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CÉDULAS DE CRÉDITO E SEU REGISTRO ATAME MAIO 2017

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CÉDULAS DE CRÉDITO
E SEU REGISTROE SEU REGISTRO
(conceituação, espécies, garantias, competência para o registro, 
requisitos materiais e formais, efeitos do registro, prazo de 
registro e emolumentos)
DOCENTE: João Pedro R. S. de Arruda Câmara
UM BREVE CURRÍCULO DO DOCENTE:
Professor: João Pedro Ribeiro Sampaio de Arruda Câmara
Especialista em Direito Registral Imobiliário
Possui graduação em Direito pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal -
AEUDF (1996) e pós-graduação em Direito Registral Imobiliário pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (2006). É professor de Direito Registral e Notarial, com ênfase emCatólica de Minas Gerais (2006). É professor de Direito Registral e Notarial, com ênfase em
registro de imóveis, ministrando aulas em cursos de pós-graduação, preparatórios para
concursos, extensão e atualização em diversas instituições de ensino, desde 2006.
Palestrante em congressos, seminários e eventos no Brasil e no exterior. Atuou na advocacia
pública e privada de 1997 a 2002. Foi advogado da empresa pública Companhia Imobiliária
de Brasília – Terracap. Foi auxiliar registral, escrevente e oficial substituto do 1º Ofício de
Registro de Imóveis do Distrito Federal, de 2002 a 2017. Atualmente é oficial titular do Ofício
de Registro Civil com funções notariais do Distrito Judiciário do Banco da Vitória – Ilhéus/BA
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MOTIVAÇÃO DO CURSO:
 Boa parte dos contratos de financiamento que movimentam a 
economia precisam ser registrados para gerar seus efeitos legais, 
gerando riquezas para o nosso país
 Em especial temos as cédulas de crédito, cujas garantias devem ser 
constituídas e publicizadas através do sistema registral brasileiro
 Assim, na elaboração desses instrumentos de crédito certos  Assim, na elaboração desses instrumentos de crédito certos 
requisitos jurídico-registrais devem ser observados, a fim de que o 
registro seja efetuado com a celeridade que o mercado quer e 
precisa
 As normas que regem o registro desses instrumentos nem sempre 
são de fácil compreensão, com constantes mudanças e 
divergências sobre sua aplicação
 Por isso, o debate e atualização contínuos sobre o tema é medida 
que se impõe
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CONCEITO DE CÉDULA DE CRÉDITO
Título de crédito especial, criado por lei para fomentar a
atividade dos principais setores da economia nacional
(agropecuária, comércio, indústria, exportações, prestação de
serviços e mercado imobiliário), mediante um instrumento deserviços e mercado imobiliário), mediante um instrumento de
crédito respaldado, via de regra, em direito real, mobiliário ou
imobiliário, sem necessidade de escritura pública, podendo ter
também garantia pessoal (aval)
*Este conceito se aplica, inclusive à Cédula de Crédito Imobiliário,
que é a única delas que é emitida pelo credor
*Este conceito NÃO se aplica às NOTAS DE CRÉDITO
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DAS CÉDULAS E SUA PREVISÃO LEGAL
1. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL (CCR) – Decreto-lei nº 167/67
1.1 CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
1.2 CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
1.3 CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA
2. CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL (CCInd) – Decreto-lei nº 413/692. CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL (CCInd) – Decreto-lei nº 413/69
3. CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO (CCE) – Lei nº 6.313/75 e Decreto-
lei nº 413/69
4. CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL (CCC) – Lei nº 6.840/80 e Decreto-lei 
nº 413/69
5. CÉDULA DE PRODUTO RURAL (CPR) – Lei nº 8.929/94
6. CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (CCI) – Lei nº 10.931/04
7. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCB) – Lei nº 10.931/04
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
CONCEITO
 É título de crédito causal que representa promessa de pagamento 
em dinheiro de dívida líquida e certa, garantida por penhor
“Nas obrigações cambiais, a causa que lhes deu origem não constitui 
meio de defesa. Neste ponto se diferenciam os títulos de crédito 
abstratos dos causais. Nestes, a sua eficácia é nenhuma se o negócio abstratos dos causais. Nestes, a sua eficácia é nenhuma se o negócio 
jurídico subjacente inexistir ou for ilícito. Naqueles, esses mesmos vícios 
não impedem que a obrigação cartular produza seus efeitos.”
