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Aula 9 Engorda

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Engorda
Prof.ª Alice Pratas Glycerio de Freitas
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte Comportamento e Produtividade
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
A criação e produção animal envolve contato entre homem e animal
Se o manejo com os animais não for racional, homens e animais podem corres sérios riscos de acidentes 
Muitos argumentam que melhorar o manejo com os animais não trará retorno econômico para a fazenda
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Porém é importante alertar que mudar as relações entre homem e bovino no dia-a-dia da fazenda, não há necessidade de grandes investimentos
Basta conhecerem melhor os animais que criam, adaptando o sistema de manejo a suas característacas e não o inverso
Então é importante conhecer e respeitar as necessidades dos animais no ambiente de criação
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Um dos grandes desafios futuros da cadeia da carne bovina é garantir o bem estar animal, fornecendo para o mercado carne de origem de um animal saudável, de boa qualidade, obtida através de técnicas que respeitem e garantam boas condições a todos os animais
Vamos, então, estudar alguns aspectos do comportamento dos bovinos e analisar algumas formas mais racionais para manejá-los 
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
O Comportamento Social dos Bovinos
Animais gregários = vivem em grupo
isso é tão importante, que animais que estão isolados do grupo se tornam estressados
Vantagens da vida em grupo:
defesa contra predadores
facilidade para encontrar parceiro sexual
Desvantagem:
aumenta competição por recursos, aparece interações agressivas
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Em condições naturais, existem alguns padrões sociais dos bovinos que irão diminuir/controlar essa agressividade
Uso do espaço pelos animais
área de moradia = área onde os animais desenvolvem todas as suas atividades
área de descanso (malhadouro) e de alimentação 
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Comportamento e Produtividade
espaço individual = é a área onde cada indivíduo se encontra e se encontrará 
 se desloca com ele, espaço físico que o animal necessita para realizar seus movimentos
distância de fuga = é o máximo de aproximação que um animal tolera a presença de um estranho, do dominante ou do predador, antes de iniciar a fuga
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
os padrões de espaçamento não são suficientes para diminuir a agressividade causada pela competição de recursos
existem outros mecanismos de controle social que influenciarão: 
Definição de liderança
como se comporta um rebanho = a maioria dos membros apresentam o mesmo comportamento ao mesmo tempo
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
há sempre um animal que inicia o movimento e os outro o acompanha: esse é, então o líder (geralmente são os animais mais velhos)
Hierarquia de dominância
é a definição de quem terá prioridade no acesso aos recursos (água, comida, sombra, mineral,...)
 dominante X submissos
fatores que determinam a posição na hierarquia = peso, idade, raça
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 Tempo para estabelecer a hierarquia num lote recém formado:
 número de animais x sistema de criação
Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Desde que não se altere a constituição do grupo, a ordem da dominância se manterá estável ao longo do tempo
Sistema Intensivos de Produção
altas densidades
aumento de produtividade
efeitos sobre a expressão do comportamento:
violação do espaço físico → aumento da agressividade
 estresse social
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Grupos muito grandes = animais têm dificuldade de reconhecer seus companheiros e memorizar o status social de todos → interações agressivas
Interações agressivas = desenvolvimento prejudicado e qualidade da carne também
Tamanho de lote = depende do sistema de produção
quanto mais intensivo, menor devem ser os lotes para que se garanta a manutenção da ordem social
grupo deve ser estável na sua composição (evitar entrada de outros animais)
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Reatividade dos Bovinos Durante o Manejo
Temperamento: conjunto de comportamento dos animais em relação ao homem, geralmente atribuído ao “medo” e ansiedade
O que queremos: animais menos agressivos e mais fácil de lidar
Selecionar animais para melhor temperamento 
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Porque: é uma característica de valor econômico, 
a lida com animais agressivos implica em maior estresse e maiores custos:
Necessidade de maior número de vaqueiros bem treinados
risco de acidentes de trabalho com funcionários
risco de acidentes com animais
eficiência operacional : tempo despendido com o manejo dos animais
necessidade de melhor infra-estrutura
perdas de produção (morte de animal e contusões na carne) 
Perdas na reprodução: diminui eficiência da detecção de cio (programas de IA) 
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
O Manejo e Alterações no Comportamento dos Bovinos
Recursos e estímulos necessários para os bovinos se encontrarem em boas condições e de bem-estar:
espaço
sombra
alimentos
água
suplementos
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
Condução do gado ao curral:
desorganização na sua atividade social (não há manutenção do espaço individual e há quebra na hierarquia de dominância)
como costuma ser nas fazendas (gritos, correrias, agressões, o gado é acuado,...)
