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Discentes:
 Adriano Gomes Arlindo saia 	 № 03
 Cornélio Alberto Fumo	 № 12
 Elias De Jesus 	 № 14
 Tozé Vasco Dos Santos Mauelele № 32
 Yúri Cecília Nguetse	 № 35
Disciplina: Filosofia
Tema: Filosofia Africana
Discentes:
 Adriano Gomes Arlindo saia 	 № 03
 Cornélio 	 № 12
 Elias De Jesus 	 № 14
 Tozé Vasco Dos Santos Mauelele № 32
 Yúri Cecília Nguetse	 № 35
Disciplina: Filosofia
Tema: Filosofia Africana
Sala: 23
Turma: 08
Classe: 12ª
	 Classificação (…….) valores 
Docente: 
	Carlota António Macana	 
Introdução
Índice
A Filosofia Africana
O povo africano foi vítima da colonização europeia, assim, estamos a entrar na questão histórica. Com as viajem apelidadas “descobrimento” os europeus conheceram ouros povos que foram julgados em comparação com os usos e costumes da cultura ocidental, com mais destaque ao povo negro o qual estaremos falando relacionalmente as estas culturas. 
Por isso ouvi uma serie de filosofias concebidas por ocidentais que se esforçavam por denegrir a personalidade dos negros. Assim alguns estudos da época que são: antropológicas, sociológicas, preocuparam-se em provar em todos os sentidos a superioridade ou grandeza dos povos do ocidente em relação aos outros povos sem que estes últimos, no entanto, tivessem respostas imediatas escritas para contrapor as teses dos ocidentais. A teologia, a filosofia e o direito desempenharam em papel fundamental neste processo a saber:
Teologia, definiu o povo negro como descendente de cham, um homem que viu a nudez do seu pai. Portanto, o homem negro aparece como símbolo de maldição. Neste caso, o negro pertenceria a geração dos condenados de Deus.
Na filosofia, Voltaire afirma, na sua obra história do século XIV, que o povo mais elevado é o francês e o mais baixo é o africano. Temos também a declaração de alguns filósofos como: jean-jacques Rousseau diz, que os africanos são bons selvagens. Para Hegel os africanos são povo sem história e, por consequência, desprovidos de humanidade; Kant chega a conclusão de que os africanos são povo sem interesse; levy brhul proclama que os africanos têm uma mentalidade pré-logica; por sua vez montesquieu afirma que os africanos são povos sem leis; os antropólogos morgan e tylor, sustentam que a África é uma sociedade morta. 
No direito o monarca francês Luís XIV escreveu o código negro, uma espécie de direitos dos senhores sobre os negros. 
Os ocidentais assumem o poder 
Não restam dúvidas, portanto de que o ocidente desencadeou uma teoria de dominação que gerou um profundo complexo de inferioridade nos africanos. George Padmore, diz que este facto provocou uma crise no pensamento, na palavra e no agir do homem africano. O africanista promovia, direita ou indirectamente, uma antropologia triunfalista, cujas teorias e doutrinas exaltavam ema classe que se auto proclamava herdeira exclusiva da humanidade inteira. Por esta razão arrogava-se o direito de destruir, assumir ou “esmagar” os outros povos. Este tipo de antropologia poderia ser classificada como um verdadeiro “vandalismo” cultural, narcista agressiva e destruidor, como defende Lecrec na sua obra crítica da antropologia. 
A conquista 
Mas tarde as ciência sócias e humanas realizaram novas abordagens adoptando uma visão em relação as culturas não-ocidentais. Passaram a reconhecer que toda cultura representa uma determinada civilização, independentemente da sua localização geográfica, histórica, social e económica.
Contudo, não nos podemos esquecer de que o período em que a população africana viveu todas estas discriminações foi tão longo e profundo que ainda hoje estas se encontram bem vivas na sua memória. Tal condiciona o seu comportamento. Este fenómeno não só influenciou a mentalidade Europeia, como também deixou marcas na mentalidade do próprio povo negro. Visto que a sua auto-estima ficou verdadeiramente afectada. A intervenção do filosofo africano ganha efeito dando a projecção do futuro homem africano, consciencializá-lo que ele e igual ao branco seu patrão.