(REsp nº 162.032/RS, 3ª Turma, 26/10/1999, DJ-17/04/200)
Este julgado, que tratou da execução de uma CCInd, disse que a 
mesma era INEXEQUÍVEL como título executivo (cédula), mas não 
impediu a sua cobrança como contrato (ineficácia não é nulidade)
Isto serve para todas as cédulas que serão aqui estudadas
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
PARTES
CREDOR:
Qualquer órgão ou instituição integrante do SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO 
RURAL, inclusive as cooperativas rurais (art. 1º do DL 167/67)
DEVEDOR:DEVEDOR:
Qualquer pessoa física ou jurídica (art. 1º do DL 167/67), desde que desenvolva 
atividade rural
EVENTUAIS DADORES DA GARANTIA:
Qualquer pessoa física ou jurídica que não o devedor, mas que se proponha 
garantir a dívida do mesmo com seu(s) bem(ns)
*CUIDADO* REsp nº 599545-SP, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto G. de Barros
Decidiu serem nulas as garantias prestadas por terceiros nas CCR, com fulcro no 
art. 60, §3º do DL 167/67, desconsiderando os arts. 11, 17, 68 e 69
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
GARANTIAS POSSÍVEIS DE SEREM CONSTITUÍDAS
Necessariamente deverá conter PENHOR (garantia real sobre BEM 
MÓVEL) – art. 14, V, do DL 167/67
Podem ser objeto deste penhor os bens suscetíveis de penhor rural e de Podem ser objeto deste penhor os bens suscetíveis de penhor rural e de 
penhor mercantil (ver arts. 1.442, 1.444 e 1.447 do CC/2002 e arts. 55 
e 56 do DL 167/67)
Poderá ter AVAL (garantia pessoal de título de crédito)
E pode haver garantia de PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA?
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
PODE HAVER GARANTIA DE PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA?
Não há previsão no DL 167/67 para a instituição de direito real de 
propriedade fiduciária para garantir nenhum tipo de cédula de 
crédito rural. A propriedade fiduciária de bem móvel só surgiu no 
Brasil em 1969 (DL 911); de bem imóvel em 1997 (Lei nº 9.514). Brasil em 1969 (DL 911); de bem imóvel em 1997 (Lei nº 9.514). 
Se existisse em 1967, bem provável que o DL 167 tivesse previsto a 
possibilidade de se instituir a garantia fiduciária
Assim, no entendimento de Burtet, com o qual concordamos, caso 
não haja norma local proibindo, a alienação fiduciária tanto de 
móveis quanto de imóveis poderá ser instituída em cédulas de 
crédito rural, desde que haja também penhor (cédula de crédito 
rural pignoratícia) e/ou hipoteca (cédula de crédito rural hipotecária 
OU pignoratícia e hipotecária)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
E SE HOUVER EXPRESSA PROIBIÇÃO DE CONSTITUIÇÃO 
DE PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA NA NORMA LOCAL?
Burtet sugere:
“A alternativa, portanto, para quem concede crédito rural e 
pretende se garantir com uma alienação fiduciária de bem 
imóvel, por exemplo, pela sua praticidade frente a outras 
garantias, é a emissão de outra espécie de cédula, a Cédula de 
Crédito Bancário, conforme autoriza o art. 26 da Lei nº 
10.931/2004” (destaque nosso)
(Cédulas de crédito no Registro de Imóveis. São Paulo: IRIB, 2016, p.14)
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UMA PAUSA NA CCRP...
PREMISSAS GERAIS PARA O REGISTRO DAS CÉDULAS E SUAS GARANTIAS:
 Preliminarmente, o fato de ter ou não garantia pessoal (AVAL), em qualquer tipo de 
cédula, não interfere no seu registro
 TODAS as cédulas de que trataremos, EXCETO as Cédulas de CréditoBancário (CCB) e 
de Crédito Imobiliário (CCI) são registradas obrigatoriamente no Livro nº 3 – Registro 
Auxiliar de uma ou mais serventia imobiliária
 O que se registra no Livro nº 3 do RI é a cédula propriamente dita (exceto CCB e CCI) e 
o penhor rural, industrial ou mercantil por ela instituído, quando houver
 Só haverá registro no Livro nº 2 – Registro Geral, ou seja, na matrícula de imóvel se e 
quando houver garantia real imobiliária (hipoteca ou propriedade fiduciária)
 Pode ser dado em garantia real mais de um bem, tantos quantos bastem para garantir o 
crédito
 As cédulas precisam ser apresentadas, no mínimo em duas vias, uma negociável e 
outra(s) não negociável (alguns autores entendem que a CCI é emitida em via única)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
Registra-se a cédula de crédito rural pignoratícia e o penhor dos 
bens dados em garantia no Livro nº 3 do Registro de Imóveis onde 
se encontra(m) localizado(s) o(s) bem(ns) móvel(is) apenhado(s)
(Arts. 30, “a” do DL 167/67; 1.438 do CC/2002; 167, 13 e 178, II da (Arts. 30, “a” do DL 167/67; 1.438 do CC/2002; 167, 13 e 178, II da 
LRP)
Se houver ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA de bem(ns) móvel(is) ou 
imóvel(is), caso não seja proibido pela norma local, e se este(s) 
bem(ns) estiver(em) localizado(s) em lugar diferente daquele(s) 
dado(s) em penhor, far-se-á o registro da cédula também no RI 
(Livro nº 3) da localidade do(s) bem(ns) dado(s) em propriedade 
fiduciária; e, se este for imóvel, também no Livro nº 2 (matrícula) 
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA GARANTIA
AGORA UMA POLÊMICA...
