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Aula nº 11 CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS UDC Mesopotâmia ◦ Aglutinante em serviços de alvenaria e estradas ; ◦ Impermeabilizante em reservatório de água e salas de banho. Primeiras aplicações em pavimentação: França (1802), Estados Unidos (1838) Inglaterra (1869). O emprego de asfalto derivado do petróleo iniciou-se a partir de 1909. ASFALTO BETUME Material de consistência variável, cor pardo-escura, ou negra, constituído predominante de BETUME, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pelo refino do Petróleo. Mistura de hidrocarbonetos pesados, com seus derivados de consistência variável e com poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente solúvel no bissulfeto de carbono (CS2) ou tetracloreto de carbono (CCL4). A Experiência mais longa da história... A Experiência mais longa da história... O que acontece é a formação de uma gota, que cai ao ritmo médio de uma vez por década. Em toda a experiência, iniciada há 86 anos na Austrália, caíram oito gotas e a nona está em suspensão. John Mainstone morreu aos 78 anos (2013), devido a um acidente vascular cerebral, sem ter visto a queda. Local: Universidade de Queensland, na Austrália. Tudo começou com Thomas Parnell, em 1930. A primeira gota caiu em 1938, as outras em 1947, 1954, 1962, 1970, 1979, 1988 e a oitava em 2000. Parnell nunca viu uma cair. 1- APLICAÇÃO 2- ORIGEM 1. Asfaltos para pavimentação: ◦ Cimentos Asfálticos (CAP) ◦ Asfaltos Diluídos (AD) ◦ Emulsões Asfálticas (EA) ◦ Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros) 2. Asfaltos industriais: ◦ Asfaltos Oxidados ou Soprados 1. Asfaltos naturais: ◦ Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de asfalto (Trinidad e Bermudas). Possuem de 60 a 80% de betume. 2. Rochas asfálticas: ◦ O asfalto aparece impregnando os poros de algumas rochas (Gilsonita) e também misturado com impurezas minerais (areias e argilas) em quantidades variáveis. Asfaltos de petróleo: ◦ Mais empregado e produzido, sendo isento de impurezas. Pode ser encontrado e produzido nos seguintes estados: Sólido Semi-sólido Líquido: Asfalto dissolvido e Asfalto emulsificado Asfalto de Alcatrão: ◦ Proveniente do refino do alcatrão bruto, que se origina da destilação dos carvões durante a fabricação de gás e coque. Estão em desuso no Brasil há mais de 25 anos (cancerígeno) . CAP – CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO Definição e propriedades: ◦É um material adesivo, termoplástico, impermeável à água, viscoelástico e pouco reativo; Significado das suas propriedades: ◦ Termoplástico: ◦ Possibilita manuseio a quente. Após resfriamento retorna à condição de viscoelasticidade. ◦ Impermeável: ◦ Evita a penetração de água (chuva) na estrutura do pavimento, forçando o escoamento para os dispositivos de drenagem. Viscoelástico: Combina o comportamento elástico (sob aplicação de carga curta) e o viscoso (sob longos tempos de aplicação de carga). Pouco reativo: Quimicamente, o contato com o ar propicia oxidação lenta, mas que pode ser acelerada pelo aumento da temperatura. COLÓIDES (AGLOMERADOS) São sistemas coloidais constituídos por uma suspensão de micelas de asfaltenos, peptizadas pelas resinas num meio oleoso (óleos saturados e aromáticos) em equilíbrio. ASFALTENO São aglomerados de compostos polares e polarizáveis formados por associações intermoleculares, constituídos de hidrocarbonetos naftênicos (ciclo parafinas) condensados e de cadeias saturadas curtas, sendo sólidos amorfos pretos ou marrons. VISÃO GERAL- A PARTIR DO PETRÓLEO Ex. Destilação do Petróleo em duas etapas – ( 10 a 70% de asfalto) Ex. Destilação do Petróleo em UMA etapa Parâmetros para Classificação: ◦ Viscosidade dinâmica ou absoluta: ◦ Indica a consistência do asfalto ◦ Penetração: ◦ Medida