gado tem boa memória e é capaz de reconhecer pessoas e lugares
ações violentas geram experiências negativas
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
o aprendizado do gado se dá pelo condicionamento, onde os animais estabelecem ligações entre determinadas situações e sensações 
Levar o gado no curral, manejando-o com tranqüilidade, sem gritos, chicotadas e correrias, fornecer uma ração, ensinar a passar na porteira
Isso diminui problemas com gado refugando na porteira do curral
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Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte
Comportamento e Produtividade
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Identificação e Escolha do Novilho e Características de Carcaça
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Identificação e Escolha do Novilho e Características de Carcaça
Grau de Estrutura Corporal
GEC: classificação de bovinos em termos de tamanho de esqueleto
quanto maior o GEC (qto mais “caixa” apresentar o bovino), menores serão as exigências energéticas para um determinado ganho de peso
lembrar que a energia é o item mais onerosos de uma dieta 
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a um mesmo peso vivo, animais com GEC elevado apresentam menor deposição de gordura do que animais com GEC baixo 
quando o animal já está depositando gordura, a eficiência da engorda cai
GEC baixo: animais tendem a depositar gordura mais cedo, período de confinamento será menor, mantê-los confinados somente se há grande expectativa de valorização na arroba
GEC alto: às vezes é interessante levá-los a pesos mais elevados, visando uma valorização na arroba
Essas decisões devem sempre levar em conta o custo da @ engordada e o preço 
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2) Raça
Taurinos x zebuínos
Cruzamentos, explorando ao máximo a heterose
Cada raça tem suas características próprias, tanto
morfológicas quanto fisiológicas
A escolha da raça depende dessas características associadas às características da propriedade e da região em que ela se encontra
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Levar em consideração:
Aptidão da raça (leite ou corte)
Adaptabilidade: temperatura
 endo/ectoparasitas
Mercado consumidor
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2) Tipo de bovino
Refere-se à aptidão do animal em produzir carne
Deve ser:
precoce, 
de ciclo curto, 
que atenda as exigências de mercado em termos de quantidade e qualidade de carne e
 adequado ao sistema de produção
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Identificação e Escolha do Novilho e Características de Carcaça
3) Maturidade/Idade
quanto mais novo o animal, de melhor qualidade será a sua carne
a maturidade fisiológica pode ser observada através da dentição do animal
fazemos uma associação do número de dentes incisivos permanentes com a idade cronológica
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Fonte: Corrêa (1996); Kirton (1989).
