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FISIOLOGIA HUMANA I
REJEIÇÃO
	A rejeição é o reconhecimento fisiológico de um elemento como estranho para o organismo, promovendo uma resposta imunológica capaz de combatê-lo e impedir sua proliferação, livrando o hospedeiro de possíveis riscos, apesar de que, em muitos casos, o elemento não é perigoso, apenas possui código genético diferente. O sistema imunológico media a reação de rejeição, sendo ele composto por linfócitos; que reconhecem especificamente os antígenos, células apresentadoras de antígenos (APCs); que capturam os antígenos para que sejam apresentados, e células efetoras; que eliminam os antígenos. O que caracteriza um processo de rejeição é a presença de um infiltrado inflamatório composto por células T CD4, T CD8, macrófagos, linfócitos B e células natural killer. Esse processo não é realizado por um único tipo de célula ou por um único mecanismo. Inicialmente a reação se deve a uma resposta do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), que codifica proteínas receptoras atuantes no reconhecimento e na apresentação de antígenos. No corpo humano ele é denominado de moléculas de HLA e sua função básica é apresentar um antígeno a um receptor de células T complementar. Para que isso ocorra existem duas vias: a via direta, quando as células T do hospedeiro reconhecem as moléculas de HLA estranhas, expressas na superfície celular do novo elemento, e a via indireta, quando as células T CD4+ do hospedeiro reconhecem as moléculas de HLA do elemento depois que elas são capturadas, processadas e apresentadas pelas APCs. Os mecanismos e o período em que ocorre a rejeição variam de acordo com o seu tipo. Na forma hiperaguda a mediação ocorre por anticorpos pré-formados no receptor que são dirigidos contra antígenos do elemento estranho; ela ocorre por volta de minutos ou horas depois da infiltração do antígeno, o que dependerá da concentração e do tipo de anticorpo do hospedeiro. Uma forma de se evitar esse tipo de rejeição é através da prova cruzada, teste que identifica a presença desses anticorpos, porém não sua especificidade. Já a forma aguda é mediada por linfócitos T e se apresenta cerca de algumas semanas após a invasão. Nesse caso as células T do receptor reconhecem o antígeno através principalmente da via direta. A forma aguda é caracterizada pela presença de um infiltrado rico em linfócitos e monócitos. Ela pode ser evitada através da terapia imunossupressora, que consiste na utilização de drogas que deprimem o sistema imunológico com a intenção de não produzir uma resposta imunológica. Por exemplo: os corticosteroides bloqueiam o gene de citocina, e a ciclosporina A, que bloqueia a via de ativação das células T. Por fim a rejeição crônica, que só aparece após alguns meses ou anos depois da presença do antígeno e não possuindo nenhum tipo de prevenção ou tratamento. O mecanismo que ocorre nesse tipo de rejeição é a hipersensibilidade celular, sendo ativados os linfócitos T auxiliares e T citotóxicos, predominando as células CD4+ e CD8+. A lise das células contaminadas, nesse caso, resulta da ação das células T do hospedeiro juntamente com as células T citotóxicas. Esses variados mecanismos de rejeição podem ocorrer em diversos casos, como em abortos espontâneos, xenotransplantes, transfusões de sangue e transplantes.
Alunas: Ketyllen Almeida e Dayana Moreira
Orientadora: Profa. Dra. Mirizana Alves de Almeida
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARIA, B. A. et al. Ação dos linfócitos T regulatórios em transplantes. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v.30, n. 4, p. 309-315.
PEAKMAN, M.; VERGANI, D. Imunologia básica e clínica. Elsevier, 2011.

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