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COORDENADORA GERAL: CARMEN ELIZABETH KALINOWSKI DIRETORAS ACADÊMICAS: JUSSARA GUE MARTINI VANDA ELISA ANDRES FELLI PROENF | SAÚDE DO ADULTO | Porto Alegre | Ciclo 2 | Módulo 2 | 2007 PROENF PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO proenf-sa_0_Iniciais e sumario.PMD 28/8/2007, 10:563 Associação Brasileira de Enfermagem ABEn Nacional SGAN, Conjunto “B”. CEP: 70830-030 - Brasília, DF Tel (61) 3226-0653 E-mail: aben@abennacional.org.br http://www.abennacional.org.br Artmed/Panamericana Editora Ltda. Avenida Jerônimo de Ornelas, 670. Bairro Santana 90040-340 – Porto Alegre, RS – Brasil Fone (51) 3025-2550 – Fax (51) 3025-2555 E-mail: info@sescad.com.br consultas@sescad.com.br http://www.sescad.com.br Os autores têm realizado todos os esforços para localizar e indicar os detentores dos direitos de autor das fontes do material utilizado. No entanto, se alguma omissão ocorreu, terão a maior satisfação de na primeira oportunidade reparar as falhas ocorridas. As ciências da saúde estão em permanente atualização. À medida que as novas pesquisas e a experiência ampliam nosso conhecimento, modificações são necessárias nas modalidades terapêuticas e nos tratamentos farmacológicos. Os autores desta obra verificaram toda a informação com fontes confiáveis para assegurar-se de que esta é completa e de acordo com os padrões aceitos no momento da publicação. No entanto, em vista da possibilidade de um erro humano ou de mudanças nas ciências da saúde, nem os autores, nem a editora ou qualquer outra pessoa envolvida na preparação da publicação deste trabalho garantem que a totalidade da informação aqui contida seja exata ou completa e não se responsabilizam por erros ou omissões ou por resultados obtidos do uso da informação. Aconselha-se aos leitores confirmá-la com outras fontes. Por exemplo, e em particular, recomenda-se aos leitores revisar o prospecto de cada fármaco que lanejam administrar para certificar-se de que a informação contida neste livro seja correta e não tenha produzido mudanças nas doses sugeridas ou nas contra-indicações da sua administração. Esta recomendação tem especial importância em relação a fármacos novos ou de pouco uso. Estimado leitor É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na web e outros), sem permissão expressa da Editora. Os inscritos aprovados na Avaliação de Ciclo do Programa de Atualização em Enfermagem (PROENF) receberão certificado de 180 horas-aula, outorgado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e pelo Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância (SESCAD) da Artmed/Panamericana Editora. proenf-sa_0_Iniciais e sumario.PMD 28/8/2007, 10:562 109 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC AD Tatiana Sápia – Enfermeira. Mestranda de Administração em Serviços de Enfermagem do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) Maria Helena Trench Ciampone – Enfermeira. Professora Titular do Departamento de Orientação Profissional. Coordenadora da Área de Administração em Serviços de Enfermagem do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM MEDICINA DIAGNÓSTICA INTRODUÇÃO O avanço da tecnologia e a necessidade da medicina de buscar alternativas cada vez mais precisas e detalhadas, que permitissem o diagnóstico por meio de exames e técnicas menos invasivas e desconfortáveis, contribuíram para o aparecimento e o desenvolvimento de uma especialidade médica denominada medicina diagnóstica.1 O diagnóstico pode ser definido como conhecimento ou determinação de uma doença pela observação ou descrição de seus sintomas ou mediante comprovação por meio de exames diversos.2 Atualmente, por mérito do desenvolvimento da medicina diagnóstica, os exames diagnósticos, tanto laboratoriais quanto por imagens, antes realizados com imprecisão e despendendo um tempo maior, são feitos com agilidade, precisão, eficiência e confiabilidade. Na maioria das vezes, submeter-se a um exame laboratorial ou de imagem diagnóstica torna-se imprescindível ao diagnóstico médico, pois possibilita a detecção, a comprovação e o entendimento preciso das alterações que estão ocorrendo no organismo. A partir da metade do século XIX, surgem os exames laboratoriais como métodos auxiliares ao diagnóstico médico. Esse progresso deve-se ao desenvolvimento da medicina e das áreas de microbiologia, citologia e bioquímica. O processo de trabalho em laboratórios de análises clínicas vem sofrendo mudanças constantes, e o aperfeiçoamento de métodos e técnicas é notório. Cada vez mais, por meio da automatização, são inseridos processos mais rápidos e precisos para suprir as demandas do mercado.3 TATIANA SÁPIA MARIA HELENA TRENCH CIAMPONE proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59109 110 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A Juntamente com as análises clínicas, a imagem diagnóstica também evoluiu significativamente. De acordo com Radvany,4 é imensurável a importância do desenvolvimento da tomografia computadorizada, que teve seu primeiro protótipo em 1968. A ressonância magnética também é um produto da tecnologia e representa uma imensa evolução à medicina diagnóstica, uma vez que auxilia no diagnóstico médico e no acompanhamento dos tratamentos. A evolução tecnológica dos exames diagnósticos exige profissionais capacitados para a realização e o monitoramento de diferentes atividades, dentre elas, a obtenção de amostra biológica. A fase da coleta de material biológico é uma das mais importantes do processo de análises clínicas, uma vez que, se a coleta não for bem feita, o resultado dos exames não será confiável