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Projeto de intervenção Adolescentes e Álcool

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Karla Rossana Perassolo
Projeto de Intervenção para um Grupo de Adolescentes em Abstinência de Álcool
Três de Maio
Novembro de 2016
SUMÁRIO
1.	Referencial Teórico	3
1.1.	O Uso e Abuso do Álcool por Adolescentes	3
1.2.	Consequência do Uso e Abuso do álcool na Adolescência	5
1.3.	A importância da Vivência Grupal para Adolescentes Alcoolistas	7
1.4.	Políticas Públicas para Adolescentes Alcoolistas	8
2.	Projeto de Intervenção	12
2.1.	Justificativa:	12
2.2.	Objetivo Geral:	13
2.3.	Objetivos Específicos:	13
2.4.	Método:	14
2.5.	Cronograma	14
2.6.	Descrição das Atividades por Encontro	15
2.6.1.	Quem sou eu?	15
2.6.2.	Como me sinto?	16
2.6.3.	Autoestima	17
2.6.4.	Família	20
2.6.5.	Grupo	21
2.6.5.	Retrospectiva	23
3.	REFERÊNCIAS	28
Referencial Teórico
 O Uso e Abuso do Álcool por Adolescentes
A adolescência é uma passagem da infância para a vida adulta na qual o sujeito vivencia diversas perdas, dentre elas estão à perda do corpo infantil, a perda dos pais da infância, a perda da identidade, e do papel de criança que tinha na família e na sociedade. A adolescência é uma fase em que o sujeito está em busca da sua identidade, caracteriza-se por uma fase de transformações físicas e psicossociais. É uma fase em que o sujeito busca se relacionar com outros adolescentes formando assim os grupos que conforme Zimerman (2004, p 361), 
A “turma” propicia a formação de uma nova identidade, intermediaria entre a família e a sociedade, com a assunção e o exercício de novos papéis [...] A tendência ao agrupamento também se deve ao fato de que sentem menos expostos a críticas diretas, buscam uma discriminação dos adultos, confiam mais nos valores dos seus pares, diluem os sentimentos de vergonha, medo, culpa e inferioridade, quando convivem com outros iguais a eles; reasseguram a autoestima pela imagem que os outros lhe remetem; estão ancorados na crença de que “a união faz a força”, e com o que eles se sentem mais fortes, a sua voz ressoa mais longe e mais potente, além de fazerem distintas formas de “movimentos”.
O que vem preocupando a sociedade atual é que cada vez mais os adolescentes estão fazendo uso de drogas ilícitas. O que se percebe é que muitos jovens são influenciados pelas amizades. De acordo com Nery (2015, p. 290),
Fica evidenciada a influência de amigos no que tange à motivação para o consumo do álcool, isso se deve à necessidade do adolescente em se enquadrar em grupos, em que existem padrões pré-determinados para fazer parte do mesmo. Isso se dá pelo fato da correlação ao uso de bebidas alcoólicas entre os jovens, nas festas e comemorações, evidenciando o apelo social ao consumo de álcool.
O alcoolismo não é um problema que aparece apenas na vida adulta como muitas pessoas pensam, na sociedade atual estamos nos deparando cada vez mais com adolescentes que estão fazendo uso de bebida alcoólica- independente do sexo. Assim, como descrito pelo autor Varella a vários fatores que influenciam na busca pelo álcool. De acordo com Varella (2015, s.p),
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.
Outro fator que influencia é a família. Muitos pais fazem uso da bebida alcoólica e acabam incentivando os próprios filhos a beberem acham bonito e acabam não pensando nas consequências futuras. Bem como, muitos jovens bebem com a intenção de esquecer seus problemas, como se fosse uma fuga. Segundo a autora Félix (2013, s.p),
A maioria dos adolescentes bebe para ilusoriamente fugirem de crises familiares, ou pessoais e conflitos internos. Crises entre os pais, geralmente, empurram o adolescente a ancorar-se ao grupo de amigos que o levam a “divertir-se” e esquecer as crises em casa, recorrendo à bebida. Como esta é, também, uma idade em que auto estima é afetada por motivos simples, eles tendem a fugir, usando o álcool. Esta é uma idade repleta de confusões e complexos. Nesses momentos, os pais devem estar em alerta para os ajudarem a superar essas frustrações.
A mídia também acaba influenciando, pois, fazem propagandas que estimulam as pessoas a beberem. Mesmo sendo proibida a venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos, os jovens conseguem comprar facilmente e fazer uso da mesma. A autora Nery (2015, p.290) alega que “A responsabilidade pelo aumento do consumo de cerveja se deve ao apelo da mídia, à ampla divulgação comercial desse produto, que se torna crescente a cada dia, bem como à facilidade de acesso a mesma”.
 Consequência do Uso e Abuso do álcool na Adolescência
O uso da bebida alcoólica é iniciado precocemente, dentro do ambiente familiar ou grupos sociais. Sendo o álcool a droga mais comum entre os adolescentes, ocasionalmente em festas e reuniões é que o mesmo se torna presente, especialmente pelo fácil acesso. Desta forma, o uso precoce, gera consequências enquanto o abuso e dependência dessa substância.
