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Questionário Teoria Geral do Direito

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Questionário Teoria Geral do Direito 
 
1. Cite e explique quais os sistemas jurídicos existentes no mundo ocidental. Qual a base desses 
sistemas jurídicos? 
Common Law - Anglo / Saxão (Ingleses) - Os casos são a base principal. 
Civil Law - Romano / Germanico (Brasil) - As leis são a base principal. 
 
2. Atualmente, de onde vem o fundamento para a existência da lei? 
“Ubi Societas, Ibi Jus” = Onde está a sociedade está o Direito. 
Direito é um fato ou fenômeno social, não existe se não na sociedade e não pode ser concebido fora dela. 
A sociedade é o laboratório do Direito. É necessário acontecer o fato na sociedade para fundamentar a existência da lei. 
Assim, as necessidades da população vão definindo as leis a fim de que seja promovida a ordem. 
“Verum Ac Factum Convertuntur” = o verdadeiro e o fato se convertem. 
Existem tantas espécies de normas e regras jurídicas quantos são os possíveis comportamentos e atitudes humanas. 
 
3. O que caracteriza um estado como Estado Democrático de Direito? 
O Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das 
liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento 
de uma proteção jurídica. Em um estado de direito, as próprias autoridades políticas estão sujeitas ao respeito das 
regras de direito. 
 
4. Comente a frase: O Direito torna jurídico tudo que toca. 
Diríamos que o Direito é como o rei Midas. Se na lenda grega esse monarca convertia em ouro tudo aquilo em que 
tocava, aniquilando-se na sua própria riqueza, o Direito, não por castigo, mas por destinação ética, converte em jurídico 
tudo aquilo que toca, para dar-lhe condições de realizabilidade garantida, em harmonia com os demais valores sociais. 
 
5. Sobre os métodos de pesquisa, diferencie o método indutivo do dedutivo. Dê um exemplo 
correlacionado com a lei. 
Os métodos serão aplicados para manter o ordenamento jurídico em movimento. São importantes para a confecção da 
norma. Sístole e diástase = contração e expansão --- mantém o direito em movimento. 
Método Indutivo: Parte de uma situação particular até chegar no geral. Ex de Lei: Lei Maria da Penha / Lei Carolina 
Dieckmann. 
Método Dedutivo: Parte de uma situação geral para o particular. Ex. de lei: jornada de trabalho de 8 horas. Antes era 
geral ser mais horas para todos. 
 
6. Porque a lei deve ser prévia, estrita e escrita? 
Haja vista que a lei é destinada à sociedade deve, portanto, ser compreendida por todos. A lei, visto isso, deve ser 
prévia, escrita, estrita e certa. 
Lex scripta é a lei escrita, devendo esta ser assim disposta nos códigos não só pelo sistema positivo adotado pelo Brasil, 
mas também pelo reconhecimento de que, já prévia, deve constar na lei de forma que haja acesso a qualquer cidadão. 
Há, assim, objeto certo no qual a lei será procurado, os códigos e a forma determinada, a escrita, abolindo, com isso, a 
forma de transmissão oral da lei. 
Lex stricta é a lei estrita, a qual propõe dois aspectos, tanto consistindo em a lei ser a lei penal a única forma de 
incriminar quanto a situação em que não se permite a analogia com vistas à incriminar. Visto tal enunciado, a lei é estrita 
no sentido de ser apenas a lei penal incriminadora e, por esse propósito, não se pode utilizar a analogia para tipificar 
condutas. 
Lex certa​, lei certa, sendo este postulado o causador da necessidade de a lei não deixar dúvidas sobre seu teor, 
possibilitando que qualquer cidadão compreenda. 
 
