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Aula Direito Penal

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Valdênia Brito
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Direito Penal
É o conjunto de normas que o Estado estabelece, definindo os crimes, impondo penas ou a medidas de segurança".
Direito penal é o conjunto de princípios e leis destinados a combater o crime e a contravenção penal, mediante a imposição de sanção penal.
Pontos para análise do Direito Penal
	1.Infração( gênero): crime e contravenção (espécies). 
	2.Sanção = pena e medida de segurança.
Parte Geral do Direito Penal
O que é o direito penal?
Os requisitos que deve ter o delito.
As consequências penais do delito.
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Direito Penal
Significado Político da Definição do Direito Penal
DP = violência;
Pena =manifestação de violência;
Forma mais gravosa de intervenção.
O Caráter Público do Direito Penal - o Estado intervêm diretamente como pessoa de direito público (Ius puniendi).
Dogmática - verdade incontestável.
Dogmática Penal tem como missão ( objetivo) conhecer o sentido das normas e princípios positivos e desenvolver de modo sistemático o conteúdo do Direito Penal Neste sentido, a Dogmática Penal á a sistematização, interpretação e aplicação lógico-formal do Direito Penal
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Direito Penal 
Política Criminal – atividade do Estado no sentido do controle da criminalidade. Usa de meios drásticos: Direito Penal. 
Criminologia - é uma ciência, ou seja, reúne uma informação válida, confiável e contrastada sobre o problema criminal, que é obtida graças a um método (empírico) que se baseia na análise e na observação da realidade .
Criminologa
Direito Penal 
Política Criminal 
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DIREITO PENAL
Direito Penal do Autor
A pessoa deve ser punida mais pelo que é e menos pelo que fez.
A pena não graduada pela culpabilidade, mas pela periculosidade.
Justificação de penas longas para fatos de pouca gravidade.
Essa fase teve seu apogeu durante a Segunda Guerra Mundial e influenciou a legislação criminal da Alemanha no período.
Teoria Direito Penal do Inimigo de Jakobs.
Direito Penal do Fato
A pessoa deve ser punida pelo que fez e não pelo que ele é.
A única compatível com o Estado Democrático de Direito, fundado na dignidade da pessoa humana.
A gravidade do fato é que deve mensurar o rigor da pena.
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Direito Penal 
Missão/Objetivo do Direito Penal
Proteção de bens jurídicos;
Contenção da violência do Estado; 
Prevenção da vingança privada; 
Conjunto de garantias para delinquentes e não delinqüentes. 
Função do Direito Penal
 Legítima-Instrumental para a proteção de bens jurídicos
 Ilegítima:
Símbolica: utilização do Direito penal para acalmar a ira da população, transmitindo a sensação de que com ele todos os problemas sociais são resolvidos.
Promocional: - uso exagerado do Direito penal para promover certos bens jurídicos. Ex: Direito Ambiental.
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Bens Jurídicos
Tríade fundamental de bens jurídicos tutelados coativamente pelo Estado: 
 Vida, Liberdade e Propriedade.
O Direito Penal visa proteger (tutelar) os Bens Jurídicos (todo valor reconhecido pelo Direito). Assim podemos colocar que, por exemplo, no crime de furto, o resultado é representado pela ofensa ao bem jurídico patrimônio; no homicídio, constitui a lesão ao valor jurídico supremo, a vida humana; na coação, uma violação à liberdade individual. 
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Direito Penal
Direito Penal Objetivo é o conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo crimes e impondo ou proibindo determinadas condutas sob a ameaça de sanção ou medida de segurança. Direito Penal Subjetivo- é a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Poder Judiciário. É o próprio jus puniendi.
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Direito Penal
Material ou Substantivo- São as leis penais com suas condutas típicas e sanções. Sinônimo do Direito penal Objetivo.
-Formal ou adjetivo-aquele que determina as regras de aplicação do direito penal. Sinônimo do Direito Processual Penal.
 Comum - é aquele dirigido a todos os cidadãos. A competência para julgar é da justiça comum. Ex: Roubo praticado por cidadão comum.
Especial - É aquele praticado por um cidadão diferenciado. A competência para julgar é de um tribunal especial.
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Fonte do Direito Penal
FONTE DO DIREITO PENAL
 
Significa de onde provêm, de onde se origina.
Materiais - é a fonte de produção do Direito Penal. Como é produzido, elaborado. 
Poder Legislativo da União art. 22, I da CF.
	 A única fonte material do D.P. é o Estado (CF art. 22,I). 
	Havendo previsão de o Estado/membro também legislar sobre Direito Penal, em matéria restrita, desde que autorizado por Lei Complementar (Parágrafo Único do art. 22 da CF).
