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* SISTEMÁTICA DE FANERÓGAMAS * SISTEMÁTICA VEGETAL Estudo científico da diversidade dos organismos e de qualquer e todas as relações entre eles Descoberta Descrição Interpretação da diversidade biológica Inclui a taxonomia e a filogenia Envolve * SISTEMÁTICA VEGETAL * SISTEMÁTICA VEGETAL A Sistemática tem por finalidade: Agrupar as plantas dentro de um sistema, levando em consideração suas características morfológicas externas e internas, suas relações genéticas e suas afinidades; Descrição da diversidade; Elaboração de um sistema geral de referência; * SISTEMÁTICA VEGETAL Contribuir para a compreensão dessa diversidade, através do estudo das relações de parentesco entre as espécies; Classificar as plantas em um sistema filogenético (princípio da evolução); Descobrir todos os ramos da árvore evolutiva da vida, e documentar as modificações que ocorreram durante a evolução destes ramos. * SISTEMÁTICA CLÁSSICA (LINEANA) Proposta por Lineu no século XVIII em seu trabalho Systema Naturae. Se baseava principalmente em caracteres morfológicos e propunha sete categorias taxonômicas básicas: Reino, Filo (Divisão), Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. * Carl Woese (1990) Divisão dos organismos em Domínios * * SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA É o estudo da representação (classificação) dos grupos de organismos de acordo com suas relações evolutivas (de parentesco) Para o estabelecimento de tais relações são analisadas os caracteres ancestrais (“primitivos”) e caracteres derivados (“evoluídos”) * Theorie de phylogenetischen systematik SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA Entomólogo alemão Willi Hennig * Axioma fundamental: a história evolutiva de ancestralidade-descendência dos organismos pode ser reconstruída e representada mediante um diagrama hipotético denominado cladograma SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA * As informações sobre as seqüências de eventos evolutivos é obtida pelos sistematas que reconstroem a filogenia (a história evolutiva) de um grupo de organismos SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA * Área da genética molecular que usa a informação molecular pra determinar os padrões de descendência e daí avaliar a correta classificação científica dos organismos SISTEMÁTICA MOLECULAR Sistemática macromolecular: uso de seqüências de DNA e RNA para inferir relações evolutivas entre organismos * SISTEMÁTICA VEGETAL TAXONOMIA: ciência que elabora as leis da classificação Parte da Sistemática Vegetal que estuda a teoria e a prática da classificação, ou seja, bases, princípios, regras e procedimentos para identificar, dar nomes e classificar os vegetais Identificação Nomenclatura Classificação * IDENTIFICAÇÃO O QUE É? Determinação de um táxon, como idêntico ou semelhante a outro já existente Táxon: unidade taxonômica de qualquer hierarquia (família, gênero, espécie, subespécie, etc.) * IDENTIFICAÇÃO O QUE É? Consiste em fazer a indicação nominativa de qualquer material botânico (reconhecer, identificar), utilizando técnicas e bibliografias necessárias para verificar se equivale com outro conhecido e antes previamente denominado. * IDENTIFICAÇÃO PARA QUÊ IDENTIFICAR? A identificação botânica se faz necessário para a obtenção de diferentes informações sobre espécies que possuem diferentes características e particularidades individuais. * IDENTIFICAÇÃO COMO IDENTIFICAR? Comparação com material de herbário devidamente identificado Chaves dicotômicas de identificação Literatura específica. * IDENTIFICAÇÃO Exsicatas Ilustrações * Chaves de Identificação IDENTIFICAÇÃO * NOMENCLATURA Emprego correto dos nomes das plantas e compreende um conjunto de princípios, regras e recomendações aprovados em congressos internacionais de botânica. * CLASSIFICAÇÃO Ordenação das plantas em um táxon Consiste em agrupar os vegetais e ordená-los em categorias hierárquicas, segundo as afinidades naturais ou grau de parentesco. * São caracteres utilizados na classificação dos seres vivos Caracteres diagnosticantes, que permitem agrupar indivíduos em certos grupos, consoante eles partilham semelhanças ou