Neste sentido Melo (2015, p.8) salienta que:
O uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA) leva o indivíduo a desenvolver uma síndrome de dependência, a qual se caracteriza por agrupamento de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, que se desenvolve após o uso contínuo destas substâncias e que normalmente gera uma dificuldade em controlar o seu uso apesar das consequências negativas, dando preferência ao uso da droga em prejuízo de outras atividades, crescendo a tolerância, e às vezes um estado de abstinência física.
Os impactos que o abuso de álcool pode causar a saúde do sujeito, segundo um levantamento de Santos (2014) aponta que, consumir álcool é considerado a terceira causa de incapacidades e mortes no mundo inteiro, apenas perdendo para o sexo sem proteção e o baixo peso na infância. Correspondendo assim a 4,5% da carga mundial de ferimentos e doenças, decorrendo de 2,5 milhões de mortes por ano, taxa maior do que as mortes causadas por tuberculose, HIV e por violência. Nesse mesmo levantamento, os dados nos mostram que o consumo de álcool é a razão estimada de 20% a 50% de intoxicação, epilepsia, cirrose hepática, violência, acidentes automobilísticos, tipos de câncer, como, câncer de cólon, de mama, laringe, esôfago, fígado, faringe e boca. O álcool pode desenvolver a manifestação de doenças, pois seu consumo debilita o sistema imunológico, sendo que é mais propício para aqueles que fazem uso pesado da substância. 
Levando em consideração ao período da adolescência, o abuso de álcool, pode expor o sujeito a diversos fatores de risco, dentre eles, acidentes, brigas, abuso sexual, roubos e gravidez indesejada. Em relação ao seu desenvolvimento, o adolescente esta em fase de transformação, o que pode prejudicar a memória, a aprendizagem, o controle de impulsos, a comunicação, as relações interpessoais, o processamento de informações e o desenvolvimento da personalidade.
Os prejuízos cognitivos que afetam a memória e a atenção podem resultar em complicações de aprendizagem, assim acarretando o agravamento no desempenho escolar. Essas complicações resultam em baixa autoestima, o que pode levar a um maior consumo de álcool, mais uma vez condicionando o abuso.
 A importância da Vivência Grupal para Adolescentes Alcoolistas 
A participação em grupos de convivência são muito importantes, pois neste grupo é que eles tem apoio para reduzir e parar com as bebidas alcoólicas, onde estes grupos, tem como objetivo, conforme ideias de Pillon e Maciel (2010, p. 553): 
Fornecer apoio aos interessados em reduzir o consumo de álcool ou os danos causados pelo uso crônico, ao mesmo tempo em que atende as suas necessidades psicossociais, resgata a autoestima do cliente alcoolista e auxiliaos seus familiares para que compreendam o processo de dependência alcoólica.
Nestes grupos, os integrantes tem a possibilidade de colocar seus sentimentos, seus medos, seus pensamentos, suas dores, suas crises e o que lhe ocorre quando recorre ao álcool para tentar ficar bem. Nos grupos, os integrante irão apresentar suas dificuldade, para isso, o grupo se torna, junto com a equipe uma forma de auxiliar o mesmo.
O funcionamento do grupo geralmente é regido pela troca de experiência, onde cada um conta e relata sua história, seus sentimentos, suas angústias e ansiedades, com isso, eles se utilizam de palavras para expressar e logo, a partir dos estudos de Souza, Notoya, Nunes, Carvalho, (n.d., p.4), que:
É através da palavra, mesmo esta podendo ser vaga, que aponta-se ou dirige-se para alguma coisa, onde o sentimento parece chamar pela palavra, ou seja, se alguém possui sentimento, então a palavra vem. Nessa relação, a palavra relata, diz a experiência, e esta, chama pela palavra, possibilitando assim encontrar a experiência por meio do dito, revelando também a situação, o contexto.
	Estes momentos, auxiliam na liberdade de expressar seus sentimentos e o que está se passando com cada sujeito. Logo, nos grupos é possível e visível o uso de variadas dinâmicas, para que de uma forma um pouco mais fácil, o sujeito consiga expor seu sentimento e sofrimento, podendo falar e reconhecer a sua subjetividade, identidade, de si, do sujeito, assim, sendo possível se reconhecer, mais uma vez. Pois, o momento que este sujeito está passando, é muito difícil e confuso, principalmente para adolescente, que estão em uma fase em que estão em busca do seu eu, da sua identidade, do que ele é, ou o que ele quer e o que ele vai ser, momentos estes que perturbam a adolescência, onde alguns acabam tentando suprir com álcool, ou até outras drogas.
	Estes momentos no grupo, também auxiliam a motivação dos integrantes deste grupo, podendo além de se reconhecer, criar uma autoconfiança, uma autoestima. Onde isso está sendo um método utilizado e estudado. Assim, como cita Sobral, Nolasco, Santos (2010, p. 2), “tratamentos específicos para aumentar a motivação têm sido desenvolvidos”.