Além da maturidade fisiológica, o animal também deverá apresentar peso adequado ao abate e um bom grau de cobertura na carcaça
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Fonte: Ana Maria Bridi, Profa do Departamento de Zootecnia da UEL
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Fonte: Ana Maria Bridi, Profa do Departamento de Zootecnia da UEL
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Fonte: Ana Maria Bridi, Profa do Departamento de Zootecnia da UEL
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 Fonte: Ana Maria Bridi, Profa do Departamento de Zootecnia da UEL
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 Fonte: Ana Maria Bridi, Profa do Departamento de Zootecnia da UEL
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4) Avaliação Subjetiva do Grau de Acabamento no Animal Vivo
É uma boa alternativa desde que bem praticada
Existem alguns pontos básicos de referência no animal para esta avaliação 
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4) Avaliação Subjetiva do Grau de Acabamento no Animal Vivo
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4) Avaliação Manual
Há quatro áreas possíveis de serem tocadas quando o animal está contido onde podemos avaliar o grau de acabamento desses animais:
vértebras curtas do lombo
acima das vértebras longas 
atrás do ombro
ao redor da inserção da cauda
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5) Musculosidade 
Os animais devem apresentar um bom desenvolvimento muscular junto com um bom acabamento de gordura
Alguns pontos que demonstram sua muscolosidade podem ser visualizados nos animais
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C: confomração
P: precocidade
M: musculatura
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Identificação e Escolha do Novilho e Características de Carcaça
Para a produção de animais mais precoces devemos usar animais com elevada precocidade sexual e de terminação
isto pode ser obtido através da escolha de genótipos superiores (raças ou linhagens) e com contínuo melhoramento genético aplicado nos rebanhos
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Fatores Relacionados à Terminação
Terminação: período que antecede o abate, no qual o animal estaria depositando principalmente gordura para se tornar adequado ao abate no frigorífico
a fase de terminação é mais notada em sistemas de produção que usam o confinamento na fase final
animais em pastejo, essa fase fica menos destacada do tempo total de vida do animal, mesmo que seja comum a formação de lotes para a terminação
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é muito mais fácil terminar um animal no confinamento do que no pasto, pois quanto maior o ganho de peso, maior a quantidade de gordura depositada no ganho
Um grupo homogêneo → 1/2 confinamento
 →1/2 pasto
animais do confinamento ficarão prontos para o abate antes
Ou seja
os animais terminados a pasto estarão com o mesmo grau de terminação em pesos e idades maiores
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Sistemas de Produção para a Entressafra
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Sistemas de Produção para a Entressafra
Sistema de produção = “jeito” como a produção será realizada
Envolve conjunto de tecnologias aplicadas, mão-de-obra alocada e recursos financeiros
Queremos estabelecer sistemas de produção para alimentar o gado em períodos de escassez de forragem devido à estacionalidade da produção forrageira
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Os possíveis sistemas de produção terão características distintas que os tornarão viáveis em diversas situações
Cada sistema de produção:
pacote de tecnologias
extensão de área: cada sistema terá capacidade de suportar maior ou menor lotação animal
necessidade de mão-de-obra: quantidade (n˚ pessoas fixas e temporárias) e qualidade (nível de treinamento e especialização)
recursos financeiros (pode ser fator limitante em alguns casos)
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Durante o processo de escolha do sistema levar em consideração os fatores limitantes da propriedade e do produtor
TECNOLOGIA
ÁREA
RECURSOS
HUMANOS
RECURSOS 
FINANCEIROS
RESULTADO
ECONÔMICO
FINANCEIRO
PAYBACK
LUCRO POR
HECTARE
RENTABILIDADE
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com base nos fatores anteriormente citados, no período seco podemos: manter os animais no pasto, semiconfinar, confinar
Pastejo Diferido (vedação de pastagens)
visa a reserva de pastagem (“feno em pé”) para o período seco
é uma prática pouco exigente em aporte de recursos financeiros e humanos
adequado para explorações mais extensivas e de grandes áreas
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Como realizar/Manejo da vedação:
A) Vedação do pasto nas águas
impedir o acesso dos animais a uma determinada área de pastagem, que deverá crescer a partir de janeiro e ser fornecida aos animais somente a partir do início do período seco (abril/maio) 
O pasto deve crescer e “macegar” em grande parte do período das águas
Neste período a qualidade do capim deverá estar muito ruim, pois o pasto irá cresces por um período longo (quanto mais idade tem a forrageira, menor é o seu valor nutritivo)
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B) Vedação Escalonada
fazendo vedações escalonadas, ou seja, veda-se determinada área em janeiro, p/ fornecimento em março; veda-se outra área em março para uso em maio; etc.