Formal- refere-se ao modo pelo qual se exterioriza o Direito É a forma como o DP se manifesta.
	 Imediata: a Lei
 	Mediata: costumes, doutrina, jurisprudência , princípios gerais do direito...
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PRINCÍPIOS GERAIS
Regras 
As regras disciplinam uma determinada situação.
Para as regras vale a lógica do tudo ou nada (Dworkin). 
Quando duas regras colidem, fala-se em "conflito"; ao caso concreto uma só será aplicável (uma afasta a aplicação da outra). 
Princípios
Os princípios gerais do direito são os alicerces do ordenamento jurídico.
 Princípios são as diretrizes gerais de um ordenamento jurídico (ou de parte dele).
Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma (Celso Antônio Bandeira de Mello).
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Princípio da Legalidade/ reserva Legal/ Intervenção legalizada
O postulado da Reserva Legal está claramente rescrito no artigo 5º, XXXIX da Constituição Federal Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
O ius puniendi estatal, seja na configuração do delito, seja mesmo na determinação, aplicação e execução de suas consequências, tem de estar regido 
pela lei.
Da Irretroatividade 
A irretroatividade da lei penal como princípio, só alcança os fatos cometidos depois do início de sua vigência, não incidindo sobre os fatos anteriores. 
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Princípio da Insignificância/ Bagatela
 A doutrina e a jurisprudência reconhecem a aplicabilidade do princípio da insignificância jurídica no direito penal em algumas condutas que, embora tipificadas como crimes, devem ser excluídas da incidência da norma penal, por não ferirem _ou não o atingirem em grande monta_ o bem jurídico tutelado pelo direito penal.
“o direito penal, por sua natureza fragmentária, só vai até onde seja necessário para a proteção do bem jurídico. Não se deve ocupar de bagatelas” ( Francisco de Assis Toledo).
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Princípio da Insignificância/ Bagatela
Requisitos
a)Mínima ofensividade da conduta do agente.
b)Ausência de total periculosidade social da ação.
c)Ínfimo grau de reprovabilidade do comportamento.
d)Inexpressividade da lesão jurídica ocasionada.
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Princípio da Lesividade/ Ofensividade/ Transcendência
O princípio da lesividade, de acordo com o qual o direito penal somente está legitimado para punir as condutas que implicam dano ou ameaça significativa aos bens jurídicos essenciais, foi extraído do art. 98, I, da Constituição Federal. 
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Lesividade/ Ofensividade
Este princípio produz, no dizer doutrinário, quatro proibições ao legislador, para que as observe quando da elaboração dos tipos incriminadores:
 I- Proíbe a incriminação de uma atitude interna, pois existentes apenas no plano psicológico. Por exemplo, quando o sujeito idealiza o cometimento de um assalto. A cogitação é impunível porque dela não decorre lesão real ou potencial a bem penalmente protegido. 
II- Proíbe a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor; Servem de exemplos não se punir o ato preparatório, porquanto ainda não se tenha iniciado a execução do crime (art. 14, II, do CP)
III- Proíbe a incriminação de simples estados ou condições existenciais
IV- Proíbe a incriminação de comportamentos que, embora desviados do padrão social, não provocam lesão a interesse
ou bem jurídico. 
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PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA 
O princípio da intervenção mínima tem o intuito de restringir ou eliminar o arbítrio do legislador, já que o princípio da legalidade impõe apenas limites ao arbítrio judicial, mas não impede que o Estado, obedecendo a reserva legal, crie penas imperfeitas e cruéis. Logo, o direito penal deve ser a última ratio, ou seja, as intervenções do direito penal devem ser usadas apenas quando a pena civil é pouca para o ilícito e quando se faz aceitável em casos de ataques relevantes a bens jurídicos tutelados pelo Estado, sendo indispensáveis à mantença do status quo.            
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PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
Não pode ser considerado crime o comportamento que não afrontar o sentimento social de Justiça, de modo que condutas aceitas socialmente não podem ser consideradas infração penal, não obstante sua eventual tipificação.
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Princípio da Humanidade A Declaração Universal dos Direitos Humanos considera o principio da humanidade e da dignidade como os mais relevantes princípios.
Na Constituição Federal no art. 1° inciso III, está previsto a dignidade da pessoa humana, no art. 5° incisos III e XLIX, está previsto o principio da humanidade. Do inciso III, do art. 5° que diz "ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante", ficam e estabelecidas certas garantias processuais que de o processo penal não pode expor o homem a situações degradantes e torturante, não pode ele mesmo assumir forma desumana, não pode aplicar penas de tortura ou pena de morte, cabendo assim a todos direitos que devem ser providenciados pelo Estado
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