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Psicologia e direito infantil.

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Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé
Debora Cristina de Souza
Felipe Arantes
Isabela
Laura Andreo e Silva
Leonardo Henrique Souza dos Reis
Lívia Vilela Feitosa
Lucas Mendonça
Marcelo Araújo
Matheus Alves
Maria Julia Rocha Mussi
Nayara
Rafael Roberto Gomes
Vanessa Borba Monteiro
A Psicologia e a vara da infância e juventude: Abuso sexual, pedofilia e violência infantil.
Guaxupé, maio de 2017.
Introdução
Este artigo introduzira breves explicações técnicas sobre o parecer psicológico correlacionado a justiça da vara da infância e juventude, aplicando também todo conteúdo teórico elaborado em aula pela professora Malu Alves de Souza.
1.1 Estrutura
Este artigo não vista explicação acerca do parecer teórico aplicado a justiça propriamente dita, e sim, visa um entendimento no sentido técnico mostrando a visão psicológica sobre delitos onde se encontram diretamente ou indiretamente envolvidos, jovens impúberes.
O crime e sua natureza.
Este tópico visa exemplificar e esclarecer dúvidas sobre os tipos mais comuns envolvendo menores de 18 anos. 
2.1 Abuso sexual infantil
De acordo com Silva (1998), a violência sexual acontece em todos os tipos de classes. O abuso sexual se caracteriza por três maneiras distintas: não envolvendo contato físico (abuso verbal); envolvendo contato físico (caricias, sexo oral, sexo anal, manipulação das genitais) e envolvendo violência (estupro).
Ainda para Silva (1998) e Araújo (2002), o abuso sexual infantil é um ato que envolve vergonha, medo, culpa e desafiam questões culturais, o silêncio pode ser muitas vezes adotado para que preserve o núcleo familiar, evitando contradições no papel de proteção que a família deve ter quando na realidade é de agressão, geralmente o agressor é um indivíduo com quem a criança mantém uma relação estreita e de confiança. As estratégias do abuso sexual de crianças podem ser divididas em cinco fases: a fase do envolvimento, a fase da interação sexual, a fase do sigilo, a fase da revelação e a fase da repressão. Existem alguns indicadores que nos ajudam na identificação de casos deste tipo de abuso. São eles:
Indicadores Físicos: lesões corporais, infecções urinarias e de garganta (sem ligação com resfriado), secreções vaginais, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
Indicadores Comportamentais: o comportamento da criança deve ser observado e questionado em relação a mudanças com desconhecimento de um motivo. A criança pode ter:
Comportamento Submisso: uma criança que sofre com abuso, poderá apresentar este tipo de comportamento acompanhado de insegurança, isto a prejudicará em diversos assuntos de sua vida, como por exemplo, na escolha de decisões importantes.
Comportamento Agressivo: a criança ao sofrer o abuso sexual provavelmente teve uma resistência a ele e certamente procurou ajuda, ao não obter resultados satisfatórios, aumenta suas frustrações, o comportamento se altera tornando-se agressivo.
Comportamento Pseudomaduro: neste tipo de comportamento a criança torna-se externamente mais madura a introdução prematura ao sexo nessas crianças resulta em aparências e comportamentos que podem ser fachadas para um problema de crianças amedrontadas.
Portanto para Silva (1998) e Araújo (2002), a criança que sofre com o abuso quando vê uma cena de carícias, das indiretas repudiando um indivíduo que possa representar o que pode ter realmente a ver com seu trauma, apresentam o comportamento de se masturbarem frequentemente e realizam esta atividade sexual. Normalmente utilizam objetos e podem tornar-se agressores sexuais mais tarde. Estas crianças descrevem órgãos genitais e cenas de caricias facilmente, este tipo de comportamento deve ser avaliado de forma cautelosa, pois, a criança pode realmente ter vivido o abuso ou pode apenas presenciar excessivamente cenas deste tipo pela mídia ou até mesmo na família, como exemplo “assistir“ os pais fazerem sexo.
Segundo Bezerra (2006), a criança abusada evita ficar em casa, procura gastar o máximo de tempo nas suas atividades. Acreditam que estão mais protegidas em outros lugares do que em sua própria casa.
