  com	
  
personagens:	
  
silhueta	
  e	
  “lado	
  a	
  
lado	
  
Teste de Silhueta 
Estudos	
  de	
  
decomposição	
  da	
  
personagem	
  
podem	
  servir	
  
como	
  conjunto	
  
de	
  peças	
  
intercambiáveis.	
  
Sinopse técnica 
  Muitas	
  vezes,	
  é	
  o	
  primeiro	
  passo	
  para	
  o	
  desenvolvimento	
  de	
  um	
  
episódio.	
  
  Destinada,	
  aos	
  avaliadores	
  do	
  projeto	
  ou	
  para	
  a	
  equipe	
  de	
  
produção,	
  não	
  para	
  o	
  público	
  final	
  da	
  série.	
  	
  
  Decaráter	
  técnico,	
  	
  dispensa	
  o	
  uso	
  de	
  adjetivos	
  como	
  o	
  artifício	
  
persuasivo.	
  	
  
  A	
  história	
  do	
  episódio	
  é	
  apresentada	
  de	
  maneira	
  sintetizada,	
  
sempre	
  com	
  início,	
  meio	
  e	
  fim,	
  incluindo	
  spoilers.	
  	
  
  O	
  objetivo	
  é	
  justamente	
  contar	
  a	
  história	
  de	
  forma	
  resumida,	
  
sem	
  deixar	
  nada	
  “no	
  ar”;	
  quanto	
  mais	
  claro	
  tudo	
  for,	
  melhor.	
  
Roteiro 
  Teorias	
  e	
  estudos	
  sobre	
  narrativa	
  e	
  roteiro	
  sempre	
  podem	
  
ajudar,	
  desde	
  que	
  não	
  se	
  esqueçam	
  as	
  especificidades	
  das	
  séries	
  
e	
  da	
  animação.	
  	
  
  É	
  importante	
  responder	
  às	
  perguntas	
  mais	
  elementares	
  da	
  obra,	
  
sobretudo	
  no	
  que	
  tange	
  a	
  sua	
  relação	
  com	
  o	
  autor:	
  por	
  que	
  fazer	
  
esta	
  série?	
  Qual	
  a	
  sua	
  relevância?	
  O	
  que	
  se	
  pretende	
  com	
  ela?	
  	
  
  Uma	
  maneira	
  de	
  se	
  criar	
  episódios	
  é	
  pensar	
  nas	
  formas	
  pelas	
  
quais	
  as	
  personagens	
  interagem	
  entre	
  em	
  si	
  e	
  com	
  o	
  universo	
  
narrativo	
  –	
  o	
  que	
  pode	
  gerar	
  as	
  mais	
  diversas	
  situações.	
  	
  
  Situações	
  pontuais	
  também	
  podem	
  funcionar,	
  como	
  algum	
  
acontecimento	
  imprevisto	
  ou	
  inusitado,	
  por	
  exemplo.	
  	
  
  Episódio	
  piloto:	
  cuidado	
  para	
  não	
  colocar	
  “tudo”.	
  Deve,	
  ao	
  
mesmo	
  tempo,	
  contar	
  uma	
  história	
  e	
  apresentar	
  os	
  elementos	
  
centrais	
  da	
  série.	
  	
  
  Possibilidade	
  interessante	
  é	
  pensar	
  em	
  um	
  formato	
  híbrido:	
  
curta-­‐piloto.	
  
  Roteiro	
  pode	
  ser	
  escrito	
  a	
  partir	
  do	
  desenvolvimento	
  da	
  sinopse	
  
e	
  de	
  um	
  argumento	
  prévio.	
  	
  	
  
  A	
  escrita	
  deve	
  ser	
  clara,	
  direta	
  e	
  objetiva.	
  As	
  descrições	
  devem	
  
ser	
  feitas	
  predominantemente	
  	
  em	
  termos	
  de	
  som	
  e	
  imagem,	
  
nunca	
  subjetivas.	
  	
