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Teorias de Aprendizagem
Prof. Esp. Flávio Euripedes de Oliveira
Email: poliana.flavio.trab@gmail.com
Instituto Paulo Freire
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Reflexão
Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem idéias de formação, sem politizar não é possível [...]
Paulo Freire
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É muito mais que uma explicação, descrição ou representação da realidade de um determinado objeto no contexto das relações entre homem natureza e sociedade. A teoria é um discurso que extrapola uma mera descrição da realidade, mas a própria construção do conhecimento e da realidade em um determinado espaço/tempo/histórico. Cada teoria apresenta os conceitos e questões relacionadas aos interesses do discurso ao qual está implicada.
O que é uma Teoria?
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É o processo através do qual vencemos cada passo do caminho desde que respiramos pela primeira vez; a transformação que ocorre no cérebro sempre que uma nova informação é integrada, que uma nova habilidade é dominada.
O que é Aprendizagem?
"Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância". 
- Sócrates
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Teorias de Aprendizagem
Definição
As teorias de aprendizagem buscam, cada qual de acordo com suas crenças, explicar como o processo de aprendizagem ocorre no indivíduo.
Representam uma construção humana para interpretar sistematicamente a área do conhecimento que chamamos aprendizagem.
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Teorias de aprendizagem
Objetivos das teorias
 Fundamentar a prática pedagógica na elaboração de propostas – condições necessárias e definição do papel do aluno e do professor;
Auxiliar na compreensão das causas de dificuldades dos alunos para uma atuação mais apropriada;
 Propiciar a formação mais adequada aos que participam da proposta educacional.
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Teorias de aprendizagem
Sintetizando, as teorias
	Buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem.
 	 Tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. 
	
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Teorias de aprendizagem
Apresentam múltiplas visões sobre: 
O processo de aprendizagem;
As circunstâncias em que a aprendizagem ocorre;
Os resultados da aprendizagem; 
O papel do professor e da escola.	
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As diferentes visões
Enfoque comportamentalista – Watson, Pavlov, Skinner, Thorndike
Enfoque cognitivista – Bruner, Ausubel
Enfoque construtivista – Piaget, Vygotsky
Teorias de aprendizagem
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Teorias de aprendizagem
Várias teorias contribuem para o entendimento da aprendizagem cooperativa 
Ponto comum: 
indivíduos são agentes ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo
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Teorias Comportamentalistas
As teorias E-R (estímulo-resposta) também chamadas de teorias conexionistas não são novas, há estudos datados desde o século passado pelos estudiosos abaixo:
Ivan P. Pavlov 	 (1849-1936)
John B. Watson 	 (1878-1958)
Edward L. Thorndike (1874-1949)
Abordagens mais recentes também foram feitas pelos estudiosos Clark L. Hull (1884-1952), Edwin R. Guthrie (1886-1959) e por B. F. Skinner (1904-1990). 
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Teorias Comportamentalistas
Behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é uma área da psicologia, que tem  o comportamento como objeto de estudo.
Esta palavra tem origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento ou conduta.
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Teorias Comportamentalistas
Em 1913, foi publicado um artigo com o nome “Psicologia: como os behavioristas a veem” da autoria do psicólogo estadunidense John Watson (reconhecido como pai do Behaviorismo Metodológico). Mais tarde, em 1914, na obra de 1914 intitulada Behavior, Watson abordou mais uma vez o conceito de psicologia do comportamento. Watson se baseou em teorias e noções de vários pensadores e autores como Descartes, Pavlov, Loeb e Comte.
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Skinner nasceu em Susquehanna, Pennsylvania; graduou-se em inglês no Hamilton College, em Nova Iorque, e fez mestrado e doutorado em psicologia em Harvard, onde, posteriormente foi professor durante mais de 40 anos.
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Comportamentalismo de Skinner
A abordagem skinneriana é essencialmente periférica, ela procurou observar as variáveis de input e output, ela não leva em consideração o meio do processo de aprendizagem que se dá entre o início que é o estímulo, e o fim que é a resposta.