Esta tarefa difícil e árdua continua a ser realizada pelo filósofo africano.
O pensamento autêntico negro não se pode compreender se não pela referencia a qual já foi anteriormente a implementação das religiões reveladas, o cristianismo e o islão de hoje esta muito impregnado. Os seres estão hierarquizados ate um ser supremo que por vezes e confundido com um ancestral. São todas energias vivas, forcas que estão submetidas ao principio da interacção e que como as forca na física e na mecânica podem adicionar se, destruir se e neutralizar-se. O reverendo Tempels designava-os «forcas vitais» na sua interpretação da filosofia banto.
Emanuel Kant ( 1720-1804 )- não escapou a tendência de fazer uma leitura comparando as restantes raças em função da raça branca-europeia.
Ele classificou quatro raças dispostas da seguinte ordem hierárquica: Raça branca, amarela, negra, e rosa. A classificação das raças corresponde a uma ordem inversa de inferioridade das raças de tal sorte que a raça negra situa-se apenas um pouco acima da dos índios. Na opinião de Kant, essa inferioridade racial e hereditária, portanto, biológico.
Levy-Brhul (1857-1939)- antropólogo francês, dedicou alguns ânus da sua vida a estudo dos povos africanos. A sua tese e que o povo africano possui uma mentalidade primitiva, pré-lógico, não conceptual. Mais tarde, numa publicação póstuma (Les Carnets de 1949) ele aparece a retratar a sua tese, admitindo a coexistência de ambas mentalidades no homem negro: A primitiva e científica.
Georg Hegel (1970-1831) começa por distinguir três regiões da África. Mas ele esta focado na África subsariana a qual ele considera África propriamente dita. E sobre esta ultima região que ele escreve o que filosofo, teólogo e historiador argentino naturalizado no México Henrique Dussel : O encobrimento do outro (1492) chama de “ as paginas mais insultuosas que a historia conheceu” mais do que o carácter insultuoso.
O pensamento de Hegel sobre a África determinou sobremaneira a ideia geral dos europeus sobre os africanos, como povos de religião, economia, administração e lógica inferiores, povos com atributos de “primitivos” e “selvagens”. Para Hegel a África subsariana e inocente, não conhece a razão os seus povos não são capazes de filosofar. Alias, eis alguns períodos retirados do seu livro a razão na história: “O africano não pensa, não reflecte, não raciocina sem necessidades. Possui uma memoria prodigiosa, grandes dotes de observação e de limitação, uma grande felicidade do uso da palavra… Mas as sua capacidades de raciocinar e de invenção continuam adormecidos (…). Elaborar um plano esta acima das suas capacidades.
David Hume (1711-1776) filosofo empirista inglês. Se por um lado duvidava da veracidade (muito comum na sua época). De que os negros eram por natureza inferiores aos braços, por outro lado mostrou-se duvidoso para reconhecer a sua racionalidade. Para ele, raramente se encontra pessoas civilizadas entre os negros, nem sequer um indivíduo que tinha se notabilizado na acção ou na especulação.
Charles de Montesquieu (1689-1755) já em 1748 aludia a dificuldade de admitir a humanidade dos negros porque de contrário implicaria colocar sob suspeito o carácter cristão dos europeus (dados as torturas a que os europeus lhes sujeitaram).
Henry Maurier- nos anos 60 tenta responder a pergunta: será que há uma filosofia africana?
Na sua opinião, as tradições, as narrativas e costumes realidades muitoscomuns em comunidades africanas não devem ser considerados filosofia africana, por que a filosofia é algo distinto, reflexivo, racional, coerente com regras universais.
Reacção a atitude ocidental
Antropólogos ocidentais – Eduard Taylor e Lewis Margon afirma que o conceito de “ ideias universais” esta na natureza do homem. A razão é igual em todos homens.
Reacção dos africanos
A reacção dos africanos contra a visão eurocêntrica pode-se localizar entre o tempo da escravatura no século XV e XVI.
