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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM INSTITUTO DE SAÚDE E BIOTECNOLOGIA DE COARI BACHARELADO EM MEDICINA DISCIPLINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE II AIRTON SILVA DA COSTA ANA LUIZA COELHO ELANE DA SILVA BARBOSA GIOVANNI DE SOUZA MOTA LARISSA PESSOA DE OLIVEIRA MARIA CLARA PAULINO CAMPOS RODRIGO VÁSQUEZ DAN LINS RAPHAELLY VENZEL SABRINA MACELY SOUZA DOS SANTOS YASMIN NOGUEIRA SANTOS VICTOR SANTANA DE OLIVEIRA PESQUISA DE CAMPO EM FAMÍLIA E COMUNIDADE II COARI – AM 2017 INTRODUÇÃO A presente pesquisa consiste na coleta de dados e de informações para a realização do diagnóstico situacional da Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro, localizada no bairro Pêra do município de Coari, Amazonas, como proposta de atividade escolar da disciplina Família e Comunidade II do curso de medicina do Instituto de Saúde e Biotecnologia/UFAM – Campus Coari. O termo diagnóstico situacional, assim como o termo diagnóstico organizacional, compreende na coleta dados, tratamento e análise para alcançar uma conclusão sobre o local de pesquisa almejado. Tal coleta de dados é efetuada com a participação efetiva dos profissionais de Saúde da UBS e dos moradores do bairro, os quais desfrutam dos serviços oferecidos por esta unidade de saúde. O diagnóstico situacional é uma ferramenta de significante importância para o os sistemas de gestão, sendo uma pesquisa da situação da estrutura em saúde e do risco em que se encontra a população abrangida pelos serviços de saúde. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar o Diagnóstico Situacional da Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro. 2.2 Objetivos Específicos _ Compreender a estruturação de uma UBS; _ Conhecer a área de abrangência do Centro de Saúde; _ Conhecer o perfil da comunidade assistida; _ Conhecer a metodologia de trabalho das equipes de Programa de Saúde da Família (PSF). 3 JUSTIFICATIVA É necessário conhecer a realidade em que as unidades básicas de saúde e a população por ela abrangida se encontram para que o planejamento e o direcionamento das ações em saúde sejam realizados de maneira eficaz. Ademais, visto a escassez de estudos sobre as UBS’s da região, é necessário fornecer um banco de dados fidedigno sobre a organização, o funcionamento e a rotina das UBS’s no PSF para auxiliar na tomada de decisões pelos sistemas de gestão do local e para melhor inserção dos profissionais, recém-formados na UFAM, na sociedade. A organização inadequada das diversas interfaces que envolvem uma Unidade Básica de Saúde contribui para um ambiente desfavorável tanto para os usuários quanto para os profissionais, contribuindo assim para maior stress e comprometimento da qualidade do serviço ofertado. 4 METODOLOGIA 4.1 Tipo de Estudo Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, do tipo pesquisa de campo. O mesmo foi desenvolvido a partir do uso de recursos estatísticos básicos para descobrir correlações entre as variáveis a serem estudadas. O estudo exploratório permite tornar os problemas explícitos, apresenta bastante flexibilidade e, neste trabalho envolveu, entrevistas, e coleta de dados do registro da própria UBS. 4.2 Local de Estudo Este estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro, que se situa no Bairro Pêra, no município de Coari, Amazonas. a UBS oferece atendimento à população de habitantes do Bairro Pêra, o qual se divide em cinco conjuntos, denominados:Pêra 1, Pêra 2, Pêra 3, Pêra 4 (área rural do pêra conhecida como “Pêra sítio”) e a área de ocupação (conhecida como “Pêra invasão”). 4.3 Coleta de Dados A coleta de dados foi realizada em junho de 2017 nas dependências da UBS e em sua área de cobertura, através de entrevistas direcionadas a informantes-chave (funcionários e usuários) e observação do local. 5 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA UBS ENEDINO MONTEIRO 5.1 Territorialização da Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro A UBS Enedino Monteiro localiza-se no complexo de bairros do Pêra (1, 2, 3, 4 e sítio), especificamente em uma área denominada “Pêra Sítio”. Há ali uma intensa atividade de agricultura familiar, em meio a igarapés que se confluem formando o grande Lago de Coari. Imagem 1: Mapa do Bairro Pêra com relevância em aparelhos sociais. (Fonte: Google Maps, 2017). Na cidade de Coari há XXX Unidades Básicas de Saúde, no entanto, a UBS Enedino Monteiro é uma referência na cidade porque apresenta duas equipes e uma estrutura diferenciada. As Unidades Básicas de Saúde são incumbidas da realização de Promoção e Prevenção à saúde, serviços ambulatoriais e, principalmente, são caracterizadas como “as portas de entrada do indivíduo no SUS”. 