Portanto para Silva (1998), a alteração do sono pode ser um grave indicador do abuso, crianças que sofreram ou sofrem com isso não tem noites de sono tranqüilas ou tem insônia, acordam cansadas, dificultando assim sua concentração em diversas tarefas ou pode ocorrer o contrário, a criança dormir demais é uma forma de fugir da realidade, é um dos sintomas de depressão clínica (dentre os principais sintomas então: distúrbio do sono, alteração do apetite e choro sem motivo aparente) ideias de suicídio e a automutilação; são presentes em crianças nessa situação a baixa autoestima, sendo acentuada neste momento em que a criança sente vergonha do lhe aconteceu e de seus comportamentos adotados, comportamentos histéricos e transtorno de personalidade, uso de drogas ilícitas e licitas podendo resultar em dependência.
O comportamento pode tornar-se infantil tentando voltar a uma época em que tudo era mais fácil e sem agressões ou que pelo menos não lembre e entendam elas. Alguns sentimentos são expressos de forma intensa pelas crianças; São eles: culpa vergonha, perda, tristeza, confusão, ambivalência, irritação, medo, ansiedade, insegurança e impotência. (ARAUJO, 2002; BEZERRA, 2006; SILVA, 1998).
Silva (1998) e Araújo (2002), concluem que, estas crianças apresentam uma grande dificuldade de concentração para tarefas, implicando diretamente no rendimento escolar, devido à ansiedade de resolver ou evitar seus problemas, como evitar o próximo abuso. São e serão pessoas que terão dificuldades em se relacionar com outros indivíduos por não terem facilidade em confiar em pessoas e geralmente tem mais dificuldade com pessoas do sexo pelo qual foi abusado, pela falta de boas experiências com uma figura deste sexo.
Essas crianças tornam-se sensuais e tem o comportamento com estes paramentos onde foram aprendidos com o primeiro agressor e que podem facilitar uma próxima agressão. A criança por sua natureza age de maneira carinhosa sem nenhum interesse sexual, apenas quer receber carinho e atenção, no entanto, quando o adulto é propício a realizar tal ato, confunde-se com o ato de paixão e malícia.
2.1.1 Sequelas do abuso sexual
O que pode acontecer a uma criança que sofreu abuso sexual. O papel da família é essencial na recuperação física e emocional da criança que sofreu abuso sexual. A atenção que deverá proporcionar a esta criança não deve somente centrar-se no cuidado das suas lesões físicas, mas deve ser acompanhada por outros profissionais para dar-lhe também acompanhamento psicológico.
A criança que sofre ou sofreu algum abuso sexual sofrerá consequências a curto e longo prazo. O Manual de Prevenção do Abuso Sexual, publicado por Save the Children (Salvem as crianças), mostra as seguintes consequências:
Consequências a curto prazo do abuso infantil
- Físicas: pesadelos e problemas com o sono, mudanças de hábitos alimentares, perda do controle de esfíncteres. 
- Comportamentais: Consumo de drogas e álcool, fugas, condutas suicidas ou de autoflagelo, hiperatividade, diminuição do rendimento acadêmico.
- Emocionais: medo generalizado, agressividade, culpa e vergonha, isolamento, ansiedade, depressão, baixa autoestima, rejeição ao próprio corpo (sente-se sujo).
- Sexuais: conhecimento sexual precoce e impróprio para a sua idade, masturbação compulsiva, exibicionismo, problemas de identidade sexual.
- Sociais: déficit em habilidades sociais, retração social, comportamentos antissociais0.
Consequências a longo prazo do abuso sexual infantil
Existem consequências da vivência que permanecem, ou inclusive podem piorar com o tempo, até chegar a configurar patologias definidas. Por exemplo:
- Físicas: dores crônicas gerais, hipocondria ou transtornos psicossomáticos, alterações do sono e pesadelos constantes, problemas gastrointestinais, desordem alimentar.
- Comportamentais: tentativa de suicídio, consumo de drogas e álcool, transtornode identidade.
- Emocionais: depressão, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade para expressar sentimentos.
- Sexuais: fobias sexuais, disfunções sexuais, falta de satisfação ou incapacidade para o orgasmo, alterações da motivação sexual, maior probabilidade de sofre estupros e de entrar para a prostituição, dificuldade de estabelecer relações sexuais.
- Sociais: problemas de relação interpessoal, isolamento, dificuldades de vínculo afetivo com os filhos.