Nullum crimen, nulla poena sine lege praevia 
Nullum crimen, nulla poena sine lege scripta 
Nullum crimen, nulla poena sine lege stricta 
Nullum crimen, nulla poena sine lege certa 
 
7. O Direito é um dado ou um construído? Justifique sua resposta. 
Havendo necessidade de uma expressão técnica para indicar os elementos que são apresentados aos homens, sem a 
sua participação intencional, quer para o seu aparecimento, quer para o seu desenvolvimento, dizemos que eles formam 
aquilo que nos é “dado”, o “mundo natural”, ou puramente natural. “Construído” é o termo que empregamos para indicar 
aquilo que acrescentamos à natureza, através do conhecimento de suas leis visando a atingir determinado fim. 
Segundo Montesquieu, a lei é definida como sendo uma “relação necessária que resulta da natureza das coisas”, sendo 
a “natureza das coisas” ao nos referirmos às leis que explicam o mundo físico, ou seja o mundo do “dado”, ou às leis 
morais e jurídicas, que são as mais importantes dentre as que compreendem o mundo da cultura e da conduta humana, 
do “construído”. 
 
Sendo assim, o Direito será sempre um construído, já que as leis são acrescentadas a natureza das coisas para atingir 
um determinado fim. 
8. Qual a importância da axiologia na elaboração das leis? 
Toda lei deve possuir um aspecto valorativo (axiológico) e uma finalidade (teleológico) para ser justa e trazer segurança. 
Como o Direito reflete os valores culturais da sociedade, considerado uma manifestação cultural, uma das finalidades do 
Direito é preservar e garantir esses os valores – sem os quais não caberia falar em liberdade, igualdade e fraternidade – 
o que demonstra que a experiência jurídica é uma experiência ética. 
Invariantes Axiológicas = Dados que não podem variar. Ex.: Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 
 
9. No Direito atual, pode-se dizer que o Direito e a moral estão interligados? Justifique sua resposta, 
adotando uma das teorias trabalhadas em sala. 
 
Os campos do Direito e da moral estão interligados, já que o direito e a moral entrelaçam-se e interpenetram-se de 
diversas maneiras. As normas morais tendem a converter-se em normas jurídicas, já que os dois campos coexistem. 
 
O Direito é coercível, igual pra todo mundo, objetivo, fácil de normatizar na mesma sociedade. 
A Moral é incoercível, cada um tem a sua, subjetivo, não tem como limitar pois depende de vários fatores como criação, 
religião, região, posição sócio-econômica, etc. 
 
De acordo com a Teoria dos Círculos Secantes, tanto um quanto o outro são dotados de autonomia, não dependendo 
um do outro, mas em algum ponto eles se tocam. 
 
 
 
10. Disserte sobre a teoria do mínimo ético. 
 
 
 
 
 
11. Explique o mérito e uma crítica realizada sobre a Teoria pura do Direito. 
 
 
A teoria pura do Direito estuda de forma isolada, desvinculando o direito e da moral. Os dois sistemas são esferas 
independentes. Para Kelsen, a norma é o único elemento essencial ao Direito, cuja validade não depende de conteúdos 
morais. Assim, o Direito é o que está na lei, é o direito positivado. (positivismo jurídico). 
 
Trata-se do Ser e Dever Ser. 
 
Observa-se que Kelsen classificou a ciência jurídica como normativa e descritiva, sem considerar que a função maior do 
Direito não é apenas descrever a realidade, mas, principalmente, prescrever e modificar a realidade, de modo a atender 
a princípios inerentes ao ser humano, tais como o princípio da isonomia e da dignidade da pessoa humana. 
 
 
12. Em que se consiste a Teoria da Coercibilidade? E qual o seu objetivo? 
Em cumprir uma medida de forma obrigatória. Cumprir uma ordem de maneira forçada, coagido,inclusive usando a 
força, objetivando a existência do Direito para promover a ordem social. 
 
 
 
 
13. O que se entende por positivismo jurídico? 
É uma corrente da filosofia do direito que procura reduzir o Direito apenas àquilo que está posto, colocado, dado, 
positivado e utilizar um método científico (empírico) para estudá-lo. Ao definir o direito, o positivismo identifica, portanto, 
o conceito de direito com o direito efetivamente posto pelas autoridades que possuem o poder político de impor as 
normas jurídicas. 
 
14. O que é Norma? 
Norma = Lei + Interpretação. 
É uma regra de conduta imposta, admitida ou reconhecida pelo ordenamento jurídico. Norma e lei são usadas 
comumente como expressões equivalentes, mas norma abrange na verdade também o costume e os princípios gerais 
do direito. 
 