5.3 Da Infraestrutura E Dos Recursos Necessários São itens necessários à implantação das Equipes de Saúde da Família: • I - existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde; • II - número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família; • III - existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente: 1. consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência; 2. área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade; 3. equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde; • IV - garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e • V - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS. 5.4 Descrições Físicas da Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro A Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro possui as seguintes repartições: Recepção: Local destinado à recepção e direcionamento dos pacientes de acordo com a demanda. Encontram-se aqui os prontuários dos usuários cadastrados e ocorre a entrega de resultados de exames; Dois consultórios destinados às consultas médicas: acolhimento e retirada de resultados de exames laboratoriais; Farmácia: armazenamento e distribuição de medicamentos, além de, pela manhã, servir de apoio ao serviço administrativo do laboratório da UBS; Sala de atendimento de emergência: atualmente destinada à realização de curativos de feridas crônicas e agudas e retirada de pontos, no âmbito da atenção básica; Laboratório: onde ocorre coleta de sangue e recebimento de outros exames laboratoriais (testes rápidos de malária e HIV); Copa; Dois banheiros: - 1 banheiro para uso feminino - 1 banheiro para uso masculino Depósito: armazenamento de materiais e suprimentos médicos e administrativos; Sala de Triagem: onde são aferidos os sinais vitais, como pressão, temperatura, peso e altura; Espaço destinado aos ACS: gerenciamento, planejamento e execução de intervenções na áreade abrangência da UBS, a partir das visitas domiciliares; Consultórios de odontologia: é composto por um consultório odontológico; Sala de observação: espaço com maca e serve para o acompanhamento de pacientes em observação; Vacinação: sala onde são realizados os programas de vacinação; Coordenação: onde fica o setor administrativo do local; Fisioterapia: local destinado aos estudantes da UFAM que estão realizando estágio no local. Não há fisioterapeutas na equipe; Hiperdia: sala destinada ao atendimento e acompanhamento de usuários com hipertensão arterial e diabetes; Consultório de Enfermagem: há consultas com enfermeiras que acompanham principalmente os exames ginecológicos. Imagem 2 : Planta da UBS Enedino Monteiro. A descrição física da UBS Enedino Monteiro chama atenção para a defasagem de um planejamento prévio, uma vez que a estrutura física não supre a necessidade da instituição. 5.5 Recursos Humanos A Unidade Básica de Saúde Enedino Monteiro possui duas equipes Multiprofissionais, atualmente, com 20 profissionais. Esses, por sua vez, estão divididos em duas grandes áreas – Área 08 e Área 27, que, respectivamente, possuem suas micro-áreas (áreas de atuação dos ACS). Logo, seu quadro de profissionais está incompleto, aquém do que preconiza o Ministério da Saúde, sendo distribuídos da seguinte forma: 5.5.1 Equipes de PSF A UBS Barreiro de Cima possui 2 Equipes de Saúde da Família. Cada equipe apresenta: 01 Médico generalista; 01 Enfermeira; 5 Agentes Comunitários de Saúde; 1 Dentista para as duas equipes; 1 Auxiliar de enfermagem para as duas equipes. Todos os profissionais devem cumprir uma carga horária de 40 horas semanais. 5.5.2 – Equipes de Saúde Bucal Segundo o preconizado pela gestão e organização do serviço de saúde, deve-se haver uma equipe de saúde bucal (composto pelo cirurgião dentista, técnico em higiene dental e auxiliar de consultório dentário) para cada equipe de saúde da família, para que haja abrangência e atendimento universal das famílias pertencentes a estas equipes. Além disso, deve haver ações de promoção e prevenção à saúde na comunidade e nos equipamentos de saúde, e atualização do conhecimento profissional por meio de cursos e palestras. A realidade desta UBS, atualmente, tem sido diferente. Há somente um cirurgião dentista, um auxiliar de consultório dentário (ACD) para atender toda a demanda da população. No entanto, esta realidade está aquém do que preconiza o Ministério da Saúde – não há atendimentos porque não há equipamentos, tampouco materiais odontológicos e de saúde bucal no local. Além disso, não é feito o PSE (Programa de Saúde Escolar). 