diferenças nesses caracteres; Um caráter é qualquer atributo de um ser vivo, que pode ser considerado separadamente ou comparado com outro de seres da mesma espécie ou de espécies diferentes CARACTERES TAXONÔMICOS * O taxonomista utiliza-se também de múltiplas fontes de evidência, tais como: Citologia Anatomia Embriologia Ecologia Genética Fitoquímica Técnicas computacionais FONTES DE EVIDÊNCIAS TAXONÔMICAS * CATEGORIAS TAXONÔMICAS * Categoria Táxon Reino Plantae Filo (Divisão) Anthophyta Classe Liliopsida Ordem Commelinales Família Poaceae Gênero Zea Espécie Zea mays (Milho) CATEGORIAS TAXONÔMICAS * Categoria Táxon Reino Plantae Filo (Divisão) Magnoliophyta Classe Liliopsida Ordem Commelinales Família Poaceae Gênero Zea Espécie Zea mays (Milho) CATEGORIAS TAXONÔMICAS * Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Sub classe: Rosidae Ordem: Rosales Sub-ordem: Rosineae Família: Rosaceae Sub-família: Rosoideae Tribo: Roseae Sub-tribo: Rosinae Gênero: Rosa Espécie: Rosa gallica L. Variedade: Rosa gallica var. versicolor Thory * • Não são universais e somente são aplicados a uma língua; • Somente algumas plantas têm nome vernáculo; • Nomes vernaculares não indicam a categoria; se aplicam indistintamente a gêneros, espécies ou variedades. NOMES VERNACULARES – PORQUE NÃO EMPREGAR? * • O mesmo nome vernacular pode ser usado para mais de uma espécie diferente; Ex.: Pimenta: Piper nigrum (pimenta do reino); Capsicum frutescens (pimenta malagueta) * • De modo inverso, uma espécie pode ter mais de um nome vernacular num só língua, em localidades diferentes. Ex.: Annona squamosa: pinha, ata, ateira, fruta-do-conde * OBJETIVOS DA NOMENCLATURA CIENTÍFICA A Botânica requer um sistema de nomenclatura precisa e simples, usado por botânicos em todos os países, o qual determina o nome científico de um dado táxon em determinada categoria. • A finalidade de determinar um nome de um táxon, não é indicar seus caracteres ou sua história, mas sim fornecer um nome sem ambigüidade e indicar a categoria taxonômica a qual ele pertence * NOMENCLATURA BOTÂNICA Séc. XVIII (época pré-lineana) as plantas eram identificadas por uma longa fase descritiva em latim (sistema polinomial) Uso de nomes longos (polinômios), compostos por um nome genérico e por uma frase descritiva da própria espécie * NOMENCLATURA BOTÂNICA Ex.: Erva-dos-gatos Polinômio: “Nepeta floridus interrupte spicatus pedunculatis (Nepeta com flores em espiga pedunculada ininterrupta”) Binômio: Nepeta cataria * SISTEMA BINOMIAL DE LINEU Linnaeus foi o fundador da taxonomia moderna, pois desenvolveu o sistema de nomenclatura que hoje se utiliza (sistema binomial) e estabeleceu as grandes categorias que são usadas no sistema hierárquico de classificação biológica A Nomenclatura Botânica é entendida como tendo iniciado com Linnaeus * SISTEMA BINOMIAL DE LINEU Species Plantarum (1a. edição, maio de 1753) e sua respectiva data, é considerada a obra inicial de partida para os estudos nomenclaturais da maioria dos grupos vegetais (espermatófitas e pteridófitas). * SISTEMA BINOMIAL DE LINEU A Nomenclatura Botânica é entendida como tendo iniciado com Lineu (Linnaeus, Species Plantarum, 1a. edição, maio de 1753). * SISTEMA BINOMIAL DE LINEU Esta obra, e respectiva data, é considerada como ponto inicial de partida para os estudos nomenclaturais da maioria dos grupos vegetais (espermatófitas e pteridófitas). * CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA * CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA O sistema de nomenclatura botânica visa a padronização, aceitação mundial. O nome científico é o símbolo nominal da planta ou de um grupo de plantas e é uma maneira de indicar sua categoria taxonômica * * CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA O Código Internacional de Nomenclatura Botânica estabelece critérios para a elaboração de nomes para os diferentes taxons, segundo princípios, regras e recomendações, atualizados a cada 4 anos, durante os Congressos Internacionais de Botânica * * * CÓDIGO DE MELBOURNE (2011) International Code of Nomenclature for algae, fungi, and plants (Melbourne Code) * CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA O CINB está