 
15. Em geral, quando a norma jurídica entra no ordenamento jurídico? Cite uma exceção como exemplo. 
Lei 4657 LINDB Art 1º - Salvo disposição contrária (Cláusula de Vigência), a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
A lei pode estabelecer que ela entrará em vigor em uma data (por exemplo, “essa lei entra em vigor no dia tal do mês tal 
do ano tal”), ou um determinado prazo depois de sua publicação (hoje a forma mais comum, como no caso acima, 180 
dias), ou quando um determinado outro fato ocorrer (por exemplo, quando outra norma for aprovada). E se ela não 
estabelecer um prazo, o prazo padrão será de 45 dias a partir de sua publicação. 
Existe, contudo, uma exceção muito importante à essa regra dos 45 dias: as emendas constitucionais não possuem 
vacatio legis. Isso porque uma constituição só é mudada em casos muito importantes, pois ela é a norma mais 
importante do país. Ora, se o assunto é tão importante para forçar uma mudança na Constituição, ele certamente não 
pode esperar para passar a ser regulado. Logo, se a própria emenda não dispuser em contrário, elas entram em vigor 
tão logo publicadas, e não 45 dias depois. 
 
CF não exige Vacatio Legis, já que normalmente as leis entram em vigor na data de publicação. 
Porém, são 2 hipóteses obrigatórias: 
- Lei que cria ou aumenta contribuição social para a seguridade social: vigor em 90 dias após publicação; 
- Lei que cria ou aumenta tributo: vigor em 90 dias após publicação. 
E são 3 hipóteses de vigência imediata: 
- Atos administrativos; 
- Emendas Constitucionais;(tácita = em silêncio) 
- Lei que cria ou altera o processo eleitoral. 
 
 
16. Qual o objetivo da ​Vacatio Legis​? 
Período de vacância da lei após ser publicada para entrar em vigor. 
É um termo jurídico, de origem latina, que significa vacância da lei, ou seja "a Lei Vaga", que é o período que decorre 
entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório. 
Vacatio legis ou algo como “ausência da lei”, é o espaço de tempo entre uma norma ser aprovada e ela entrar em vigor. 
Tem a finalidade de fazer com que os futuros destinatários da lei a conheçam e se preparem para bem cumpri-la. 
 
 
17. Diferencie derrogação da ab-rogação? 
Revogação é a cessação definitiva da vigência de uma lei em razão de uma nova lei. 
Só a lei revoga a lei, conforme o princípio da continuidade das leis. Saliente-​-se que o legislador não 
pode inserir na lei a proibição de sua revogação. 
A revogação pode ser total (ab-​-rogação) ou parcial (derrogação). A revogação ainda pode ser expressa, tácita 
ou global. 
Lei federal só pode ser revogada por lei federal; lei estadual só por lei estadual; e lei municipal só por lei 
municipal. As normas previstas na CF só podem ser revogadas por emendas constitucionais, desde que não 
sejam violadas as cláusulas pétreas. 
Lei 4657 LINDB Art 2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
Derrogação = revogação parcial da lei 
Abrogação = revogação absoluta/total da lei. 
 
 
18. O que é subsunção? 
Pegar a lei e aplicar ao fato concreto. Aplicação quase literal da lei. 
É a ação ou efeito de subsumir, isto é, incluir (alguma coisa) em algo maior, mais amplo. Como definição jurídica, 
configura-se a subsunção quando o caso concreto se enquadra à norma legal em abstrato. É a adequação de uma 
 
conduta ou fato concreto (norma-fato) à norma jurídica (norma-tipo). É a tipicidade, no direito penal; bem como é o fato 
gerador, no direito tributário. 
 
