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PEDAGOGIA HOSPITALAR: CONTRIBUIÇÃO DO PEDAGOGO NA EFICÁCIA DA CLASSE HOSPITALAR MARTA DE ALMEIDA MAGLIARI PRISCILA DE CÁSSIA PENHA ORIENTADORA: PROFª. ESP. CLÁUDIA HELENA ARAÚJO BALDO CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ APRESENTAÇÃO: O presente estudo teve como objetivo verificar a contribuição do Pedagogo para a continuidade de escolarização na classe hospitalar, a partir de entrevista no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto/São Paulo. A escolha por entrevistar Pedagogos da Classe Hospitalar do hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – da Universidade de São Paulo, teve como critério a relevância de verificar, por meio de entrevista, como as atividades são desenvolvidas, como ocorre a relação professor-aluno internado, bem como constatar os impactos terapêuticos diante da continuidade dos estudos. DESENVOLVIMENTO: Num primeiro momento, o estudo aborda como surgiu o hospital e o Hospital das Clínicas da faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, além da introdução da Pedagogia Hospitalar e o histórico da Escola/Classe Hospitalar. Posteriormente, abordamos a Classe Hospitalar na Educação Especial no Brasil, apresentamos também a legislação que ampara a Classe Hospitalar e se essa legislação é cumprida, ou não. Sabemos que a lei ampara a escolarização durante o período de internação, e que, no Brasil, a legislação reconheceu esse direito por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente e também pela Resolução Nº 41 de Outubro de 19951, sendo que o item 9, desta Resolução estabelece que é “direito da criança e do adolescente, desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação e saúde, acompanhamento de currículo escolar durante sua permanência hospitalar” 2. E finalmente, a pesquisa apresenta a contribuição do Pedagogo na Classe Hospitalar, mostrando, a partir da entrevista realizada na Classe Hospitalar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o quanto o Pedagogo é importante e ainda a sua contribuição para a continuidade da escolarização, durante o processo de internação do aluno em fase escolar. CONCLUSÃO: A educação no Brasil é um direito das crianças e dos adolescentes hospitalizados, porém essa legislação não é cumprida em sua totalidade, pois existem poucos hospitais com classes hospitalares. O papel do Pedagogo na classe hospitalar é de suma importância para a continuidade da escolarização das crianças e adolescentes hospitalizados, pois é ele que estimula o aprendizado e assim diminui o tempo de internação e também o trauma hospitalar. A prática docente do professor da classe hospitalar é fortemente marcada pelas relações afetivas. Essas relações são positivas, pois servem de reforço para que a criança não desista da luta pelo restabelecimento de sua saúde. O professor é o estimulador que, por meio dos trabalhos escolares, reinventa formas de desafio para que o aluno sinta vontade de vencer a patologia e planejar projetos para a vida após a hospitalização. Possibilita também a interação do mundo de fora com o de dentro do hospital. Assim, concluímos que a função do pedagogo da classe hospitalar é incentivar o crescimento e o desenvolvimento (psíquico, intelectual e social) da criança, proporcionando-lhe condições adequadas para a aprendizagem. __________________________________________________________________ _____________ 1 BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução n° 41 de Outubro de 1995 (DOU 17/19/95). 2 FONSECA, Eneida Simões. Atendimento Escolar no Ambiente Hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003.
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