No caso de alienação fiduciária de AUTOMÓVEL, além do registro da 
cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, do propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, do 
CC/2002)?
No caso de alienação fiduciária de qualquer outro BEM MÓVEL, além do 
registro da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no RTD (art. 1.361, §1º, primeira parte, do 
CC/2002)?
SUGESTÃO: Registre-se!
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 14 do DL 167/67
I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia“
II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos termos da cláusula Forma de
Pagamento abaixo" ou "nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo"
III - Nome do credor e a cláusula à ordem (sempre será endossável)
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e a
forma de sua utilização (orçamento de aplicação do crédito: neste precisa a
assinatura do representante do credor)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 14 do DL 167/67
V - Descrição dos bens vinculados em penhor (e em propriedade fiduciária, se
houver), que se indicarão pela espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de
produção, se for o caso, além do local ou depósito em que os mesmos bens se
encontrarem (vide §2º)encontrarem (vide §2º)
VI - Taxa dos juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se houver, e o tempo de
seu pagamento
VII - Praça do pagamento
VIII - Data e lugar da emissão
IX - Assinatura (não precisa de reconhecimento de firma) do próprio punho do
emitente ou de representante com poderes especiais (não precisa da assinatura do
credor!)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
 Se houver alienação fiduciária de bem imóvel, constar também os requisitos 
do art. 24 da Lei nº 9.514/97
 É necessário apresentar documentos pessoais do devedor e/ou dador da 
garantia?
NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos por se tratar de seu NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos por se tratar de seu 
cliente
 É necessário apresentar certidões fiscais do devedor e/ou dador da garantia 
(Certidão Conjunta de Tributos e Contribuições federais e INSS, ITR, IPTU 
etc.)?
NÃO. O bem dado em garantia nesse tipo de cédula é MÓVEL. Tais certidões são 
exigidas quando se aliena ou onera bem IMÓVEL
Então, havendo alienação fiduciária sobre bem IMÓVEL em uma cédula desse 
tipo, conforme já discorremos, seriam necessárias tais certidões???
Falaremos disto quando tratarmos da CCRH
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
EFEITOS DO REGISTRO
O registro no Livro nº 3 constitui o penhor (art. 1.438 do 
CC/2002), bem como publiciza a cédula para eficácia perante 
terceiros (art. 30 do DL 167/67)
PRAZO PARA O REGISTROPRAZO PARA O REGISTRO
3 dias úteis (art. 38 do DL 167/67)
EMOLUMENTOS
Conforme tabela de emolumentos de cada Estado e do Distrito 
Federal
Em Goiás, registro de cédula no Livro nº 3 = R$190,00
Tabela XIV, item 77, VII, “a” (incluído pela Lei nº 19.571/2016)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
CONCEITO
 É título de crédito causal que representa promessa de pagamento em 
dinheiro de dívida líquida e certa, garantida por hipoteca
PARTES
CREDOR: Qualquer órgão ou instituição integrante do SISTEMA NACIONAL DE CREDOR: Qualquer órgão ou instituição integrante do SISTEMA NACIONAL DE 
CRÉDITO RURAL, inclusive as cooperativas rurais (art. 1º do DL 167/67)
DEVEDOR: Qualquer pessoa física ou jurídica (art. 1º do DL 167/67), desde que 
desenvolva atividade rural
EVENTUAIS DADORES DA GARANTIA: Qualquer pessoa física ou jurídica que não 
o devedor, mas que se proponha garantir a dívida do mesmo com seu(s) bem(s)
*CUIDADO* REsp nº 599545-SP, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto G. de Barros
