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2 A era da informação Cada um dos três séculos passados foram dominados por uma única tecnologia. O século XVIII foi a era dos grandes sistemas mecânicos acompanhado da Revolução Industrial. O século XIX foi a era da máquina a vapor. O século XX tem sido denominado como a era da informação. Associado a isto, temos testemunhado vários avanços tecnológicos em diversas áreas. Dentre elas, duas que têm causado significativo impacto sobre o modo de vivência das pessoas neste século são: Computação e Telecomunicações. Neste cenário de avanços tecnológicos, deparamo-nos com uma carga de informações cada vez maior. 3 Visão operacional e estratégica: O sociólogo estadunidense Daniel Bell determina que a Era da Informação tem seu marco primordial uma década depois, em 1956, quando o número de "colarinhos brancos" ultrapassou o de operários no seu país. Ao perceber isso ele advertiu: "Que poder operário que nada! A sociedade caminha em direção à predominância do setor de serviços." Ou seja, o poder direcionava-se àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que interessava a outros. Portanto, podemos compreender que a era da informação nada mais é do que mais uma dentre as várias evoluções que as transformações sobre as técnicas produziram, desde a invenção das técnicas agrícolas em tempos remotos. Sendo assim, trata-se também de uma nova forma de se produzir e transformar o espaço geográfico, as paisagens, os lugares e o território. A particularidade mais notória da atual era da informação é, sem dúvidas, a ampliação da capacidade de armazenamento e memorização de informações, dados e formas de conhecimentos. A integração mundial é uma outra marca, haja vista que, via internet, pessoas do mundo inteiro estão interligadas, compartilhando informações, divulgando impressões e difundindo formas de cultura e saberes. 4 Principais teóricos: 4.1 Drucker Foi o primeiro teórico a chamar o momento que se vive como sendo a Era da Informação. Defende que pode-se determinar o início da Era da informação a partir da atitude dos soldados americanos que, após voltar da Segunda Guerra Mundial, tinham como uma das principais exigências as suas colocações imediatas em alguma universidade. Por volta de 1946, o conhecimento já estava sendo mais valorizado do que o trabalho simplesmente operacional. 4.2 Antunes Para Antunes (2002), o acúmulo de informação, muito em breve, terá o mesmo valor que tinha o acumulo de patrimônio há pouco tempo atrás. Para o autor, algumas tendências já podem ser determinadas, e seriam: - O aprendizado contínuo se torna imprescindível. Aprender como aprender é a mais importante lição que podemos desenvolver nos dias atuais. - É preciso especializar-se, unindo conhecimento teórico ao pragmatismo. - As empresas devem esquecer a premissa de conquistar resultados com baixos salários. A vantagem hoje está na boa aplicação do conhecimento. Alemanha e Japão têm ganhado a concorrência dos EUA, pois estão sabendo aplicar melhor o conhecimento nesses setores do que seus concorrentes. Seus processos tornam a produção mais eficaz reduzindo o custo da produção. Nestes processos há uma enorme troca de informações entre os trabalhadores e essa metodologia tem como premissa o aperfeiçoamento contínuo. Aprendizado contínuo que é característica da Era da Informação. - O poder está na mão das pessoas com conhecimento. Hoje, as ferramentas são os conhecimentos que cada trabalhador especializado possui. O conhecimento não possui mais uma escala de valores, cada situação precisará de um tipo de know-how específico. Nunca foi tão barato obter informações e ao mesmo tempo, nenhuma época as atribuiu tanto valor. Na Era da Informação as empresas dependem muito mais dos colaboradores do que eles delas, o maior valor agregado das companhias está nos seus colaboradores. O mau desempenho não pode mais ser atribuído a fatores como a pobreza ou conspirações comerciais. Ele, segundo Antunes (2002) só pode vir de ignorância na aplicação de conhecimento. - A Era da Informação está sendo mais do que uma mudança social. Ela é uma mudança na condição humana. Atualmente, quantidade de esforço não significa mais resultado. 5 Considerações finais: Vivemos realmente no tempo de muitas transformações, não há como negar que estamos em outra Era. O trabalho atual se parece muito pouco com a forma mecânica adotada na Era Industrial. Tanto o comércio quanto as comunicações se caracterizam por ser extremamente dinâmicas. Cada vez mais o conhecimento é valorizado. Podemos prever que o acúmulo de informação, muito em breve, terá o mesmo valor que tinha o acúmulo de patrimônio há pouco tempo. Passou-se a dar valor ao homem num todo, não somente a capacidade física que ele possui.
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