 Políticas Públicas para Adolescentes Alcoolistas
O álcool tem se tornado cada vez mais frequentes nas rodas de adolescentes, apesar da lei 8.069/90 que proíbe a venda ou distribuição de álcool a esta clientela não raro encontra-se adolescentes ingerido bebidas alcoólicas. Diante dos inúmeros problemas causados pelo uso e abuso das substancias leis, normativas e politicas publicas sobre o álcool e outras drogas foram criadas visando promoção e prevenção ao uso e abuso dessas substancias, dentre elas estão a Politica de Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas e a Politica Nacional sobre o Álcool, a lei 10.216 que norteia, entre outras coisas, as internações. “O Ministério da Saúde assume de modo integral e articulado o desafio de prevenir, tratar, reabilitar os usuários de álcool e outras drogas como um problema de saúde pública” (Ministério da Saúde, 2004. p.9). 
Proporcionar tratamento na atenção primária, garantir o acesso a medicamentos, garantir atenção na comunidade, fornecer educação em saúde para a população, envolver comunidades / famílias / usuários, formar recursos humanos, criar vínculos com outros setores, monitorizar a saúde mental na comunidade, dar mais apoio à pesquisa e estabelecer programas específicos são práticas que devem ser obrigatoriamente contempladas pela Política de Atenção a Usuários de Álcool e outras Drogas, em uma perspectiva ampliada de saúde pública. (Ministério da Saúde, 2004. p.11).
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 101, apresenta medidas cabíveis a serem aplicadas, aqui relacionadas ao uso e abuso de álcool, os adolescentes tem direito de 
Receber orientação, apoio e acompanhamento temporários; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos (ECA, 2016. p. 34).
O tratamento do adolescente alcoólatra poderá contar com internações, porém é importante atentar a ressalva do artigo 6 da lei lei 10.216/01 “a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos”. De acordo com a lei referida, existem três tipos de internação: a internação voluntária, aquela em que se tem o consentimento do usuário; a internação involuntária que se dá sem o consentimento do usuário e a partir do pedido de um terceiro, podendo ser de um familiar ou de um dos órgãos que compõem a rede de atendimento; e, a internação compulsória, a qual será sempre determinada pelo poder judiciário. (Lei 10.216/01).
 A internação tem o objetivo da desintoxicação do usuário. Este é um processo puramente farmacológico onde, além de realizar uma espécie de limpeza no organismo do sujeito, será utilizado o fármaco para minimizar os efeitos da abstinência.
O objetivo primordial da desintoxicação é evitar os sintomas de privação causados pela falta do álcool. Esses sintomas de privação resultam da hiperexcitabilidade do sistema nervoso central (inquietação, agitação e convulsões) da hiperactividade do sistema nervoso autónomo (náuseas, vómitos, taquicárdia, tremores, hipertensão) e de altera- ções cognitivas (Nogueira & Ribeiro, 2008. p.306).
A Politica de Atenção Integral a usuário de álcool e outras drogas tem como principal enfoque a construção de uma rede substitutiva, através de serviços extra hospitalares e de base comunitária que visam a articulação interdisciplinar da rede para prevenção e promoção de saúde aos adolescentes alcoólatras. Ao sair da internação o usuário é encaminhado para a rede de atendimento do seu município e esta deverá estar preparada para o acolhimento das demandas desse sujeito no que diz respeito a assistência psicossocial como um todo.
O advento da lei e das políticas setoriais de saúde contribuiu para a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial a usuários de álcool e outras drogas (CAPSad), visto como um instrumento importantíssimo e estratégico para a prevenção, o acompanhamento e o tratamento dos usuários e familiares, uma vez que, proporciona ao indivíduo ter o acompanhamento e o auxílio de profissionais de diversos setores, inclusive enfermeiros, cuja atribuição está centrada na implantação de ações assistenciais com finalidade terapêutica (Brasil, 2004. Citado em Jesus, 2014. p. 16).
Cabe ressaltar que, quando o município não contar com o serviço do CAPSad o usuário deverá ser recebido pela rede de atendimento. Dentre os serviços que deverão ser oferecidos ao usuário está a elaboração de um Plano Terapêutico Singular a cada usuário, aqui alcoólatra, que chega ao atendimento, a criança deste plano requer a participação de diferentes saberes e também a participação do usuário. O Ministério da Saúde (2004) ressalta a importância de valorizar a subjetividade do sujeito uma que está deverá ser encorajado a participar do tratamento. Acolher sem julgar e poder compreender “o que é possível, o que é necessário, o que está sendo demandado, o que pode ser ofertado, o que deve ser feito” ( Ministério da Saúde, 2004. p.10) é de extrema importância para o tratamento. 