5.5.3 Administrativo 1 Recepcionista; 1 Assistente Administrativo (na verdade, farmacêutico). 5.6 Produtos que a Unidade de Saúde Deve Ofertar Quadro 1: Comparação entre o que é preconizado pelo Ministério da Saúde e o que a UBS Enedino Monteiro oferece. 5.7 Informações Epidemiológicas das Equipes e organização dos atendimentos. 5.7.1 – EQUIPE DA ÁREA 27. Quadro 2: distribuição epidemiológica dos casos que os ACS acompanham. Podemos observar que há poucos acompanhamentos, se compararmos essa tabela ao que o Ministério da Saúde preconiza - existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes. Isso aconteceu ora porque as pessoas que procuram por atendimento geralmente não vão à UBS constantemente, ou porque o ACS não visita todos os locais que deveria ou porque os ACS têm muitas demandas populacionais, o que dificulta essa catalogação. A equipe é formada por: • Médica: Annabelis Monteiro Romero • Enfermeira: Josiete • Microárea 1: ACS Ana Carla Paz • Microárea 2: ACS Ayra Cristina Silva • Microárea 3: ACS Flaviana Amorim • Microárea 4: ACS João de Souza • Microárea 5: ACS Janiza Ferreira • Número de Famílias: 405 • Número de Pessoas: 1.973 5.7.2 - EQUIPE DA ÁREA 08 Quadro 3 : distribuição epidemiológica dos casos acompanhados por essa equipe. A equipe é formada por: • Médico: Syslan Ferreira Navegante • Enfermeira: Vânia de Menezes • Microárea 1: ACS Yuri da Costa • Microárea 2: ACS Juraci de Oliveira • Microárea 3: ACS Raimundo dos Santos • Microárea 4: ACS Arlete Queiroz • Microárea 5: ACS Adeilson Feitosa • Número de Famílias: 445 • Número de Pessoas: 2.266 Podemos constatar que nesse gráfico acontecem os mesmos viés da área 27. 6. Fatores epidemiológicos O mais relevante que foi detectado em algumas visitas de campo pelos alunos da turma 172 de Medicina, no Bairro Pêra, foi o despejo de lixo de modo incorreto, por parte da população. Seu acúmulo leva à propagação de doenças hídricas em época de chuvas (EX: giardíase, dengue e leptospirose). Além disso, a proximidade de área com florestas faz com que tornem-se frequentes os casos de leishmaniose e malária. Ademais, muitos lugares no bairro possuem chão de terra batida, o que facilita incidência de parasitoses em crianças. 7. Fatores sociais Os níveis escolares baixos convergem para o aumento do desemprego, criminilização e uso de drogas por parte dos moradores, sobretudo os mais jovens. Esse fato somado à falta de visibilidade do Estado para com essa região perpetua-se como uma aspiral ascendente rumo à precarização das condições básicas de vida nesses locais. Isso também influencia negativamente nas tentativas, por parte de acadêmicos e dos profissonais da saúde, em realizar suas atividades no bairro. O que se pôde notar foi a insegurança, principalmente – muitos ACS, médicos e alunos temem por sua vida quando adentram nessas localidades. Além, é claro, do grande desestímulo em realizar ações de promoção à saúde por conta desses fatores. Desse modo, a grande prejudicada nesse ínterim é a população, que padece cada vez mais, sentindo-se excluída da sociedade, esquecida por políticos e profissionais de saúde e tendo como última esperança a religião, que se manifesta claramente em cada esquina e rua sem saída. Por conta do histórico do bairro, não houve instalação de instituições para lazer e comércio. 8. Problemas na UBS Dos problemas estruturais mais evidentes, goteiras e infiltrações (por conta de chuvas frequentes) fazem os usuários não procurarem a UBS quando um dia chuvoso se aproxima. Ademais, a falta de material para procedimentos odontológicos, curativos e medicamentos que deveriam ser encontrados na farmácia faz com que a população reproduza a ideia de que a Atenção Primária não é resolutiva para seus problemas. Quanto aos problemas dinâmicos, não há comunicação direta com a rede de assistência à saúde, levando à fragmentação da informação. Esse problema está presente principalmente nos casos de referência e contrarreferência. 