19. Cite e explique 3 fontes do Direito. 
 
As fontes do direito compreendem as causas do surgimento das normas jurídicas e os modos como elas se 
exteriorizam. 
São, pois, duas espécies: 
→ Fontes materiais ou fontes no sentido sociológico ou ainda fonte real; 
→ Fontes formais. 
FONTES MATERIAIS OU REAIS 
As fontes materiais são as causas determinantes da origem da norma jurídica. O assunto extrapola os limites 
da ciência jurídica, registrando conotação metafísica, levando o intérprete a investigar a razão filosófica, 
sociológica, histórica, social, ética, etc., que determinaram o surgimento da norma jurídica. 
Dentre as fontes materiais, merecem destaques: a sociologia, a filosofia, a ética, a política, os pareceres dos 
especialistas, etc. 
As fontes materiais, como se vê, abrangem as causas que influenciaram o surgimento da norma 
jurídica. Kelsen nega a essas fontes o caráter científico-​-jurídico, considerando apenas as fontes formais. 
De fato, a Teoria Pura do Direito de Kelsen elimina da Ciência Jurídica as influências filosóficas, 
sociológicas, políticas etc. 
Já a Teoria Egológica, idealizada por Carlos Cossio e, no Brasil, aceita por Maria Helena Diniz, assevera que 
“o jurista deve ater-​-se tanto as fontes materiais como às formais, preconizando a supressão da 
distinção, preferindo falar em fonte formal-​-material, já que toda fonte formal contém, de modo implícito, uma 
valoração, que só pode ser compreendida como fonte do direito no sentido material”. 
FONTES FORMAIS 
As fontes formais do direito compreendem os modos pelos quais as normas jurídicas se revelam. 
Referidas fontes, classificam-​-se em estatais e não estatais. 
As fontes estatais, por sua vez, subdividem-​-se em: 
a) Legislativas: Constituição Federal, Leis e Atos Administrativos; 
b) Jurisprudenciais: são as decisões uniformes dos tribunais. Exemplos: súmulas, precedentes judiciais 
etc. 
c) Convencionais: são os tratados e convenções internacionais devidamente ratificados pelo Brasil. 
As fontes não-​-estatais são as seguintes: 
a) Costume Jurídico: direito consuetudinário; 
 
b) Doutrina: direito científico; 
c) Convenções em geral ou negócios jurídicos. De fato, os contratos e outros negócios jurídicos 
são evidentemente celebrados com o fim de produzir efeito jurídico e por isso torna-​-se inegável o seu 
ingresso no rol das fontes formais. 
Convém, porém, salientar que a classificação das fontes formais do direito é tema polêmico no cenário 
jurídico. Numerosos autores propõem sobre o assunto a seguinte classificação: 
a) Fonte formal imediataou principal ou direta: é a lei, pois o sistema brasileiro é o do Civil Law ou 
romano germânico. 
b) Fontes formais mediatas ou secundárias: são aquelas que só têm incidência na falta ou lacuna da 
lei. Compreendem a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito (art. 4o da LINDB). Alguns 
autores ainda incluem a equidade. Na Inglaterra, que adota o sistema da Common Law, os costumes são 
erigidos a fonte formal principal. 
Quanto à doutrina e jurisprudência, diversos autores classificam como sendo fontes não​-formais do 
direito. 
Analisando essa classificação, que divide as fontes formais em principais e secundárias, ganha destaque o 
enquadramento das súmulas vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal, com base no art. 103-​-A 
da CF, introduzida pela EC 45/2004. Trata-​-se, sem dúvida, de fonte formal principal, nivelando-​-se à 
lei, diante do seu caráter obrigatório. 
 
 
20. O que vem a ser conflito aparente de normas? Cite e explique as espécies de resolução desse conflito 
aparente. 
Lindb Art. 2 § 2º: A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga ou nem 
modifica a lei anterior. 
O conflito aparente de normas ocorre quando duas ou mais normas se assemelham e, por esta razão, aparentemente 
são aplicáveis ao mesmo fato. 
Critérios para resolução: 
- cronológico 
- hierarquico 
- especialidade: lei geral não revoga lei especial 
 
 
 
 
21. O que é repristinação? 
Repristinação é a restauração da vigência de uma lei anteriormente revogada em virtude da revogação da lei 
 
revogadora. 
Sobre o assunto, dispõe o § 3o do art. 2.o da LINDB: “salvo disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
Assim, o efeito repristinatório não é automático; só é possível mediante cláusula expressa. No silêncio da lei, 
não há falar-se em repristinação. Se, por exemplo, uma terceira lei revogar a segunda, a primeira não 
volta a viger, a não ser mediante cláusula expressa. 
 