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
GARANTIAS POSSÍVEIS DE SEREM CONSTITUÍDAS
Necessariamente deverá conter HIPOTECA (garantia real sobre BEM 
IMÓVEL) – art. 20, V, do DL 167/67
Podem ser objeto desta hipoteca imóveis rurais ou urbanos, 
incorporando-se à mesma as construções, máquinas, instalações e incorporando-se à mesma as construções, máquinas, instalações e 
benfeitorias pertencentes ao imóvel, bem como as máquinas, 
aparelhos, instalações e construções adquiridos ou executados com o 
crédito concedido (ver arts. 21 a 23 do DL 167/67)
Poderá ter AVAL (garantia pessoal de título de crédito)
Quanto à possibilidade de constituição de PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA, 
ver reflexão anterior quando tratamos da CCRP
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
Registra-se a cédula de crédito rural hipotecária no Livro nº 3 do 
Registro de Imóveis onde se encontra(m) localizado(s) o(s) bem(ns) 
imóvel(is) hipotecado(s), bem como na(s) matrícula(s) do(s) 
imóvel(is) dado(s) em hipoteca (Livro nº 2)imóvel(is) dado(s) em hipoteca (Livro nº 2)
(Arts. 30, “b” do DL 167/67; 167, I, 2 e 13 e 178, II da LRP)
Se houver ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA de bem(ns) móvel(is) ou 
imóvel(is), caso não seja proibido pela norma local, e se este(s) 
bem(ns) estiver(em) localizado(s) em lugar diferente daquele(s) 
dado(s) em hipoteca, far-se-á o registro da cédula também no RI 
(Livro nº 3) da localidade do(s) bem(ns) constituído(s) em 
propriedade fiduciária e na matrícula do imóvel alienado 
fiduciariamente (Livro nº 2)
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COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
DE NOVO A POLÊMICA...
No caso de alienação fiduciária de AUTOMÓVEL, além do registro da 
cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, 
do CC/2002)?
No caso de alienação fiduciária de qualquer outro BEM MÓVEL, 
além do registro da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da 
constituição da propriedade fiduciária no RTD (art. 1.361, §1º, 
primeira parte, do CC/2002)?
SUGESTÃO: Registre-se!
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 20 do DL 167/67
I - Denominação "Cédula Rural Hipotecária“
II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos termos da cláusula Forma de
Pagamento abaixo" ou "nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo"
III - Nome do credor e a cláusula à ordem (sempre será endossável)
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e a
forma de sua utilização (orçamento de aplicação do crédito: neste precisa a
assinatura do representante do credor)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 20 do DL 167/67
V - Descrição do imóvel hipotecado (e em propriedade fiduciária, se houver), com
indicação do nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de
aquisição e anotações (número, livro e folha) do registro imobiliário (vide §§2º e 3º)
VI - Taxa dos juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se houver, e o tempo de
seu pagamento
VII - Praça do pagamento
VIII - Data e lugar da emissão
IX - Assinatura (não precisa de reconhecimento de firma) do próprio punho do
emitente ou de representante com poderes especiais (não precisa da assinatura do
credor!)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
 Se houver alienação fiduciária de bem imóvel, constar também os 
requisitos do art. 24 da Lei nº 9.514/97
 É necessário apresentar documentos pessoais do devedor e/ou dador da 
garantia?garantia?
NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos por se tratar de seu 
cliente
 É necessário apresentar certidões fiscais do devedor e/ou dador da 
garantia (Certidão Conjunta de Tributos e Contribuições federais e INSS, 
ITR, IPTU etc.)?