Os movimentos de mobilização dos negros nos EUA surgidos em torno de intelectuais negros como: Bookel.T.Washington, W.E.B. Du Bois, e o carismático jamaico Marcus Garvey. O objecto da sua reacção era o racismo a que a comunidade norte-americana votava aos negros.
Para Bookel Washington- a melhor forma de combater o racismo branco e garantir a emancipação política dos negros reside na emancipação económica. A creditava que só acumulando as riquezas é que os negros conquistariam o respeito e reconhecimento dos brancos.
O seu discípulo Du Bois, pelo contrario defendia a integração politico e social dos negros e todos os afro-descendentes na “ cidadania americana” em igualdade de circunstancia que os brancos.
Marcu Garvey criou um movimento rival e com forte aceitação no seio das camadas menos escolarizado, que a pelava ao regresso a África como a única forma de conquistar a emancipação do negro ante o racismo branco.
Contrario a Du Bois, Garvy estava convencido de que o negros nunca conseguiria o reconhecimento e a igualdade dos brancos no seio da sociedade norte-americano bem como em todos os continentes originariamente brancos.
Etnofilosofia
Etnos – povo phileo- Amor, gosto e sophia- sabedoria o que equivale categorizar, gosto e amor pela sabedoria, ma sabedoria universal mas também enraizado ligado acerca de um etnia, do povo.
Trata-se do grito africano e africanista pelo reconhecimento do negro como homem. Também usado para designar crenças encontrados na religião ou nas culturas africanas.
Neste capítulo da etnofilosofia, teremos quatro pensadores: Placide, Temples , Alexis Kagame, Marcel Griaule e o reverendo John Mbiti. O termo etnofilosofia não foi criado nem popularizado por eles.
O seu uso como desiguinacao da corrente da filosofia africana deveu-se aos seus críticos, sobre tudo ao filósofo do Benin, Paulin Hountondji. Na verdade, para este filosofo o termo etnofilosofia designa um trabalho científico, desenvolvido por etnólogos (desenvolvido com pretensão) de ser filosófico e que consistia na recolha de dizeres e visões do mundo de uma certa população ou cultura para apresenta-lo como ontologia, epistemologia ou ético africano, com um único intuito de mostrar que tal povo africano é capaz de filosofar.
Anyaw- defende que toda filosofia é uma filosofia cultual. Isto é, ninguém faz filosofia sem se basear em alguma cultura.
A missão da filosofia africana é compreende e explicar os princípios sobre os quais se baseia cada uma das culturas. Em fim atribui-se o nome de etnólogos ao grupo de pensadores, antropólogos, etnólogos, sociólogos e filósofos cujo trabalho procura demonstrar a existência dos princípios racionais nos mitos, na estrutura de diversas línguas nos rituais, na tradição, conto e fabulas dos povos africanos, pelo quais esses povos orientam a sua vida, interpretam o mundo a sua volta.
Bantu Philosophy de Placide Temples; obras de Alexis Kagame Lo philosophie banto e Ruadaise de letre e Lo philosophy Bantu compareé(1976) African preligion and pilosophy(1969) de John Mbiti.
 Sagacidade filosófica (sage philosophy).
Literalmente “ filosofia do sábio” é uma espécie visão individualista da etnofilosofia e consiste no registo de crenças dos “ sábios” das comunidades tradicionais africanos. A escritura não e a condição necessária para que se considera uma reflexão filosófica.
Os críticos dessa abordagem argumentam que nem todas as questões e reflexões são filosóficas. O objecto é mostrar em África. A escritura não é a condição necessária para que se considere uma reflexão como filosofia.
Filosofia profissional (critica a etnofilosofia).
Os críticos da etnofilosofia defendem que não podemos confundir o emprego do termo “filosofia” usando-o no sentido ideológico “filosofia” é uma palavra utilizada para designar uma ciência rigorosamente científica. Reivindicar que os africanos têm a sua filosofia seria cair nas mãos dos colonizadores, que querem dar ou manter a ilusão de os africanos tem uma filosofia, porque o que temos na verdade são mitos, crenças e provérbios.