Variáveis de input:
Estímulo 			(mexe com os sentidos)
Reforço			(aumento da ocorrência)
Contingências de reforço	(ação de reforço repetida)
Variáveis de output – respostas ou comportamentos:
Operantes			(opera o meio)	
Respondentes		(reflexo involuntário)
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Comportamentalismo de Skinner
Teoria do reforço
“O comportamento é controlado por conseqüências”
As pessoas procuram adquirir condutas para adquirir recompensas e não punições.
Uma recompensa pode ser ruim ou não tão boa para quem ganha como é para a pessoa que está dando.
Pode-se analisar se é boa ou não se o ato para qual foi dada teve um aumento em sua incidência.
Reforço ruim ou negativo é aquela que diminui a freqüência do ato para o qual foi dado.
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Comportamentalismo de Skinner
Condicionamento
Para Skinner condicionamento é o procedimento em dar um reforço positivo à uma atividade com o objetivo de aumentar a sua freqüência.
Quando a freqüência de uma resposta foi aumentada devido ao condicionamento então dizemos que foi condicionada.
Condicionamento X Aprendizagem
Na aprendizagem não há regras explícitas, e adquiri-se através de integração com o meio, muda-se o comportamento humano por experiências, não é condicionada.
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Comportamentalismo de Skinner
Extinção e esquecimento
Extinção	 Suspensão do reforço
		 Oportunidade de resposta 
		 Redução na freqüência
Objetivo	 Resposta com mesma freqüência, porém sem reforço
Esquecimento Suspensão do reforço
		 Falta de oportunidade de resposta
		 Término de resposta
Objetivo	 Fim de um comportamento
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Comportamentalismo de Skinner
Discriminação
Condicionar uma resposta na presença de um estímulo e extinguí-la na presença de outro, exemplo:
E1 >	Resposta >	Reforço positivo
E2 > 	Resposta >	Não é aplicado reforço
Este comportamento condicionará maior freqüência da resposta com o estímulo 1 e extinguir a mesma resposta estimulada pelo 2.
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Comportamentalismo de Skinner
O processo instrucional para Skinner
Na perspectiva Skinneriana, o ensino se dá apenas quando o que precisa ser ensinado pode ser colocado sob controle de certas contingencias de reforço. 
O papel do professor no processo instrucional é do de arranjar as contingencias de reforço, de modo a possibilitar ou aumentar a probabilidade de que o aprendiz exiba o comportamento terminal, isto é, que ele dê a resposta desejada (a ser aprendida).
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Comportamentalismo de Skinner
Exemplo (conceito)
Verificação imediata: o aluno aprende melhor quando verifica sua resposta imediatamente.
Ritmo próprio: cada aluno pode trabalhar tão rápida ou lentamente quanto desejar
Teste do programa: teste por meio da atuação do aluno. Se a apresentação de algum quadro não estiver clara, isto se refletirá nas respostas do estudantes.
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Comportamentalismo de Skinner
No behaviorismo, os comportamentos são obtidos pelo reforço-estimulo do comportamento desejado. Nesse caso, o papel do professor é criar ou modificar comportamentos para que o aluno faça o desejado. A teoria de Skinner pode ser útil para atividades repetitivas e que exigem memorização de conteúdo, mostrando-se adequada para cursos técnicos,
especialistas e treinamentos ou em atividade que visam ensinar conteúdo e tarefas que se apoiam na memorização e fixação dos conhecimentos. Por exemplo, o ensino de operação de uma máquina.
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Enfoque Comportamentalista
 O comportamento - respostas observadas e relacionadas a eventos que as precedem (estímulos) e as sucedem (consequências) – estímulo/resposta
Observação e estudo de comportamentos manifestos e mensuráveis controlados 
Desconsidera-se o que ocorre na mente do indivíduo
Aprendiz objeto
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Comportamentalismo de Skinner
Atividades (prática)
1)Textos com lacunas de modo a evitar erros, que o aprendiz vai preenchendo com o seu próprio ritmo e imediatamente verificando se acertou.