Em princípio, NÃO, porém se o devedor/dador da garantia for pessoa física, 
produtor rural responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a 
sua produção para a Seguridade Social deverá apresentar a certidão 
conjunta da RFB (tributos e contribuições federais e INSS)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 37 da Lei nº 4.829/65 (LEI DO CRÉDITO RURAL)
A concessão do crédito rural em tôdas as suas modalidades, bem como a 
constituição das suas garantias, pelas instituições de crédito, públicas e 
privadas, independerá da exibição de comprovante de cumprimento de 
obrigações fiscais ou da previdência social, ou declaração de bens ou obrigações fiscais ou da previdência social, ou declaração de bens ou 
certidão negativa de multas por infrigência do Código Florestal
Art. 47, §6º, “b” da Lei nº 8.212/90 (LEI DA SEGURIDADE SOCIAL)
Independe de prova de inexistência de débito:
a constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qualquer de
suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada, desde que o
contribuinte referido no art. 25, não seja responsável direto pelo
recolhimento de contribuições sobre a sua produção para a Seguridade
Social
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
EFEITOS DO REGISTRO
O registro no Livro nº 3 publiciza a cédula 
para eficácia perante terceiros (art. 30 do DL 
167/67). O registro no Livro nº 2 (matrícula) 167/67). O registro no Livro nº 2 (matrícula) 
constitui a hipoteca sobre o(s) imóvel dado 
em garantia
PRAZO PARA O REGISTRO
3 dias úteis (art. 38 do DL 167/67)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL HIPOTECÁRIA
EMOLUMENTOS
Conforme tabela de emolumentos de cada Estado e do 
Distrito Federal. Em Goiás:
Registro de cédula no Livro nº 3 = R$190,00
Tabela XIV, item 77, VII, “a” (incluído pela Lei nº 
19.571/2016)
Registro da garantia imobiliária (hipoteca e/ou alienação 
fiduciária) no Livro nº 2 = 30% dos emolumentos normais 
do registro, conforme tabela (item 76)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
CONCEITO
 É título de crédito causal que representa promessa de pagamento em 
dinheiro de dívida líquida e certa, garantida por penhor e hipoteca
PARTES
CREDOR: Qualquer órgão ou instituição integrante do SISTEMA NACIONAL DE CREDOR: Qualquer órgão ou instituição integrante do SISTEMA NACIONAL DE 
CRÉDITO RURAL, inclusive as cooperativas rurais (art. 1º do DL 167/67)
DEVEDOR: Qualquer pessoa física ou jurídica (art. 1º do DL 167/67), desde que 
desenvolva atividade rural
EVENTUAIS DADORES DA GARANTIA: Qualquer pessoa física ou jurídica que não 
o devedor, mas que se proponha garantir a dívida do mesmo com seu(s) bem(s)
*CUIDADO* REsp nº 599545-SP, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto G. de Barros
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
GARANTIAS POSSÍVEIS DE SEREM CONSTITUÍDAS
Necessariamente deverá conter PENHOR e HIPOTECA (garantia 
real sobre BEM MÓVEL e IMÓVEL) – art. 25, V e VI, do DL 
167/67
Podem ser objeto deste penhor e desta hipoteca os mesmos 
bens que tratamos na CCRP e CCRH
Poderá ter AVAL (garantia pessoal de título de crédito)
Quanto à possibilidade de constituição de PROPRIEDADE 
FIDUCIÁRIA, ver reflexão anterior quando tratamos da CCRP
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
Registra-se a cédula de crédito rural pignoratícia e hipotecária no 
Livro nº 3 do Registro de Imóveis onde se encontra(m) localizado(s) 
o(s) bem(ns) móveis e imóvel(is) empenhado(s) e hipotecado(s), 
bem como na(s) matrícula(s) do(s) imóvel(is) hipotecados (Livro nº 
2)2)
(Arts. 30, “c” do DL 167/67; 1.438 do CC/2002; 167, I, 2 e 13 e 
178, II da LRP)
Se houver ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA de bem(ns) móvel(is) ou 
imóvel(is), caso não seja proibido pela norma local, e se este(s) 
bem(ns) estiver(em) localizado(s) em lugar diferente daquele(s) 
dado(s) em hipoteca, far-se-á o registro da cédula também no RI 
(Livro nº 3) da localidade do(s) bem(ns) constituído(s) em 
propriedade fiduciária e na matrícula do imóvel alienado 
fiduciariamente (Livro nº 2)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
DE NOVO A POLÊMICA...
No caso de alienação fiduciária de AUTOMÓVEL, além do registro da 
cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, 
do CC/2002)?
No caso de alienação fiduciária de qualquer outro BEM MÓVEL, 
além do registro da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da 
constituição da propriedade fiduciária no RTD (art. 1.361, §1º, 
primeira parte, do CC/2002)?
