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08/11/2016 Reciclagem Química do Poliuretano no Brasil Não dá pra falar em reciclagem química sem antes comentar as dificuldades de implantar a logística reversa no Brasil. Logística reversa . De volta para o futuro do Planeta. É simplesmente imitar o caráter cíclico da vida, em que nada é desperdiçado, tudo é reutilizado. Em vez de apenas extrair, produzir e descartar ‐modelo insustentável que a humanidade vem adotando desde a Revolução Industrial ‐ Logística Reversa é pensar de maneira circular e próspera, como a natureza. Um novo conceito. Uma idéia mirabolante. Não. Nada disso. logística reversa . Desde os primórdios da vida na Terra, seres vivos nascem, crescem, morrem e viram nutrientes para o solo, num ciclo de harmonia interminável. Da mesma forma, produtos podem ter vida útil muito além do ciclo de consumo. logística reversa . Em vez de desprezar recursos valiosos e contaminar a natureza, enviando resíduos para aterros, com a Logística Reversa é possível gerar ao mesmo tempo benefícios econômicos, sociais e ambientais. Praticada em vários países ao redor do mundo, a Logística Reversa chegou oficialmente ao Brasil em 2010, com a aprovação da lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Desde sempre na vanguarda das inovações ecológicas, a Purcom começou a estruturar planos de Logística Reversa antes mesmo que a prática fosse obrigatória por lei. Não por acaso, foi a primeira e por enquanto única empresa da cadeia do poliuretano no País a aprovar junto ao poder público planos de reversão para as matéria‐primas que comercializa. Sistema Integrado Purcom logística reversa . Benefícios Econômico Ambiental Social Legal Diminuição de custos via retorno de materiais ao ciclo produtivo (o que gera menos extração e compra de matéria‐prima) e via extinção ou redução dos custos de destinação. Reaproveitamento do resíduo industrial e pós‐consumo é menos descarte no meio ambiente. Geração de emprego e renda no ciclo de reutilização. Recicladores e produtos reciclados contam com preferência em licitações públicas, isenções fiscais e outras facilidades. Ao aderir ao Sistema Integrado Purcom de Logística Reversa, o cliente passa a cumprir a legislação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, evitando eventuais multas ou sanções previstas na lei. logística reversa . Destinação para espuma flexível . Além de aterro sanitário e incineração, existem várias opções para espumas de poliuretano pós‐consumo e resíduos industriais. Estima‐se que não mais que 1% do consumo global de poliuretano está sendo utilizado em processos de reciclagem no final da sua vida útil. Reciclagem mecânica e reciclagem química são opções alternativas para o aterro sanitário e incineração. reciclagem física. • Espumas rígidas • Espumas flexíveis ‐ vamos abordar este tema na quinta, 10/11, onde apresentaremos um case detalhado. Reciclagem química Espumas Flexíveis Acordos de confidencialidade (grandes empresas). A Purcom já tem uma planta piloto para desenvolver testes com esta tecnologia. O que há na estrutura celular de uma espuma flexível ? Estrutura química do poliuretano flexível O poliuretano compreende uma mistura de segmentos alifáticos do poliol e segmentos aromáticos, a partir do isocianato. Segmentos de poliois alifáticos com uma massa molecular de 3000. Base de carbono hidrogênio e oxigênio. 70% do poliuretano Blocos de isocianato aromatico com uma massa molecular de 200 a 500. Base de C, H, O e N 30% do poliuretano. Entre as ligações na cadeia de poliuretano são encontradas as seguintes ligações: A concentração molecular elevada de água na espuma flexível resulta na maior concentração de ligações de uréia do que ligações de uretano. ureia uretano alofanato biureto carbodiimida uretonimina isocianurato Estrutura química do poliuretano flexível Não somente cadeias lineares são formadas, mas a maioria destas reações resultam em ramificação na estrutura do polímero. Estrutura química do poliuretano flexível R NCO + H2O R NHCOOH R NH2 + CO2 R NCO + R’ NH2 R NHCONH R' R NCO + R’ NHCONH R" R’ NCONH R" CONH R R NCO + R’ NHCOO R" R’ NCOO R" CONH R R NCO + R’ COOH R NHCOOCO R' R NHCO R’ + CO2 Isocianato Isocianato Isocianato Isocianato Isocianato Água Ácido carbâmico Amina Amina Ureia Ureia Biureto Uretano Alofanato AnidridoÁcido carboxílico Amida Decomposição Química de Poliuretano Desde a década de 1960, várias técnicas têm sido estudadas e são utilizadas comercialmente hoje. Alguns exemplos são: • Hidrólise • Amonólise e aminólise • Glicólise Estes processos requerem temperaturas elevadas e muitas vezes a utilização de pressão e longos tempos de reação Hidrólise Hidrólise é um processo onde a espuma de poliuretano é reagida com água sob pressão e alta temperatura. O Resultado da hidrólise do poliuretano é o próprio poliol poliéter original utilizado, diaminas e gás carbônico. ∆OC O N H O C H N O R' RR H2O Ρ / 2ROH + 2CO2 + N H H PR’ N H H Poliuretano DiaminaPoliol básico Amonólise e aminólise Aminólise é o nome que se dá à reação catalisada dos resíduos de poliuretano com aminas, sob pressão e alta temperatura. 