e de qualidade. Mesmo que os equipamentos para a análise sejam modernos, eles não minimizam as interferências ocasionadas por uma coleta que não é adequada ao tipo de exame solicitado.5 A obtenção de uma amostra biológica de boa qualidade exige do profissional um saber específico sobre o processo de análises clínicas como um todo, como: ■■■■■ orientação e preparo para o exame; ■■■■■ seleção anatômica do local de coleta; ■■■■■ escolha do material ideal para a coleta; ■■■■■ procedimento; ■■■■■ orientação dos cuidados pós-exame aos clientes; ■■■■■ condições de acondicionamento e adequação do material biológico após a coleta.6 Acompanhando a sofisticação da medicina diagnóstica, a enfermagem tem buscado o aprimoramento contínuo de seus profissionais para atender às demandas desse mercado. À medida que a tecnologia possibilita várias formas de tratamento ao cliente, ela paralelamente contribui para a sistematização da enfermagem, que há tempo vem propiciando a expansão da maneira de cuidar.7 A atuação da enfermagem em laboratórios de análises clínicas está assegurada pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) na Portaria CVS-01, de 18 de janeiro de 2000. A portaria habilita o enfermeiro, o técnico de enfermagem e o auxiliar de enfermagem a atuarem no setor de coleta em laboratórios de análises clínicas, assim como outros profissionais de diferentes subáreas da saúde, por exemplo, médicos, farmacêuticos, biomédicos, biólogos, químicos, técnicos de laboratório e técnicos em patologia clínica. O subitem VI.3.2 menciona que o enfermeiro pode assumir a responsabilidade pelos programas de coleta domiciliar de material humano.8 Os técnicos de laboratório e de patologia clínica visam à obtenção e ao processamento de amostras biológicas, de modo que sua ênfase está na exatidão do processamento dessas amostras, atingindo eficácia técnica. Já os técnicos de enfermagem têm como objeto de trabalho o cuidado de enfermagem direcionado ao cliente, focando na execução de técnicas permeadaspela interação e pelo vínculo com o cliente, o que possibilita o reconhecimento das suas necessidades de saúde e a eficácia do cuidado.6 proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59110 111 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADA Resolução COFEN nº 146, de 1º de junho de 1992, preconiza a presença/responsabilidade de um enfermeiro nos locais onde são executadas ações de enfermagem.9 Essa resolução aplica-se aos laboratórios de análises clínicas que possuam, no seu quadro de funcionários, auxiliares e/ou técnicos de enfermagem realizando ações de enfermagem, como: ■■■■■ punção venosa; ■■■■■ sondagens; ■■■■■ coleta de secreções ginecológicas; ■■■■■ coleta de secreções de feridas e drenos em geral; ■■■■■ orientações sobre o preparo e a coleta de exames; ■■■■■ administração de medicamentos e auxílio a outros profissionais em procedimentos mais complexos; ■■■■■ outras atividades. OBJETIVOS Espera-se que, ao final da leitura deste capítulo, o leitor seja capaz de: ■■■■■ contextualizar a evolução da medicina diagnóstica e compreender a inserção da enfermagem nessa evolução; ■■■■■ caracterizar as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem e as desenvolvidas exclusivamente pelo enfermeiro em um centro de medicina diagnóstica; ■■■■■ conhecer as diversas áreas de atuação do enfermeiro em um centro de medicina diagnóstica. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59111 112 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A ESQUEMA CONCEITUAL Atuação do enfermeiro em um centro de medicina diagnóstica Áreas de atuação em um centro de medicina diagnóstica Análises clínicas Capilaroscopia Exames de cardiologia Check-up Colonoscopia Colposcopia Densitometria óssea Eletroencefalografia Eletroneuromiografia Endoscopia Histeroscopia Mamografia Exames de medicina fetal Exames de medicina nuclear Exames de oftalmologia Exames de otorrinolaringologia Exames de pneumologia Polissonografia Exames de radiologia Ressonância magnética Tomografia Ultra-sonografia Caso clínico Conclusão Atuação do enfermeiro em medicina diagnóstica proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59112 113 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UM CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA “Ser enfermeiro implica ter conhecimento técnico-científico, habilidade e capacidade para assistir e cuidar de pessoas direta ou indiretamente através de supervisão, coordenação e liderança da equipe de enfermagem, objetivando a prestação de uma assistência integral e de qualidade ao indivíduo”.1 Para o profissional enfermeiro atuar em um centro de medicina diagnóstica, além dos conhecimentos básicos da área (anatomia, fisiologia, administração, interações de medicamentos e outros), ele deve ter conhecimentos de: ■■■■■ informática; ■■■■■ atendimento ao cliente; ■■■■■ áreas específicas de cardiologia; ■■■■■ esterilização de materiais; ■■■■■ indicadores de qualidade; ■■■■■ gerenciamento de serviços em saúde; ■■■■■ atendimento a emergências. O enfermeiro exerce atividades voltadas ao gerenciamento dos cuidados, da equipe e dos serviços, estabelecendo condições para que os auxiliares e técnicos de enfermagem (cuja natureza do trabalho agrega características mais técnicas, como realização de punção venosa, coleta de secreções em geral e sondagens) executem as atividades que lhes competem e que são legalmente atribuídas a essas categorias profissionais.1 O enfermeiro desempenha algumas atividades técnicas exclusivas, como a punção/ manipulação de cateteres de longa permanência e totalmente implantados e a punção arterial. Esses procedimentos são exclusivos do enfermeiro e não podem ser delegados e executados por auxiliares e técnicos de enfermagem. No seu conjunto, todos os profissionais que executam as coletas — auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros — necessitam desenvolver a consciência e a responsabilidade de que o sucesso do processo depende, principalmente de como a coleta é realizada. Além das atividades técnico-administrativas, o enfermeiro desenvolve atividades educativas, executadas junto à sua equipe de trabalho por meio de treinamentos e discussões de casos. O enfermeiro, como líder, deve ser capaz de apreender as necessidades do seu pessoal e de buscar instrumentalizações técnica e pedagógica para desenvolver treinamentos e realizar diferentes estratégias de discussão com a sua equipe. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59113 114 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A De acordo com Trevizan,10 o objetivo do trabalho do enfermeiro não se limita ao processo de assistência ao cliente. O enfermeiro desenvolve funções administrativas classificadas em: ■■■■■ burocráticas – quando há o uso do conhecimento técnico sobre administração para atingir os objetivos da instituição. Baseiam-se em normas e rotinas preestabelecidas pela organização; ■■■■■ não-burocráticas – assumem caráter organizacional e estão vinculadas às competências gerenciais do enfermeiro, tendo como objetivo promover condições para um trabalho de qualidade. Esse conjunto de funções chamadas administrativas faz parte do processo de trabalho gerencial e implica o domínio de saberes e instrumentos específicos, como planejamento, supervisão, liderança, desenvolvimento de pessoal e avaliação.11 O enfermeiro que atua em um centro de medicina diagnóstica tem como objetivo principal fazer com que o cliente e sua família sintam-se seguros desde o preparo para o exame até a sua realização. Essa segurança é transmitida por meio de informações claras, objetivas e precisas e de um atendimento acolhedor. A competência técnica do enfermeiro é, sem dúvida, um requisito necessário e valorizado. A competência mais cobrada pelas instituições, no entanto, é a garantia da qualidade da coleta do material biológico e do exame de imagem diagnóstica. O enfermeiro deve ter excelência técnica na realização dos procedimentos, e essa dimensão é imprescindível, mas não suficiente, visto que as atividades gerenciais estão intimamente ligadas à gestão do cotidiano profissional.1 É função do enfermeiro desenvolver a equipe de enfermagem para prestar um atendimento integral e acolhedor. Os auxiliares e técnicos de enfermagem devem estar aptos a lidar com os sentimentos e as reações do cliente. Necessitam ter sensibilidade para perceber que o cliente e seus familiares têm a preocupação com o procedimento, o resultado do exame, o diagnóstico e o possível tratamento. Em um centro de medicina diagnóstica, o enfermeiro deve ficar muito atento às particularidades de cada exame. Por exemplo, o cliente não deve entrar na sala para realizar uma ressonância magnética usando maquiagem e/ou portando acessórios de metal. Essas orientações são extremamente importantes e devem estar bem claras à equipe multidisciplinar. Pensar na segurança do cliente enquanto realiza os exames na instituição também é uma das funções do enfermeiro. Dessa forma, o enfermeiro deve ter em mente os riscos a que o seu cliente está vulnerável antes, durante e após a realização do exame. Por exemplo, uma criança de 2 anos que vai realizar uma punção venosa na instituição, corre o risco de cair da maca no momento do procedimento. Assim, devem-se estabelecer protocolos e rotinas para cada procedimento. No caso do exemplo, esses protocolos e rotinas seriam a realização do procedimento com dois profissionais da enfermagem e o uso de grades nas macas. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59114 115 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADDentro de um serviço diagnóstico, espera-se que o enfermeiroseja capaz de: ■■■■■ liderar a equipe, dando direção e motivação; ■■■■■ executar ações inovadoras; ■■■■■ transmitir à equipe, de forma clara e assertiva, informações, idéias, resultados e emoções; ■■■■■ influenciar a equipe com suas idéias, a fim de alcançar metas e resultados; ■■■■■ ter flexibilidade para lidar com diferentes profissionais e pessoas; ■■■■■ ter visão do objetivo, da missão e dos valores da empresa, bem como transmiti-los à equipe e garantir que sejam cumpridos; ■■■■■ entender o negócio da empresa e realizar um planejamento estratégico alinhado ao da instituição, adaptando-se às mudanças e abrindo-se para as inovações. O enfermeiro vem ganhando espaços de atuação nos centros de medicina diagnóstica por demonstrar competências no gerenciamento de recursos, materiais e humanos e na assistência aos clientes,1 bem como por garantir que os processos de trabalho sejam seguidos com qualidade do início ao fim. O Quadro 1 ilustra as atividades assistenciais típicas do enfermeiro nesses centros. Quadro 1 ATIVIDADES DO ENFERMEIRO EM UM CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA - DIMENSÃO TÉCNICA ■■■■■ Coletar material biológico em geral ■■■■■ Orientar sobre o preparo para a realização de exames ■■■■■ Realizar coleta domiciliar ■■■■■ Manipular cateteres de longa permanência e totalmente implantados ■■■■■ Realizar punção arterial ■■■■■ Aplicar vacinas ■■■■■ Armazenar, adequar e encaminhar as amostras biológicas coletadas aos setores técnicos ■■■■■ Garantir a qualidade da coleta, o armazenamento e a adequação dos materiais biológicos coletados ■■■■■ Auxiliar e apoiar a equipe nas