dividido em três partes: Princípios básicos do sistema de nomenclatura botânica; Regras para por em ordem a nomenclatura antiga; Recomendações para conseguir uniformidade e clareza na nomenclatura atual * I. A nomenclatura botânica é independente da nomenclatura zoológica e bacteriológica; II. A aplicação de nomes a grupos taxonômicos (táxons) de categoria de família ou inferior é determinada por meio de tipos nomenclaturais; III. A nomenclatura de um táxon se fundamenta na prioridade de publicação. PRINCIPIOS DO CINB * IV. Cada grupo taxonômico não pode ter mais de um nome correto (o mais antigo segundo as regras); V. Os nomes científicos dos grupos taxonômicos se expressam em latim, qualquer que seja sua categoria e origem; VI. As regras de nomenclatura têm efeito retroativo, salvo indicação contrária. PRINCIPIOS DO CINB * As regras, organizadas em artigos, têm por objetivo ordenar os nomes já existentes e orientar a elaboração de novos. Os nomes científicos dos táxons devem ser escritos em latim (nomes latinos ou latinizados), quando impressos, devem ser destacados, por artifícios como o itálico e quando manuscritos, por grifos. REGRAS DO CINB * REGRAS DO CINB * 2. Os nomes científicos não devem ser abreviados, exceto o nome da espécie. Na combinação binária, o nome do gênero por ser substituído pela sua inicial quando o texto torna claro qual o gênero em questão. Ex.: Anacardium occidentale A. occidentale REGRAS DO CINB * 3. Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basiônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do autor que fez a nova combinação. Ex. Majorana hortensis (Linn.) Moench.; Basiônimo: Origanum majorana Linn. REGRAS DO CINB * 4. O epíteto específico não se usa de forma isolada, somente em combinação com o gênero 5. O grupo taxonômico a qualquer nível (ordem, família, tribo, gênero, espécie) são designados táxon O nível que ele está ordenado é chamado categoria As categorias que vão de Reino até Gênero são designadas por uma só palavra, escrita com a inicial maiúscula. REGRAS DO CINB * 6. As categorias taxonômicas são designadas pelas respectivas terminações Filo ou Divisão (-ophyta) Classe (-opsida) Subclasse (-idae) Ordem (-ales) Família (-aceae) Subfamília (-oideae) Tribo (-eae) REGRAS DO CINB * NOME DOS TÁXONS A categoria básica da hierarquia taxonômica é a espécie, que pode ser definida como a menor população permanentemente distinta e distinguível das demais, e cuja troca gênica é livre (entrecruzamento possível, originando descendentes férteis) * O epíteto deve ser um adjetivo e concordar gramaticalmente com o gênero Este pode homenagear uma pessoa relacionada à botânica ou indicar a localidade ou país onde a planta foi descoberta O epíteto usualmente apresenta as seguintes terminações: -ensis, -(a)nus, -inus, ou icus (bahiensis). NOME DOS TÁXONS * NOME DOS TÁXONS O nome de um gênero pode ser o nome de uma pessoa latinizado, seguindo as regras: Terminação em vogal: se adiciona a, exceto quando termina em a (ea). Ex. Boutelou Boutelona Colla Collaea Terminação em consoante: se adiciona ia Ex. Klein Kleinia Lobel Lobelia * PRONUNCIA DE NOMES CIENTÍFICOS 1. Os ditongos ae e oe se lêem como e Ex. laevis; rhoeas 2. A combinação ch se lê k; Ex. Chenopodium 3. A combinação ph se lê f; Ex.Phaseolus vulgaris 4. A combinação t se lê c Ex. Nicotiana tabacum * CITAÇÃO DE AUTOR Na primeira vez em que for mencionado no texto em uma publicação taxonômica, o nome das categorias de família, gênero e espécie, assim como para as divisões destas, deve incluir o autor(es) correspondente. Este sucede o nome do táxon e é escrito de forma abreviada, porém longa o suficiente para que não haja ambigüidade. * CITAÇÃO DE AUTOR Rosaceae Juss. Rosa L. Rosa gallica L. Rosa gallica var. eryostila R. Keller * PRINCÍPIO DA PRIORIDADE Determina que quando dois ou mais nomes se referem ao mesmo táxon deve, como regra, ser considerado legítimo o mais antigo Cada família ou táxon de nível inferior pode ter somente um nome correto, com exceção de nove famílias e uma subfamília [p.ex. Gramineae (=Poaceae), Leguminosae (=Fabaceae), Compositae (=Asteraceae)] para as quais nomes alternativos são permitidos. * PRINCÍPIO