  
  Softwares	
  (como	
  o	
  Celtx)	
  auxiliam	
  na	
  diagramação	
  e	
  
formatação	
  do	
  texto,	
  além	
  de	
  oferecer	
  ferramentas	
  adicionais.	
  
Roteiro e Episódio Piloto 
Tratamentos de Roteiro 
  Primeiro	
  tratamento:	
  foco	
  no	
  story	
  line.	
  Normalmente	
  é	
  feito	
  
para	
  corte	
  de	
  tempo	
  morto	
  e	
  ajuste	
  da	
  dinâmica	
  e	
  do	
  ritmo.	
  
  Segundo	
  tratamento:	
  Normalmente	
  é	
  feito	
  para	
  se	
  manter	
  o	
  
story	
  line	
  do	
  episódio	
  e	
  evitar	
  dispersões	
  ou	
  digressões.	
  
  Tratamento	
  reverso:	
  ajustes	
  feitos	
  a	
  partir	
  da	
  leitura	
  reversa	
  do	
  
roteiro,	
  isto	
  é,	
  de	
  seu	
  final	
  para	
  seu	
  começo.	
  Permite	
  visualizar	
  
melhor	
  eventuais	
  erros	
  de	
  continuidade	
  e	
  lógica	
  estrutural,	
  
assim	
  como	
  acrescentar	
  tramas	
  paralelas	
  e	
  detalhes,	
  como	
  os	
  
bits	
  de	
  antecipação.	
  
Diálogo 
  	
  Preferir	
  sempre	
  o	
  mostrar	
  ao	
  contar.	
  Explorar	
  ao	
  máximo	
  
recursos	
  como	
  acting,	
  staging	
  e	
  a	
  própria	
  estética	
  como	
  
ferramentas	
  narrativas.	
  	
  
  	
  Deve	
  ser	
  usado	
  quando	
  não	
  houver	
  outra	
  forma	
  de	
  se	
  passar	
  a	
  
mensagem.	
  O	
  “silêncio”	
  pode	
  trazer,	
  ao	
  espectador,	
  
descobertas	
  e	
  tempo	
  para	
  assimilação.	
  	
  
  Procurar	
  restringi-­‐lo	
  ao	
  máximo	
  de	
  três	
  frases	
  por	
  bloco.	
  
  Considerar	
  as	
  especificidades	
  e	
  diferenças	
  entre	
  fala	
  e	
  escrita:	
  
ao	
  invés	
  de	
  simplesmente	
  escrever,	
  o	
  ideal	
  é	
  dizer	
  as	
  falas	
  em	
  
voz	
  	
  alta	
  e	
  imaginá-­‐las	
  na	
  “boca	
  da	
  personagem”.	
  
  Quando	
  utilizado	
  o	
  diálogo	
  deve,	
  de	
  maneira	
  análoga	
  à	
  
dinâmica	
  visual,	
  revelar	
  a	
  personalidade	
  da	
  personagem.	
  
Storyboard 
  Fundamental	
  no	
  desenvolvimento	
  da	
  animação,	
  permite	
  uma	
  
découpage	
  do	
  roteiro	
  em	
  diferentes	
  planos	
  e	
  enquadramentos.	
  
  Em	
  animação,	
  em	
  princípio,	
  “quanto	
  mais,	
  melhor”.	
  Assim,	
  um	
  
mesmo	
  plano	
  pode	
  ter,	
  em	
  caso	
  de	
  movimento	
  da	
  personagem	
  
ou	
  de	
  objetos	
  de	
  cena,	
  diversos	
  panels	
  -­‐	
  ainda	
  que	
  se	
  mantenha	
  
o	
  mesmo	
  enquadramento.	
  	
  
  É	
  possível	
  aproveitar	
  em	
  diferentes	
  camadas	
  (layers)	
  aquilo	
  que	
  
permanece	
  igual	
  no	
  quadro.	
  
