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Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 50 Classificação dos apoios Exercício 1 - Classifique os vínculos abaixo relacionados e faça seu desenho esquemático: (1) (2) (3) - Vínculo interno - Articulado fixo - 2º Gênero RV RH - Vínculo externo (apoio) - Articulado móvel - 1º Gênero RV - Vínculo externo (apoio) - Articulado fixo - 2º Gênero RV RH Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 54 Classificação dos apoios Exercício 1 - Classifique os vínculos abaixo relacionados e faça seu desenho esquemático: (4) (5) (6) - Vínculo externo (apoio) - Engastado/Fixo - 3º Gênero RV RH RR - Vínculo externo (apoio) - Articulado fixo - 2º Gênero RV RH - Vínculo externo - Articulado móvel - 2º Gênero RVRR y z x xy Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 55 Classificação dos apoios Exercício 1 - Classifique os vínculos abaixo relacionados e faça seu desenho esquemático: (7) (9) (8) - Vínculo interno - Engastado/Fixo - 3º Gênero RV RH RR - Vínculo externo (apoio) - Articulado móvel - 1º GêneroRV - Vínculo externo (apoio) - Articulado fixo - 2º GêneroRV RH Bibliografia: [1] Laboratório de Mecânica Computacional - USP-SP. Disponível em: http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/historia.htm [2] Laboratório de Mecânica Computacional - USP-SP. Disponível em: http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/apoios.htm � YOPANAN, C. P. R.; A Concepção Estrutural e a Arquitetura, Ed. Zigurate, São Paulo, 2000. � Fay, L.; Apostila de Estruturas Arquitetônicas - Composição e Modelagem, UFRRJ, 2006. � SUSSEKIND, J. C.; Curso de Análise Estrutural, vol 1, 6ª ed., Ed. Globo: 1981. � SORIANO, H. L.; Estática das Estruturas, Ed. Ciência Moderna, 2010. � JUDICE, F. M. S., PERLINGEIRO, M. S. P. L.; Apostila de Resistência dos Materiais IX, UFF, 2005. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Introdução � Partindo-se da ideia de que uma estrutura é uma composição de peças (elementos estruturais), ligadas entre si e ao meio externo, de tal forma que se constitui um sistema em equilíbrio, deve: (1) Receber as ações externas (cargas) solicitantes; (2) Resistir internamente as essas solicitações; (3) Transmiti-las aos seus apoios ou vínculos; (4) Receber as reações externas desses apoios ou vínculos, e permanecer em equilíbrio estático. Dinâmica dos esforços nas estruturas 61 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Assim, sendo, metaforicamente, a: (i) O sistema estrutural está em equilíbrio, pois não há deslocamento vertical. (ii) O equilíbrio está sendo assegurado: a) pelas forças de reação que o piso exerce sobre a cadeira, com mesma intensidade, direção, porém, em sentidos contrários. Assim essas forças de reações variam de acordo com as forças externas (e.g. homem sentado ou não na cadeira); b) pela resistência da cadeira, que sofre esforços internos solicitados pelos agentes externos (homem e piso). Os valores máximos que esses esforços podem atingir, para que a cadeira consiga permanecer transmitindo adequadamente os esforços, sem colapso, são denominados esforços internos resistentes (dependem de propriedades mecânicas e geométricas da cadeira). Podemos inferir que: Pessoa => Carregamento externo atuante; Cadeira => Estrutura ou edificação; Piso => Aparelho de apoio. Exemplo ilustrativo Dinâmica dos esforços nas estruturas 62 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Logo, na estrutura de uma edificação usual, ocorre o seguinte fluxo de esforços pelos elementos estruturais: Lajes Vigas Pilares Fundações Carreg Solo ESTRUTURA Laje Viga Pilar Fund. Dinâmica dos esforços nas estruturas 63 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Estrutura em Equilíbrio Estático Observações � Os elementos