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[43839 217074]Preventiva aula cinco

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UNISUL- Processo Penal: Sentença/Prisões e Ritos
 Aula IIIPrisão em Flagrante/Preventiva
PRISÃO PREVENTIVA
Prisao Preventiva: Prisão Cautelar prevista no CPP entre os artigos 311 a 316;
Momento: Pode ser decretada:
Fase Investigatória Nos crimes que não couber prisão temporária;
Fase Processual: (em qualquer instância) 
Hipóteses de Admissibilidade: art. 313 CPP traz os requisitos alternativos:
Crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos: 
Descartados: 
Contravenções
Crimes culposos
Pena Máxima nãosuperior a quatro anos
Majorantes, minorantes, qualificadoras, privilégio são levadas em consideração. Calculando de acordo com o máximo decorrente de sua consideração;
Condenado em Outro crime doloso com sentença transitada em julgada: Reincidência Específica com lapso temporal menor que cinco anos
Se o Crime Envolver Violência Doméstica: Violência Domestica: Art. 5º e 7º da Lei 11.340/06 (Maria da Penha). Essa violência é de gênero, portanto, este “crime” pressupõe violência.
Amplia o sujeito passivo da violência doméstica;
Pouco importa o quantum da pena;
Mas deve ser comprovado o periculum libertatis. 
Para fins de identificação: Mais uma condução coercitiva que propriamente uma das modalidades de prisão.
Pressupostos: Presentes no Art. 312 do CPP 
“Fumus Comissi Delicti” e 
“Periculum Libertatis”: 
Garantia da Ordempública 03 correntes:
Não possui natureza cautelar;
Risco de reiteração criminosa (dominante); Juízo de periculosidade;
Risco de reiteração somada as hipóteses dos delitos que criam comoção social;
Garantia da Ordem Econômica: Reiteração delituosa relacionado a crimes contra a ordem econômica e financeira;
Conveniencia da Instrução Criminal:a palavra conveniência deve ser entendida como “necessidade”;
O fim da instrução criminal deveria revogar esta hipótese;
Garantia da Aplicação da Lei Penal: Dados concretos que demonstram que o acusado pretende fugir, inviabilizando uma futura e possível aplicação da pena.
O STF já decidiu que Não cabível no caso de ausência momentânea. Ex. para evitar flagrante.
Estrangeiros não residentes no pais: quando o Brasil possui acordo de colaboração judiciária, não haveria risco, porque inclusive a sentença brasileira poderia ser, inclusive, aplicada no estrangeiro. 
Prazo: Não possui prazo determinado em regra. Entretanto, a doutrina coloca que a lei estabelece uma série de prazos para a prática dos atos processuais. Prazo do Inquérito Policial, Oferecimento da denúncia.....excedendo estes prazos, a prisão configuraria ilegal. 
	TEMPORÁRIA
	PREVENTIVA
	Prisão Cautelar
	Prisão Cautelar
	Previsão Legal: Lei 7.960/89
	Previsão legal: Arts 311 a 316 CPPalterados pela 12.403.2012
	Momento: exclusivamente a fase investigatória.
	Momento: tanto na fase investigatória quanto na fase processual. Alguns doutrinadores ensinam que na fase investigatória, somente nos crimes que não couber prisão temporária.
	Hipóteses do Art. 1º III da Lei 7.960/89 
	Hipóteses do art. 313 CPP 
	Pressupostos: “Fumus ComissiDelicti”Art. 1º III da Lei e “Periculum Libertatis” Art. 1º I ou II da Lei 7960/89;
	1.“Fumus Comissi Delicti” e 
2.“Periculum Libertatis”: 
a. Garantia da Ordem pública
b. Garantia da Ordem Econômica:;
c.	Conveniência da Instrução Criminal: 
d.	Garantia da Aplicação da Lei Penal: Dados concretos que demonstram que o acusado pretende fugir, inviabilizando uma futura e possível aplicação da pena.