 
 
 
22. Interpretação da norma jurídica e integração da norma jurídica são sinônimos? Justifique sua 
resposta. 
Interpretação = quando há lei 
Integração = quando não há lei 
 
Interpretação e integração não são sinônimos, pois a interpretação da norma jurídica procura compreender esta sob uma 
forma ou contexto. Diferente da Integração ou também conhecida como colmatação, que é quando faz-se necessária a 
utilização de uma norma parecidas para aplicar ao caso concreto, é quando não existe lei para a situação apresentada. 
 
23. O que é colmatação da Norma jurídica? 
Colmatação é sinônimo de integração como foi apresentado na questão anterior, ou seja, na ausência de uma norma 
outra semelhante deve ser utilizada para se aplicar ao caso. A colmatação pode acontecer por analogia (para a mesma 
regra, aplica-se a mesma norma), costumes (sempre se atentando aos princípios) ou princípios(?). 
 
Lindb Art 4º. Quando a lei for omissa, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia (para situações semelhantes, aplica-se a 
mesma lógica), os costumes (prática reiterada) e os princípios gerais do direito. O juiz não pode deixar de solucionar o 
caso concreto alegando que há lacunas (integração ou colmatação) no ordenamento jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Quais os métodos utilizados para interpretação das normas jurídicas? Explique cada uma delas. 
A Interpretação da Norma Jurídica pode ser: 
● Gramatical / literal​ (como ela se apresenta) Atentar para a origem etimológica da palavra. 
● Histórica (o contexto em que foi redigida, levando em conta a situação da época). Carga axiológica/valorativa. 
Observar se tem valor atual como teve no passado. 
● Lógica - dedutiva ou indutiva​, sendo aquela de premissas gerais para particulares e esta de premissas 
particulares para o geral. 
● Teleológica- ​“mens legis”( mensagem da lei) e “ratio legis”( razão/ objetivo da lei) busca a finalidade da norma 
(finalística). 
● ​Sistêmica/ sistemática (Quando faz-se necessário a inter-relação/ interdisciplinariedade do direito\ x; Direito 
penal mais direito civil) Interpretações Sistêmicas, conjugadas das várias disciplinas. Caráter interdisciplinar da 
Ciência do Direito. 
 
 
 
 
 
 
25. O que você entende por interpretação autêntica? 
Aquela que é feita pelos legisladores, ou seja, aqueles que criam as leis. ​Emana do próprio poder que fez o ato cujo 
sentido e alcance ela declara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Diferencie interpretação declaratória da declaração ampliativa. 
A interpretação declaratória ​é quando a própria lei iniciativa que deve ser (x; artigo 155). 
A interpretação ampliativa é quando há a possibilidade de aumentar o alcance da Norma(x; artigo 157). Dessa forma, 
Não existe a possibilidade de aumentar o alcance de uma Norma que tenha efeito declaratório. 
Efeitos da Interpretação: 
- Declaratório: esclarece, declara uma determinada situação. 
- Restritiva: vai reduzir o alcance da lei; reduz determinada situação.(Subinclusão) 
- Ampliativa: Aumenta o raio de ampliação da Norma (Sobreinclusão) 
 
 
 
 
 
 
27. Caso uma lei seja alterada durante o prazo da ​Vacatio Legis​, como ficará a nova contagem do seu 
prazo. 
Se a lei ainda não entrou em vigor, para corrigí-la não é necessária nova lei, bastando a repetição da publicação, 
sanando-os os erros, reabrindo-se, destarte, o prazo de vacatio legis em relação aos artigos republicados. 
 
28. O que é ato jurídico perfeito? 
O ato jurídico perfeito é aquele que está acabado( completamente), já surtiu todos os seus efeitos. 
 
