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O Conceito de MineralO Conceito de Mineral Mineralogia I “Aviso Legal” Esta apresentação faz parte de uma seqüência de apresentações em PowerPoint elaboradas com a finalidade exclusiva de servirem de material didático de apoio às aulas de mineralogia da Disciplina GEO 03001 – Mineralogia I do Departamento de Mineralogia e Petrologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGSUniversidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS Responsável: Prof. Heinrich Theodor Frank ( heinrich.frank@ufrgs.br ) Vedada qualquer forma de exploração comercial. É obrigatório respeitar o direito de copyright das fontes usadas, proprietárias das imagens e das informações. Versão de março de 2017 Apresentação baseado no artigo: “The Definition of a Mineral” Ernst H. NickelErnst H. Nickel The Canadian Mineralogist Vol. 33, p. 689-690, 1995 Disponível para download na internet como pdf “Um mineral é um elemento ou composto químico ou composto químico que normalmente é cristalino e que é resultado de processos geológicos.” Pirita – FeS2 Navajún - Espanha O termo “cristalino”, como usado geralmente em mineralogia, significa um ordenamento cristalino numa escala que possa produzir um padrão indexável de difração (isto é, com índices de Miller) quando a substância é atravessada por uma onda com um comprimento adequado (raios-x, elétrons, neutrons, etc..). Difratograma da forsterita, uma olivina. Entretanto, algumas substâncias de ocorrência natural não são cristalinas. Tais substâncias podem ser divididas em duas categorias: amorfas e metamictas Amorfas são aquelas substâncias que nunca foram cristalinas e que não difratam raios-x nem elétrons. Crisocola - México Metamictas são aquelas substâncias que já foram cristalinas mas cuja cristalinidade foi destruída por radiação ionizante. Biotita (castanha) com inclusões radioativas de apatita (incolores) com halos pretos de material metamicto. Um caso especial de substâncias não-cristalinas de ocorrência natural são aquelas que são líquidas em condições normais de temperatura e pressão. A água não é considerada cristalina, mas sua forma sólida, o gelo, o é. Fotomicrografia de um floco de neve de Wisconsin – USA O mercúrio, no entanto, é reconhecido como um mineral mesmo não ocorrendo em estado cristalino na Terra. Mercúrio com cinábrio Pfalz, Alemanha Revista Lapis, Out/1980 Mercúrio Pfalz – Alemanha Revista Lapis, Junho 2001 O petróleo e suas manifestações betuminosas não-cristalinas não são consideradas minerais. Considerações sobre substâncias que são minerais e outras que não são:minerais e outras que não são: 1) Estabilidade sob condições ambientais Muitos minerais foram formados em condições de alta temperatura e pressão (ou ambas) e são meta-estáveis sob condições ambientais, outras tendem a hidratar Laumontita, Índia. Cristais até 7 cm Revista Lapis, Jan.1998 ambientais, outras tendem a hidratar ou desidratar quando retiradas de seu lugar de origem. Tais minerais podem requerer procedimentos especiais para prevenir a sua decomposição antes de terminada a investigação. 1) Estabilidade sob condições ambientais O uso de procedimentos especiais na investigação não impede a aceitação de uma substância meta-estável ou instável como mineral se ela puder ser adequadamente caracterizada e se ela preencher outros critérios para ser um mineral. 2) Substâncias Extraterrestres Substâncias extraterrestres como meteoritos, pedras da lua, etc., foram, aparentemente, produzidos por processos similares àqueles da Terra e, por isso, tais processos agora são chamados de geológicos, mesmo que o termo “geologia” significasse originalmente o estudo de rochas neste planeta. Basalto de Mar Lunar visto ao microscópio petrográfico. Consequentemente, componentes de ocorrência natural de rochas extraterrestres e poeiras cósmicas são consideradas como minerais, como, por exemplo, o mineral lunar tranquilitita: Fe++8(Zr,Y)2Ti3 Si3O24 , encontrado na Base Lunar da Tranquilidade, por Apollo 11. 3) Substâncias Antropogênicas Substâncias antropogênicas são aquelas produzidas pelo homem e não são consideradas minerais. Se tais substâncias forem idênticas a minerais, podem ser chamadas de “equivalentes sintéticos” dos respectivos minerais.respectivos minerais. Zircônia sintética lapidada imitando diamante. Revista Lapis, Julho/Agosto 1993 4) Substâncias Antropogênicas modificadas geologicamente Compostos químicos formados pela ação de processos geológicos sobre substâncias antropogênicos tem sido aceitas, até agora, como minerais. No entanto, atualmente muitos materiais exóticos sãoNo entanto, atualmente muitos materiais exóticos são produzidos e é grande a possibilidade de que tais substâncias possam ser colocadas em um ambiente geológico onde gerem novos produtos que poderiam ser considerados novos minerais. Por isso a CNMMN estipulou que, no futuro, compostos químicos formados pela ação de processos geológicos em substâncias antropogênicas não podem ser consideradas como minerais. 4) Substâncias Antropogênicas modificadas geologicamente Exemplo 1: Cristais de Caledonita de Laurion, na Grécia, 60 km ao sul de Atenas, uma região mineira de 200 km2, onde se minera desde 1000 anos AC, basicamente minério deanos AC, basicamente minério de chumbo rico em prata, base da riqueza de Atenas. Os resíduos eram simplesmente jogados ao mar onde, em reação com a água do mar, formou-se uma enorme quantidade de minerais raros e novos, como a Laurita. Exemplo 2: Alguns compostos químicos formados pela ação de processos geológicos em rochas ou minerais que foram expostos a tais processos pela atividade do Homem (abertura de minas, entulhos de minérios, abertura de estradas, etc..) foram aceitas como minerais no passado e, se a exposição não foi intencional (não foi feito com o propósito expresso de criar novos minerais), estas substâncias podem ser aceitas como minerais. Compostos químicos formados por incêndios em minas são considerados como um caso especial, porque nem sempre é claro se houve ou não envolvimento humano na causa do incêndio, e por isso as substâncias não são aceitas como minerais. 5) Substâncias Biogênicas São aqueles compostos químicos produzidos inteiramente por processos biológicos sem nenhum componente geológico: - cálculo urinário - cristais de oxalato em tecidos vegetais - conchas de moluscos marinhos, etc.. Estes materiais não são considerados minerais. Estes materiais não são considerados minerais. No entanto, se processos geológicos foram envolvidos na gênese do composto, então o produto pode ser aceito como mineral. Exemplos de minerais aceitáveis deste tipo são: - substâncias cristalizadas de matéria orgânica em “xisto” negro, - guano de morcegos em cavernas - minerais formados pela água do mar sobre excrementos de leões marinhos - constituintes de calcários ou fosforitas originadas de organismos marinhos. Todos os anos são descritos entre 20 e 60 minerais novos, normalmente muito raros e/ou muito pequenos. Cristais de Hillita, um fosfato triclínico de cálcio e zinco extremamente raro, encontrado na Austrália, descrito em 2003. Revista Lapis, Dezembro 2003 FIM
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