Se nas práticas de saúde nosso compromisso ético é o da defesa da vida, temos de nos colocar na condição de acolhimento, em que cada vida se expressará de uma maneira singular, mas também em que cada vida é expressão da história de muitas vidas, de um coletivo. Não podemos nos afastar deste intrincado ponto onde as vidas, em seu processo de expansão, muitas vezes sucumbem ao aprisionamento, perdem-se de seu movimento de abertura e precisam, para desviar do rumo muitas vezes visto como inexorável no uso de drogas, de novos agenciamentos e outras construções (Ministério da Saúde, 2004. p.10)
	A redução de danos é uma politica abordada pelos profissionais de saúde para tratar o usuário alcoólatra.A “abordagem da redução de danos nos oferece um caminho promissor, porque reconhece cada usuário em suas singularidades, traça com ele estratégias que estão voltadas não para a abstinência como objetivo a ser alcançado, mas para a defesa de sua vida.” (Ministério da Saúde, 2004. p.10). O ministério da saúde configura a redução de danos como uma abordagem clinico-politica, uma vez que o objetivo a ser atingido não se restringe a mudanças comportamentais do usuário mas sim em atingir a comunidade como um todo no sentido de uma construção de um suporte social, promovendo ações que educam a população como um todo, criando assim diversos acessos, a nível de sociedade e de rede, para o auxilio a alcoólatras e familiares.
É a rede – de profissionais, de familiares, de organizações governamentais e não-governamentais em interação constante, cada um com seu núcleo específico de ação, mas apoiando-se mutuamente, alimentando-se enquanto rede – que cria acessos variados, acolhe, encaminha, previne, trata, reconstrói existências, cria efetivas alternativas de combate ao que, no uso das drogas, destrói a vida (Ministério da Saúde, 2004. p. 11).
	É importante também acolher na rede de atendimento a família do usuário, podendo ofertar a estes orientação e o apoio necessário para o enfrentamento das situação, também educá-los sobre os comportamentos que deverão manter a fim de auxiliar o usuário e reforçar no ambiente familiar aquilo que é trabalho em rede.
Projeto de Intervenção
 Justificativa:
O uso e abuso do álcool entre os adolescentes está se tornando a cada dia motivo de maior preocupação para a sociedade, principalmente para a área da saúde e educação que precisa pensar a caráter de urgência em intervenções para realizar com os jovens em relação a entrada na fase das experimentações e o risco que o álcool pode trazer para suas vidas. 
Este projeto abrange uma possibilidade de intervenção em um grupo de adolescentes que retornaram recentemente de casas de reabilitação para menores de idade, em uma cidade no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Este grupo (fictício) é composto por dez adolescentes entre 16 e 17 anos e acontece semanalmente, contando com a coordenação de uma psicóloga, além dos demais profissionais da saúde que atuam na Rede de Atendimento do município, que esporadicamente são convidados para realizar palestras ou atividades diferenciadas com estes jovens.
A proposta de intervenção é fruto de uma observação prévia do grupo de convivência, sendo esta realizada em 4 encontros, onde pode-se levantar as características do grupo, sendo estas: boa capacidade para momentos de reflexão, criatividade e espontaneidade, além de apresentar, segundo declarações da coordenadora do grupo, facilidade para falar sobre a família e círculos de amizade. Além disso, nestes dias de observação, foram consideradas possíveis demandas para serem trabalhadas com esse grupo, as quais são: necessidade de tirar o foco da bebida alcóolica, já que o grupo trabalha sobre isso todas as semanas, apenas de maneira diferente, percebendo-se a necessidade de resgate da identidade dos adolescentes, sua autoestima, sentimentos em relação a si, a família, ao grupo, ou seja, oferecer um olhar diferenciado, possibilitando que o sujeito seja reconhecido além de sua dificuldade, a fim de promover a saúde mental, bem como qualidade de vida dos adolescentes do grupo. 
Objetivo Geral:
Este projeto tem como objetivo resgatar a identidade e a autoestima dos adolescentes do grupo, percebendo sua vida para além dos episódios com o álcool, desde o abuso como as internações, a fim de auxiliar no processo de ressignificação da vida, dos sentimentos consigo e com os grupos sociais aos quais eles fazem parte. 
 Objetivos Específicos:
Permitir o reencontro com sua identidade, seus sonhos e seus objetivos de vida. 
Perceber as novas possibilidades após a internação, superando o medo que o jovem sente sobre ele em relação à sociedade que o cerca.
Promover a reflexão acerca de suas atitudes, seus pensamentos, para que possam focalizar suas energias mentais em atividades prazerosas e produtivas em outros ambientes além do grupo.
 Método:
O método utilizado é o de intervenção, distribuído em 6 encontros onde serão realizadas com os jovens atividades lúdicas, dinâmicas e técnicas que possibilitem a expressão livre e posterior discussão da produção.
 Cronograma
	Encontro
	Tema
	Objetivos
	1º
	Quem sou eu?
	Promover reflexão sobre a identidade, como se percebem, suas qualidades, o que pode ser modificado.
	2º
	Como me sinto?
	Perceber os sentimentos que permeiam o grupo.
	3º
	Autoestima
	Possibilitar o resgate da autoestima através da percepção de si.
	4º
	Família
	Promover reflexão acerca da sua responsabilidade frente ao que acontece no ambiente familiar.
	5º
	Grupo
	Fortalecer o laço entre os membros do grupo.