Art 6º Lindb. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa 
julgada. 
→ Direito Adquirido: é o que pode ser exercido desde já por já ter sido incorporado ao patrimônio 
jurídico da pessoa. Exceção: questões previdenciárias. ( Direito que já se incorporou a personalidade) 
 → Ato Jurídico Perfeito: é o já consumado de acordo com a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
Exemplo: contrato celebrado antes da promulgação do Código Civil não é regido por este diploma legal, e sim 
pelo Código Civil anterior. 
→ Coisa Julgada: é a sentença judicial de que já não caiba mais recurso. É, pois, a imutabilidade 
da sentença. 
 
Atente-se que a Magna Carta não impede a edição de leis retroativas; veda apenas a retroatividade 
que atinja o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
 
29. Quando uma lei promulgada no Brasil surtirá efeito no estrangeiro? 
§1º: Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de 
oficialmente publicada”. 
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-​-se três meses 
depois de oficialmente publicada. A obrigatoriedade da lei nos países estrangeiros é para os juízes, 
embaixadas, consulados, brasileiros residentes no estrangeiroe para todos os que fora do Brasil tenham 
interesses regulados pela lei brasileira. Saliente-​-se, contudo, que o alto mar não é território estrangeiro, logo, 
no silêncio, a lei entra em vigor 45 dias depois da publicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. O que se entende por “facultas agendi”? 
Faculdade do agente, direito subjetivo 
É faculdade de agir. O direito de fazer o que bem quiser (é o livre arbítrio que todos nós temos). 
É o Direito Subjetivo, uma escolha pessoal. Só existe se houver um direito objetivo correspondente a essa faculdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. Quais as espécies existentes do gênero fato jurídico Latu Senso? 
● Fato jurídico Stricto Sensu​ (que é ausência de vontade ou contra ela) 
● Ato jurídico ​(quando há uma vontade unilateral/ única) 
● Negócio jurídico​ (quando a um acordo/ contrato volitivo de duas ou mais vontades) 
 
 
 
- Fato Jurídico Scricto Sensu: Sentido restrito, sem vontade; 
- Ato Jurídico: Ação com vontade humana, ato de vontade emanado por si só, unilateral; 
- Negócio Jurídico: Sinônimo de acordo de vontades, obrigatório no mínimo 2 vontades, bilateral, plurilateral, 
contrato. 
 
 
32. Defina personalidade jurídica? Cite e explique todas as teorias que justifiquem a personalidade 
jurídica da pessoa natural. 
 
 Personalidade jurídica é a aptidão de contrair direitos e deveres. 
As teorias a respeito da personalidade jurídica são: 
● Naturalista​ - O indivíduo incorpora sua personalidade ao nascer. 
● Concepcionista​ - Assim que fecundado já incorpora sua personalidade. 
● Condicionada ​- A personalidade do indivíduo é reconhecida, mas está suspensa. 
- As teorias naturalista e concepcionista são as mais utilizadas. 
É a aptidão para atrair direitos e deveres. Sujeito de Direito = detentor de direitos. ​É um atributo essencial para ser 
sujeito de direito (art. 1º do CC). Para a teoria geral do direito civil a personalidade é uma aptidão genérica para titularizar 
direitos e contrair obrigações. 
 
 
 
33. Cite 2 . 
Modular = evitar que surta seus efeitos/suspensão. Podem-se modular os efeitos de um negócio jurídico através da 
condição; suspensiva ou resolutiva​. S​endo a primeira condicionada a algo ou alguém para que surta seus efeitos e a 
segunda está condicionada à uma ação que cesse ou inicie seus efeitos. 
 