9. Diagnóstico situacional da comunidade 9.1 Principais aspectos gerais Meio de transporte Motocicleta, canoa (catraia) Tipo de acesso a água Poço artesiano, água do rio Problemas sociais Violência, desemprego Nível de escolaridade prevalente Fundamental completo Problemas estruturais Crescimento desordenado, pavimentação precária ou inexistente, isolamento geográfico 9.1.2 Aspectos de distribuição de profissionais e de abrangência dos serviços As duas equipes da UBS se dividem em duas grandes áreas, as quais se subdividem em microáreas: Área 8, a qual se subdivide em 5 microáreas, cujos serviços da UBS Enedino monteiro contemplam: • Número de Famílias: 445 • Número de Pessoas: 2.266 9.1.3 Gráfico de abrangência dos serviços edistribuição por microárea na área 8: Área 27: subdivide-se em 5 microáreas e contempla os seguintes números: • Número de Famílias: 405 • Número de Pessoas: 1.973 Gráfico de abrangência da microárea 27 23% 22% 16% 21% 18% Número de Famílias M. Área 01 - 101 M. Área 02 - 97 M. Área 03 - 71 M. Área 04 - 94 M. Área 05 - 82 9.2 Aspectos Ambientais das Áreas de Abrangência da UBS Enedino Monteiro Isolamento de algumas áreas pelo rio Pontes improvisadas com tábuas para comunicação entre as casas Casas em zonas de risco: barrancos sobre o rio e flutuantes 9.3 Aspectos constatados pelas equipes 1 e 2: • Poucas ruas pavimentadas; • Água proveniente de poços artesianos ou água coletada diretamente do rio; • Coleta de lixo realizada apenas nos conjuntos Pêra 1, Pera 2 e Pêra 3 • A área abrangida pela equipe 1 apresenta em maior descarte do lixo no rio; • Ruas esburacadas; • A maior parte das casas é de madeira; • Presença de poluição do solo, da mata adjacente e do rio. 9.4 Aspectos ambientais de interesse para a saúde A vivência às margens ou sobre os rios apresenta grande importância como determinante de contaminações por ingestão de água sem tratamento; Do mesmo modo, a proximidade às áreas de vegetação e florestas favorece a propagação de casos de leishmaniose e malária; A ausência de planejamento arquitetônico do crescimento urbano desfavorece as medidas de promoção à saúde 0% 18% 23% 20% 26% 13% Número de Famílias M. Área 01 - 74 M. Área 02 - 93 M. Área 03 - 81 M. Área 04 - 106 M. Área 05 - 51 10. Imagens do Bairro 10.1: Ponte do Bairro Pêra 10.2: Área de ocupação do Bairro Pêra 10.3: Imagens do ambiente geral do Bairro Pêra 10.4 Aspectos sociais e estruturais relatados pelos moradores Dona Lindalva, 80 anos. Moradora há 37 anos: • Origem do Pêra: Castanhal, comunidade de 7 família em casas flutuantes Dona Lindalva afirma que, nos últimos anos, as maiores mudanças no bairro foram os seguintes aspectos • Violência: grande número de assaltos e de roubos no local • Tranquilidade: por conta do pouco fluxo no local • Melhorias após a construção da ponte: redução custo de vida, deslocamento (mercado, escola) • Desemprego: o alto índice de desemprego por conta do pequeno número de atividades econômicas no local • Policiamento: devido ao impedimento geográfico, há pouca vigilância policial no local • Projetos sociais: segundo ela, a maior parte das ações sociais é realizada pelos acadêmicos de saúde da Ufam, em seus estágios. Dona Raimunda, Ministra da igreja Santa Luzia e moradora há 19 anos • Maiores problemas: deslocamento (antes da ponte) e violência (atualmente) • Extinção do Centro Social: • Policiamento • Falta de interesse dos pais nos seus filhos • Distribuição de água: poço nas regiões mais desenvolvidas e água do rio nas regiões de ocupação. 11. Aspectos gerais do Diagnóstico Situacional da comunidade do Bairro Pêra e da comunidade alvo de seus serviços Por conta de impedimentos geográficos e ocupação desorganizada da maior parte do ambiente do Pêra, além do abandono do político e da miséria que acomete o bairro, tem sido de extrema dificuldade efetuar os serviços de competência da Unidade Básica de Saúde, desde a prevenção de doenças infectoparasitárias até as visitas domiciliares. Ademais, as condições de trabalho e a falta de segurança, tem ocasionado constantemente a falta de interesse dos profissionais na fixação de seu trabalho neste Bairro, o que também resulta na quantidade insuficiente de recursos humanos na UBS Enedino Monteiro. A violência e o baixo grau de escolaridade dos moradores do Pêra têm dificultado até mesmo os serviços dos ACS’s, além da impossibilidade de desenvolver serviços mais avançados no local, visto que não há nenhuma capacitação prévia das pessoas que se candidatam ao cargo de agente de comunitário de saúde. Tal fato também tem se demonstrado um empecilho para a educação saúde até mesmo para os ACS’s.
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