	6º
	Retrospectiva e Finalização
	Identificar os sentimentos que tiveram ao participar das atividades, se gostaram ou não.
 Descrição das Atividades por Encontro
Quem sou eu?
Objetivo: O objetivo deste encontro é promover uma reflexão acerca da identidade dos adolescentes, quais as suas qualidades e os pontos que podem ser melhorados. Após nos apresentarmos, dizendo porque vamos realizar alguns encontros com eles, começaremos com uma proposta de reflexão sobre si.
 Momento de Reflexão:
Os adolescentes serão convidados a se sentar confortavelmente em um círculo no chão e serão preparados para a reflexão que será feita, a oradora poderá discorrer: “Neste momento, convido vocês para ficar em uma posição que se sintam confortáveis, fechar os olhos e respirar calmamente. Enquanto isso, será lido algumas perguntas e eu peço que cada um pense sobre cada questão que será feita, sempre com os olhos fechados. Podemos começar?”. Após o grupo assinalar que sim, fazer as perguntas de forma suave e com um bom espaço entre uma e outra para proporcionar reflexão.
- Qual a sua essência? 
Quais as emoções e sentimentos que guiam você, as motivações, os medos, o que te inspira?
- O que te faz feliz?
O que faz com que você se sinta realizado? Em quais momentos isso acontece?
- Qual seu maior sonho?
- Quais seus talentos?
O que você considera que faz melhor que ninguém, que faz você se destacar dos demais?
- O que você pode melhorar?
Em que situações você percebe que poderia mudar certas atitudes ou mesmo ações?
Após a reflexão, pedir que eles abram os olhos, e quem se sentir disposto pode comentar como eles se sentiram, como foi pensar sobre sua vida, suas conquistas, seus sonhos.
Fonte: http://www.jrmcoaching.com.br/blog/dinamica-quem-sou-eu-como-funciona-e-como-aplicar/. Adaptado.
 Quem sou eu?
Material: Figuras de animais de diversos tamanhos, domésticos ou não.
Procedimento: As figuras serão espalhadas pelo chão da sala. Cada adolescente deve caminhar pelo ambiente e escolher um desses animais, pegar a imagem e refletir sobre o que neste animal se parece com ele. A seguir, questionaremos:
- Quais as qualidades deste animal?
- Quais os defeitos deste animal?
- Qual característica dele fez com que você o escolhesse para te representar? Por que?
Abrir espaço para discussão entre eles do que mais lhes chamou a atenção. Após, oferecer papel A4 e tinta sobre a mesa para que eles possam desenhar sobre o tema: quem sou eu? O desenho não será específico, o objetivo é que eles elaborem um desenho que melhor os represente. Para encerrar, falar sobre as percepções do grupo em relação as atividades realizadas neste encontro e como foi para eles poder refletir sobre si e sua conduta no geral. Falar sobre o desenho, a escolha das cores, a motivação.
Como me sinto?
Objetivo: O objetivo é identificar os próprios sentimentos e expressá-los, partilhando-os com o grupo, proporcionando um momento de reflexão e de identificação entre os jovens. 
 Dinâmica de Conhecimento Pessoal - A cor do sentimento
Material: Tiras de papel de cores variadas.
Procedimento: Durante os primeiros cinco minutos a oradorasolicita às pessoas participantes que se concentrem, fechando os olhos, procurando uma interiorização e uma conscientização acerca dos próprios sentimentos no momento. Decorridos os cinco minutos, e abrindo os olhos, a oradora pede que cada pessoa, em silêncio, escolha uma tira, relacionado a cor dela com os sentimentos do momento.
Prosseguindo, forma-se grupos divididos pelas cores da tira. Dessa forma, cada membro irá explicar para o seu grupo o relacionamento encontrado entre a escolha da cor do guardanapo e os seus sentimentos do momento. Terminada esta etapa do exercício, todos se despedem uns dos outros, e o animador solicita que todos procurem expressar seus sentimentos do momento, através de uma forma dada à tira de papel. O importante não é a forma dada ao guardanapo, mas o que esta forma representa. 
Fonte:http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-de-sentimento-dinamica-para-estimular-sentimentos.php. Adaptado.
A partir dessa reflexão, utilizando a dobradura que fizeram, convidaremos os participantes do grupo a pintar em uma tela específica para este tipo de atividade, o sentimento que eles pensaram com a cor que eles escolheram para representá-lo. Após o grupo ter finalizado a pintura, será proposto que falem sobre suas percepções durante a atividade. Este quadro ficará exposto na sala para que eles possam recordar os diversos sentimentos que permeiam o grupo. 
Autoestima
Objetivo: Estimular o relacionamento interpessoal, a comunicação e compreender o que é autoestima, como desenvolvê-la e aplicá-la no dia a dia.
 Leitura de Poema
Este encontro vai começar com a leitura de um poema, para iniciar a reflexão sobre o tema escolhido para este encontro. De Pedro Bandeira, “Quem sou eu”?
Eu às vezes não entendo!
As pessoas têm um jeito
De falar de todo mundo
Que não deve ser direito.