que uma agulha padronizada penetra em uma amostra em décimos de milímetro Categorias (somente pela Penetração) ◦ CAP 30/45; CAP 50/70; CAP 85/100 e CAP 150/200 (Saybolt: o inventor; e Furol: Fuel Road Oil; ASTM 102-93, ABNT NBR 14756/2001). CUIDADOS Cuidados na aplicação: ◦ Deve ser livre de água, ◦ Homogêneo em suas características; ◦ Ter a curva viscosidade-temperatura conhecida; Aplicações: ◦ Pré-misturados, areia-asfalto e concreto asfáltico: CAP 30/45, 50/70 e 85/100 ◦ Tratamentos superficiais e macadame betuminoso: CAP150/200 Restrições: ◦ Não podem ser usados acima de 177° C (craqueamento térmico); ◦ Não devem ser aplicados em dias de chuva; ◦ Não aplicar com temperaturas inferiores a 10° C; ◦ Não aplicar sobre superfícies molhadas. ASFALTO DILUÍDO Conhecidos como Asfaltos Recortados ou “Cut Backs”. Resultam da diluição do cimento asfáltico por destilados leves de petróleo. Os diluentes funcionam como veículos proporcionando produtos menos viscosos que podem ser aplicados a temperaturas mais baixas que o CAP. Os diluentes evaporam-se após a aplicação e o tempo necessário para evaporar chama-se “Cura”. De acordo com a cura, podem ser classificados em: CR: Cura Rápida (Solv.: Gasolina) CM: Cura Média (Solv.: Querosene) CL:Cura Lenta (Solv.:Gasóleo-não se usa mais) Cada categoria apresenta vários tipos com diferentes valores de viscosidade cinemática, determinadas em função da quantidade de diluente: TIPO TIPO % % NOMENCLATURA CM CR CAP DILUENTE ANTIGA CM-30 - 52 48 MC-0 RC-0 CM-70 CR-70 63 37 MC-1 RC-1 CM-250 CR-250 70 30 MC-2 RC-2 CM-850 CR-850 82 18 MC-4 RC-4 CM-3000 CR-3000 86 14 MC-5 RC-5 EMULSÕES ASFÁLTICAS É um sistema constituído pela dispersão de uma fase asfáltica em uma fase aquosa (direta) ou de uma fase aquosa em uma fase asfáltica (inversa): ◦ CAP + Água + Agente Emulsivo A dispersão da fase asfáltica na fase aquosa é obtida através da aplicação de energia mecânica (trituração do CAP) e Térmica (aquecimento do CAP) para torná-lo fluido em um moínho coloidal. ESMULSÕES ASFÁLTICAS - OBTENÇÃO PREPARAÇÃO DA FASE AQUOSA Esquema do processo industrial de fabricação de emulsão asfáltica – fase aquosa acidificada com emulsificantes aminados MOÍNHO COLOIDAL Preparação dos glóbulos de asfalto para fabricação de emulsão Função do agente emulsificante: ◦ Diminuir a tensão interfacial entre as fases asfáltica e aquosa, evitando que ocorra a decantação do asfalto na água. Quantidade de emulsificante: ◦ Varia de 0,2 a 1%. Os agentes geralmente mais utilizados: ◦ Sal de Amina, ◦ Silicatos Solúveis ou não Solúveis, ◦ Sabões e Óleos Vegetais Sulfonados e ◦ Argila Coloidal. Quantidade e tamanho das partículas de asfalto ◦ Teor de 60 a 70% ◦ Partículas dispersas de de 1 a 10 micras. CARGA DA PARTÍCULA TEMPO DE RUPTURA Catiônicas Rápida Aniônicas Média Bi-iônicas Lenta Não-iônicas Lenta Emulsões Aniônicas: ◦ Apresentam moléculas eletronegativamente carregadas; Emulsões Catiônicas: o Apresentam moléculas eletropositivamente carregadas; Ruptura das emulsões: ◦ Contato com agregados; ◦ Quebra do equilíbrio que mantinha os glóbulos do asfalto em suspensão na água; ◦ A água evapora;◦ O asfalto flocula e se fixa no agregado. Cor das emulsões: ◦ Antes da ruptura: marrom, ◦ Após a ruptura: preta. Tempo de ruptura : ◦ Quantidade + tipo de agente emulsivo. As emulsões asfálticas utilizadas em pavimentação: ◦ Catiônicas diretas, Classificação quanto a utilização: ◦ RR-1C; RR-2C; RM-1C; RM-2C; RL-1C; LA-1C; LA-2C Ensaios utilizados para a classificação: ◦ Viscosidade Saybolt Furol, ◦ Teor de solvente, ◦ Desemulsibilidade e ◦ Resíduo de destilação. Observar coloração marrom Aplicação de Lama Asfáltica F á b ri c a s d e E m u ls ã o A s fá lt ic a ASFALTOS POLÍMEROS Obtidos a partir da dispersão do CAP em polímero; Polímeros mais utilizados: ◦ SBS (Copolímero de Estireno