Pedofilia
Pedofilia é uma forma doentia de satisfação sexual. Trata-se de uma perversão, um desvio sexual, que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças. Apesar da divergência conceitual entre médicos e psicanalistas, tendo-se como base a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde, que no item F65.4, define pedofilia como preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade.
Os pedófilos em sua maioria, são homens, o que dificulta a identificação é que todos aparentam ser normais, geralmente atuam pela internet e podem se transformar em agressores sexuais ao converterem suas fantasias em atos reais, porém nem todos necessariamente assim fazem, pois, a perversão sexual pode ficar em estado oculto, latente, sem manifestação exterior. Por outro lado, nem todos aqueles que agridem sexualmente de crianças são necessariamente pedófilos no sentido clínico. Assim, tecnicamente é mais adequado utilizar o termo agressor sexual para descrever as pessoas que mantém relações sexuais com crianças e adolescentes, já que este conceito inclui os pedófilos, mas não se limita a eles.
Todavia, no âmbito estritamente jurídico, a pedofilia é comumente conceituada como o abuso sexual de crianças e adolescentes, ensejando inúmeros crimes previstos tanto no ECA, quanto no CP.
Assim, temos no CP os crimes contra a dignidade sexual, possuindo capítulo específico acerca dos crimes sexuais contra vulneráveis, assim como o ECA.
	CÓDIGO PENAL
	Art. 217-A
	Estupro de vulnerável;
	Art. 218
	Mediação de menor de 14 anos para satisfazer a lascívia de outrem;
	Art. 218
	Satisfação da lascívia mediante a presença de menor de 14 anos;
	Art. 218-B
	Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável.
	ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
	Art. 240
	Utilização de criança ou adolescente em cena pornográfica ou de sexo explícito;
	Art. 241
	Comércio de material pedófilo;
	Art. 241-A
	Difusão de pedofilia;
	Art. 241-B
	Posse de material pornográfico;
	Art. 241-C
	Simulacro de pedofilia;
	Art. 241-D
	Aliciamento de menores.
Violência Infantil
A violência em qualquer de suas formas mostra a relação de submissão de uma pessoa, que longe de ser tratada como pessoa é tratada como um objeto, pois seus direitos são violados. Existem grupos que são totalmente vulneráveis como as crianças e os idosos. Protegê-los de possíveis casos de violência é fundamental para criar uma sociedade feliz. Em relação ao maltrato infantil, convém recordar que existem diferentes formas de abuso que vão além das palmadas. Ou seja, é possível maltratar uma criança psicologicamente através de insultos e xingamentos.
Além disso, uma criança também pode ser maltrata quando não recebe cuidados especiais para seu crescimento. A violência sofrida pelas crianças pode apresentar problemas de baixa autoestima, de relacionamento social, de desconfiança, de baixo rendimento escolar, de mau humor, medos excessivos e tristeza. Todo ser humano é digno de amor, cuidados e respeito, por isso, quando são violados os direitos de uma pessoa através da violência, a mesma se torna vítima de uma atitude destrutiva do agressor. Em certas ocasiões as crianças silenciam a violência por causa do medo.
O maltrato infantil pode ser exercido de diferentes maneiras, por exemplo, pelo abuso sexual, pelo abuso físico, pelo maltrato emocional e pelo abandono físico. As instituições e os cidadãos tem que lutar de forma ativa para defender os direitos dos grupos mais vulneráveis para que crianças e idosos tenham boa qualidade de vida. É importante que todo ser humano se sinta amado e querido em qualquer momento da vida.
A infância é o período em que as crianças começam a descobrir o mundo e a vida. As crianças que crescem em um lar cheio de amor e harmonia são aquelas que na idade adulta possuem uma autoestima sólida graças ao carinho que receberam. Ao contrário, aqueles que sofreram algum tipo de violência na infância podem sofrer carências afetivas e trazer sequelas ao longo do tempo.
Entende-se por maltrato infantil qualquer ação que realizada de forma consciente possa causar graves danos a uma criança. Enfim, as crianças merecem ser felizes.
REFERÊNCIAS
GUIA INFANTIL. Pedofilia e abuso sexual. Disponível em: <http://br.guiainfantil.com/pedofia-e-abuso-sexual/365-as-consequencias-do-abuso-sexual-infantil.html>. Acesso em: 13 mai. 2017.
PSICOLOGADO. Abuso sexual na infância. Disponível em: <https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/abuso-sexual-na-infancia>. Acesso em: 13 mai. 2017.

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