A resposta correta deve estar de alguma maneira oculta. Ao preencher corretamente uma lacuna, o aluno se sente reforçado e portanto, estimulado a continuar desenvolvendo o programa.
2) Clipe da música Another Brick in the wall: Após assistir ao clipe montar 3 grupos e debater.
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Teorias Cognitivistas
O que é Cognitivo?
Cognitivo é uma expressão que está relacionada com o processo de aquisição de conhecimento (cognição). A cognição envolve fatores diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio etc., que fazem parte do desenvolvimento intelectual.
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Teorias Cognitivistas
Cognitivo (a), deriva da palavra Cognição, que significa: modo de perceber e interpretar a si mesmo. Não segue um padrão descritivo de interpretação porque é subjetivo, ou seja cada qual tem uma forma pessoal de analise, levando em conta sua capacidade de aprendizado pela cognição.. Cognição é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem e ação.
Definição do Dicionário
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Teorias Cognitivistas
Aprendizado onde há um processo que envolve a interação da nova informação com a estrutura de conhecimento do aluno.
Professor é mediador, facilita entre estímulos e respostas.
Teoria adequada para projetos onde o público alvo já possui modelos e concepções existentes.
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Psicólogo da Educação , nasceu na cidade de Nova York (Estados Unidos) em 1918, com formação acadêmica, em território canadense dedicou-se à educação no intuito de buscar as melhorias necessárias ao verdadeiro aprendizado.
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Teorias Cognitivistas
Procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao aprendizado e á estruturação do Conhecimento.
A ciência cognitiva ou ciência da cognição é normalmente definida como o estudo científico da mente ou da inteligência. (Wikipédia) 
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Teorias Cognitivistas
Identificar, acompanhar as dificuldades do aluno, interagindo.
Estrutura cognitiva - A estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de idéias de um dado indivíduo; ou ênfase que se dá é na aquisição, armazenamento e organização das id, no contexto da aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas idéias naquela área particular de conhecimento. 
Para Ausubel (1989), a aprendizagem consiste na “ampliação” da estrutura cognitiva, através da incorporação de novas idéias ao aluno, dependendo do tipo de relacionamento que se tem entre as idéias já existentes nesta estrutura e as novas que se estão internalizando, pode ocorrer um aprendizado que varia do mecânico ao significativo. 
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Teorias Cognitivistas
Para a Teoria Cognitiva , a aprendizagem coincide com o raciocínio ou a solução de problemas, que se faz em seis passos: 
Noção de um problema
Esclarecimento do problema
Aparecimento das hipóteses;
Seleção da hipótese mais provável;
Verificação das hipóteses
Generalização
 A fim de estimular a solução de problemas , a escola deve aproximar o ensino da vida real, deixar margem para a independência , apresentar a matéria em forma de problema, utilizar uma linguagem acessível, favorecer o trabalho em grupo e estimular a participação dos alunos.
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Enfoque Cognitivista
Como o indivíduo conhece, processa, compreende e dá significado à informação;
 Como o indivíduo percebe, direciona a atenção, coordena as suas interações com o ambiente;
Como aprende, compreende e reutiliza informações integradas em suas memórias a longo prazo;
Como o indivíduo efetua a transferência dos conhecimentos adquiridos de um contexto para o outro;
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Teorias Construtivistas
O Construtivismo é uma teoria que ampara o indivíduo nos aspectos cognitivos, sociais e afetivos do comportamento. 
O conhecimento não é uma cópia da realidade, mas sim, uma construção do ser humano.
O desenvolvimento da inteligência humana é determinado pelas ações mútuas entre o sujeito e objeto.
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Nasceu na cidade de Neuchâtel (Suíça) em 09/08/1896 e morreu em 17/9/1980. Especializou-se em psicologia evolutiva e no estudo de epistemologia genética. 
Pequisas Pesquisou sobre as características do pensamento infantil com crianças francesas e também com deficientes mentais. 