Aí eu fico pensando
Que isso não está bem.
As pessoas são quem são,
Ou são o que elas têm?
Eu queria que comigo
Fosse tudo diferente.
Se alguém pensasse em mim,
Soubesse que eu sou gente.
Falasse do que eu penso,
Lembrasse do que eu falo,
Pensasse no que eu faço
Soubesse por que me calo!
Porque eu não sou o que visto.
Eu sou do jeito que estou!
Não sou também o que eu tenho.
Eu sou mesmo quem eu sou!
 Dinâmica de autoestima
Material: Folha A4 para cada participante.
Procedimento: Antes de tudo é necessário saber se todos sabem o significado desta palavra, então será questionado ao grupo se eles sabem o que significa a palavra autoestima. A oradora pede para que ajudem na explicação parar facilitar a compreensão de todos.
	Em seguida serão distribuídas as folhas e será dada a seguinte instrução: “Eu vou ler algumas frases, e vocês vão rasgar o papel conforme o que está escrito nessa frase lhe afeta. Exemplo: Se me afeta muito, rasgarei bastante, se me afeta pouco, rasgarei pouco”. Depois que todos entenderem a oradora pode começar.
Quando brigo com meu minha família.
Quando alguém me critica injustamente.
Quando alguém me contraria.
Quando o que eu faço não me agrada.
Depois de rasgados estes pedaços, vamos juntá-los, desta vez, lendo frases que ajudam a aumentar nossa autoestima.
As pessoas me elogiam.
Quando gosto de algo que realizei.
Quando faço algo que me satisfaz.
Quando me visto elegantemente.
Em seguida, fazer uma pequena reflexão sobre o que mais te afetou? Como se sente quando isso acontece? O que pode fazer para que isso não lhe afete tanto?
 Espelho
Material: Um espelho escondido dentro de uma caixa, de modo que ao abri-la o integrante veja seu próprio reflexo.
Procedimento: o ambiente será modificado para proporcionar um momento de profunda reflexão. Cadeiras em círculo, sala com algumas luzes desligadas e música suave ao fundo. A coordenadora motivará o grupo: “Cada um pense em alguém que lhe seja de grande significado. Uma pessoa muito importante para você, a quem gostaria de dedicar a maior atenção em todos os momentos, alguém que você ama de verdade... com quem estabeleceu íntima comunhão... que merece todo seu cuidado, com quem está sintonizado permanentemente... Entre em contato com esta pessoa, com os motivos que a tornam tão amada por você, que fazem dela o grande sentido da sua vida”... “Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa que é o grande significado de sua vida". 
Em seguida, a oradora pede para que os integrantes se dirijam ao local onde está a caixa (um por vez). Todos devem olhar o conteúdo e voltar silenciosamente para seu lugar, continuando a reflexão sem se comunicar com os demais. Finalmente é aberto o debate para que todos partilhem seus sentimentos, suas reflexões e conclusões sobre esta pessoa tão especial. 
Fonte: www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/2_0356.pdf. Adaptado.
Família
Todos serão convidados a sentar no chão, formando um círculo, de modo que estejam confortáveis, pedir que fechem os olhos, pratiquem a respiração diafragmática e ao fundo colocar uma música apenas instrumental. Em seguida será colocado no meio do círculo diversas palavras (amor, carinho, ódio, raiva, felicidade e assim por diante) e os adolescentes terão que escolher uma palavra que faça com que eles lembrem de sua família. Os mesmos terão que guardar a palavra escolhida, sem, neste momento, falar sobre.
 Família de Pássaros. 
Material: Nada
Procedimento: Os participantes são divididos em duas equipes: a) a família dos Joões-de-barro; b) a família dos pardais.
Nos extremos opostos da sala, marcam-se dois ninhos: a) um dos Joões-de-barro; b) o outro dos pardais. Os Joões-de–barro caminham agachados e os pardais brincam saltitantes, num pé só. Uns e outros brincam juntos num mesmo espaço. Enquanto estiverem andando todos misturados, mas cada qual em seu estilo será dado um sinal e as famílias terão de voltar a seus ninhos. Cada qual fará agachado ou saltitando, conforme se trate de João- de-barro ou pardal. A família vencedora será aquela, que, por primeiro, reunir todos os seus companheiros no ninho.
 Minha Família
Material: Foto pequena de uma família, cartolina, canetas.
Procedimento: Para preparação desta dinâmica será desenhada na cartolina uma casa sem qualquer acessório e colada a foto da família dentro da casa. Será solicitado que cada adolescente analise a casa, por alguns minutos, e posteriormente escreva dentro do desenho da casa os sentimentos e atitudes que gostaria que permanecesse em sua casa ou que venham ao encontro do seu lar. Em seguida irão escrever fora da casa aqueles sentimentos ou ações que ele gostaria que saíssem do convívio familiar ou que ele não quer que entre. Após, será questionada a importância do local onde cada tipo de sentimento foi colocado e será aberto um espaço para reflexão a respeito do que cada um pode fazer para que os bons sentimentos e ações permaneçam dentro de casa e para que os maus sentimentos e ações fiquem de fora. Sempre lembrando que há momentos, em qualquer família em que não temos o controle da situação e que pode vir a ser difícil, mas que nem por isso deixará de existir amor entre os membros da família.