  Os	
  desenhos	
  devem	
  ter	
  qualidade	
  (acabamento)	
  suficiente	
  para	
  
que	
  se	
  entenda	
  o	
  que	
  é	
  mostrado.	
  
Storyboard 
  O	
  ideal	
  é	
  que	
  a	
  história	
  
possa	
  ser	
  entendida	
  
apenas	
  pelo	
  
acompanhamento	
  dos	
  
desenhos.	
  
  Textos	
  contendo	
  
descrições	
  de	
  
ambiente,	
  ação,	
  áudio	
  
e	
  movimentos	
  de	
  
câmera	
  acompanham	
  
os	
  desenhos	
  do	
  
storyboard	
  .	
  
• 	
  Há	
  três	
  tipos	
  de	
  
storyboard:	
  rascunho,	
  
trabalho	
  e	
  
apresentação.	
  
• 	
  Devem	
  ser	
  feito	
  em	
  
uma	
  janela	
  (moldura)	
  
de	
  16:9.	
  
Storyboard de rascunho 
Storyboard de trabalho 
Storyboard de apresentação 
Animatic 
  Animatic,	
  também	
  conhecido	
  por	
  story	
  reel	
  ou	
  leica	
  reel,	
  é	
  uma	
  
espécie	
  de	
  versão	
  audiovisual	
  do	
  storyboard,	
  uma	
  “pré	
  
animação”.	
  	
  
  Conforme	
  os	
  planos	
  vão	
  sendo	
  animados,	
  o	
  animatic	
  é	
  
atualizado	
  até	
  que,	
  pouco	
  a	
  pouco,	
  se	
  tenha	
  toda	
  a	
  animação	
  
finalizada.	
  	
  
  Depois	
  que	
  se	
  começa	
  a	
  animar,	
  o	
  ideal	
  é	
  não	
  alterar	
  nada,	
  pois	
  
além	
  de	
  ser	
  mais	
  complicado,	
  consome	
  mais	
  tempo	
  e	
  dinheiro	
  
da	
  produção.	
  	
  
Bíblia	
  de	
  
apresentação	
  e	
  
pitch:	
  
profissionalismo	
  
na	
  hora	
  de	
  
apresentar	
  o	
  
projeto.	
  
Dicas e Conselhos 
  Realizar,	
  ao	
  menos,	
  dois	
  curtas	
  antes	
  de	
  se	
  aventurar	
  nas	
  séries;	
  
  Esteja	
  atualizado;	
  
  Procure	
  expandir	
  suas	
  referências;	
  
  Paixão	
  como	
  elemento	
  motivador;	
  
  A	
  criatividade	
  deve	
  estar	
  sempre	
  presente;	
  
  Veja	
  o	
  quadro	
  geral	
  e	
  considere	
  aspectos	
  diversos;	
  
  Crítica,	
  autocrítica	
  e	
  consultoria;	
  
  Conheça	
  seu	
  projeto	
  e	
  nunca	
  o	
  apresente	
  antes	
  do	
  tempo;	
  
  Considere	
  a	
  possibilidade	
  de	
  conviver	
  com	
  seu	
  projeto	
  durante	
  
algum	
  tempo;	
  
  Seja	
  sempre	
  profissional;	
  
  Procure	
  acompanhar	
  e	
  participar	
  de	
  todas	
  as	
  etapas;	
  
  Dê	
  o	
  máximo	
  de	
  si,	
  sempre;	
  
  Bom	
  senso,	
  coerência	
  ejogo	
  de	
  cintura;	
  
  Aprenda	
  a	
  lidar	
  com	
  o	
  “fracasso”;	
  
  Aprenda	
  a	
  lidar	
  com	
  o	
  “sucesso”	
  .	
  
Dicas e Conselhos 
Obrigado! 
nesteriuk@hotmail.com

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