Em 1921 escreveu suas primeiras teorias pedagógicas. 
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Construtivismo de Piaget
Idéias:
 Implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que busca formar cidadãos criativos e críticos.
"O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram." 
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Construtivismo de Piaget
A concepção construtivista, define a aprendizagem como um processo de troca mútua entre o meio e o indivíduo, tendo o outro como mediador. O sujeito é um elemento ativo que age e constrói sua aprendizagem. 
A Epistemologia Genética é a teoria desenvolvida por Jean Piaget, e consiste numa combinação das teorias então existentes. Para Piaget, o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito.
 Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com o objeto.
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Construtivismo de Piaget
Epistemologia (do grego ἐπιστήμη [episteme]: conhecimento científico, ciência; λόγος [logos]: discurso, estudo de) é o ramo da filosofia que trata da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Nesse sentido, pode ser também chamada teoria do conhecimento ou gnosiologia. Em sentido mais restrito, refere-se às condições sob as quais se pode produzir o conhecimento científico e dos modos para alcançá-lo, avaliando a consistência lógica de teorias. Nesse caso, identifica-se com a filosofia da ciência.
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Epistemologia Genética de Piaget
Ponto central: estruturas cognitivas do sujeito 
� sensório-motor (0-2); 
� pré -operacional (3 -7); 
� operacional concreta (8-11), 
� operações formais (12-15) 
As estruturas se modificam através de processos de adaptação: assimilação e acomodação; 
Interação social e troca entre indivíduos funcionam como estímulo ao processo de aquisição de conhecimento.
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sensório-motor: 
a criança representa o mundo em termos de ações (chupar, olhar, deixar cair...).
pré-operacional: a
criança lida com imagens concretas e é limitada por problemas de concretude, irreversibilidade, egocentrismo e centralização.
operações concretas: a 
criança tem capacidade recém-adquirida de operar mentalmente, ou de mudar uma situação concreta, e de realizar operações lógicas sem apresentar os problemas do estágio anterior.
operações formais: a 
criança tem capacidade de lidar com múltiplas variáveis, já não se limita a operações com objetos concretos, lida com símbolos, hipóteses, possibilidades. 
(0 a 2 anos)
(3 a 7 anos)
(8 a 11 anos)
(12 a 15 anos)
Fases do desenvolvimento, condição para a aprendizagem
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Sensório Motor (0 a 2 anos)
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Sensório Motor
A ausência da função semiótica é a principal característica
deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo.
É uma inteligência eminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase (água para dizer q quer beber água)
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Pré-Operacional (3 a 7 anos)
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Pré-Operacional
À medida em que começa a dominar a linguagem, símbolos e imagens mentais, seu pensamento começa a se organizar. Sua atenção volta-se ao aspecto mais atraente dos acontecimentos, o que pode resultar em conclusões equivocadas (ex: experimento dos copos). Esse período subdivide-se no período simbólico e intuitivo. 
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Pré-Operacional
a) período simbólico (2 a 4 anos): surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). Outras características: nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), super determinação (“teimosia”), egocentrismo, etc. 
b) período intuitivo: já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indíviduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos , e , nas conversas, a adaptar sua fala ao contexto da fala do companheiro. 
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Operacional Concreta (8 aos 11 anos)
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Operacional Concreta
Indivíduo consolida a construção das operações subjacentes às quais se encontram as possibilidades intelectuais do período. Tais operações são o resultado de ações mentais interiorizadas e reversíveis.
Reversibilidade: quando a operação deixa de ter um sentido unidirecional. Seria a capacidade de voltar, de retornar ao ponto de partida.
Conservação: uma invariante que permite a formação de novas estruturas.
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Operatório Formal (12 aos 15 em diante)
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Epistemologia Genética de Piaget: Período Operatório Formal ou Abstrato
Acaba a construção de estruturas intelectuais própria do raciocínio hipotético-dedutivo, característico nos adultos. É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético dedutivo ou lógico matemático.