questões mais complexas da coleta de material biológico e atendimento ao cliente ■■■■■ Manter-se atualizado sobre assuntos pertinentes à enfermagem ■■■■■ Ter conhecimentos sobre esterilização e desinfecção de materiais ■■■■■ Controlar a validade dos instrumentais esterilizados/desinfetados e dos materiais em geral ■■■■■ Realizar atendimentos em unidade infantil ■■■■■ Realizar atendimentos em provas funcionais ■■■■■ Realizar atendimentos em colposcopia ■■■■■ Realizar atendimentos em cardiologia ■■■■■ Realizar atendimentos em endoscopia ■■■■■ Realizar atendimentos em colonoscopia ■■■■■ Realizar atendimentos de emergência às intercorrências médicas ■■■■■ Realizar atendimentos em punção de medula e biópsia ■■■■■ Atender o cliente interno e externo com qualidade, respeito e humanização ■■■■■ Orientar os colaboradores sobre equipamentos de proteção individual ■■■■■ Formular manuais técnicos operacionais de enfermagem ■■■■■ Formular manuais educativos aos clientes e à sua família proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59115 116 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A O Quadro 2 sintetiza algumas das atividades peculiares do enfermeiro no processo de trabalho gerencial. Quadro 2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UM CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA - DIMENSÃO GERENCIAL ■■■■■ Planejar as ações de enfermagem ■■■■■ Elaborar escalas mensais, diárias e de tarefas ■■■■■ Coordenar as agendas dos exames do centro diagnóstico ■■■■■ Trabalhar para a melhoria contínua de processos e técnicas ■■■■■ Garantir que os processos sejam seguidos ■■■■■ Garantir a qualidade de todas as etapas do atendimento ao cliente ■■■■■ Liderar, supervisionar e coordenar a equipe de enfermagem ■■■■■ Monitorar continuamente os atendimentos realizados pelos auxiliares e técnicos de enfermagem ■■■■■ Gerenciar conflitos entre a equipe de enfermagem e/ou multidisciplinar ■■■■■ Realizar treinamentos direcionados às necessidades da equipe da empresa ■■■■■ Avaliar o desempenho dos auxiliares e técnicos de enfermagem de acordo com as competências do cargo por meio de avaliações e acompanhamentos ■■■■■ Discutir, elaborar e sugerir metas anuais à equipe de enfermagem ■■■■■ Estimular a equipe a atingir as metas organizacionais ■■■■■ Cumprir e garantir o cumprimento dos valores e missões da empresa ■■■■■ Participar da seleção e do recrutamento de pessoal ■■■■■ Realizar a previsão e a provisão de pessoal ■■■■■ Planejar e atuar no treinamento admissional de pessoal ■■■■■ Ser ético em todos os processos, tanto técnicos como gerenciais ■■■■■ Facilitar a comunicação entre os envolvidos no negócio da empresa: equipe de enfermagem, equipe multiprofissional, área administrativa e cliente ■■■■■ Atualizar-se constantemente nos assuntos pertinentes ao negócio da empresa ■■■■■ Gerenciar os custos diretos e indiretos do setor da enfermagem ■■■■■ Prever e prover os materiais utilizados no atendimento ao cliente ■■■■■ Realizar testes de materiais utilizados no atendimento ao cliente ■■■■■ Dar tratamento e divulgar os indicadores de enfermagem e de qualidade (como reclamações, hematomas, recoletas e outros) ■■■■■ Promover saúde e segurança do trabalho ■■■■■ Ser ético com os clientes e com as equipes de enfermagem e equipe multiprofissional proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59116 117 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC AD 1. O surgimento da medicina diagnóstica se deu por meio de: A) desenvolvimento tecnológico. B) avanço da medicina e necessidade de buscar alternativas precisas e detalhadas que permitissem o diagnóstico por meio de exames. C) luta individual de um médico americano. D) as alternativas A e B estão corretas. Resposta no final do capítulo 2. Qual a função desempenhada pelo exame laboratorial ou de imagem diagnóstica na área da saúde? ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... 3. Quais são as implicações da evolução da medicina diagnóstica no trabalho desenvolvido pelo enfermeiro? ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... 4. Indique que competências são esperadas do enfermeiro de um centro de medicina diagnóstica. A) Liderar a equipe, ter comunicação clara, ser flexível e adaptar-se às mudanças. B) Executar ações inovadoras e ter visão ampla do negócio da empresa. C) Ser proativo e antever-se às mudanças de modo autoritário. D) As alternativas A e B estão corretas. Resposta no final do capítulo proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59117 118 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A 5. O que o enfermeiro deve fazer para que a sua atuação em um centro de medicina diagnóstica seja valorizada e reconhecida? A) Buscar conhecimentos, manifestar-se pela regulamentação e valorização da profissão e divulgar as suas experiências através de pesquisas e publicações. B) Exigir mudanças imediatas dentro da sua instituição. C) Discutir com o presidente da instituição e exigir a contratação de mais enfermeiros. D) Nenhuma das alternativas anteriores. 