estruturais devem apresentar as propriedades de resistência e rigidez, mínimas necessárias à adequada transmissão dos esforços, sem que hajam rupturas ou grandes deformações. (1) Ações externas (2) Resistir (3) Transmitir (4) Reações externas (5) Resistir Dinâmica dos esforços nas estruturas 64 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Ações atuantes nas estruturas Introdução � É possível classificar as ações que atuam em uma estrutura em Forças/Esforços Externos e Esforços Internos. Ações Externas � Os esforços externos são aqueles que são aplicados por agentes externos a estrutura. Os esforços externos podem ser divididos em esforços de ação e esforços de reação. Ações Internas � Os esforços internos são aqueles que aparecem nos pontos internos dos sólidos da estrutura, oriundos da existência dos externos. 69 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 70 Ações atuantes nas estrutura Ações Externas Ativas Permanentes Atuam por toda a vida útil da estrutura. Forças: (distribuídas, em geral). Ex.: Peso próprio; Elementos não estruturais fixos (instalações permanentes, ect). Acidentais Atuam esporadicamente, como pessoas, veículos, móveis e equipamentos de uso corrente na edificação. Estáticas Aplicadas de forma gradual lenta, não desenvolvendo forças de inércia relevantes. > Forças (concentradas/distribuídas); > Variação de temperatura (contr./expa.); > Desc. prescrito (recalque de apoio); > Deformações impostas; Dinâmicas & Móveis Desenvolvem forças de inércia (manter-se em movimento) relevantes. > Veículos (força vertical) > Aceleração e frenagem de veículos (força horiz./longitudinal); > Vento (representada: estática equiv.); Excepcionais (dinâmicas) Duração curta, grande intensidade, e muito baixa probabilidade de ocorrência. Ex.: Choques, impactos, explosões. Reativas Se desenvolvem nos apoios, impedindo movimentos indesejados na estrutura, e, equilibram às ações ativas. Reações de Apoio. Esforços Internos Solicitantes Geram tensões q devem ≤ material resiste! Forças normais. > Tração. > Compressão. Forças cortantes. Momentos Fletores. Momentos de Torção. Resistentes Dependem do material! Tensões Normais. > Tração. > Compressão. > Forças normais; > Momento fletor. Tensões Tangenciais. > Cisalhamento. > Forças cortantes; > Momento torçor. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 73 Tipos de carregamentos externos A B � Carregamentos externos, não são elementos estruturais, fisicamente falando, mas estão intimamente ligados a esses, se constituindo parte componente de qualquer análise dos elementos, influindo inclusive em suas caracterizações e classificações. Carga concentrada � Carga concentrada: É dada por uma forma aproximada de tratar cargas distribuídas em áreas muito reduzidas quando comparadas às dimensões da estrutura. São representadas por cargas aplicadas pontualmente. Podem ser verticais, horizontais ou inclinadas! � Exemplo: Reação de uma viga apoiada em outra. Representação esquemática: P A B Carga concentrada Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 74 Tipos de carregamentos externos Cargas-momento � Carga-momento: são cargas do tipo momento de flexão (ou torção) aplicadas em um ponto qualquer da estrutura. � Ex.: Torque de uma engrenagem sobre um eixo reto; binário decorrente de uma simplificação estrutural. Representação esquemática: Carga-momento (torção) TA B F F d A B M=Fxd A B Carga-momento (flexão) Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 75 Tipos de carregamentos externos Carga distribuída � Carga distribuída: Tipo mais usual de carregamento na prática. São cargas distribuídas continuamente, geralmente, essa distribuiçãode se dá de maneira uniforme. Representação esquemática: alvenaria laje viga alvenaria Exemplos: Peso próprio, peso