C) Carga Animal Constante o Ano Inteiro
estabelecendo uma lotação média ao longo do ano, para que a sobra de pasto das águas seja naturalmente transferida para a seca
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Fazer amostra prévia dos pastos: realizar em épocas que expressem as condições médias durante o ano (nem no pico das chuvas, nem no pico da seca)
Determinar a produtividade dos pastos: quantidade de massa vegetal média produzida em um hectare
Tendo este número em mãos, e sabendo que durante o pastejo há perdas de 50%, determina-se a capacidade de suporte dos pastos
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Lembrar que 1 UA deve ingerir algo em torno de 9 – 10 kg de MS de pasto por dia
Exemplo: braquiária e andropogon
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A sobra de pasto apresentará um valor nutritivo muito baixo, servindo mais para manter o peso do animal ou proporcionar pequenos ganhos
Como contornar esse problema: 
utilizar para vedação apenas espécies que perdem lentamente seu valor nutritivo ao longo do tempo (B. decumbens e B. brizantha)
Destinar as áreas naturalmente férteis para a vedação
Usar mineralização estratégica
 
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Suplementação a Pasto
objetivo de impedir o crescimento em degraus dos animais (ganhando e perdendo peso alternadamente)
 essa intensificação reduz a idade ao abate, aumenta o desfrute, melhora eficiência produtiva como um todo
Pastagens de gramíneas tropicais = animais sofrem de carências múltiplas (proteínas, energia, minerais e vitaminas)
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Misturas múltiplas
Adição de fontes protéicas (uréia e proteína verdadeira) à mistura mineral
Proteína verdadeira: nutrientes como energia e proteína, além de serem palatabilizantes, suprem a deficiência de nitrogênio esqueletos de carbono e aminoácidos das bactérias ruminais
Resulta no aumento de consumo da forragem de baixa qualidade
Ganho de peso moderado (200 a 300g/dia), dependendo da disponibilidade de forragem
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Normalmente apresentam 40 – 50% de proteína bruta (1/2 nnp e 1/2 proteína verdadeira)
Uréia em suplementos
Vantagens: alta disponibilidade,
alta concentração de nitrogênio e baixo custo unitário do N
Objetivos: fornecer amônia p/ microorganismos
Presume adequada disponibilidade de carboidratos solúveis (forragem, energia) – ou haverá perdas uréia pela urina e gasto energético
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Proporciona manutenção de peso ou até um pequeno ganho
Suplementos Protéicos
Época seca: forragem apresenta elevado teor de fibra e deficiência protéica (7%)
suplementação energética x protéica
maior consumo supl. energ., menor consumo de forragem
quando a forragem é de baixa qualidade, utilizamos uma maior quantidade de PB (40-50%)
quando a forragem é de melhor qualidade (nas águas) utilizamos menor quantidade de proteína
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Quando utilizar o pastejo diferido?