SUGESTÃO: Registre-se!JPARRUDACAMARA@GMAIL.COM E WWW.ATAME.EDU.BR
CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 25 do DL 167/67
I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária“
II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos termos da cláusula Forma de
Pagamento abaixo" ou "nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo"
III - Nome do credor e a cláusula à ordem (sempre será endossável)
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e a
forma de sua utilização (orçamento de aplicação do crédito: neste precisa a
assinatura do representante do credor)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 25 do DL 167/67
V - Descrição dos bens vinculados em penhor (e em propriedade fiduciária, se houver), os quais se
indicarão pela espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de produção se for o caso, além
do local ou depósito dos mesmos bens
VI - Descrição do imóvel hipotecado (e em propriedade fiduciária, se houver), com indicação do
nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações
(número, livro e folha) do registro imobiliário
VII - Taxa dos juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se houver, e o tempo de seu pagamento
VIII - Praça do pagamento
IX - Data e lugar da emissão
X - Assinatura (não precisa de reconhecimento de firma) do próprio punho do emitente ou de
representante com poderes especiais (não precisa da assinatura do credor!)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
 Se houver alienação fiduciária de bem imóvel, constar também os 
requisitos do art. 24 da Lei nº 9.514/97
 É necessário apresentar documentos pessoais do devedor e/ou dador da 
garantia?garantia?
NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos por se tratar de seu 
cliente
 É necessário apresentar certidões fiscais do devedor e/ou dador da 
garantia (Certidão Conjunta de Tributos e Contribuições federais e INSS, 
ITR, IPTU etc.)?
Em princípio, NÃO, porém se o devedor/dador da garantia for pessoa física, 
produtor rural responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a 
sua produção para a Seguridade Social deverá apresentar a certidão 
conjunta da RFB (tributos e contribuições federais e INSS) 
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
EFEITOS DO REGISTRO
O registro no Livro nº 3 constitui o penhor e 
publiciza a cédula para eficácia perante 
terceiros (art. 30 do DL 167/67). O registro no terceiros (art. 30 do DL 167/67). O registro no 
Livro nº 2 (matrícula) constitui a hipoteca
sobre o(s) imóvel dado em garantia
PRAZO PARA O REGISTRO
3 dias úteis (art. 38 do DL 167/67)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA E
HIPOTECÁRIA
EMOLUMENTOS
Conforme tabela de emolumentos de cada Estado e do 
Distrito Federal. Em Goiás:
Registro de cédula no Livro nº 3 = R$190,00
Tabela XIV, item 77, VII, “a” (incluído pela Lei nº 
19.571/2016)
Registro da garantia imobiliária (hipoteca e/ou alienação 
fiduciária) no Livro nº 2 = 30% dos emolumentos normais 
do registro, conforme tabela (item 76)
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
CONCEITO
 É título de crédito causal que representa promessa de pagamento em 
dinheiro de dívida líquida e certa, garantida por penhor, hipoteca e/ou 
alienação fiduciária
PARTES
CREDOR: Qualquer instituição financeira (art. 1º do DL 413/69, Lei nº 6.313/75 CREDOR: Qualquer instituição financeira (art. 1º do DL 413/69, Lei nº 6.313/75 
e Lei nº 6.840/80)
DEVEDOR: Qualquer pessoa física ou jurídica (art. 1º do DL 413/69), desde que 
desenvolva atividades (i) industrial, (ii) de exportação ou produção de bens para 
exportação, bem como de apoio e complementação integrantes e fundamentais 
da exportação e (iii) comercial ou de prestação de serviços
EVENTUAIS DADORES DA GARANTIA: Qualquer pessoa física ou jurídica que não 
o devedor, mas que se proponha garantir a dívida do mesmo com seu(s) bem(s)
AQUI NÃO HÁ RESSALVAS QUANTO À VALIDADE DA GARANTIA 
PRESTADA POR TERCEIROS
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
GARANTIAS POSSÍVEIS DE SEREM CONSTITUÍDAS
Necessariamente deverá conter pelo menos uma das seguintes 
garantias: PENHOR, HIPOTECA e/ou PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 
(art. 19 do DL 413/69)
Podem ser objeto de penhor e propriedade fiduciária os bens 
móveis elencados no art. 20 do DL 413/69. E podem se objeto 
de hipoteca e propriedade fiduciária o bens imóveis urbanos e 
rurais
Poderá ter AVAL (garantia pessoal de título de crédito)
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
Registra-se a cédula de crédito industrial, à exportação e 
comercial no Livro nº 3 do Registro de Imóveis onde se 
encontra(m) localizado(s) o(s) bem(ns) móveis e imóvel(is) encontra(m) localizado(s) o(s) bem(ns) móveis e imóvel(is) 
empenhado(s), alienados fiduciariamente e/ou hipotecado(s), 
bem como na(s) matrícula(s) do(s) imóvel(is) hipotecados e/ou 
alienados fiduciariamente (Livro nº 2)
(Art. 30 do DL 413/69; 1.448 do CC/2002; 167, I, 2 e 14 e 178, 
II da LRP)
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
DE NOVO A POLÊMICA...