1m3 de espuma pode ser quimicamente destruído por 1L de alkanolamina. Os proutos obtidos são: o poliol básico, utilizado na fabricação da determinada espuma, carbamatos e aminas aromáticas. Este produto final tem duas fases: a fase superior é um poliol poliéter contaminado com aminas. A fase inferior é composta de "TDA" ou "MDA” e derivados das alkanolaminas. Em um processo híbrido de aminólise/alkoxilação, o resíduo de poliuretano reage simultaneamente com a alkanolamina e com óxido de propileno, obtendo um produto mais puro, com maior rendimento de reação e com melhores propriedades físicas. Amonólise e aminólise ˜˜˜˜ HO˜˜ 20 NH3 Poliuretano Diamina Diol Uréia Poliol poliéter Amonólise: É a reação de amônia com resíduo de poliuretano Amonólise e aminólise Amônia Resíduo: Poliol poliéter Poliuretano 1. Amonólise + Extração Fosgenação da amina Separação do diol Resíduo: Amina+ Extensor de cadeia 2. Extração (água) Diol (Extensor de cadeia) Diisocianato Extrato Solução aquosa de ureia Glicólise É o processo onde o resíduo de espuma de poliuretano é reagido com diois a temperaturas acima de 200oC, com quebra das ligações covalentes. Nesta quebra o polímero é transformado em produtos líquidos de baixo peso molecular. Reagindo os grupos ureia dos resíduos de espuma rígida com diois, aminas são formadas. Essas aminas são transformadas em poliois rígidos por reação de alkoxilação. Dependendo da rota analítica, produtos de uma ou duas fases podem ser obtidos. No processo duas fases, a fase superior é um poliol flexível que, após purificação, pode ser utilizado para fabricação de espuma flexível. A fase inferior deve ser tratada com óxido de propileno para ser convertido em um poliol amínico, para utilização em espumas rígidas. Glicólise de espumas flexíveis ‐ sistema 2 fases Espuma selecionada e granulada Glicol Alkanolamina e Catalisador (opcional) Pré‐misturador a Parafuso trata Tratamento de Aminas Tanque de Separação de Fases Reator 200‐ 250 ºC 3 a 10 horas nitrogenio Pressão atmosférica Coluna de Destilação Rem oção de excesso Glicol FASE POLIOL FASEAMINAS Espuma selecionada e granulada Glicol Alkanolamina e Catalisador (opcional) Pré‐misturador a Parafuso Reator 200‐ 250 ºC 3 a 10 horas Nitrogenio Pressão atmosférica Coluna de Destilação Rem oção de excesso Glicol POLIOL Glicólise de espumas flexíveis ‐ sistema monofásico Características dos poliois da glicólise de espuma flexível Sistema 2 fases Sistema Monofásica Número de Hidroxila 100 200 400 150 350 500 Funcionalidade 2.5 2.5 2.2 2.5 3 2.5 Viscosidade a 25ºC cPs 3000 4000 2000 3000 2500 2000 Cor Sem cor (Transparente) Âmbar Aplicação típica Espuma Flexível Espuma Flexível Espuma Viscoelástica Rigída Espuma Rigída Efeitos resultantes da adição de poliol de reciclagem em espuma flexível de bloco 0 5 10 20 40 Partes Incorporadas (X) 100 80 60 40 20 0 Fim da Expansão Tempo de gel Início da reação Componente Partes Poliol Básico 100 ‐X Poliol Reciclado OH = 100 X Água 3.0 Surfactante 1.5 TDEA 33% 0.18 BDMEE 0.12 Octoato de Estanho 0.18 Índice TDI 80 115 R e a t i v i d a d e ( s e g s . ) Reatividade Efeitos resultantes da adição de poliol de reciclagem em espuma flexível de bloco Propriedades Físicas da Espuma Partes Incorporadas (X) K g / m 3 0 5 10 20 40 60 50 40 30 DENSIDADE 0 5 10 20 40 30 20 10 DUREZA k P a Partes Incorporadas (X) Partes Incorporadas (X) k P a 0 5 10 20 40 200 100 Partes Incorporadas (X) % 0 5 10 20 40 200 100 ALONGAMENTO E RUPTURARESISTÊNCIA À TRAÇÃO Efeitos resultantes da adição de poliol de reciclagem em espuma flexível de bloco Propriedades Físicas da Espuma Conclusões : Um poliol básico pode ser regenerado a partir de espuma de poliuretano flexível para ser reutilizado na formulação de flexível. A qualidade do poliol depende da espuma usada no processo. Espuma de pós‐consumo é de composição desconhecida. Pós‐sucatas industriais são mais consistentes e mais fácil de controlar. Poliois do processo de reciclagem com maior funcionalidade e valor de hidroxila são mais adequados para incorporação em espumas rígidas. Gerson Silva + 55 11 994085250 Gerson Silva + 55 11 994085250 obrigado ! Gerson Silva + 55 11 994085250
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