 Entre os representantes desta corrente destacam-se Paulin Hountondj, Odera, Oruka, Mercien, Towa, Kwasi Widera. Não o bastante esta corrente não representa um grupo homogéneo, mas pelo contrario heterogéneo e por vezes, contraditória inversa sobre variados temos, entre tanto a sua maioria comunge critico e rejeição a etnofilosofia. Para eles:
A filosofia deve ter o mesmo significado em todas as culturas embora a matéria que recebe prioridade e o método usado podem ser dito.
O papel criador da filosofia africana tem de ser desempenhado por filósofos africanos que são sujeitos da actividade.
As suas abordagens ganham contextualização africana por que são fruto de um debate entre africanos.
A mitologia não e filosofia.
A filosofia começa onde a opinião e a sabedoria popular terminam, já ambas são uma concepção a crítica da tradição e de autoridade dos costumes.
A filosofia e a empresa do sujeito autónomo que não esta totalmente imerso no grupo do mundo.
	 Existência ou não da filosofia africana
Surge uma discussão pelo facto de alguns estudiosos africanos e não africanos terem apresentado ao mundo estudos sobre etnias africanas, denominados “filosofia africana”. Este grupo é composto por Anyanw, Placide Tempels, Alexis, Kagame, Jhon Mbiti, entre outros. 
As questões que os críticos colocam são se se pode falar da física ou química africana da mesma forma que eles falam da filosofia africana.
Como obviamente a resposta é não, eles negam a ideia da existência da filosofia africana, figuram na lista dos críticos: Hountondji, Franz Chahay, E. Bouloga, M. Towa, Oruka, Weredu, entre outros.
 Anyanw segundo este a filosofia africana é um esforço para compreender ou justificar os princípios gerais que regulam as crenças de um indivíduo africano, assim como a cultura do povo africano ou culturas.
Para Hountondji os mitos, provérbios e adivinhas não podem ser considerados ciências, pois baseiam-se no medo. Filosofia africana é um tipo de filosofia produzido por africanos e que visa sobre os problemas dos africanos.
Uma das questões mais discutidas entre os pensadores africanos é a questão de oralidade tradicional africana. A questão é: pode considerar-se filosóficos os provérbios, contos tradicionais, dizeres dos sábios africanos, entre outros? Ou melhor, será que os mesmos expressam conteúdos que se podem considerar filosóficos? Qual é a função dos filósofos educados profissionalmente perante estes dizeres e provérbios tradicionais?
Os filósofos de hoje parecem haver duas escolas básicas do pensamento deste tema. A primeira escola sustenta que a filosofia africana é um pensamento especulativo que subjaz nos provérbios, das máximas, nos costumes, etc., que os africanos de hoje herdaram dos seus antepassados da tradição oral. Portanto, a função do filósofo africano, pelo menos no que se refere a filosofia africana, e a de coleccionar, interpretar e difundir os provérbios, contos folclóricos, mitos assim como outro material deste tipo. O representante mais distinto desta escola é Jhon Mbiti, no livro “ African Religions and philosophy ”. 
Para segunda escola, a filosofia africana é uma reflexão racional sobre as ideias e os princípios fundamentais inerentes a vida humana e o seu ambiente. Esta escoa supera a primeira pelo facto de acentuar a interpretação de textos tradicionais, na medida em que advoga a função crítica da filosofia. Paulin Hountondji.
Filosofiapolítica Africana
Esta corrente e constituída por um grupo de escritores e intelectuais africanos que, sem serem filósofos políticos no sentido moderno se apelidam de pensadores como Maquiavel ou Hobbes, Rousseau ou Montesquieu, entre outros. Dedicaram se a reflectir sobre o regime do governo apropriado aos povos africanos, que respeitasse e salvaguardasse os seus valores culturais, entre outros assuntos. 
Neste grupo se destacam os políticos escritores Kwame Nkrumah, Julius Nyerere, Kenneth e Albert Luthuli, nos seus discursos, livros, estes políticos africanos tem reflectido sobre o futuro dos seus povos e tem dado expressão as aspirações das sua nações. 