No caso de alienação fiduciária de AUTOMÓVEL, além do registro da 
cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, 
do CC/2002)?
No caso de alienação fiduciária de qualquer outro BEM MÓVEL, 
além do registro da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da 
constituição da propriedade fiduciária no RTD (art. 1.361, §1º, 
primeira parte, do CC/2002)?
SUGESTÃO: Registre-se!
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 14 do DL 413/69
I - Denominação "Cédula de Crédito Industrial“ ou “à Exportação” ou “Comercial”
II - Data do pagamento, se a cédula for emitida para pagamento parcelado,
acrescentar-se-á cláusula discriminando valor e data de pagamento dasacrescentar-se-á cláusula discriminando valor e data de pagamento das
prestações
III - Nome do credor e cláusula à ordem (será sempre endossável)
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos por extenso, e a forma de
sua utilização (orçamento de crédito: nele deve ter assinatura do representante
do credor)
V - Descrição dos bens objeto do penhor, ou da alienação fiduciária, que se
indicarão pela espécie, qualidade, quantidade e marca, se houver, além do local
ou do depósito de sua situação, indicando-se, no caso de hipoteca, situação,
dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição do imóvel e
anotações (número, livro e folha) do registro imobiliário
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 14 do DL 413/69
VI - Taxa de juros a pagar e comissão de fiscalização, se houver, e épocas em
que serão exigíveis, podendo ser capitalizadasVII - Obrigatoriedade de seguro dos bens objeto da garantia
VIII - Praça do pagamento
IX - Data e lugar da emissão
X - Assinatura do próprio punho do emitente ou de representante com poderes
especiais
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
 Se houver alienação fiduciária de bem imóvel, constar também os 
requisitos do art. 24 da Lei nº 9.514/97
 É necessário apresentar documentos pessoais do devedor e/ou dador da 
garantia?garantia?
NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos por se tratar de seu 
cliente
 É necessário apresentar certidões fiscais do devedor e/ou dador da 
garantia (Certidão Conjunta de Tributos e Contribuições federais e INSS, 
ITR, IPTU etc.)?
NÃO (art. 42 do DL 413/69) – Aqui uma diferença injustificável com relação 
às cédulas rurais que contém garantia imobiliária emitidas por pessoa física 
responsável direta por contribuições sociais (art. 47, §6º, “b” da Lei nº 
8.212/90)
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
EFEITOS DO REGISTRO
O registro no Livro nº 3 constitui o penhor, se 
houver, e publiciza a cédula para eficácia perante 
terceiros (art. 30 do DL 167/67). O registro no 
Livro nº 2 (matrícula) constitui a hipoteca e a Livro nº 2 (matrícula) constitui a hipoteca e a 
alienação fiduciária, se houver, sobre o(s) 
imóvel(is) dado(s) em garantia
PRAZO PARA O REGISTRO
3 dias úteis (art. 38 do DL 413/69)
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CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À
EXPORTAÇÃO E COMERCIAL
EMOLUMENTOS
Conforme tabela de emolumentos de cada Estado e do 
Distrito Federal. Em Goiás:
Registro de cédula no Livro nº 3 = R$190,00
Tabela XIV, item 77, VII, “a” (incluído pela Lei nº 
19.571/2016)
Registro da garantia imobiliária (hipoteca e/ou alienação 
fiduciária) no Livro nº 2 = conforme tabela (item 76)
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
CONCEITO
 É título de crédito causal que representa promessa de ENTREGA DE PRODUTOS 
RURAIS, com ou sem garantia
PARTES
CREDOR:CREDOR:
A lei nº 8.929/94 não especifica. Portanto, pode ser qualquer pessoa física ou jurídica
DEVEDOR:
Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas (art. 2º da Lei nº 8.929/80)
EVENTUAIS DADORES DA GARANTIA:
Qualquer pessoa física ou jurídica que não o devedor, mas que se proponha garantir a 
obrigação do mesmo com seu(s) bem(ns)
*CUIDADO* REsp nº 599545-SP, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto G. de Barros
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
A Lei nº 10.200/2001 criou a CÉDULA DE 
PRODUTO RURAL FINANCEIRA, incluído o art. 