	Prazo Máximo 5 dias prorrogáveis por mais 05 dias. Crimes Hediondos, 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
	PRAZO: Não possui prazo determinado em regra. Entretanto, a doutrina coloca que a lei estabelece uma série de prazos para a prática dos atos processuais. Prazo do Inquérito Policial, Oferecimento da denúncia.....excedendo estes prazos, a prisão configuraria ilegal.
Prisão Domiciliar::
De natureza Penal: Art. 17 da LEP:
Requisitos:
Regime Aberto
Art. 17 LEP
Condenado Maior de 70 anos
Condenado com doença grave;
Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental
Condenada gestante
De Natureza Cautelar: CPP, arts. 317 e 318:
Art. 317: Recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial
Requisitos:
Prisão Preventiva: Substitui a prisão cautelar, logo, possível a detração;
Prisão Temporária: Não poderia porque, o prazo é pequeno.
Art. 318:
Individuo maior de 80 anos
Individuo debilitado, em razão de doença grave;
Pessoa imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 06 anos ou com deficiência;
Gestante a partir do 7º mês de gravidez ou sendo esta de alto risco;
O ônus da prova, nos termos do paragrafo único, seria do interessado.
	Prisão Domiciliar LEP
	Prisão Domiciliar CPP
	Prisão Penal
	Prisão Cautelar
	Previsão Legal art. 117 LEP 
	Previsão: Arts 117 e 118 CPP
	1.	Requisitos:
a.	Regime Aberto
b.	Art. 17 LEP
i.	Condenado Maior de 70 anos
ii.	Condenado com doença grave;
iii.	Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental
Condenada gestante
	a.	Prisão Preventiva: Substitui a prisão cautelar, logo, possível a detração;
i.	Prisão Temporária: Não poderia porque, o prazo é pequeno.
b.	Art. 318:
i.	Individuo maior de 80 anos
ii.	Individuo debilitado, em razão de doença grave;
iii.	Pessoa imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 06 anos ou com deficiência;
iv.	Gestante a partir do 7º mês de gravidez ou sendo esta de alto risco;
 DAS MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS
É sabido que, até o advento da Lei n. 12.403/2011, o Código previa apenas uma modalidade de medida cautelar passível de recair sobre a pessoa do indiciado ou acusado: a prisão. 
Com as alterações introduzidas, descortinou -se a possibilidade de o juiz aplicar medidas de natureza diversa da prisão que, embora recaiam sobre a pessoa a quem se atribui a prática da infração, não importam em sua manutenção no cárcere.
Requisitos
O art. 282, I, do Código de Processo Penal estabelece os critérios que devem nortear a decisão acerca do cabimento das medidas cautelares em geral. Segundo esse dispositivo tais medidas deverão ser aplicadas observando -se a “necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais”. 
Para que a medida cautelar seja decretada não basta a mera conveniência de sua adoção, exigindo –seque haja fundamento para concluir -se que se mostra imprescindível para tutela dosmeios e dos fins do processo.
De acordo com o texto legal, três são os gêneros de circunstâncias que possibilitam a adoção de medida cautelar:
a) risco para aplicação da lei penal: ocorre quando se verifica a probabilidadede que o investigado ou acusado tentará subtrair -se ao cumprimento da penaacaso venha a ser condenado;
b) risco para a investigação ou instrução criminal: tem lugar quando o investigadoou acusado cria sérios embaraços para a regular obtenção de provas, talcomo na hipótese de ameaçar ou corromper testemunhas;
c) nos casos expressamente previstos, risco de o investigado ou acusado voltara praticar infração penal: hipótese em que a personalidade ou os antecedentesdo investigado ou réu ou, ainda, as circunstâncias da conduta autorizama conclusão de que o agente apresenta considerável potencial de reincidência.
As medidas cautelares diversas da prisão
São dez as modalidades de medidas cautelares diversas da prisão previstas, em
rol taxativo, nos arts. 319 e 320 do Código:
Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas
pelo juiz, para informar e justificar suas atividades (art. 319, I)Consiste na determinação de que o indiciado ou réu compareça à presença domagistrado em periodicidade que vier a ser definida (diariamente, semanalmente,mensalmente etc.), para demonstrar, por meio de prova idônea, as atividades querealiza, o que permitirá ao juízo exercer alguma fiscalização sobre ele.