de alvenaria apoiada em uma viga, reação de laje, etc. q R = q x L Carga retangular uniformemente distribuída C.G. L L/2 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama L Representação esquemática: Carga triangular linearmente distribuída p 76 Tipos de carregamentos externos Carga distribuída - Triangular � Carga distribuída: Tipo mais usual de carregamento na prática. São cargas distribuídas continuamente, geralmente, essa distribuição de se dá de maneira uniforme. Exemplos: (i) Pressão hidrostática atuante nas paredes de uma piscina; (ii) Empuxo do solo de um talude sobre uma estrutura de contenção. � 3 � 3 R = ��� � C.G. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Representação esquemática: 77 Tipos de carregamentos externos Carga distribuída - Trapezoidal � Carga distribuída: Tipo mais usual de carregamento na prática. São cargas distribuídas continuamente, geralmente, essa distribuição de se dá de maneira uniforme. Exemplos: (i) Granéis sólidos dispostas em galpões de armazenagem. Carga trapezoidal linearmente distribuída (Trapézio retângulo) L L/2 R = q x L C.G. L/3 R = ��� �C.G. Para uma resultante única, seria necessário calcular o C.G. em ambos os eixos do plano. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Representação esquemática: Carga distribuída qualquer 78 Tipos de carregamentos externos Carga distribuída - Qualquer � Carga distribuída: Tipo mais usual de carregamento na prática. São cargas distribuídas continuamente, geralmente, essa distribuição de se dá de maneira uniforme. Exemplos: (i) Granéis sólidos dispostas em galpões de armazenagem. q (x) L R =� � � � C.G. da área de q (x) dx xC.G. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Ações atuantes nas estruturas Exercício 1: (i) Para o pórtico abaixo representado, faça a representação esquemática para a viga, considerando o tipo de suporte conferido pelos pilares. (ii) Qual deverá ser a carga máxima, em kN, que os pilares conjuntamente irão receber, em virtude do carregamento distribuído indicado? (iii) Qual deverá ser a carga máxima absorvida por cada pilar? 10 kN/m 2m 4m 2m 2m 79 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama Ações atuantes nas estruturas (i) Para o pórtico abaixo representado, faça a representação esquemática para a viga, considerando o tipo de suporte conferido pelos pilares. Apoios Barras Carreg 10 kN/m 2m 4m 2m 2m 10 kN/m 2m 4m 2m 2m Cotas 80 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 10 kN/m RG = +10 +40 +10 = 60 kN Ações atuantes nas estruturas (ii) Qual deverá ser a carga máxima, em kN, que os pilares conjuntamente irão receber, em virtude do carregamento distribuído indicado? Apoios Barras Carreg 2m 4m 2m 2m Cotas R: Os pilares deverão resistir à totalidade do carregamento externo atuante sobre as vigas. Essa totalidade corresponderá: a) a resultante do carregamento trapezoidal como um todo; ou, b) do somatório das resultantes das áreas constituintes. Escolheremos a opção (b), haja vista tratar-se de geometrias simples e conhecidas, cujas posições dos C.G. também são conhecidas. A carga máxima a ser resistida pelos pilares é de 60 kN. Áreas Resultantes Resultante global hipotética RR = 10 x 4 = 40 kNRT 1,33m RT = ��� � � 10 �� 1,33m 81 Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 10 kN/m RG = +10 +40 +10 = 60 kN Ações atuantes nas estruturas (iii) Qual deverá ser a carga máxima absorvida por cada pilar? Apoios Barras Carreg 2m 4m 2m 2m Cotas R: Tendo em vista tratar-se de um carregamento plenamente simétrico, cujos apoios estão proporcionalmente equidistantes das resultantes individuais, ou ainda, de uma resultante global hipotética, podemos afirmar que o carregamento será distribuído em iguais proporções para cada apoio, assim cada pilar absorverá metade do valor da carga máxima, ou seja, 30 kN/pilar. Áreas Resultantes Resultante global hipotética RR = 10 x 4 = 40 kNRT 1,33m RT = ��� � � 10 �� 1,33m 30 kN 30 kN Carga/Pilar 82 Bibliografia: � Fay, L.; Apostila de Estruturas Arquitetônicas - Composição e Modelagem, UFRRJ, 2006. � SUSSEKIND, J. C.; Curso de Análise Estrutural, vol 1, 6ª ed., Ed. Globo: 1981. � SORIANO, H. L.; Estática das Estruturas, Ed. Ciência Moderna, 2010. � JUDICE, F. M. S., PERLINGEIRO, M. S. P. L.; Apostila de Resistência dos Materiais IX, UFF, 2005. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 92 �Quanto aos esforços seccionais: Caraterização - Principais Sistemas Estruturais viga pórtico plano espacial treliças plana espacial grelha mista (*) (*) com arcos, escoras, cabos, estais, tirantes... Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 94 � Quanto aos esforços seccionais: Vigas Vigas Isostáticas � As vigas têm barras dispostas sequencialmente em linha reta, na horizontal, sob carregamento que a solicita na vertical, em que os esforços internos de flexão são predominantes; � Esforços atuantes: Momento Fletor; Cortante; e, eventualmente, o Normal (Compressão/Tração). Viga biapoiada Viga em balanço (engastada e livre) Viga biapoiada com 1 balanço Viga biapoiada com 2 balanços Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 95 Vigas Isostáticas (Viga Gerber) [1] Silveira, 2008. Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 96 Vigas Hiperestáticas Viga Biengastada Viga contínua de 2 vãos Viga contínua de 2 vãos e 2 balanços Viga contínua de 3 vãos Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 99 Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Pórticos ou Quadros � Os pórticos ou quadros são estruturas reticuladas constituídas por elementos de barras, sendo os que nós entre os elementos são ligações rígidas, podem ser espaciais ou planos; Pórticos Planos � Os pórticos planos são estruturas que têm seus elementos de barras existentes em um único plano. As forças que atuam em pórticos planos e os deslocamentos estão no mesmo plano da estrutura; • Esforços atuantes: Mom. Fletor; Cortante; Normal (Compr./Tração); Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama � Pórticos Planos - Barras retilíneas (1) Biapoiados; (2) Em balanço engastados e, livres ou não (apoiados); (3) Triarticulado (“Tri”:1 rótula + 2 apoios rotação livre); (4) Biapoiado, com articulação e tirante (ou escora); (5) De múltiplos vãos; (6) De múltiplos andares; 100 VA VB HB 3 Reações 3 Eq. Equil. VA HA 3 Reações 3 Eq. Equil. MA MA VA HA VB 4 Reações 3 Eq. Equil. 1 Eq. Rótula 4 Reações 3 Eq. Equil. 1 Eq. Rótula VB HB VA HA Legenda: Incógnita Equação 3 Reações 1 Barra CD 3 Eq. Equil. 1 Eq. Rótula VA VB HB NCD(1) (2.1) (2.2) (3) (4) (5) (6) Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 101 Pórticos Planos - Barras curvas Biapoiado Triarticulado Biengastado com articulação Atirantado Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 102 Pórticos Planos - Compostos (Sussekind,1981) Pórtico Composto IsostáticoPórtico Composto Isostático (Sussekind,1981) Pórtico Composto Isostático(Sussekind,1981) Pórtico Composto Isostático (Sussekind,1981) Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 103 Pórticos Espaciais � Em pórticos espaciais, as barras podem ter posições arbitrárias e serem submetidas à quaisquer um dos esforços seccionais; Pórtico Espacial (engastado e livre) (Sussekind,1981) Pórtico EspacialPórtico Espacial Pórtico Espacial Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 105 Treliças � Treliças são estruturas formadas por elementos de barra retilíneo ligados entre si por nós com articulação perfeita, ou seja, sem qualquer consideração de atrito ou outras forças que impeçam a livre rotação das barras em