por não possibilitar aumentos significativos de lotação animal, é recomendável para áreas extensas
animais que não exijam elevados níveis nutricionais no período seco (caso contrário usar semi-confinamento ou confinamento) = vacas de corte, touros
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animais em crescimento e engorda em pastos vedados apresentam menor ritmo de crescimento do que aqueles em confinamento ou semi-confinamento
essa redução é compensada pelo baixo custo dessa técnica
De qualquer forma para uma otimização no uso das pastagens, devemos sempre utilizar esta tecnologia
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2) Semiconfinamento
visa o fornecimento de concentrados (e raramente de volumosos) em cochos na própria pastagem
obrigatoriamente exige o “feno em pé”, não existe se não for feito a pré-vedação de pastagens
Usar cochos móveis e versáteis, e espaço mínimo de cocho por animal em torno de 70cm
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realizar adaptação prévia dos animais ao fornecimento do concentrado, aumentando as quantidades progressivamente
Não resolve problemas de lotação na fazenda, visa melhorar o desempenho animal, em sistemas de vedação de pastos
Requer pouca mão-de-obra, porém exige maior necessidade de capital para aquisição do concentrado
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 Outras Vantagens:
Maior velocidade no giro do capital (o tempo p/ terminar um boi é diminuído em aproximadamente 6 meses)
Aumenta a taxa de desfrute (diminuição da idade de abate)
Investimento em infra-estrutura é pequeno 
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3) Confinamento
surgiu como um sistema de abastecimento de carne na entressafra, ou melhor, como uma oportunidade de vender animais na entressafra, quando os preços pago ao produtor eram melhores
hoje em dia, percebemos uma redução no diferencial de preços entre safra e entressafra 
prática da engorda intensiva
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Confinamento de bovinos de corte
Profa Alice Pratas Glycerio de Freitas
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Introdução 
90% dos animais abatidos --- pasto
Início: vender animais na entressafra
Atividade fim
Atividade estratégica (ferramenta de manejo)
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Características particulares dos confinamentos no Brasil
Período de confinamento
Terminação de vários lotes num mesmo curral
Estação de confinamento
Predominância de bovinos inteiros
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Características particulares dos confinamentos no Brasil
Predominância de zebuínos
Dietas com moderada concentração energética
Grande potencial de ganho compensatório
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Vantagens da terminação no cocho
Liberação de pastagens para outras categorias animais
Liberação das áreas de pasto para animais mais eficientes
Aumento do número de bovinos terminados
Elevação sobre o retorno sobre o capital investido, antecipação das receitas e do giro de capital
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Vantagens da terminação no cocho
Viabilização de abate de bovinos mais jovens e/ou de bovinos com carcaças de maior grau de acabamento
Melhor preço de venda
Redução do custo de fornecimento da ração (xsemiconfinamento)
Aumento do peso de abate (eficiência do frete)
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Vantagens da terminação no cocho
Redução dos custos de processamento nas fases de abate e desossa
Animais abatidos padronizados (acabamento e idade)
Concentração de esterco – melhor manejo e utilização
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Limitações de terminação no cocho
Ingredientes das rações forem caros
Valor da arroba for baixo
Locais/período muito quentes e úmido (desempenho nos confinamentos pode ser menor que nas pastagens)
Gerar possíveis problemas ambientais
Se gerar riscos sanitários
Riscos administrativos (know-how, capital, organização, capacitação)
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Preparo dos animais para o confinamento
Pesagem
Formação de lotes homogêneos (peso, escore –GEC, sexo, idade e avaliação US – AG/AOL = DIAS PARA ABATE)
Vermifugação (avermectinas x albendazoles)
Vacinações
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Adaptação de bovinos confinados com dietas ricas em grãos
Dietas de adaptação
Manejo da ração completa – escore de cocho
Número de tratos no dia
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animais alimentados com ração completa: volumoso (alimentos fibrosos – silagens, capineiras, fenos) e concentrado (contendo grãos, farelos, resíduos e suplementos minerais)
elevados ganhos de peso