Butadieno); ◦ SBR (Borracha de Butadieno Estireno); ◦ EVA (Copolímero de Etileno Acetato de Vinila); ◦ EPDM (Tetrapolímero Etileno Propileno Diesso); ◦ APP (Polipropileno Atático); ◦ Polipropileno; ◦ Borracha vulcanizada; ◦ Resinas; ◦ Epóx; ◦ Poliuretanas; POLÍMEROS (do grego “muitas partes”) Macromoléculas sintéticas, Estruturalmente simples, Constituídas de unidades estruturais repetidas (monômeros) Longas cadeias. Homopolímeros: constituídos por apenas um monômero, Copolímeros: apresentam pelo menos dois monômeros em sua estrutura. Objetivo da adição do polímero: ◦ Modificam (aceleram) o comportamento do asfalto conferindo elasticidade e melhorando suas propriedades mecânicas e reológicas Principais vantagens: ◦ Diminuição da suscetibilidade térmica; ◦ Melhora adesão e coesão; ◦ Maior resistência ao envelhecimento; ◦ Elevação do ponto de amolecimento; ◦ Alta elasticidade; ◦ Maior resistência à deformação permanente; ◦ Melhor resistência à fadiga; Função Aglutinadora: ◦ Proporciona íntima ligação entre agregados, resistindo à ação mecânica de desagregação produzida pelas cargas dos veículos. Função Impermeabilizadora: ◦ Garante ao revestimento vedação eficaz contra penetração da água proveniente da precipitação. Conferir Flexibilidade: ◦ Permite ao revestimento sua acomodação sem fissuramento a eventuais recalques das camadas subjacentes do pavimento. “PRIME COAT” Consiste na aplicação de uma camada de material asfaltico sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um revestimento asfáltico qualquer. Promover condições de ligação e aderência entre a base e o revestimento. Impermeabilização da base. Aumentar a coesão da superfície da base pela penetração do material asfaltico (de 0,5 a 1,0cm). São utilizados asfaltos diluídos de baixa viscosidade, a fim de permitir a penetração do ligante nos vazios da base. São indicados os asfaltos diluídos: ◦ CM-30 e CM-70. Varredura da pista: ◦ Objetivo: fazer a limpeza da pista retirando os materiais finos que ocupam os vazios do solo; ◦ Equipamentos: Vassouras mecânicas rotativas ou vassouras comuns, quando a operação é feita manualmente, Jato de ar comprimido. ◦ Umedecimento: Somente quando a base estiver muito seca e poeirenta Aplicação do asfalto: ◦ Uso de caminhão espargidor de asfalto: tanque equipado com barra espargidora caneta distribuidora, bomba reguladora de pressão, tacômetro e conta giro da bomba de ligante. Quantidade a ser aplicada: ◦ Da ordem de 0,7 a 1,0 l/m2. ◦ Temperatura de aplicação: fixada para cada tipo de ligante função da viscosidade desejada.(20 a a 60 segundos Saybolt Furol.) Cuidados: Evitar a formação de poças de ligantes na superfície da base(retarda a cura do asfalto); Evitar falha de imprimação (o revestimento tende a se deslocar); Complementar os trechos onde ocorreram falhas utilizando a caneta distribuidora; Verificar os bicos antes de iniciar a distribuição (verificar se todos estão abertos e funcionando). “TACK –COAT” Consiste na aplicação de uma camada de material asfaltico sobre a base ou revestimento antigo com a finalidade de promover sua ligação com a camada sobrejacente a ser executada. Tipos de asfaltos utilizados na pintura de ligação: Emulsões asfalticas: ◦ Ruptura rápida: RR-1C e RR-2C ◦ Ruptura média: RM-1C e RM-2C Asfaltos diluídos ◦ CR-70 (exceto para superfícies betuminosas) Execução: Varredura da pista: ◦ idem imprimação Aplicação do asfalto ◦ Feita pelo caminhão espargidor ◦ Quantidade: 0,5 l/m2. ◦ Formar uma película extremamente delgada acima da camada a ser recoberta ◦ Temperatura é função da viscosidade: Asfalto diluído : 20 a 60 segundos saybolt-furol. Emulsões : 25 a 100 segundos saybolt-furol. ◦ Cuidado: O excesso de ligante: lubrifica ocasionando ondulações do revestimento a ser colocado.
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