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Estudo de caso Relações etno raciais 2017

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Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e se elas podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o oposto...	
Nelson Mandela
A professora do 5º ano da educação básica estava trabalhando a disciplina Diversidade étnico racial. Para isso, trouxe para a sala de aula um caso que havia acontecido em São Paulo.
Patrícia, mulher negra de 19 anos, trabalhava como maquiadora autônoma. Contudo, resolveu encontrar um emprego fixo que lhe desse carteira assinada e todos os direitos pertinentes a este vínculo empregatício. Viu no jornal o seguinte anúncio:
“Contrata-se atendente de loja de maquiagem. Necessita que tenha conhecimentos em maquiagem, boa aparência e disponibilidade para trabalhar aos sábados e domingos. Interessados comparecer munidos de currículo no Shopping Noel.”
Como Patrícia preenchia todos os requisitos, foi até o local descrito. Chegando lá, ouviu o seguinte comentário:
Patrícia, você realmente tem uma longa experiência com maquiagem e a disponibilidade necessária, porém, gostaríamos que você alisasse seu cabelo para fazer jus a imagem da loja.
Patrícia recusou, pois entendeu que se aceitasse a proposta, estaria indo contra a sua cultura e seus valores. Após a apresentação deste caso, a turma ficou dividida, ou seja, alguns concordaram com a postura de Patrícia e outros com a empresa. Neste sentido pergunta-se:
Como a professora pode abordar a cultura afro neste contexto?
Resposta 1) Com fulcro no Pensamento Pedagógico contemporâneo, aprentado em nossas aulas a Professora pode abordar a cultura afro neste contexto, atuando com a Pedagogia da diversidade, atentando para os objetivos educacionais estabelecidos pela Lei 10.639/03 – que posteriormente foi complementada pela Lei 11.645/08, se valendo dos Novos referenciais Sobre a diversidade, apresentados na UTA Diversidade nos espaços escolares, e reconhecendo com naturalidade as Africanidades Brasileiras . 
De que forma a professora deve abordar em sala de aula que as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política?
Resposta 2) Assim, a utilização das estratégias de interdisciplinaridade com diálogos entre diferentes conhecimentos e saberes, bem como a utilização da transversalidade com a pluralidade de linguagens, contextualizadas através das estratégias pedagógicas e recursos didáticos diferentes, como: filmes, conversas abertas, debates e a promoção de dispositivos de diferenciação pedagógica são formas de abordar em sala de aula que as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política.
 Desta forma a escola e os educadores tem um papel importante na perspectiva de reconhecer e empoderar todos os indivíduos excluídos de alguma forma.

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