Pontos Críticos:
grande aporte de recursos tanto para investimento quanto para custeio 
maior demanda de mão de obra (quantidade e qualidade): plantio, condução e colheita do volumoso e trato diário dos animais
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Pontos Fortes:
necessidade de menor área: devemos considerar a área dos currais, do local de armazenamento dos alimentos e da área de plantio
aumento da produtividade por área
possibilidade de terminação rápida de animais jovens, desovando no mercado carcaças de altíssima qualidade
Antecipação da receita
Estes dois últimos ponto permite um melhor giro do capital e a possibilidade de obter melhores valores ($) pago na arroba., o que leva a ser um dos motivos da decisão de confinar
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Redução na idade de abate
Otimização do uso da propriedade
Melhoria na qualidade da carcaça
A Terminação em Confinamento Depende:
Fonte de animais p/ terminação (disponibilidade de animais c/ potencial p/ ganho de peso)
Fonte de alimentos (disponibilidade de alimentos em quantidades e proporções adequadas)
Preço e época de compra dos alimentos (planejamento e controle)
Preços e mercado p/ o gado confinado (planejamento e controle)
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Preparo dos Animais
Vermifugação
Controle de ectoparasitas
Vacinações (aftosa, raiva, clostridioses)
Adaptação das dietas
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Manejo da Alimentação
Volumoso e concentrado devem estar bem misturados para evitar seleção de alimentos por parte dos animais
(alta ingestão de concentrado)
Quanto ao número de refeições: quanto maior, melhor; mas isso dependerá da capacidade operacional da propriedade
Nunca faltar alimento no cocho
Logo pela manhã: observar se há sobra no cocho (LEITURA DE COCHO)
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Confinamento – atividade fim
Confinamento estratégico
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Produção de Animais Superprecoces
uma forma mais intensiva de engorda e terminação
é o confinamento de animais superprecoces
neste sistema não existe a fase de recria
os animais são abatidos entre 12 e 15 meses de idade, não passando pela fase convencional da recria, sendo confinados logo após a desmama
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Para introduzir este sistema numa fazenda, está terá que já ter conduzido todo um processo de seleção de rebanho e mudanças no manejo para atender ao principal pré-requisito para o sucesso do sistema, que é a desmama de animais muito pesados (mais de 240 kg de PV aos 7 meses de idade)
O animal é desmamado em maio e entra no confinamento e será comercializado assim que terminar o período de confinamento (período de 150 dias em média)
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quanto mais cedo for desmamado o animal, desde que respeitado o peso mínimo, menor será o risco do empreendimento
ganho de peso diária esperado = 1.350 kg em média para chegar a um PV de abate de 450 kg
rendimento de carcaça = 55%
necessário, também, planejamento rigoroso da produção de volumoso e formulação de uma dieta muito bem balanceada.
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Vantagens
Grande redução da área destinada a recria, engorda e terminação dos animais quando comparado aos outros
sistemas
Possibilidade de aumentar o rebanho de cria e consequentemente a produção de novilhos precoces
 
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Promotores de Crescimento
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Promotores de Crescimento
Em muitos países o uso de alguns promotores de crescimento é permitido 
No Brasil: o uso desses modificadores está proibido
A adoção de promotores de crescimento pode aumentar a taxa de ganho de peso em 5 – 15%, melhora a conversão alimentar em 10 – 15% e aumenta a proporção de carne na carcaça em 10% (Coutinho, 1999)
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Vamos analisar alguns trabalhos sobre o uso de hormônios esteroidianos, hormônios de crescimento e agonistas beta-adrenérgicos
O que é promotor de crescimento? 
é uma substância exógena, não nutritiva que afeta o crescimento de animais (Muir, 1985)
Crescimento: processo biológico resultante da progressiva deposição de nutrientes e seus metabólitos (concepção → maturidade)
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Eficiência da utilização de energia pelos tecidos adiposo e muscular (Coutinho, 1997)
10 kcal energia 
metabolizável
Músculo
3,5 kcal E depositada
0,64 g proteína
2,6 g músculo
Tecido adiposo
6,0 kcal E depositada
0,64 g de gordura
O,7 g tecido adiposo
*
