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Resumo Histologia: Tecido Cartilaginoso MED 112 Maio 2017 _______________________________________________________________ ● Características: ➔ forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida ➔ funções: suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, em que absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações ➔ contém células, os condrócitos, e abundante material extracelular, que constitui a matriz cartilaginosa ➔ cavidades da matriz são ocupadas pelos condrócitos (lacunas); cada lacuna pode conter um ou mais condrócitos ➔ estrutura da matriz: constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas glicoproteínas ➔ não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio) ➔ cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares ➔ desprovido de vasos linfáticos e de nervos ➔ as cartilagens (exceto as articulares e a cartilagem fibrosa) são envolvidas por uma bainha conjuntiva, o pericôndrio (contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos), que continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra ● As cartilagens se diferenciam em 3 tipos: Cartilagem Hialina: matriz contém delicadas fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo II associadas a ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas ❖ tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano ❖ a fresco, é branco-azulada e translúcida ❖ forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo ❖ entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário (cartilagem hialina) responsável pelo crescimento do osso em extensão ❖ no adulto, é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos Cíntia G. N. MED 112 UFJF Cartilagem Elástica: contém poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas Cartilagem Fibrosa: apresenta matriz constituída preponderantemente por fibras de colágeno tipo I OBS: cartilagem é essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intrauterina e depois do nascimento ● Pericôndrio: todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares, são envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo, denso na sua maior parte ➔ é fonte de novos condrócitos para o crescimento ➔ é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no tecido cartilaginoso ➔ formado por tecido conjuntivo muito rico em fibras de colágeno tipo 1 na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima da cartilagem ● Condrócitos: ➔ na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos apresentam forma alongada, com o eixo maior paralelo à superfície ➔ mais profundamente, são arredondados e aparecem em grupos de até oito células (grupos isógenos = cels originadas de um único condroblasto) ➔ são células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como a condronectina ➔ células vivem sob baixas tensões de oxigênio ➔ nutrientes transportados pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram a matriz da cartilagem e alcançam os condrócitos mais profundos ● Crescimento da Cartilagem: ➔ se deve a 2 processos: Intersticial: por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes ➔ menos importante e quase só ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem ➔ à medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o crescimento intersticial deixa de ser viável e a cartilagem passa a crescer somente por aposição Aposicional: se faz a partir das células do pericôndrio ➔ Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento do número de células ➔ Células da parte profunda do pericôndrio multiplicam-se e diferenciam-se em condrócitos, que são adicionados à cartilagem ➔ A parte superficial das cartilagens em crescimento mostra transições Cíntia G. N. MED 112 UFJF entre as células do pericôndrio e os condrócitos ● Cartilagem Elástica: ➔ encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe ➔ semelhante à cartilagem hialina, porém inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio ➔ tem cor amarelada (elastina) ➔ apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição ➔ menos sujeita a processos degenerativos ● Cartilagem Fibrosa (fibrocartilagem): ➔ possui características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina ➔ encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana ➔ está sempre associada à conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites entre os dois ➔ os condrócitos formam fileiras alongadas ➔ matriz acidófila, por conter grande ➔ quantidade de fibras colágenas, substância fundamental escassa e limitada à proximidade das lacunas que contêm os condrócitos ➔ numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras ➔ não há pericôndrio ● Correlação Clínica: Hérnia de Disco: ruptura do anel fibroso, mais frequente na sua parte posterior, na qual os feixes colágenos são menos densos, resulta na expulsão do núcleo pulposo e no achatamento concomitante do disco ➔ Quando o disco se movimenta na direção da medula espinal, pode comprimir nervos, provocando fortes dores e distúrbios neurológicos ➔ Na maioria dos casos a dor se estende pela parte inferior da região lombar Cíntia G. N. MED 112 UFJF
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