relação aos nós. � As treliças estão ligadas sob forma geométrica triangular, as forças externas são aplicadas exclusivamente nas rótulas, de forma que só gerem esforços normais nas barras, tendo como concepção estrutural resistir a esses esforços; � As treliças planas: elementos de barras, forças externas, esforços e deslocamentos, estão no mesmo plano da estrutura; • Esforços atuantes: Normal (Compr./Tração); � As treliças espaciais: as rótulas são esféricas, permitindo rotações em torno dos três eixos perpendiculares. • Esforços atuantes: Normal (Compr./Tração); Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 106 Treliças Treliças Planas Ponte Treliças Espaciais Torre (Sussekind,1981) Guindaste Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 108 Grelhas � As grelhas são estruturas reticuladas planas, constituídas por elementos de barras existentes em um único plano (usualmente horizontal), submetidas à carregamento perpendicular a esse plano. Ex.: Lages nervuradas. � Em grelhas, as forças externas atuantes e os deslocamentos (translações) estão no plano normal ao plano da estrutura; • Esforços: Mom. Fletor; Mom. Torçor; Cortante; y z x (Sussekind,1981) (Sussekind,1981) Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 110 Resumo - Esforços Estrutura Esforços Seccionais Viga N, Q e M Pórtico Plano N, Q e M Pórtico Espacial N, Q, M e T Treliça Plana N Treliça Espacial N Grelha Q, M, T Caraterização - Principais Sistemas Estruturais Legenda: N: esforço normal (tração ou compressão) Q: esforço cortante [V] M: momento Fletor [Mf] T: momento Torçor [Mt] Bibliografia: [1] SILVEIRA, Ricardo A. M.; Notas de aula - Teoria das Estruturas I, UFOP, 2008. [2] SUSSEKIND, J. C.; Curso de Análise Estrutural, vol 1, 6ª ed., Ed. Globo: 1981. [3] SORIANO, H. L.; Estática das Estruturas, Ed. Ciência Moderna, 2010. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 116 Estaticidade das estruturas � As estruturas podem ser classificadas em função da relação entre: � o número de reações de apoio ou vínculos que possuem; e, � do número de equações de equilíbrio estático disponíveis para a análise estrutura. � O nº de reações ou incógnitas à determinar , passa pelo conhecimento dos tipos de ligações entre os elementos de barras, que podem ser: � Rígidas: Transmitem integralmente os esforços entre os elementos vinculados; � Semi-rígida: Permitem deslocamentos relativos entre os elementos vinculados, mas a transmissão dos esforços é parcial. Representam a realidade da maior parte das ligações, contudo devido demandarem cálculos mais complexos, no geral, são simplificadas em ligações rígidas ou articuladas (flexíveis); � Articuladas: Permitem deslocamentos relativos entre os elementos, não transmitindo assim, os esforços associados a esses deslocamentos. Ex.: Rótulas => Liberam a rotação entre os elementos a ela conectados => Mf nulo => +1 Equação para determinação de incógnitas. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 118 Estaticidade das estruturas � Assim, as estruturas em barras podem ser classificadas em: � Instáveis � Hipostáticas • Uma estrutura é dita hipostática quando os seus vínculos de ligação, internos (ex.: rótulas, barras das treliças) e/ou externos (ex.: apoios), são em nº insuficientes para manter o equilíbrio estático da estrutura (impedir todos os movimentos). Desta forma, as estruturas hipostáticas são instáveis quando submetidas à ações externas, podendo se deslocar de maneira global ou local. • Em outras palavras: o número de reações de apoio a determinar é MENOR que o número de equações disponíveis para determiná-las. Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 119 Estaticidade das estruturas � Instáveis (cont.) � Hipostáticas (cont.) � Equilíbrio Instável (Caso especial): O próprio carregamento externo restringe os graus de liberdade que os apoios não forem capazes de impedir. Contudo, qualquer carga/deformação adicional imposta levará à estrutura ao colapso. Nº de reações de apoio (incógnitas): 2 (VA e VB) Nº de equações de equilíbrio: 3 (∑V, ∑H e ∑M) Nº Incógnitas < Nº Equações => Hipostática Exemplo � Ex.: Gangorra! � Observação: Assim estruturas hipostáticas são inadmissíveis nas construções. Apoio Carga Barra P L A B VA VB Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 121 Estaticidade das estruturas � Estáveis � Isostáticas • Uma estrutura é dita isostática quando os seus vínculos de ligação, internos (ex.: rótulas, barras treliças) e/ou externos (ex.: apoios), são em nº suficientes para manter o equilíbrio estático da estrutura (impedir todos os movimentos). Desta forma, as estruturas isostáticas são estáveis quando submetidas à ações externas, não permitindo deslocamentos. • Em outras palavras: o número de reações de apoio a determinar é IGUAL que o número de equações disponíveis para determiná-las. Nº reações de apoio (incógnitas): 3 (VA, VB, HA) Nº equações de equilíbrio: 3 (∑V, ∑H e ∑M) Nº Incógnitas = Nº Equações => Isostática O sistema é determinado. Exemplo P L A B VA VB HA Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 123 Estaticidade das estruturas � Estáveis (cont.) � Hiperestáticas • Uma estrutura é dita hiperestática quando os seus vínculos de ligação, internos (ex.: rótulas) e/ou externos (ex.: apoios), são em nº suficientes para manter o equilíbrio estático da estrutura (impedir todos os movimentos). Desta forma, as estruturas hiperestáticas são estáveis quando submetidas à ações externas, não permitindo deslocamentos. • Em outras palavras: o número de reações de apoio a determinar é MAIOR que o número de equações disponíveis para determiná-las. • O sistema é indeterminado e são necessárias outras condições relativas ao comportamento da estrutura para determinar as reações. Nº reações (incógnitas): 4 (VA, VB, HA, MA) Nº equações de equilíbrio: 3 (∑V, ∑H e ∑M) Nº Incógnitas > Nº Equações => Hiperestática O sistema é indeterminado. ExemploP L A B VA VB HA MA Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 125 Estaticidade das estruturas � Classifique as estruturas abaixo quanto à sua estaticidade: � Contar o nº de apoios, e verificar se é igual, menor ou maior, que nº de graus de liberdade (equações equilíbrio), é condição necessária, mas não suficiente, para conclusões! � A análise da estaticidade, nem sempre é direta, cabendo certificarmos também que os apoios restrigem, de fato, todos os deslocamentos (translação e rotação) da estrutura em barras, em análise. 3 Equações 3 Incógnitas Isostática ??? 3 Equações 5 Incógnitas Hiperestática ??? Hipostática!!! Hipostática!!! (Sussekind,1981) (Sussekind,1981) Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiroda Gama 126 Estaticidade das estruturas Exercício 1: Classifique as estruturas abaixo quanto à sua estaticidade: P a) b) c) d) Isostática 3 Equações 3 Incógnitas Hiperestática 3 Equações 4 Incógnitas Hipostática 4 Equações 3 Incógnitas Isostática 6 Equações 6 Incógnitas q Isostática ??? y z x (Sussekind,1981) Eng., M.Sc., Prof., Felipe Ozório Monteiro da Gama 127 Estaticidade das estruturas Exercício 2: Classifique as estruturas abaixo em estável ou instável. As estruturas são submetidas à carregamentos externos conhecidos e que podem atuar em qualquer lugar. a) b) c) d) e) Instável Estável Estável Instável Instável Bibliografia: � SUSSEKIND, J. C. Curso de Análise Estrutural, vol 1, 6ª ed., Ed. Globo: 1981. � SORIANO, H. L.; Estática das Estruturas, Ed. Ciência Moderna, 2010. � EBELING, E. B.; Notas de Aula - Análise Estrutural, IESPLAN 2013.
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