É importante que, sempre que aplicar essa medida, o juizempenhe -se em entrevistar diretamente o destinatário, com intervalos não muito longos entre os comparecimentos, para que a providência não passe a constituir mera formalidade, talcomo ocorreria se a tarefa de indagar e ouvir o indiciado ou réu fosse entregue aserventuário ou se tivesse lugar de forma demasiado espaçada.
Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares
Quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações (art. 319, II) É possível que a frequência do indiciado ou réu a determinados lugares ou a estabelecimentos de certa natureza favoreça o cometimento de novas infrações de sua parte, daí por que o juiz, diante de tal constatação, poderá interditar -lhe a estada em um ou vários lugares (campos de futebol, bares, rodeios, casas noturnas, casas de jogos etc.). É recomendável que esta medida seja aplicada cumulativamente com a monitoração eletrônica, para que se possa fiscalizar se o destinatário está respeitando as restrições estabelecidas.
Proibição de manter contato com pessoa determinada:
Quando, por circunstânciasrelacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecerdistante (art. 319, III)Se as circunstâncias do fato indicarem a necessidade, o juiz poderá proibir queo indiciado ou acusado mantenha contato com certas pessoas, como a vítima, testemunha,coautor etc. A finalidade do dispositivo pode ser, por exemplo, evitar que a aproximação do réu possa causar algum tipo de temor à vítima ou testemunhas, bem como evitar que a proximidade possa gerar novas desavenças entre elas.
O juiz não pode proibir o acusado de ter contato com seu advogado.
Proibição de ausentar -se da Comarca quando a permanência seja convenienteou necessária para a investigação ou instrução (art. 319, IV)
Se a permanência do acusado na comarca pela qual tramita o processo for conveniente para a investigação ou instrução, o juiz poderá decretar a medida, como quando, por exemplo, houver necessidade de proceder ao reconhecimento do indiciado ou acusado. Na medida em que a lei não faz qualquer distinção, é irrelevante se o destinatário da medida reside ou não na comarca em cujos limites territoriais teráde permanecer.
A proibição em questão pode ser absoluta, quando o juiz entender que se justifica a imposição de restrição total à possibilidade de saída do território da comarca. Pode, também, ser relativa, acaso se entenda que sua finalidade será alcançada ainda que o indiciado ou réu seja autorizado, por exemplo, a sair da comarca para trabalhar.
Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga:
Quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos (art. 319, V) A aplicação dessa medida pressupõe a existência de prova inequívoca de que oindiciado ou réu tem residência e trabalho fixos. A pessoa sujeita ao recolhimento domiciliardeverá permanecer nas dependências de sua residência todas as noites e nosdias em que não tiver de dedicar -se ao trabalho ou estudo em estabelecimento de ensino.
Para que a medida em estudo possa ter eficácia deverá o juiz aplicá -la, em regra, cumulativamente com a medida de monitoração eletrônica, pois a mera obrigação de recolher -se, sem a correspondente fiscalização, desnatura a medida. É possível que a fiscalização seja cometida à Polícia Judiciária, hipótese em que o juiz deverá exigir relatório circunstanciado das diligências periodicamente realizadas.
Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de naturezaeconômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização paraa prática de infrações penais (art. 319, VI)
Havendo fundamento para concluir que o exercício de função pública ou de atividade econômica ou financeira favoreça a prática de nova infração penal, o juizpoderá interditar temporariamente seu exercício, comunicando, conforme o caso,ao respectivo órgão público ou entidade de classe.
Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticadoscom violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputávelou semi -imputável e houver risco de eiteração (art. 319, VII)
Cuida -se de medida aplicável somente em relação a infrações praticadas com violência ou grave ameaça e que pressupõe, além da constatação, em decorrência dainstauração de incidente de insanidade, de que o indiciado ou réu é inimputável ousemi -imputável, a demonstração de que apresenta considerável potencial de reincidência.A internação deve ocorrer em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátricoou, à falta, em outro estabelecimento adequado.
Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimentoa atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistênciainjustificada à ordem judicial (art. 319, VIII)
Trata -se, em verdade, de medida de contracautela, que tem lugar para evitarvque o indiciado ou acusado permaneça preso provisoriamente (ou seja, sujeito a prisãocautelar) na eventualidade de poder oferecer garantia ao juízo, de modo a reduzira probabilidade de lançar -se a terras distantes.O dispositivo faz menção à fiança como forma de assegurar o comparecimento do réu aos atos do processo ou para evitar a obstrução do seu andamento, na medidaem que, caso descumpra tais obrigações, o juiz poderá declarar quebrada a fiança, oque importará a perda de metade de seu valor, além da possibilidade de decretaçãode novas medidas cautelares ou da prisão preventiva.Já a parte final do texto legal menciona a decretação da fiança como forma de vencer resistência injustificada do réu a algum tipo de ordem judicial. Nesse particular, o dispositivo, sinceramente, não faz sentido.
Monitoração eletrônica (art. 319, IX)
Consiste na sujeição do destinatário a fiscalização por meio de sistemas eletrônicos, de modo a permitir sua imediata localização. Para execução dessa medida, o indiciado ou réu deverá utilizar, junto ao corpo, dispositivo tecnológico próprio, em geral tornozeleira, vedada a utilização de equipamentos que exponham a risco sua saúde.
A medida em questão, assim como as demais cautelares, tem caráter coercitivo, daí por que é desnecessária a anuência do indiciado ou acusado para sua decretação.
É bem verdade que não se pode constranger o destinatário da medida, física ou moralmente, a utilizar o equipamento eletrônico, mas sua recusa, que importa em descumprimentoda obrigação imposta, é motivo para decretação da prisão preventiva(art. 312, parágrafo único).
Haverá descumprimento da medida, ainda, se o indiciado ou acusado danificar o aparelho ou tentar ludibriar, por qualquer meio, o sistema de vigilância, assimtambém quando se recusar a atender ao chamado do juiz ou do órgão ou instituiçãoresponsável pelo monitoramento. O Decreto n. 7.627, de 24 de novembro de 2011,regulamenta o procedimento da monitoração eletrônica.
Proibição de ausentar -se do País (art. 320)
Pode o juiz proibir que o indiciado ou acusado deixe o País ou condicionar sua saída à prévia autorização judicial. As autoridades responsáveis pelos órgãos de controle marítimo, aeroportuário ede fronteiras serão comunicadas sobre a proibição, ao passo que o réu terá de depositaro passaporte em juízo em 24 horas. A recusa em entregar o documento no
prazo ensejará a decretação da prisão preventiva.
Fiscalização
O juiz, ao aplicar qualquer das medidas cautelares, deve estabelecer a forma de fiscalização de seu cumprimento, sem prejuízo da possibilidade de o Ministério Público supervisionar a execução da medida cautelar, diretamente ou com o concursode órgãos ou instituições públicas.
 Duração
Não há previsão de prazo máximo de duração das medidas cautelares, o que autoriza a conclusão de que os efeitos da decisão que as decreta devem perdurar enquanto subsistir a sua necessidade. Deve o juiz, entretanto, notadamente no que se refere à prisão, pautar -se pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidadepara estabelecer os casos em que a duração da medida se mostra excessiva.
Detração
Namedida em que, segundo a redação do art. 42 do Código Penal, apenas o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, e de internação provisória(art. 319, VII, do CPP), são passíveis de detração, não há espaço para cômputo napena ou na medida de segurança do período de cumprimento das demais medidas cautelares. O próprio caput do art. 319 as denomina “medidas cautelares diversas daprisão”.
Escolha da medida
Se for o caso de aplicação de medida cautelar, o juiz, na escolha, deve pautar –sepor sua adequação à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. É o que diz o art. 282, II, do CPP.