Fonte: http://euvoupraebd.blogspot.com/2015/07/dinamica-da-licao-02-familia-nosso.html#ixzz4QMZHRRlu. Adaptado.
	Para finalizar, uma reflexão acerca da palavra que os jovens haviam escolhido no começo do encontro, porque escolheram esta palavra e não outra? o que ela representa na sua família? Acredita que há algo que ele possa fazer para que este sentimento em relação a ela?
Grupo
Objetivo: Promover a interação, o carinho e o respeito entre as participantes do grupo, para que seu convívio seja mais harmonioso.
 Dinâmica da flor. 
Materiais: folhas de papel sulfite A4 brancas e coloridas.
Procedimento: A oradora irá colocar todos os participantes em um círculo em pé e explicar que com a folha que lhes será fornecida, realizem os movimentos que forem solicitados.
- “Andando pela sala”:
- “Mexam as folhas. Bastante, pouco, bastante...” As folhas farão barulho, ora muito, ora pouco. Esse barulho significa vida, alegria, crescimento, entendimento e movimento.- “Parem de frente para um colega e amassem a folha de papel. Amassem, amassem... Façam uma bolinha. Agora é a vez do colega amassar e fazer uma bolinha de papel”. Esses são os problemas, as situações difíceis de enfrentar, os momentos de insegurança e tristeza.
- “Brinquem com as bolinhas!” Mesmo tristes ou inseguros, temos que erguer a cabeça e levar a vida da melhor forma, ter alegria, boas palavras, bons pensamentos, boa energia, isso tudo faz bem para nós mesmos e para quem nos rodeia.
- “Abram as bolinhas de papel. Mexam, Mexam... O que aconteceu?” Os papéis, depois de amassados não fazem mais barulho. E agora? Agora, é hora de erguer a cabeça, dar as mãos a quem está do nosso lado, um ajudando o outro, acolhendo e seguindo em frente.
-  “Com o papel colorido, modelem o miolo de uma flor. A folha de papel branco, formará as pétalas. Coloquem o miolo no centro da folha de papel branco e modelem as pétalas em volta do miolo. Se for preciso, rasgue o papel para dar formato às pétalas”.
Fonte: http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=192&visivel=sim&mes=57. Adaptado.
 Quebra-cabeça. 
Material: Peças que formam um quebra-cabeças em número compatível ao de participantes do grupo, lápis de cor, tinta, colas coloridas, giz de cera e demais materiais para enfeite.
Neste momento a oradora lerá um poema sobre a vida como um quebra-cabeças.
Quem diria...
A vida é mesmo um quebra-cabeças,
composto de pontos e cores,
onde cada acontecimento é uma cor,
cada história é um ponto,
cada dia é uma peça.
A vida vai sendo montada
com pontos e cores, ganhando forma.
Formas leves, formas pesadas,
formas concretas e formas claras,
formas escuras ou abstratas.
Formas que podem formar,
formas já deformadas.
Assim construímos as peças do nosso quebra-cabeças,
juntando daqui e espalhando de lá,
pessoas que chegam, pessoas que se vão,
com erros e acertos, crença e desconfiança,
com o nosso querer, não querer, amar e sonhar.
Quem diria da vida, um quebra-cabeças...
E no fim de tudo sabemos
o que somos ou o que fomos.
Após a leitura, os jovens serão convidados a produzir um quebra-cabeça coletivo, cada um escolherá uma peça que está sobre a mesa que irá pintar e decorar da maneira que quiser. Depois formaremos um cartaz montando esse quebra cabeça, onde todos vão colar sua peça dizendo o porquê é importante nesse grupo. Neste momento será feita uma reflexão do que este grupo tem proporcionado aos jovens. O que eles gostam e não gostam, se está auxiliando ou não com suas dificuldades, enfim, o sentimento deles pelo grupo.
Retrospectiva
Objetivo: Neste encontro será proposto uma confraternização à nível de encerramento das atividades que foram realizadas com o grupo nos últimos cinco encontros. Para isso, será proposta uma roda interativa onde cada um possa dizer como se sentiu nestes últimos dias, quais foram as atividades que mais gostou e também as que não gostou e porquê. 
 Linha do Tempo
Material: Folha A4, materiais para colorir e decorar.
Procedimento: A oradora irá solicitar que os jovens fechem os olhos e pensem a respeito dos encontros que tiveram, do que foi trabalhado, o que foi proposto e como eles se sentiram realizando as atividades, de modo que pode ser tanto um sentimento bom, como sentimento desagradável. Após, serão solicitados a abris os olhos e fazer uma linha do tempo sobre os 6 encontros, contando com este último, de maneira que dividam sua linha do tempo por sentimentos despertados por encontro. Quando todos tiverem terminado, passaremos para o debate relativo aos encontros.
 O presente
Materiais: Caixa com bombons ou qualquer outro mimo.