Por lado estes estão numa situação privilegiada, pois no meio de um povo analfabeto e sem educação, tem um horizonte muito mais amplo para criatividade politica. São como mestres para seu povo, pais, considerados sábios ” filósofos – reis” de Platão. 
Visto que os trabalhos forcados e a escravatura contribuíram para redução do Homem negro ao estatuto de coisa, de mercadoria susceptível de ser vendida e comprada, assim e obvio que a característica do negro seja a emancipação. Nas colónias da América do Norte, iniciou se um movimento de revolta, manifesto pelos escravos das chamadas work soungs e periodicamente dos gospel spirituals, nas igrejas. 
A característica do africano e ser guerreiro pela liberdade. As primeiras formas de luta do homem negro foram teorizadas por duas visões:
- A primeira corrente (defendida pelo jamaicano Marcus Garvey, discípulo de Booker Washington, conhecido como an extraordinary leader of man, que não estudara muito, porem vira muitos negros a trabalhar em condições desumanas) acreditava que os libertadores da raça negra deveriam ser negros autênticos e que os negros só se emacipariam na totalidade voltando a sua terra natal (África). 
- A outra corrente (defendida por William Edward Burghardt Du Bois, que era um jovem culto, cursara a universidade, tendo sido o primeiro negro a fazer um curso superior) defendia que o Homem negro poderia viver livre e em igualdade com os brancos sem que saísse da América. 
Du Bois era mulato, por isso Garvey não considerava negro. Na sua opinião, Du Bois não passava de um prolongamento da mão do branco, pois não concordava com o regresso dos negros para a mãe Africa. Garvey construiu um navio para levar os negros que quisessem voltar a sua terra natal. 
Du Bois, contrariamente ao seu antecessor Booker, que achava que a emancipação do povo negro passava por uma formação técnica e por se acomodar a posição subalterna do negro E.U.A afirmou que o problema fundamental dos negros não era económico, mas politico. 
O africano era visto como um povo que nunca fizera nada de significativo. Dai o desprezo pelo negro e consequentemente inferiorizado, apoiando-se a literatura, do ocidente. 
Este estudo revela que a inferioridade do negro foi arma psicológica que o branco inventou para denegrir a sua imagem, com a finalidade de o dominar sendo assim os intelectuais africanos tinham como missão conquistar a humanidade perdida, esta foi levada a cabo por várias correntes de pensamento, como o pan-africanismo, a negritude e a Black Renaissance, entre outras. 
	Pan-africanismo 
O pan-africanismo nasceu no início do século XX entre os negros de língua inglesa, particularmente dos Estados Unidos e das Antilhas Britânicas. A primeira conferência pan-africana foi organizada em Londres em 1900 por um advogado de Trinidad, Henry S. Williams. Depois da primeira Guerra Mundial, ela se amplificou sob a iniciativa de Georges Padmore e W. E. B. Dubois. Em sua óptica, a luta de um povo para sua independência nacional reforçava a luta dos outros e vice-versa e era reforçada pela luta desses outros.
Pan-africanismo é uma ideologia que propõe a união de todos os africanos de África como forma de potencializar a voz do continente no contexto internacional. 
O pan-africanisamo surge como manifestação da solidariedade entre os africanos e os povos de descendência africana. O seu objectivo principal era a unidade política dos estados africanos.
A primeira conferência pan-africana teve lugar em Londres, em 1900. O seu objectivo era procurar uma forma de protecção contra os agressores imperialistas brancos e contra a política colonial que ate então submetia os negros. Entendia-se que, por esta via, o africano conquistaria o direito a sua própria terra, a sua personalidade. Tratava-se, portanto de uma luta pelo direito de todos os africanos serem tratados como homens, dai o conceito do pan-africanismo. 