DA PRIORIDADE A fim de evitar mudanças desvantajosas na nomenclatura de famílias, gêneros e espécies, devidas à aplicação estrita das regras, particularmente do principio da prioridade, o Código apresenta listas de nomes conservados e que devem ser retidos como exceções úteis. * Famílias com nomes conservados, de acordo com o CINB Compositae (Asteraceae) Cruciferae (Brassicaceae) Gramineae (Poaceae) Guttiferae (Clusiaceae) Labiatae (Lamiaceae) Leguminosae (Fabaceae) Palmae (Arecaceae) Umbelliferae (Apiaceae) * PRINCÍPIO DA PRIORIDADE A conservação visa à retenção daqueles nomes que melhor servem à estabilidade da nomenclatura A conservação inverte o princípio da prioridade, pois, nesse caso um nome mais recente prevalece sobre um mais antigo Quando um nome é conservado, todos os outros são considerados sinônimos, tanto aqueles baseados no mesmo Tipo (sinônimos nomenclaturais), quanto em tipos diferentes (sinônimos taxonômicos). * A nomenclatura de um grupo baseia-se na prioridade de publicação nome mais antigo é o que vale. Exemplo: Psychotria silva Schumamm (1870) Psychotria retusa Rodrigues (1889) PRINCÍPIO DA PRIORIDADE * O nome do autor é quase sempre abreviado pela seguinte fórmula: 1a sílaba + 1a letra da segunda sílaba, acrescentando-se uma segunda letra se esta última não for uma consoante. Exemplos Lamarck Lam.; Jussieu Juss.; Richard Rich; Bertol. Bertoloni, para distinguir de Bertero Alguns pesquisadores, devido à sua importância e notoriedade, tiveram seus nomes abreviados fora desta regra como Lineu L. CITAÇÃO DE AUTOR * Quando forem dois os autores suas abreviações devem ser unidas por “et” ou “&” Em se tratando de mais de dois autores somente o primeiro é citado seguido “et al.” ou “& al.” A obra de referência quanto a abreviação correta dos nomes de autores é: Brummitt, R.K. & C.E. Powell. 1992. Authors of plant names. Royal Botanic Gardens, Kew, England. CITAÇÃO DE AUTOR * TIPIFICAÇÃO * É o processo de indicação ou designação de um tipo nomenclatural A aplicação de nomes de táxons do nível família ou inferior é determinada por meio de tipos nomenclaturais O tipo de um nome é formalmente definido como o elemento sobre o qual está baseada a descrição que valida a publicação do nome (artigo 7 – CINB). TIPIFICAÇÃO * O Tipo de um nome de uma espécie (ou táxon infraespecífico) é um único espécime, exceto nos seguintes casos: para pequenas plantas herbáceas e para a maioria das plantas avasculares Nestes casos o Tipo pode consistir de mais que um indivíduo Espécimes-Tipo de nomes de táxons devem ser preservados permanentemente (em Herbários) e não podem ser plantas vivas ou culturas TIPIFICAÇÃO * TIPO NOMENCLATURAL Espécime do herbário a partir do qual se realizou a descrição que validou o nome; Materiais que serviram de base para fazer a descrição da espécie nova * * CLASSES DE TIPOS NOMENCLATURAIS PARA ESPÉCIE Holótipo: é o espécime ou uma ilustração que o autor designou no momento da descrição dessa espécie, como tipo nomenclatural. Enquanto o holótipo existir, ele automaticamente fixa a aplicação correta do nome. * Lectótipo: é um espécime ou uma ilustração designado posteriormente à publicação original, quando seu autor não designou o holótipo, comprovado tratar-se de parte do material original utilizado pelo autor da publicação, mesmo que por ele não tenha sido visto; CLASSES DE TIPOS NOMENCLATURAIS PARA ESPÉCIE Isótipo: demais duplicatas do espécime Tipo (exemplares com o mesmo número de coleta do holótipo); * CLASSES DE TIPOS NOMENCLATURAIS PARA ESPÉCIE Síntipo: é sempre um dos espécimes citados na descrição quando um espécime em particular não foi designado como holótipo; Parátipo: é qualquer espécime citado na publicação original que não seja holótipo, síntipo ou isótipo. * Epítipo: é um espécime ou ilustração selecionado para servir de tipo quando nenhum dos tipos designados anteriormente servir para identificar o nome da espécie, geralmente devido à ambigüidade do material. CLASSES DE TIPOS NOMENCLATURAIS PARA ESPÉCIE Neótipo: é um espécime ou ilustração selecionada para servir como Tipo quando todo material original estiver desaparecido; *
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