Procedimento: A oradora pedirá que todos se coloquem em pé e em círculo, em seguida le o texto introdutório para a dinâmica: “Eu reuni todos vocês aqui pois vou dar um presente para uma pessoa muito especial que tem um talento que a destaca neste grupo, e todos sabemos, um talento ou competência é algo que deve ser valorizado para que seja desenvolvido e sirva de exemplo para todos, afinal cada um de nós temos nossas particularidades, algo que nos torna únicos, no entanto recebemos os dons da inteligência e da observação e através deles podemos aprender com nossos colegas e desenvolver novas competências que agregarão valores para toda nossa vida”. Neste momento a oradora chama o primeiro participante (escolhido de forma aleatória) e dá início a brincadeira.
PARABÉNS, (nome da pessoa)
Você foi escolhido(a) para receber esse presente que simboliza a confraternização, a união deste grupo a qual ampliaremos ainda mais destacando as qualidades de cada um dos participantes, no entanto esse presente não será só seu, olhe em volta, observe seus colegas, veja entre eles aquele que é o mais organizado e dê a ele(a) este presente (neste momento o coordenador passa a pessoa o papel com o texto abaixo para que ela leia para a pessoa mais organizada do grupo).
ORGANIZAÇÃO
	Você é uma pessoa muito organizada e serve como exemplo para todos nós aqui, seu exemplo é algo que todos podemos seguir, alguns mais, outros menos, mas todos podemos nos esforçar e aprender muito com você, mas eu peço que você pegue esse presente e o passe adiante para a pessoa que você acha que é a mais otimista nesta sala. (a pessoa organizada passa o presente para quem ele (a) considera mais otimista)
OTIMISTA
O otimismo é algo que todos podemos atingir mas o otimismo é uma questão de ponto de vista e você é uma pessoa muito especial que sempre vê o copo meio cheio, que mesmo sem ter certezas procura ver o lado positivo das coisas, todos temos muito a aprender com você e queremos também ser otimistas e seguir seu exemplo, mas não fique com este presente, peço que o passe a diante para a pessoa mais motivada deste grupo.
MOTIVAÇÃO
	Ver o copo meio cheio é um ponto de vista muito positivo, mas mais que meio cheio queremos o copo totalmente cheio e a sua motivação e empenho em atingir seus objetivos é algo que contagia, que nos da forças e todos queremos ter essa mesma força para atingirmos nossos objetivos, mas não fique com esse presente, passe-o para uma pessoa tímida.
TIMIDEZ
As pessoas tímidas às vezes não são bem compreendidas, em seu silencio podem ser grandes observadores e tem muito a nos ensinar, existem momentos de falar e calar e muitas vezes antes de falar é melhor calar internamente para pensar no que será dito e não magoar por dizer demais e não ser negligente por se calar, todos temos muito a aprender com você. Agora eu lhe peço, passe adiante esse conhecimento a pessoa mais Gentil.
GENTILEZA
A gentileza é uma das virtudes da alma que agrega, que soma, que leva esperança para aqueles que a perderam ou não a tem em um determinado momento, a mão amiga que se estende, o sorriso que conforta, as palavras mágicas que abrem portas e corações, obrigado por ser tudo isso e gentil como é, passe adiante essa dádiva a pessoa mais Prestativa.
PRESTATIVO
Ser gentil é doar a alguém algo que queremos receber de todos e você é uma pessoa muito prestativa pronta a oferecer ajuda em qualquer momento, como é bom ter alguém que podemos contar, alguém a recorrer, isso nos dá segurança e nos ensina como ser solidários aos amigos, mas seja mais prestativo e passe adiante a pessoa mais Simpática deste grupo.
SIMPATIA
A simpatia é algo maravilhoso e você consegue agregar várias competências até agora apresentadas, e gentil, prestativo, tem um sorriso meigo, um jeitinho de falar que agrada, que conforta, continue assim e nos ensine seus segredos, e simpático como sempre passe adiante esse presente para a pessoa que tem uma grande facilidade em se solidarizar com os demais.
SOLIDARIEDADE
A solidariedade é mais do que uma palavra da moda, é um estilo de vida, um valor fundamental na vida em grupo e na sociedade como um todo, obrigado por estar aqui conosco e nos ensinar tanto, temos muito a aprender com você. Peço que seja solidário e passe adiante este presente para a pessoa que mais transmite Paz.
PAZ
A paz não é uma utopia mas sim uma possibilidade próximade cada um de nós, ela começa com a paz interior a qual você consegue transmitir como poucos e se espalha por todo o ambiente e consegue trazer harmonia nos momentos que muitos de nós nos exaltamos, compartilhe conosco essa paz abrindo esse presente dividindo-o com todos os participantes.
Neste momento a caixa de bombons é aberta e a pessoa que foi chamada por representar a paz entrega um bombom para cada um dos participantes. É importante que esse seja um momento de confraternização e alegria, fazendo com que todas sintam um bem-estar grande e sintam-se realmente acolhidas e compreendidas dentro do grupo.
REFERÊNCIAS
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