Renascimento negro (Black Renaissance) e Renascimento Africano (African Renaissance) 
Foi dentro do espírito emergente de revolta contra o colonialismo que surgiu o black renaissence, cujo fundador foi Du Bois.	 Esta corrente de pensamento teve repercussões sociais, que consistiam em incluir no homem negro a ideia de serem igual aos brancos. Este movimento difundia ideologias contra a descriminação do povo negro. Defendia que os negros não podiam continuar a assistir passivamente a sua própria descriminação e que deviam reagir perante os tratamentos desumanos. Du Bois afirmava: “que os braços saibam que por cada porrada que o branco der a um negro, nos lhes vamos dar duas; por um negro morto, nos vamos matar dois brancos “.
Azikiwe escreve em Ranscent África: “ensinai o africano que renasce a ser homem.”
Foi no âmbito do renascimento africano que se desenvolveu o conceito de personalidade africana. A personalidade africana defendia que existem características comuns, atributos inessenciais e únicos que fazem parte do ser de todos africanos. A ideia de ”African personality” teve as suas raízes em Edward wilmont blyden e foi retomado por Kwame Nkrumah. Blyden fundou a dignidade do africano na mesma linha do movimento, negritude procurando provar que a raça negra tinha uma história e uma cultura das quais se podia orgulhar.
 Blyden reflecte não só sobre o passado do africano, mais sobre o que se devia fazer em prol de um futuro africano mais digno. Para ele, cada um de nos tem um dever especial a cumprir, um trabalho não é só importante como também necessário, um trabalho a realizar pela raça a que pertencemos: lutar pela própria individualidade para manter e desenvolver. “Orai e amai a vossa raça. Se não fordes vos mesmos, se abdicares da vossa personalidade, não haverei deixado nada ao mundo. Não tereis satisfação, utilidade, nada que atrai ou fascine os homens, porque com a supressão da vossa individualidade havereis perdido o vosso carácter distintivo.
Vereis, então, que ter abdicado da vossa individualidade significa ter abdicado da missão e da glória particular a qual somos chamados”- aconselha Blyden, notando que “ seria de facto renunciar de a vossa divina individualidade, o que seria o pior dos suicídios”.
Este pensador demonstra que os costumes e a s instituições da África negra estão em consonância com as necessidades dos africanos. Ademais a África pode dar um contributo ao mundo nas questões de ordem espiritual. A civilização europeia e dura, individualista, competitiva, materialista e foi fundado sobre o culto da ciência e da técnica. A civilização africana e doce e humana.
Para Nkrumah, o homem africano é um ser espiritual, dotado de dignidade, integridade e valor intrínseco. 
	Negritude 
A negritude era um movimento principalmente cultural e literário, mas com pretensões também políticas, conquanto protestava contra atitude colonialista, lutando pela emancipação do povo. 
Coube Aime cesaire o mérito de ser considerado o grande impulsionador, cabe a ele a paternidade do termo “negritude”. 
A negritude é um conceito de síntese. Mas, antes de tudo, ela é uma atitude total de resposta a uma situação. Aimé Césaire, com Léopold Sedar Senghor, Léon Damas e outros, cria o termo negritude e o define como “consciência de ser negro, simples reconhecimento de um fato que implica aceitação – assumir sua negritude, sua história e sua cultura”.
Talcomo o pan-africanismo a negritude nasceu fora do continente africano como resultado dos esforços emancipatórios da comunidade negra radicada em franca. Os mentores deste projecto eram membros de profissões liberais, estudantes, eclesiásticos, intelectuais e políticos.
A negritude é um conceito que passa a ser utilizado pelos escritores africanos a partir dos anos 30 como reacção a rigorosa tentativa, de assimilação do poder da colonização francesa. 
Para Jean Paul Sartre, a negritude aparece como tempo fraco duma progressão dialéctica, contra a afirmação teórica e prática, da supremacia do branco. E, ainda, a negritude não e um objectivo final, mas um fim para atingir um fim objectivo.
A negritude surge entre os negros americanos, no quadro do pan-africanismo de diversas formas das quais se destacam:
- Regresso a África (back to moviment) de Marcus Garvey;
- O desenvolvimento segregado de Booker T. Washington;
- O movimento do renascimento negro (black renaissance) de Du Bois.
