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Ciclo estral na Cadela Aspectos gerais Monoéstricas não sazonais Apresenta ciclo estral em qualquer época do ano) Lobo; Dingo australiano e raposa: Apresentam um único ciclo estral no ano, influenciado pelo meio ambiente. Cadela doméstica • Frequencia: 2 ciclos estrais por ano; • Maior concentração de cios na primavera! • Quantidade de ciclos estrais ao ano – Influenciada pelo porte da raça do cão • raças de pequeno porte: maior frequencia de ciclos estral por ano (+ de 1) ≠ raças grande porte. • Puberdade nos cães (primeiro ciclo estral) – 6 aos 10 meses: Raças pequeno porte; – Até os 2 anos nas raças grandes Fases dos ciclo estral •Proestro •Estro •Diestro •Anestro No proestro há ação do estrógeno, que aumenta progressivamente suas concentrações séricas, até atingir um pico e começar a cair, período em que a fêmea fica receptiva ao macho. Esse declínio do Estrógeno ocorre concomitantemente com um aumento nas concentrações de progesterona que reflete na ocorrência da maturação folicular vários dias antes da ovulação O pico de LH representa o fim da fase folicular e o início da fase lútea. Por esta razão, o pico de LH é considerado como o dia 0 do estro (FELDMAN e NELSON, 1996). Proestro • Duração média 9 dias (variando entre 0 e 27 dias); Características: • Edema evidente dos lábios vulvares; • Presença de um corrimento vaginal (serosanguinolento a sanguinolento); – ( diapedese eritrocitária = ruptura dos vasos subepiteliais e endometriais) • Impaciente; • Perde o apetite; • Urina com frequencia e toma muita água; • Atração do macho (ferormônios na secreção vaginal); • Não receptividade à cópula; • 3 reflexos clássicos (que começam nesta fase e se acentuam no estro pela ação do estrógeno): – Contração da região perineal; – Lateralização da cauda; – Curvatura dos membros pélvicos em resposta ao toque na vulva. Vaginoscopia no proestro • Proestro: – Pregas mucosas são largas, – Edemaciadas; – Cor: rosa ou rosa/branco – fluido serosanguinolento em fendas formadas pelas dobras. – Espessamento do epitélio da mucosa e acúmulo do edema na submucosa, Foto da vagina registrada por vaginoscópio no período proestro. Observam-se a mucosa edemaciada rosa, com fluído serosanguinolento. Fonte: Concannon, (1986). Estro • Duração média 7 dias (5 a 10 ). Sinais clínicos: 1. Aceita o macho e procura a cópula; 2. Eleva a vulva, fica imóvel, desloca cauda lateralmente; 3. Descarga vaginal clara ou amarelo-clara; 4. Vulva edemaciada ou vulva mais macia e flácida; 5. Diminuição ou ausência da secreção vaginal; 6. Receptiva ao macho no momento em que as concentrações de estrogênio diminuem e as de progesterona aumentam! Vaginoscopia no estro • Estro: – Inicio do estro: Encolhimento brando da mucosa sem angulações excessivas – Meio e final do estro: Encolhimento abrupto da mucosa com angulação = período de fertilização Foto da vagina registrada por vaginoscópio no período estro. Observa-se pregueamento e o ressecamento das dobras vaginais. Fonte: Concannon, (1986). Ovulação • Ocorre durante o estro; • Nos primeiros dias do estro (24 - 48 horas após o pico de L.H); • Todas as ovulações ocorrem 24 horas após a 1º, sendo ovulações múltiplas e sincronizada; • Os oócitos são liberados do folículo ainda imaturos (prófase I) – Outras espécies ovulam oócitos maduros (metáfase II). • O oócito canino (completa maturação ) 24 a 96 horas = tuba uterina (2 a 3 dias depois da ovulação) • Pós completa maturação = viáveis por mais 2 – 3 dias. • As ovulações ocorrem quando P4 já está elevada. Diestro • Duração: – 56-68 dias na fêmea prenhe. – 60-100 dias na não prenhe. • Sinais clínicos – Reversão do tamanho vulvar; – Recusa ao acasalamento e ; – Ausência de secreção vaginal. – Aumento de prolactina (grande incidência de pseudogestação em cadelas) Vaginoscopia no diestro • Diestro: – Pregas mucosas são pequenas – Diminuição do encolhimento da mucosa, – Achatamento das mucosas Foto da vagina registrada por vaginoscópio no período diestro. Fonte: Concannon, (1986). Anestro • Fase de quiescência reprodutiva! • Duração: – 2 e 10 meses (variação = raciais, sanitários, ambientais) • Fim do anestro: – elevação nos níveis de FSH • O útero durante o anestro sofre processo de auto- reparação • Reparo uterino completo – 120 dias cadela não gestante; – 140 dias cadela gestante. Vaginoscopia no anestro • Anestro: – Durante anestro a mucosa vaginal é relativamente plana, seca e vermelho na aparência. – Isto representa uma mucosa muito fina, frágil e friável, facilmente traumatizados pela manipulação ou instrumentação Pseudogestação canina (pseudoprenhez; pseudociese; falsa prenhez e gestação psicológica) “É um fenômeno clínico apresentado por cadelas não gestantes de 6 a 12 semanas após o estro, exclusiva de cadelas não prenhes que se encontram na fase luteínica do ciclo estral”. Pseudogestação canina • É um fenômeno comum entre as cadelas (50 a 70%); • Não há predisposição entre faixas etárias: – raças, portes físicos, nulípara ou plurípara. • As cadelas com sinais da pseudogestação – influência da prolactina. Pseudogestação canina Alterações clínicas Os sinais são resultantes da: Redução na concentração da progesterona sérica e; Aumento na concentração sérica de prolactina (adenohipófise), assim como ocorre no parto. Pseudogestação canina Alterações clínicas (sinais psíquicos e fisiológicos da gestação ) • Hiperplasia das glândulas mamárias; • Ganho de peso ou anorexia; • Formação de ninhos; • Produção de leite; • Lambedura do abdômen; • Agressividade; • Atitudes maternas dirigidas a objetos ou adoção de filhotes de outras fêmeas; Pseudogestação canina Sinais mais raros: • Corrimento vaginal mucóide, • Distensão e contrações abdominais, • Diarréia, • Poliúria, • Polidipsia e polifagia, • Inapetência e inquietação. Pseudogestação canina Diagnóstico: • Sinais clínicos; • Fase do ciclo estral em que essa fêmea se encontra. • Tratamento: Condição auto-limitante. Pseudogestação canina Tratamento: • Agonistas de dopamina; • Antagonistas de serotonina – são eficientes na atenuação dos sinais clínicos e comportamentais. • Tratamento definitivo – ovariohisterectomia ou ovariectomia (castração). Citologia vaginal • Técnica diagnóstica simples e rápida; • Determinação da fase do ciclo estral – Momento ideal da inseminação artificial; – Data do parto; – Cópula recente = Espermatozóides na lâmina de citologia vaginal. Citologia vaginal- Proestro • Presença de hemácias. • Na fase final: Neutrófilos no esfregaço (semelhante ao estro). • As células parabasais e intermediárias vão diminuindo durante o proestro e a porcentagem de células superficiais vai gradativamente aumentando. Citologia vaginal Fonte: Harvey (2006) Figura 01: Células superficiais e hemácias, na citologia vaginal (250x). hemácias Células superficiais Citologia vaginal- Estro • As células superficiais nucleadas e as escamas anucleadas são a maioria ou totalidade das células encontradas no esfregaço.• Essas escamas anucleadas estão presentes durante todo o período de duração do estro Citologia vaginal Figura 02: Citologia vaginal apresenta células superficiais (400x). Fonte: Harvey, (2006) Células superficiais Escamas Citologia vaginal- Diestro • Mudança pode ocorrer em 24 a 48hs antes do final do estro. • A porcentagem de células superficiais decresce para um número inferior a 20% e predominam as células parabasais e intermediárias. • As células intermediárias mostram-se agrupadas e os neutrófilos reaparecem. • Após os dias iniciais do diestro, o aspecto da lâmina torna- se semelhante às lâminas do anestro Citologia vaginal Figura 4: Citologia vaginal com células intermediárias, e neutrófilos (400x). Fonte: Sorribas, (2006) células intermediárias neutrófilos Citologia vaginal - Anestro • As células predominantes são as parabasais; • Podem ser visualizadas bactérias da flora bacteriana normal e neutrófilos, hemácias estão geralmente ausentes; • O número de células por lâmina é pequeno e elas se encontram bem espaçadas; Citologia vaginal - Anestro Figura 10: Células basais e parabasais na citologia vaginal (160x). Fonte: Sorribas, (2006) parabasais
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