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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA/BA. JOANA (nome completo), brasileira, solteira, técnica de contabilidade, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo (órgão expedidor), inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo), por seus advogados abaixo assinados, com endereço profissional (endereço completo), para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, propor a presente AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM (nome completo), brasileiro, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir: I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do novo CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral. II- DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO O autor deseja a audiência de conciliação ou mediação. III - DOS FATOS Em 12 de dezembro de 2016, a Autora recebeu notícia de que seu filho de 18 anos tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio (nome do presídio). No mesmo dia, ela procurou um advogado criminalista para atuar no caso e ele lhe cobrou o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) de honorários. Ocorre que ao chegar em sua casa a Autora comentou com o Réu, que é seu vizinho, que não tinha o valor cobrado pelo advogado e ele, vendo seu desespero e a necessidade de angariar dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial. O Réu propôs à Autora vender o seu carro pelo valor de R$ 20.000,00(vinte mil reais), sendo que o preço de mercado no carro é o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reis). Diante da situação que se encontrava, a autora resolveu celebrar o negócio jurídico. No dia seguinte ao negócio jurídico realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista a autora descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho através de um Habeas Corpus. Diante destes novos fatos, a Autora procurou o réu para desfazer o negócio, entretanto, ele negou-se a desfazer o negócio jurídico celebrado. IV – DOS FUNDAMENTOS Trata-se de um Contrato de Compra e Venda celebrado entre Autora e Réu, que apesar de preencher todos os requisitos da validade, conforme art. 104 CC, sofre de vício de lesão contido no art. 157 CC, uma vez que por premente necessidade a Autora se viu obrigada a vender o seu veículo automotor por valor desproporcional ao de mercado. Em suma, a lesão constitui vício da vontade, que tem como objetivo assegurar que as declarações volitivas para a realização do negócio jurídico sejam livres de pressões que dariam ensejo a celebração de negócios economicamente desproporcionais. Outrossim, merece ser trazido à baila o entendimento da ilustre doutrinadora Maria Helena Diniz, a qual menciona que: “o instituto da lesão visa proteger o contratante, que se encontra em posição de inferioridade, ante o prejuízo por ele sofrido na conclusão de contrato comutativo, devido à considerável desproporção existente, no momento da efetivação do contrato, entre as prestações das duas partes” (DINIZ, 2010, p. 419). Por esse motivo, fica claro a aplicabilidade do art. 171, II CC, sendo anulável o negócio jurídico celebrado entre as partes. V - DOS PEDIDOS Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo: que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial; que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação do RÉU para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar, na forma da lei – art. 334 NCPC (no caso do autor querer participar); a procedência do presente pedido com a condenação do RÉU com a ANULAÇÃO do NEGÓCIO JURÍDICO, uma vez que eivado do vício de lesão, conforme art. 157 e art. 171 CC; a condenação do RÉU em custas processuais e honorários advocatícios. VI - DAS PROVAS Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. Rol de Testemunhas 1 – nome endereço completo 2 – nome endereço completo. DO VALOR DA CAUSA Atribui-se a presente causa o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais). Nestes Termos, Pede deferimento. Itabuna, 23 de fevereiro de 2017. ADVOGADO OAB/RJ N°
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