 
34. Dê 3 diferenças entre ato nulo e ato anulável. 
● Ato nulo - É grave, tem prazo indeterminado para ser alegada sua nulidade, quando há um vício interno. 
INTRÍNSECO / VÍCIO NA FORMAÇÃO / NÃO PRESCREVE / NÃO CONSERTA. 
● Ato anulável - É menos grave, tem prazo determinado para ser alegada sua anulidade, quando há um vício 
externo. EXTRÍNSECO / VÍCIO EXTERIOR / PRESCREVE / CONSERTA. 
Ato nulo(x; quando o negócio jurídico foi celebrado com um incapaz/ se o objeto for ilícito / se a forma foi defesa em lei 
Ato anulável(x; quando o negócio jurídico tem sua existência, mas encontra problemas em sua validade/ venda de um 
carro alegando ao comprador estar em bom estado, mas apresentar defeitos após ter celebrado o negócio -[ nesse 
caso o comprador pode alegar anulidade e ressarcido o valor pago ao vendedor, mas também pode este mesmo assim 
querer manter a mercadoria para si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35. Defina “mens legis” e qual a sua importância. 
Mens Legis é a mensagem da lei é uma interpretação teleológica (FINALIDADE). 
Mens legis é um termo ​jurídico que se refere ao espírito (finalidade) da ​lei​. Ou seja, a sua intenção, ao seu objetivo no 
âmbito social​. 
Esse termo está relacionado a outro termo, ​Mens legislatoris​, que se refere à intenção do ​legislador ao criar uma nova 
norma legal. 
É por essa razão que a norma deve ser interpretada não pela sua literalidade, mas com vistas a salvaguardar os valores 
protegidos e/ou o alcance pretendido com a lei. 
 
 
36. Quando uma lei revogará a outra? Cite e explique as 3 hipóteses possíveis. 
A lei só é revogada em razão da superveniência de uma nova lei. 
A lei será revogada nas seguintes hipóteses: 
- caducidade​: a situação cronológica a torna inválida. Ex.: leis de vigência temporária. 
- desuso​: é a cessação do pressuposto de aplicação da norma Ex.: lei que proíbe a caça da baleia deixará de ser 
aplicada se porventura desaparecerem todas as baleias do planeta. 
- costume negativo ou contra legem​: é o que contraria a lei. O costume não pode revogar a lei, por força do 
princípio da continuidade da lei. 
 
Uma lei revogada outra apenas quando houver a criação de uma outra lei de mesma hierarquia ou superior. 
A revogação pode ser : 
● Expressa​ - quando a lei revogadora declara expressamente que está revogando outra. 
 
● Tácita ​- (silenciosa) quando há incompatibilidade com outra lei,( a promulgação de uma nova Constituição 
revoga tacitamente a constituição anterior). 
Além disso a revogação pode acontecer por : 
● Derrogação​ - quando há uma revogação parcial da lei( revoga-se um ou alguns artigos da lei) 
● Ab-rogação​ - quando há uma revogação total da lei (revoga-se completamente a lei) 
 
37. Como se chama a interpretação da lei realizada pelos tribunais pátrios? 
 
Jurisprudência, decisão harmônica dos tribunais superiores(pátrios) que tem efeito vinculante. 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA LINDB 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS 
De acordo com esse princípio, consagrado no art. 3.o da LINDB, ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece. Trata-​-se da máxima: “nemine excusat ignorantia legis”. 
Assim, uma vez em vigor, todas as pessoas sem distinção devem obedecer a lei, inclusive os incapazes, pois 
ela se dirige a todos. 
 
PRINCÍPIO JURA NOVIT CURIA 
O princípio do jura novit curia significa que o juiz conhece a lei. Consequentemente, torna-​-se desnecessário 
provar em juízo a existência da lei.    
Esse princípio comporta as seguintes exceções: 
a) direito estrangeiro; 
b) direito municipal; 
c) direito estadual; 
 
d) direito consuetudinário. 
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS 
De acordo com esse princípio, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue (art. 2.o da LINDB). 
Assim, só a lei pode revogar a lei. Esta não pode ser revogada por decisão judicial ou por ato do Poder 
Executivo. 
Em regra, as leis têm efeito permanente, isto é, uma vigência por prazo indeterminado, salvo quanto as leis 
de vigência temporária. A não aplicação da lei não implica na renúncia do Estado em atribuir-​-lhe efeito, pois a 
lei só pode ser revogada por outra lei.     
 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA E DA ESTABILIDADE SOCIAL 
De acordo com esse princípio, previsto no art. 5o, inc. XXXVI da CF, a lei não pode retroagir para violar o 
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Devem ser respeitadas, portanto, as relações 
jurídicas constituídas sob a égide da lei revogada.

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