Deverá haver sempre proporcionalidade na atuação do juiz no que diz respeito à garantia da utilidade e da eficácia do processo. Equivale a dizer que o juiz deverá estar atento à gravidade abstrata e concreta da infração e às condições pessoais do indiciado ou réu para decidir não apenas se há necessidade de adoção de providência cautelar, mas, também, para escolher, quando presentes seus requisitos, quais medidas aplicará.
A nova sistemática do processo penal, trazida pela Lei n. 12.403/2011, trouxeresponsabilidade ainda maior aos juízes, conferindo -lhes a possibilidade de optar, fundamentadamente, por diversos caminhos: decretar a preventiva ou conceder a liberdade provisória; conceder ou não prisão preventiva domiciliar; aplicar ou não medida cautelar diversa da prisão; aplicar apenas uma medida cautelar ou várias.
Vedação à aplicação das medidas cautelares
As medidas em estudo não podem ser aplicadas às infrações penais para as quais não haja previsão de pena privativa de liberdade em abstrato, de forma isolada, cumulativa ou alternativa com outra espécie de pena. Significa, na prática, que não são cabíveis a algumas contravenções penais para as quais a lei prevê única e exclusivamente pena de multa e para o crime de porte de droga para uso próprio para o qual, igualmente, não há previsão de pena privativa de liberdade (art. 28 da Lei n. 11.343/2006)
Cumulação, substituição e revogação
De acordo com as peculiaridades do caso concreto, o juiz poderá aplicar a medida cautelar pessoal de forma isolada ou cumulativamente (art. 282, § 1º), nãohavendo limite em relação à quantidade de obrigações que podem ser impostas simultaneamente, desde que haja compatibilidade lógica entre elas.
A decisão que aplica medida cautelar não está sujeita a preclusão, sendo -lhe ínsitaa cláusula rebus sic stantibus, de modo que o juiz, de ofício ou a requerimentodas partes, poderá substituí -la, revogá -la, aplicar outra em cumulação e, ainda, voltar a decretá -la. Poderá, ainda, em caso de descumprimento de qualquer outra medida ou de superveniência dos fundamentos que a justificam, decretar a prisãopreventiva.
Momento e iniciativa
Somente o juiz, por meio de decisão fundamentada, pode aplicar medida cautelar, seja no curso da ação penal ou antesde seu exercício. Durante a investigação, todavia, é vedado ao juiz decretar de ofício a medida, já que em tal etapa sua aplicação depende de representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. No curso da ação, as medidas cautelares podem ser decretadas de ofício ou a requerimento das partes (art. 282, § 2º).
Processamento
De acordo com o art. 282, § 3º, do Código, quando não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida o juiz ouvirá a parte contrária antes de decidir sobre o pedido. Para tanto, determinará sua intimação, bem como o fornecimento de cópia do requerimento e de peças relevantes, já que os autos deverão permanecer em cartório. Registre -se, todavia, que, para a colheita da manifestação do indiciado ou acusado, é necessário que não haja urgência e que o juiz possa concluir, com segurança, quenão há risco para a eficácia da medida, já que a finalidade das medidas cautelares é evitar que o investigado ou acusado adote determinados comportamentos, expectativa que, em regra, seria frustrada com o conhecimento, por parte dele, de que a providência cautelar está prestes a ter lugar, sobretudo porque poderia antecipar -se
à decisão judicial e fazer aquilo que se pretende evitar.
Recurso
A decisão que indefere pedido de aplicação de qualquer medida cautelar ou que decreta cautelar diversa daquela pleiteada pela parte expõe -se a recurso em sentidoestrito, pois, muito embora o inciso V do art. 581 do Código trate apenas da hipótese em que a prisão preventiva é indeferida, é possível concluir que houve omissão involuntáriado legislador, o que autoriza o emprego da analogia. Também a decisão que revoga a medida cautelar é desafiada por recurso em sentido estrito. Não há recurso para impugnar a decisão que decreta a medida, mas é possível a impetração de habeas corpus, uma vez que o descumprimento das obrigações impostas

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