Logicização: processo de transformar o pensamento simbólico e intuitivo em pensamento operatório.
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Epistemologia Genética de Piaget: Outros termos importantes na sua teoria
Segundo Piaget, o crescimento cognitivo da criança se dá por meio de assimilação e acomodação. 
Assimilação é um processo mental pelo  qual  se incorporam (integram) os  dados das experiências aos esquemas de ação  e aos esquemas existentes. Quando a criança tem novas experiências , ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. 
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Epistemologia Genética de Piaget: Outros termos importantes na sua teoria
Esquemas são estruturas mentais ou cognitivas (padrão de comportamento ou pensamento) pelas quais os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio. (Metáfora do fichário)
Acomodação é um processo mental pelo qual os sistemas existentes vão modificar-se em função das experiências do meio. Ela acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo. 
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Enfoque Cognitivista
Piaget
Construção do conhecimento - através da interação da experiência sensorial e da razão;
A interação com o meio (pessoas e objetos) - necessários para o desenvolvimento do indivíduo;
Enfatiza o processo de cognição à medida que o ser se situa no mundo e atribui significados à realidade em que se encontra;
Preocupa-se com o processo de compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação envolvida na cognição;
Sujeito agente do processo.
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Aprendizagem Construtivista
“(...) não basta que os alunos deparem-se com conteúdos para aprender, é necessário que diante dos conteúdos possam utilizar seus esquemas de
conhecimentos, contrastá-los com o que é novo, identificar semelhanças e discrepâncias, integrá-los em seus esquemas, (...)”
(Zabala, 2002, p.102)
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Nasceu na cidade de Orsha (Bielorrússia) em 17/11/1896 e morreu em 11/06/34. 
Psicólogo proponente da Psicologia cultural-histórica.
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Aprendizagem Interacionista
Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento. 
Para Vygotsky, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Ele acredita que a estrutura dos estádios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva.
Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.
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Aprendizagem Interacionista
Zona de desenvolvimento proximal
Um ponto central da teoria Vygotskyana é o conceito de ZDP, que afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender. 
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 Teoria Socio-Interacionista
Teoria: estuda do pensamento como produto da história social ou reflexo das atividades interpessoais e das condições materiais, chamando essa psicologia de cultural e histórica. 
Origem: Lev Vygotsky (1896-1934) 
Aprender: “A aprendizagem é o aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas especificamente humanas”.
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Enfoque Cognitivista
Vygotsky
Desenvolvimento cognitivo - produzido pelo processo de interiorização da interação social com materiais fornecidos pela cultura. 
As potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem;
O sujeito é não apenas ativo, mas interativo, pois forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais;
Conceito de zona de desenvolvimento proximal;
Sujeito agente do processo.
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 Teoria Humanística
O aluno, nesse enfoque, é visto primordialmente como pessoa. O importante é a auto-realização e crescimento pessoal do indivíduo, que é visto como um todo, e não apenas como intelecto. Ele é a fonte de todos os atos, pois é essencialmente livre para fazer escolhas. Nesse enfoque, a aprendizagem não se limita a um aumento de conhecimentos, pois influi nas escolhas e atitudes do aprendiz. 
Principais expoentes dessa orientação: Carl Rogers e Alexander Neill.
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 Teoria Humanística
Carl Rogers (1902 – 1987) A pedagogia centrada no aluno
A formação de Carl Rogers foi em Psicologia e, ao contrário do que se possa imaginar, desenvolveu uma teoria aplicável em qualquer tipo de relacionamento, seja entre professor e aluno, seja entre pais e filhos, amigos ou mesmo na vida profissional, já que suas observações são frutos da vivência dentro de seu próprio consultório – entre terapeuta e paciente. Somente em 1971 dirigiu sua atenção especialmente para a Educação, com a proposta da pedagogia centrada no aluno. 
Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesma e a dar um novo passo em busca de mais. É educar para a vida e para novos relacionamentos. 