Cada um dos promotores de crescimento tem um modo de ação diferente, porém todos levam a um aumento da deposição de tecido muscular em relação ao tecido adiposo, melhoram a conversão alimentar e aumentam o ganho de peso
Anabolizantes
Definição: são substâncias que promovem o anabolismo, considerando-se como tal, o conjunto de mecanismos que favorecem a fixação, pelo organismo, de nutrientes fornecidos pela alimentação
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Classificação 
Quanto à origem:
A) Naturais testosterona
 estrógeno (B-estradiol)
 progesterona
são esteróides sexuais presentes tanto no organismo animal como no homem
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B) Sintéticos acetato de trembolona (efeito de 
 hormônio masculino)
 zeranol (estrutura parecida c/ estrógeno)
 acetato de melengestrol (efeito 
 semelhante ao da progesterona)
São estróides ou substâncias não esteróides obtidas através da síntese ou derivados de micotoxinas, ausentes do organismo humano ou animal, mas com efeitos estimuladores do crescimento
*
C) Semi-sintéticos dietilestilbestrol (DES)
 hexestrol
estes hormônios do grupo C são cancerígenos
e estão proibidos
*
Quanto à atividade biológica:
Estrogênicos: 17B – estradiol; zeranol; DES
Androgênicos: testosterona; acetato de trembolona
Progestágenos: progesterona; acetato de melengestrol 
*
Modo de Ação dos Agentes Anabólicos
Aplicados via subcutânea por implante da cápsula na parte posterior da orelha – entre a pele e a cartilagem 
O hormônio é liberado pela cápsula e absorvido lentamente pelo animal
Implante de 1 só cápsula (não ultrapassa os níveis fixados pelo Codex alimentares)
*
Atuam no anabolismo:
exercem grande influência, no metabolismo do nitrogênio, mais concretamente na síntese protéica
quantidade de N que sai pela urina diminui e esse N é deslocado para a síntese de proteína muscular (↑aa circulante)
N
dieta
Eliminado fezes
Eliminado urina
Fixado proteína muscular
*
Composição e recomendação de produtos aprovados para uso em bovinos de corte nos Estados Unidos (Coutinho, 1997)
*
Segurança quanto ao uso de anabolizantes
Os ANB usados comercialmente hoje em dia foram extensivamente estudados e sua segurança comprovada por inúmeros trabalhos
A aprovação pela FDA é uma boa garantia de que esses agentes são seguros
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2) Hormônios de Crescimento
Atuam no metabolismo do tecido adiposo, diminuindo a deposição de gordura
Atuam no tecido muscular aumentando a deposição de proteína
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Segurança quanto ao uso de HC
como é de natureza protéica, é degradado pelas enzimas do sistema digestivo, tornando-o sem ação
HC bovino não tem ação hormonal em humanos
Até 1997 não estava liberado para uso em bovinos de corte
*
3) Agonistas Beta-adrenérgicos
esses compostos interagem com receptores tipo beta-adrenérgicos localizados na membrana celular
semelhantes à epinefrina e noroepinefrina
controlam importantes funções vitais: batimento cardíaco, bronquiodilataçã, mobilização de glicogênio e lipólise
*
Diminuem a deposição de gordura, aumentam a deposição de músculo, melhora a eficiência alimentar, e dependendo da dose aumentam o ganho de peso
Também aumentam a massa muscular através do aumento do diâmetro da fibra muscular
Segurança quanto ao uso de agonistas beta-adrenérgicos
Poucos estudos a respeito
*
Bibliografia
Costa, Matheus J.R.P. Racionalização do Manejo de Bovinos de Corte (Comportamento e Produtividade). In Apostila dia de Campo – Programa de Qualidade para Carne Bovina/FUNDEPEC.
Rocha, C. E. e Rocha, J. C. Identificação e Escolha do Novilho e Características de Carcaça. In Apostila dia de Campo – Programa de Qualidade para Carne Bovina/FUNDEPEC.
Medeiros, Sérgio R. Fatores Relacionados à Terminação. In Informativo Semanal/Scot Consultoria. 23 de abril de 2007.
Lazzarini, Sylvio. Estratégias para a Entressafra. . SDF Editores, 1995.
Lazzarini, Sylvio. Confinamento de Bovinos. SDF Editores, 1994.
*
Peixoto, A.M. et al. Produção do Novilho de Corte. Piracicaba: FEALQ, 1997
Peixoto, A.M. et al. Bovinocultura de Corte: fundamentos da exploração racional. Piracicaba: FEALQ, 1999
*
*
Área para estocar alimentos
*
*
*
Galpões
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*
Maquinários
*
Retirada de Esterco
*
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Cochos cobertos
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Densidade animal
*
Cocho de alimentação
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Cocho de água
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Curral de Manejo
*
Piso perto do cocho
*
*
Sombra
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Aspersores

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