Em 1932, um grupo de antilhanos em paris, sob a orientação de Etiene Lero, editava a revista Légitime Défense, que era um manifesto contra a assimilação (literária, cultural, religiosa e politica) de que sofria o mundo colonial. Dois anos mais tarde, era publicado um jornal L'etudiant Noir ( o estudante negro) que seria o principio da negritude. Todo o espírito de movimento em nos dado na poesia de Aimé Cesaire, cahier d'un Retour au pays natal, que se considera o hino da negritude e do homem negro.
Quanto a questão da sua significação de acordo com os seus objectivos, a negritude pode-se resumir em:
Negritude- sofrimento e revolta
Neste contexto, esta o preconizado o desafio do processo de resistência, bem como a questão da identidade. Pelo que, restituir a África o orgulho do seu passado, afirmar o valor das suas culturas, rejeitar a assimilação que tanto contribuiu para sufocar a sua personalidade, são algumas das questões fundamentais. Alem disso os maiores impulsionadores da negritude- cesaire (antilhano), senghor (Senegales) e Damas (Guianes) resumiram o projecto em três conceitos: 
Identidade consiste em o negro assumir plenamente a sua condição;
Fidelidade atitude que traduz a ligação do homem negro a terra mãe;
Solidariedade sentimento que liga secretamente todos os irmãos negros.
Negritude- politica e independência nacional
Aqui, a sua significação e susceptível de se enquadrar no contexto das lutas de libertação nacional, da aspiração pela conquista da independência dos povos que estavam sob o jugo colonial e neo-colonial. Pelo que, a criação do poema e outras manifestações aristico-culturais tornou-se, em última instancia, um acto político, enquanto expressão de revolta contra a ordem colonial, imperialista e racista. 
Negritude cultura e humanismo 
Nesta esfera, a problemática reside no repúdio ao ódio e busca de soluções através do diálogo com as outras culturas. O negro não tem a intenção nenhuma de isolar-se do resto do mundo, como algumas fontes pretendem convencer-nos. Pelo contrário, destaca-se o objectivo de contribuir para a construção de uma sociedade pluralista. Enfatizando tal sentimento, urge citar a famosa frase de Sartre que sustenta que “ a negritude tende a preparar a síntese ou realização do humano numa sociedade sem raças ”. 
Negritude antropolitica- revolução socialista 
Depois da revolução socialista de Outubro, muitos países africanos ascenderam ou conquistaram a independência, e optaram por se desenvolver segundo a orientação socialista. Procedimento que se tornou um erro porque a transposição de modelos de desenvolvimento da Europa para a África constituiu um fenómeno que não só veio a criar contradições no seio das próprias sociedades africanas como também contribuiu para a fragilidade das suas estruturas, cujas consequências se sentem ate hoje. Importa chamar a atenção para que não se volte a cair em erros idênticos. 
Negritude- motor do desenvolvimento humanitário
 A negritude e também vista como um novo desafio em busca da africanidade. Isto e, um convite a mudança gradual consciente das atitudes do africano de modo a imprimir uma nova dinâmica de pensamento e de entendimento. Nisto, e preciso recordar, que o problema reside, em parte, em nos próprios, os africanos, pelo que nada vale a politica acusatória do colonialismo e outros sistemas nocivos a digna evolução da historia humana. 
Nos devemos voltar a nos mesmos. Partido do conhecimento de que fomos colonizados,aculturados, desprezados, pilhados, não se afigura tarefa fácil tarefa fácil, em virtude de termos assimilado o que nos ensinaram ( a fuga de nos mesmos ). Impõe-se, desde logo, a negritude, o dever de buscar a africanidade, onde a exaltação da condição de ser negro actua como uma possibilidade de o negro encontrar-se consigo mesmo, desse valorizar e de se impor para ser valorizado por outras comunidades. A negritude deve encorajar o negro a não ter medo de ser negro, porque ser negro e nenhum castigo, quer deus, quer da natureza. 
Conclusão 
 
bibliografia
 MAPUTO, JUNHO DE 2017

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