4-A e o §3º do art. 12 da Lei nº 8.929/80
A CPRFin é título de crédito exigível, na data 
de seu vencimento, pelo resultado da 
multiplicação do preço, apurado segundo 
critérios previstos no art. 4-A, pela quantidade 
do produto especificado
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
GARANTIAS POSSÍVEIS DE SEREM CONSTITUÍDAS
Facultativamente poderá conter qualquer garantia real ou Facultativamente poderá conter qualquer garantia real ou 
pessoal (penhor, alienação fiduciária, hipoteca, aval) – art. 
5º da Lei 8.929/80
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA 
GARANTIA
Registra-se a cédula de produto rural, com ou sem garantia, no 
Livro nº 3 do Registro de Imóveis do domicílio do emitente (art. 
12 da Lei nº 8.929/80)12 da Lei nº 8.929/80)
Se houver penhor ou alienação fiduciária de bem(ns) móvel(is), 
registrá-lo no Livro nº 3 do Registro de Imóveis onde se 
encontra(m) localizado(s) o(s) bem(ns) móvel(is) apenhado(s)
Se houver hipoteca ou alienação fiduciária de bem(ns) 
imóvel(is), registrá-las na(s) matrícula(s) do(s) imóvel(is) 
dado(s) em garantia (Livro nº 2). Não precisa registrar no Livro 
nº 3 novamente, caso seja diverso do domicílio do emitente
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO DA CÉDULA E DA GARANTIA
MAIS UMA VEZ A POLÊMICA...
No caso de alienação fiduciária de AUTOMÓVEL, além do registro da 
cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, do propriedade fiduciária no DETRAN (art. 1.361, §1º, segunda parte, do 
CC/2002)?
No caso de alienação fiduciária de qualquer outro BEM MÓVEL, além do 
registro da cédula no Livro nº 3, será feito o registro da constituição da 
propriedade fiduciária no RTD (art. 1.361, §1º, primeira parte, do 
CC/2002)?
SUGESTÃO: Registre-se!
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
Art. 3º da Lei nº 8.929/80
I - denominação "Cédula de Produto Rural“ ou “Cédula de Produto Rural
Financeira”
II - data da entregaII - data da entrega
III - nome do credor e cláusula à ordem (necessariamente endossável)
IV - promessa pura e simples de entregar o produto (exceto a CPRFin)* sua
indicação e as especificações de qualidade e quantidade
V - local e condições da entrega
VI - descrição dos bens cedularmente vinculados em garantia (quando houver)
VII - data e lugar da emissão
VIII - assinatura do emitente
*Na CPRFin, além destes, observar os requisitos do art. 4-A
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL
REQUISITOS MATERIAIS E FORMAIS PARA O REGISTRO
 Se houver alienação fiduciária de bem imóvel, constar também os 
requisitos do art. 24 da Lei nº 9.514/97
 É necessário apresentar documentos pessoais do devedor e/ou dador da 
garantia?
NÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentosNÃO, mas o credor deve ter arquivado tais documentos
 É necessário apresentar certidões fiscais do devedor e/ou dador da 
garantia (Certidão Conjunta de Tributos e Contribuições federais e INSS, 
ITR, IPTU etc.)?
Em princípio, NÃO, porém se houver garantia real imobiliária, e o 
devedor/dador da garantia for pessoa física, produtor rural responsável 
direto pelo recolhimento de contribuições sobre a sua produção para a 
Seguridade Social deverá apresentar a certidão conjunta da RFB (tributos e 
contribuições federais e INSS)
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CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA
EFEITOS DO REGISTRO
O registro no Livro nº 3 do domicílio do emitente publiciza a cédula 
para eficácia perante terceiros (art. 12 da Lei nº 8.929/80)
PRAZO PARA O REGISTRO
3 dias úteis (art. 12, §2º da Lei nº 8.929/80)3 dias úteis (art. 12, §2º da Lei nº 8.929/80)
EMOLUMENTOS
Conforme tabela de emolumentos de cada Estado e do Distrito 
Federal
Em Goiás, registro de cédula no Livro nº 3 = R$190,00
E se houver registro no Livro nº 2?
Tabela XIV, item 77, VII, “b” ou “c”??? Eis a questão!
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CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO (LEI 10.931/04)
Pode ser emitida com ou sem direito real
Registro (art.): apenas das garantias reais; se imóvel, na matrícula;
se móvel, no RTD
CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (LEI 10.931/04)CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (LEI 10.931/04)
Representa créditos imobiliários, com ou sem garantia real
Pode ser fracionária ou integral, escritural ou cartular
Registro (art. 18, §5º): sendo o crédito imobiliário garantido por
direito real, a emissão da CCI será averbada na(s) matrícula(s) do(s)
imóvel(is)
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Obrigado!Obrigado!

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