6. Indique qualo cuidado inicial após o aparecimento do hematoma decorrente de uma punção venosa ocorrida com menos de 24 horas. A) Fazer compressas de gelo no local da punção. B) Fazer compressas com água morna no local da punção. C) Imobilizar o local com uma faixa. D) Nenhuma das alternativas anteriores. Respostas no final do capítulo ÁREAS DE ATUAÇÃO EM UM CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA Em um centro de medicina diagnóstica existem diversas áreas de atuação. De acordo com Fleury,12 essas áreas são as apresentadas a seguir. ANÁLISES CLÍNICAS As análises clínicas são a avaliação, quantitativa e/ou qualitativa, de qualquer material (sangue, urina, fezes, secreções, raspados, líquidos cavitários e outros) obtido por meio da coleta em clientes. A atuação da enfermagem acontece em todos os níveis do setor de análises clínicas. Quando a enfermagem não é o agente responsável pela coleta dos diferentes materiais, ela auxilia o médico durante o procedimento, como, por exemplo, na punção de medula. CAPILAROSCOPIA A capilaroscopia destina-se à detecção, por meio da microscopia in vivo, de alterações de capilares e vênulas da região periungueal que ocorrem em algumas doenças reumáticas. Esse serviço não conta com a participação da enfermagem. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59118 119 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADEXAMES DE CARDIOLOGIA O setor de cardiologia realiza diferentes exames para avaliar as funções do coração e dos grandes vasos sangüíneos, como monitoração ambulatorial da pressão arterial em um período de 24 horas (MAPA), Holter, eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico. Exames como o MAPA, o Holter e o eletrocardiograma são realizados pela enfermagem e o laudo é feito por um médico. Já no teste ergométrico e no ecocardiograma de esforço, a enfermagem atua juntamente com o médico. CHECK-UP O check-up é um conjunto de exames e consultas que tem por objetivo o diagnóstico preventivo de doenças conforme sexo e faixa etária. No check-up a enfermagem atua na coleta dos diferentes materiais e os enfermeiros podem também realizar consultas de enfermagem, como já acontece em alguns serviços. COLONOSCOPIA A colonoscopia é um procedimento que visualiza o interior do intestino grosso através de uma microcâmera digital. Esse exame é realizado sob sedação endovenosa. Antes da colonoscopia, propriamente dita, a enfermagem administra medicações para preparar o intestino. Nesse momento, é muito importante a avaliação da enfermagem para perceber, por meio do aspecto das fezes, se o intestino já está limpo para iniciar o exame. Na sala de procedimento, a enfermagem punciona um acesso venoso para realizar a administração de medicamentos com a intenção de sedar o cliente para realizar a colonoscopia. Todo o procedimento é realizado sob orientação médica. Durante o exame, a enfermagem observa os parâmetros do cliente e auxilia o médico. A limpeza e a esterilização dos equipamentos, exceto as pinças, é responsabilidade da enfermagem. Após o procedimento, o cliente vai para o quarto e a enfermagem é responsável pela monitoração dos parâmetros do cliente até a alta, que é feita pelo médico. COLPOSCOPIA A colposcopia auxilia o estudo das estruturas do aparelho genital feminino utilizando o aparelho colposcópico para visualizar, observar e registrar imagens da mucosa vaginal, cervical e vulvar. A enfermagem posiciona a cliente na mesa ginecológica, realiza a coleta das secreções e células da região genital e auxilia o médico durante a colposcopia com a entrega dos instrumentais, preparo de medicação, entre outros. As orientações pós-exame são dadas pela enfermagem na maioria dos serviços. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59119 120 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A DENSITOMETRIA ÓSSEA A densitometria óssea avalia o conteúdo mineral ósseo e não conta com a participação técnica da enfermagem para a sua realização. ELETROENCEFALOGRAFIA A eletroencefalografia tem como objetivo registrar a atividade elétrica cerebral. A enfermagem atua na recepção do cliente e na colocação de eletrodos no seu couro cabeludo para a captação de sinais elétricos do cérebro. ELETRONEUROMIOGRAFIA A eletroneuromiografia realiza uma avaliação funcional dos nervos e músculos por meio do equipamento eletromiógrafo. O profissional da enfermagem posiciona as agulhas nos locais adequados para provocar estímulos musculares. ENDOSCOPIA Por meio de um videoendoscópio, são realizados o estudo do aparelho digestivo e o estudo do aparelho respiratório, este último chamado de broncoscopia. A enfermagem administra a medicação para a sedação do cliente sob orientação médica e é responsável por avaliar as condições do cliente após o procedimento até a alta médica. As orientações pós-exame são dadas pela enfermagem na maioria dos serviços. HISTEROSCOPIA Na histeroscopia, o médico visualiza o interior da cavidade uterina por intermédio de equipamentos/ instrumentos. O médico conta com a enfermagem para posicionar a cliente na mesa ginecológica, preparar as medicações e, durante o procedimento, entregar-lhe os instrumentais necessários. A enfermagem é responsável por controlar a validade dos instrumentais esterilizados e dos materiais em geral. MAMOGRAFIA Na mamografia, obtêm-se imagens da mama por meio do mamógrafo e consegue-se avaliar as estruturas internas da mama. Não há participação da enfermagem, pois o exame é realizado pelo técnico de radiologia. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59120 121 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADEXAMES DE MEDICINA FETAL A medicina fetal possui um conjunto de exames que avaliam o desenvolvimento fetal. A enfermagem atua nos casos em que ocorrem punções. EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR Na medicina nuclear, são realizados exames que utilizam radiofármacos (fármacos radioativos) com a finalidade de estudar a morfologia e a fisiologia de órgãos e tecidos. Em alguns exames, a enfermagem atua na administração de radiofármacos. EXAMES DE OFTALMOLOGIA O setor da oftalmologia realiza diversos exames do globo ocular e oferece serviço de aconselhamento diagnóstico e terapêutico. Em alguns procedimentos, há a necessidade de administrar medicação, e essa atividade é realizada pela equipe de enfermagem. EXAMES DE OTORRINOLARINGOLOGIA O setor de otorrinolaringologia realiza um conjunto de exames para avaliar a audição e o equilíbrio corporal. Não há atuação da enfermagem. EXAMES DE PNEUMOLOGIA Na pneumologia são realizados exames que avaliam a função pulmonar. A enfermagem orienta o cliente em manobras respiratórias que permitem a mensuração de diversos parâmetros da mecânica pulmonar e da troca gasosa. POLISSONOGRAFIA A polissonografia avalia e acompanha os distúrbios do sono. Não há atuação da enfermagem. EXAMES DE RADIOLOGIA A radiologia avalia estruturas por meio de raios que incidem e formam a imagem. Para alguns exames específicos, utiliza-se contraste ou ar retal e, nesses procedimentos, há participação da enfermagem para administrar as medicações. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59121 122 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A ressonância magnética possibilita a avaliação de uma estrutura por meio de ondas de radiofreqüência, sem radiação ionizante do aparelho, que incidem e formam a imagem. Pode haver uso de contraste via endovenosa. A enfermagem verifica se o cliente está nas condições para realizar o exame (sem instrumentos de metal, maquiagem, etc.), punciona um acesso venoso para administrar o contraste, posiciona o cliente e orienta-o sobre o exame e o equipamento de ressonância magnética.TOMOGRAFIA Na tomografia, obtêm-se imagens por meio de raio X. O equipamento realiza radiografias transversais da região a ser analisada, permitindo que ela seja retratada com precisão. Pode haver uso de contraste oral ou endovenoso, que é administrado pela enfermagem. ULTRA-SONOGRAFIA Na ultra-sonografia, é avaliada a estrutura por meio de ondas sonoras, imperceptíveis ao ouvido humano, que incidem e formam a imagem. A enfermagem prepara os materiais e as medicações anestésicas a serem utilizados nos procedimentos de ultra-sonografia que envolvem punções de órgãos, como das mamas. 7. Assinale quais conseqüências podem decorrer de uma punção venosa. A) Lesão de nervos e irritação ocular. B) Enxaqueca e edema local. C) Hematoma e flebite. D) Reação cutânea e choque cardiogênico. 8. O exame de cultura de urina em mulheres deve ser colhido sempre em mesa ginecológica: A) quando a cliente estiver menstruada ou usando óvulo ou pomada vaginal. B) se a cliente estiver apresentando quadro anormal de leucorréia. C) se a cliente não apresentar condições de realizar a higiene sozinha. D) todas as anteriores. Respostas no final do capítulo proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59122 123 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC AD 9. A Resolução COFEN no 146, de 1o de junho de 1992, preconiza: A) que o enfermeiro pode realizar coleta domiciliar. B) o técnico de enfermagem pode realizar gasometria arterial na ausência do enfermeiro. C) a presença/responsabilidade do enfermeiro nos locais onde são executadas ações de enfermagem. D) as alternativas A e C estão corretas. 10. Assinale os procedimentos que são privativos do enfermeiro. A) Sondagem vesical de alívio e de demora. B) Manipulação de cateteres de longa permanência e totalmente implantados e punção arterial. C) Punção venosa e coleta de urocultura em crianças menores de 1 ano. D) As alternativas B e C estão corretas. 11. Assinale as funções técnicas do enfermeiro. A) Manipulação de cateteres de longa permanência e totalmente implantados e punção arterial. B) Orientação dos clientes sobre o preparo para a realização de exames. C) Aplicação de vacinas. D) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 12. Assinale as funções gerenciais do enfermeiro. A) Confeccionar as escalas mensais, diárias e de tarefas. B) Realizar manutenção nos sistemas de informática. C) Gerenciar conflitos entre a equipe de enfermagem e/ou multidisciplinar. D) As alternativas A e C estão corretas. Respostas no final do capítulo CASO CLÍNICO O Centro de Medicina Diagnóstica Beta (fictício) recebe a cliente H.R.T., 88 anos, sexo feminino, para realizar coleta de sangue por meio de cateter totalmente implantado e exame de cultura de urina. A cliente deambula e não precisa de auxílio para realizar as suas necessidades básicas. Refere ter leucorréia em grande quantidade. O enfermeiro responsável pela unidade estava ausente. O técnico de enfermagem realizou a punção no cateter totalmente implantado e colheu sangue para hemocultura e hemograma completo. A senhora H.R.T. foi encaminhada ao sanitário para colher amostra de urina. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59123 124 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A 13. A manipulação de cateteres de longa permanência e totalmente implantados é restrita a qual(is) profissional(is) da enfermagem: A) auxiliar e técnico de enfermagem. B) técnico de enfermagem. C) técnico de enfermagem e enfermeiro. D) enfermeiro. 14. A senhora H.R.T. poderia ter colhido o exame de cultura de urina sozinha no sanitário? Justifique a sua resposta. ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... Respostas no final do capítulo CONCLUSÃO Com o avanço da medicina diagnóstica, fica evidente a necessidade de capacitação do profissional enfermeiro para atuar no âmbito assistencial e gerencial, garantindo a qualidade do serviço prestado. Entretanto, de acordo com Silva,6 ainda temos um maior número de profissionais de nível médio (auxiliares e técnicos de enfermagem) atuando em centros de medicina diagnóstica do que de enfermeiros, devido ao fato de a remuneração do profissional do nível médio ser mais baixa do que a do enfermeiro. Assim, algumas instituições contratam esses profissionais para assumir as funções do enfermeiro. Diante dessa situação, o enfermeiro deve buscar instrumentalização para assumir, com competência, as suas funções e se declarar a favor da regulamentação e valorização da profissão, sem distinção de área de atuação. Existem poucas pesquisas sobre a atuação do enfermeiro em centros de medicina diagnóstica, no entanto, é certo que o enfermeiro vem atuando nessa área, e atuando muito bem. É preciso que os enfermeiros divulguem as suas experiências por meio de pesquisas e publicações. A medicina diagnóstica ainda é uma área em plena expansão e, com certeza, um campo vasto e interessante para a atuação do enfermeiro. Atuar em um centro de medicina diagnóstica implica ter uma percepção nítida de que precisamos conquistar e fidelizar o cliente em um curto espaço de tempo, o que é altamente desafiador e compensador. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59124 125 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADRESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS Atividade 1 Resposta: D Comentário: O surgimento da medicina diagnóstica se deu por meio do desenvolvimento tecnológico e do avanço da medicina, que propiciaram o surgimento de caminhos cada vez mais precisos e detalhados, que permitissem o diagnóstico por meio de exames e técnicas menos invasivas e desconfortáveis. Atividade 4 Resposta: D Comentário: Dentro de uma instituição organizacional, espera-se que o enfermeiro seja capaz de: ■■■■■ liderar a equipe, dando-lhe direção e motivação; ■■■■■ executar ações inovadoras; ■■■■■ transmitir à equipe, de forma clara e assertiva, informações, idéias, resultados e emoções; ■■■■■ influenciar a equipe com suas idéias, a fim de alcançar metas e resultados; ■■■■■ ter flexibilidade para lidar com diferentes profissionais e pessoas; ■■■■■ ter visão do objetivo, da missão e dos valores da empresa, bem como transmiti-los à sua equipe e garantir que sejam cumpridos; ■■■■■ entender o negócio da empresa e caminhar juntamente com os objetivos do planejamento estratégico da instituição; ■■■■■ adaptar-se às mudanças, não temendo o desconhecido, o novo. Atividade 5 Resposta: A Comentário: O enfermeiro deve buscar instrumentalização para assumir com competência as suas funções e declarar-se a favor da regulamentação e valorização de sua profissão, sem distinção de área de atuação, além de divulgar as suas experiências através de pesquisas e publicações. Atividade 6 Resposta: A Comentário: Quando o aparecimento do hematoma decorrente de uma punção venosa estiver dentro das 24 horas após a punção, devemos orientar o cliente a realizar compressas com gelo, nunca ultrapassando 15 a 20 minutos, pois pode haver lesão do tecido exposto ao gelo. Atividade 7 Resposta: C Comentário: O hematoma na punção venosa pode ocorrer devido ao extravasamento do sangue quando um vaso é transfixado no momento da punção. A flebite é a inflamaçãode uma veia. A veia atingida fica rígida e pode apresentar hiperemia, calor e dor local. Atividade 8 Resposta: D Comentário: Pensando na qualidade da amostra, o exame de cultura de urina em mulheres deve ser colhido em mesa ginecológica nas seguintes condições: quando a cliente estiver menstruada; fazendo uso de óvulo ou pomada vaginal; apresentando quadro anormal de leucorréia e se a cliente não apresentar condições de realizar a higiene da região genital sozinha. Essa ação evita que a urina sofra contaminação de agentes externos. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59125 126 AT UA ÇÃO DO EN FER ME IRO EM ME DIC INA DIA GN ÓS TIC A Atividade 9 Resposta: C Comentário: A Resolução COFEN - 146, de 1 de junho de 1992, preconiza a presença/ responsabilidade de um enfermeiro nos locais onde são executadas ações de enfermagem. Atividade 10 Resposta: B Comentário: São procedimentos privativos do enfermeiro: a manipulação de catéteres de longa permanência e totalmente implantados e a punção arterial. Atividade 11 Resposta: D Comentário: Manipulação de catéteres de longa permanência e totalmente implantados, punção arterial, orientação sobre o preparo para a realização de exames e aplicação de vacinas são algumas funções técnicas do enfermeiro. Atividade 12 Resposta: D Comentário: Confeccionar as escalas mensais, diárias e de tarefas e gerenciar conflitos entre a equipe de enfermagem e/ou multidisciplinar são funções gerenciais do enfermeiro. Atividade 13 Resposta: D Comentário: A manipulação de catéteres de longa permanência e totalmente implantados é privativa do enfermeiro, não podendo ser realizada por auxiliares e técnicos de enfermagem. Atividade 14 Resposta: Não. O colaborador da enfermagem deveria ter explicado para a cliente a necessidade de colher essa urina em mesa ginecológica, por conta da grande quantidade de leucorréia que poderia contaminar a amostra de urina, comprometendo o resultado do exame. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59126 127 PR OE NF SA ÚDE DO AD UL TO SE SC ADREFERÊNCIAS 1 Taffner VB. Dilemas éticos: a percepção de enfermeiros de instituições de medicina diagnóstica [dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem da USP; 2005. 2 Ximenes S. Minidicionário da língua portuguesa. 2 ed. São Paulo: Ediouro; 2000. p. 322. 3 Sannazzaro CA. Contribuição para o estudo dos custos unitários de análises bioquímicas quantitativas realizadas pelo processo manual e pelo processo automático no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, em 1989 [tese]. São Paulo (SP): Faculdade de Saúde Pública da USP; 1993. 