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 A relação professor-aluno sob a ótica de Rogers
Para Rogers, o relacionamento entre professor e aprendiz deve ser afetuoso e cooperativo, um aprendendo com o outro, caminhando para o aprendizado significativo. Essa humildade por
parte do professor o levará, segundo ele, a um relacionamento autêntico e transparente com o educando. A autenticidade será a principal ferramenta do educador, que conduzirá o aluno à aprendizagem significava.
O professor passa a ser considerado um facilitador da aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como indivíduos em processo de transformação. O educando é instado a buscar o seu próprio conhecimento, consciente de sua constante transformação. 
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 Qualificações necessárias ao professor-facilitador segundo Rogers
Autenticidade: qualidade que conquista o respeito dos educandos. É preciso se mostrar pessoa como eles também são: com defeitos e qualidades, sentimentos e desejos, alegrias e tristezas. Um ser real e comum com sua própria história de vida.
Apreço, aceitação e confiança: é necessário ter carinho pelo estudante e por tudo que ele representa; considerar suas ações e reações e aceitá-los como pessoas reais. 
Compreensão empática: ocorre quando o facilitador deixa o julgamento de lado e compreende o educando, cultivando a capacidade de olhar o outro de seu ponto de vista, o que será de extrema importância para a aprendizagem.
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 A avaliação no contexto da pedagogia centrada no aluno
O aluno não tem que se preocupar em ser avaliado pelo professor, pois faz parte do processo de aprendizagem a auto-avaliação responsável. Uma vez que neste tipo de aprendizagem o aluno torna-se gestor de seu próprio processo de busca do conhecimento, ele aprende também a estabelecer critérios, a determinar os objetivos a serem alcançados e verificar se foram alcançados. Dentro desse critério é que se embasa a auto-avaliação do aluno e a avaliação do professor. 
Quanto um erro é cometido pelo aluno durante o processo de aprendizado, ele será orientado pelo facilitador a reencontrar o caminho certo, sem ser diminuído, julgado ou menosprezado . 
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 Teoria das Inteligências Múltiplas
A partir dos anos 80, uma equipe de pesquisadores da universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, identificou sete tipos de inteligência. Esta teoria teve grande impacto na educação no início dos anos 90.
A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender ideias e linguagens e aprender. 
Howard Gardner divide a inteligência em nove componentes diferentes: lógico-matemática, linguística, espacial, musical, cinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalista. 
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 Teoria das Inteligências Múltiplas
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 Teoria das Inteligências Múltiplas
A teoria das inteligências múltiplas foi estudada pelo psicólogo Howard Gardner como um contrapeso para o paradigma da inteligência única. Ele propôs que a vida humana requer o desenvolvimento de vários tipos de inteligências. Portanto, Gardner não entra em conflito com a definição científica de inteligência como sendo “a capacidade de resolver problemas ou fazer coisas importantes”.
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 Teoria das Inteligências Múltiplas
Howard Gardner e seus colegas da prestigiada Universidade de Harvard advertiram que a inteligência acadêmica (obtida através de qualificações e méritos educacionais) não pode ser o fator decisivo para determinar a inteligência de uma pessoa. Gardner e seus colegas poderiam dizer que Stephen Hawking não tem mais inteligência do que Leo Messi, mas cada um desenvolve um tipo diferente.
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 Teoria das Inteligências Múltiplas
Gardner afirma que todas as pessoas possuem cada um dos oito tipos de inteligência, embora cada tipo seja mais desenvolvido em algumas pessoas do que em outras, todos os oito tipos tem a mesma importância e não há uma mais valiosa que a outra. Em geral, precisamos utilizá-las para enfrentar a vida, independentemente da ocupação realizada. Afinal, a maioria dos trabalhos requer o uso da maioria dos tipos de inteligência. A educação ensinada na sala de aula é um procedimento destinado a avaliar os dois primeiros tipos de inteligência: linguística e lógica matemática. No entanto, esta educação é totalmente inadequada para educar os alunos na plenitude do seu potencial. A necessidade de mudança no paradigma educacional foi trazida à discussão pela Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner.

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