4 Radvany J. Ressonância: prêmio Nobel magnetizado. Ser médico. 2004;6(26):17-9. 5 Moura RA. Colheita de material para exames de laboratório: assegurando a qualidade dos serviços no laboratório clínico. São Paulo: Atheneu; 1998. 6 Silva AM. Caracterização do trabalho da enfermagem em laboratório de análises clínicas [dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem da USP; 2004. 7 Lima AC. Atuação do enfermeiro no centro de diagnóstico - CDI. Nursing. 2005;85(8):260-1. 8 Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Portaria nº CVS-01, de 18 de janeiro de 2000. Dispõe sobre as condições de funcionamento dos laboratórios de análises clínicas, patologia clínica e congêneres. Diário Oficial Estado de São Paulo, São Paulo, 19 fev 2000. Seção 1, p.1-63. 9 Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 146, de 01 de junho de 1992. Dispõe sobre a obrigatoriedade de haver enfermeiro em todas as unidades de serviço em que são desenvolvidas ações de enfermagem. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Enfermagem; 1992. 10 Trevizan MA. A função administrativa do enfermeiro no contexto da burocratização hospitalar. Rev Bras Enferm. 1987;40 (4):204-9. 11 Kurcgant P. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 12 Fleury Medicina e Saúde. Exames e serviços. [capturado 2007 Apr 04]. Disponível em: http:// www.fleury.com.br/site/calandra.nsf/weHP/HPTsite_fleury-0022. proenf-sa_4_A atuação do enfermeiro.pmd 28/8/2007, 10:59127 P964 Programa de Atualização em Enfermagem : saúde do adulto : PROENF / organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem ; coordenadora-geral, Carmen Elizabeth Kalinowski, diretoras cadêmicas, Jussara Gue Martini, Vanda Elisa Andres Felli. – Ciclo 1, módulo 2 (2006) – Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2006 – 17,5 x 25cm. (Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância) (SESCAD). ISSN: 1809-7782 1. Enfermagem – Educação a distância. I. Associação Brasileira de Enfermagem. II. Kalinowski, Carmen. III. Martini, Jussara Gue. IV. Felli, Vanda Elisa Andres. CDU 616-083(07) Catalogação na publicação: Júlia Angst Coelho – CRB 10/1712 PROENF. Saúde do adulto Reservados todos os direitos de publicação à ARTMED/PANAMERICANA EDITORA LTDA. Avenida Jerônimo de Ornelas, 670 – Bairro Santana 90040-340 – Porto Alegre, RS Fone (51) 3025-2550. Fax (51) 3025-2555 E-mail: info@sescad.com.br consultas@sescad.com.br http://www.sescad.com.br Capa e projeto: Paola Manica Diagramação: Ethel Kawa Editoração eletrônica: João Batysta N. Almeida e Barbosa Coordenação pedagógica de processamento: Evandro Alves Coordenação pedagógica de revisão: Magda Collin Gestão de produção editorial: Alane Nerbass Souza Secretaria editorial: Priscila Amaral e Jamille Daiana C. da Luz Processamento pedagógico: Mônica Kalil, Alane Nerbass Souza e Doris Fiss Revisão do processamento pedagógico: Alane Nerbass Souza e Cristina Piccoli Revisão bibliográfica: Caroline Costa Charles Planejamento e controle da produção editorial: Bruno Bonfanti Rios Gerenciamento da produção editorial: Lisiane Wolff Coordenação-geral: Geraldo F. Huff proenf-sa_0_Iniciais e sumario.PMD 28/8/2007, 10:564 Associação Brasileira de Enfermagem Diretoria Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn Nacional SGAN, 603. Conjunto “B” - CEP: 70830-030 - Brasília, DF Tel (61) 3226-0653 - E-mail: aben@abennacional.org.br http://www.abennacional.org.br Presidente Francisca Valda da Silva Vice-presidente Ivete Santos Barreto Secretária-Geral Tereza Garcia Braga Primeira Secretária Ana Lígia Cumming e Silva Primeira Tesoureira Fidélia Vasconcelos de Lima Segunda Tesoureira Jussara Gue Martini Diretor de Assuntos Profissionais Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Diretor de Publicações e Comunicação Social Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Diretora Científico-Cultural Maria Emília de Oliveira Diretora de Educação Carmen Elizabeth Kalinowski Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem (CEPEn) Josete Luzia Leite Membros do Conselho Fiscal José Rocha Marta de Fátima Lima Barbosa Nilton Vieira do Amara Coordenadora-geral do PROENF: Carmen Elizabeth Kalinowski Enfermeira. Mestrado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Diretora de Educação da ABEn. Diretoras acadêmicas do PROENF/Saúde do adulto: Jussara Gue Martini Enfermeira. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora e pesquisadora no Departamento de Enfermagem e no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segunda tesoureira da ABEn (gestão 2004–2007). Vice-coordenadora da Educativa. Vanda Elisa Andres Felli Professora Associada do Departamento de Orientação Profissional/Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). proenf-sa_0_Iniciais e sumario.PMD 28/8/2007, 10:565 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM MEDICINA DIAGNÓSTICA INTRODUÇÃO OBJETIVOS ESQUEMA CONCEITUAL ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UM CENTRO DE MEDICINADIAGNÓSTICA ÁREAS DE ATUAÇÃO EMUM CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA ANÁLISES CLÍNICAS CAPILAROSCOPIA EXAMES DE CARDIOLOGIA CHECK-UP COLONOSCOPIA COLPOSCOPIA DENSITOMETRIA ÓSSEA ELETROENCEFALOGRAFIA ELETRONEUROMIOGRAFIA ENDOSCOPIA HISTEROSCOPIA MAMOGRAFIA EXAMES DE MEDICINA FETAL EXAMES DE OFTALMOLOGIA EXAMES DE OTORRINOLARINGOLOGIA EXAMES DE PNEUMOLOGIA POLISSONOGRAFIA EXAMES DE RADIOLOGIA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA TOMOGRAFIA ULTRA-SONOGRAFIA CASO CLÍNICO CONCLUSÃO RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS REFERÊNCIAS
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