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Aula 11 PINIweb.com.br  Impermeabilizacao

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Tecnologia estanque 
 
Desenvolvimento de novas matérias-primas permitiu aos fabricantes ampliar 
a diversidade de sistemas de impermeabilização asfálticos e não-asfálticos 
Por Renato Faria 
Edição 141 - Dezembro/2008 
 
Os números informados por uma 
fabricante de sistemas de 
impermeabilização mostram o nível de 
maturidade em que chegou esse 
segmento: se no início da década de 
1990 eram apenas 15 ou 20 produtos 
disponíveis em seu catálogo, hoje 
chegam a mais de 150. 
Uma extensa gama de produtos e sistemas 
de impermeabilização surgiu na década de 
1970 - mantas e emulsões asfálticas, 
emulsões acrílicas, sistemas à base de 
epóxi e à base de cimento modificado com 
polímeros. No entanto, de acordo com Flávio 
de Camargo Martins, coordenador técnico de uma empresa associada ao IBI (Instituto 
Brasileiro de Impermeabilização), apesar de alguns desses sistemas terem se popularizado 
entre os construtores, outros acabaram caindo no ostracismo. "Devido ao alto custo e 
pequena disponibilidade de matérias-primas no mercado nacional, [esses produtos] não 
emplacaram e acabaram ficando restritos a campos de aplicação específicos", explica Martins. 
Porém, veio a década de 1990 e a situação mudou. No segmento de mantas, destaca-se o 
desenvolvimento de mantas asfálticas de alta performance, modificadas com novos tipos de 
polímeros, que incrementaram o desempenho e a durabilidade desses sistemas. 
 
 
Impermeabilizantes de base betuminosa, como as mantas 
asfálticas, ainda são os produtos mais utilizados pelos construtores 
brasileiros. 
Também surgiram as mantas com revestimentos variados, 
como alumínio, ardósia e poliéster pintável, para uso em 
áreas de tráfego leve e que dispensam aplicação de 
revestimentos protetores. Mantas anti-raiz, que incorporam 
herbicidas, também são exemplos de novos produtos. 
Segundo Marcos Storte, gerente de negócios de outra empresa 
membro do IBI, a introdução de novas resinas permitiu o 
desenvolvimento de mais produtos também no segmento de 
impermeabilização moldada "in loco". Martins concorda, 
ressaltando o surgimento de matérias-primas de polímeros 
acrílicos com maior flexibilidade e menor absorção de água. 
Emil Fehr, gerente de marketing de outro fabricante associado à 
entidade, explica que o mercado brasileiro tem visto surgir diversos produtos de base não 
betuminosa com características "interessantes". No entanto, alerta, muitos produtos 
importados foram desenvolvidos para realidades diferentes da brasileira - como clima, 
sistemas construtivos, disponibilidade de certos insumos etc. - e não necessariamente são 
soluções que se ajustem à realidade do País. "O ideal é a utilização de produtos que já 
estejam previstos em uma norma técnica brasileira", afirma. 
Linha do tempo 
Década de 1920 
> A impermeabilização dos primeiros edifícios no Brasil era feita com piche, e o asfalto era importado 
principalmente da Alemanha e da Suíça. A tendência de aplicação do produto se estendeu até a década 
de 1940. 
Década de 1930 
> O engenheiro Otto Baumgart traz da Europa um produto composto de sais metálicos e silicatos, 
aplicável a sistemas rígidos, misturados às argamassas e concretos. O material é usado até hoje. 
Década de 1950 
> Década de criação da Petrobras, do Conselho Nacional de Petróleo e da Refinaria Presidente 
Bernardes, em Cubatão. A indústria brasileira de impermeabilização se desenvolve, lançando novos 
produtos no mercado. Surgem as emulsões e soluções asfálticas, além de feltros asfálticos e asfalto 
oxidado, todos produtos nacionais. 
 
Introdução de novas resinas permitiu 
aprimorar sistemas de membranas 
acrílicas cimentícias. 
Década de 1960 
> Cresce a penetração no mercado dos elastômeros sintéticos (neoprene e o hypalon). Começa, também 
nessa época, a fabricação das primeiras mantas elastoméricas butílicas. Com notável elasticidade e boa 
durabilidade, o produto representou um salto de qualidade da impermeabilização na construção 
brasileira. Resistente a grandes variações térmicas e a intempéries, as mantas butílicas são adequadas 
para uso em estruturas sujeitas a grandes movimentações. 
Década de 1970 
> A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) cria a primeira comissão de estudos de 
impermeabilização. As primeiras normas técnicas surgem na metade da década. 
> As obras do Metrô de São Paulo impulsionam o desenvolvimento da tecnologia de impermeabilização 
no País. Cresce a preocupação com a análise e especificação dos materiais. 
> É fundado o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), para difundir informações técnicas a 
aplicadores, fabricantes, construtores, usuários e profissionais de órgãos públicos e outras entidades. 
Década de 1980 
> Mercado começa a utilizar mantas de EPDM, produto elastomérico de características semelhantes às 
das mantas butílicas. Surgem também as mantas asfálticas com armadura de poliéster não-tecido que se 
aderem à base por asfalto oxidado a quente. 
Décadas de 1990 e 2000 
> São desenvolvidas mantas com acabamentos diversos, como alumínio, ardósia e poliéster pintável. 
Novas matérias-primas conferem maior resistência mecânica e química a mantas, emulsões e sistemas de 
impermeabilização rígida. 
 
 
 
 
 
 
Conheças alguns produtos 
 
Proteção dupla 
 
Usada em superfícies onde não há margem de tolerância 
para infiltrações e vazamentos, essa manta combina duas 
camadas redundantes de impermeabilização: uma 
membrana termoplástica junto a uma manta geotêxtil de 
bentonita. A primeira, de alta resistência mecânica, 
funciona como uma camada de proteção passiva contra 
infiltrações. No entanto, caso essa primeira membrana 
falhe e se rompa, a manta geotêxtil entra em ação 
promovendo proteção ativa por meio da bentonita sódica, 
que, em contato com a água, expande-se e se torna 
impermeável. 
 
Fitas autoadesivas 
 
Utilizadas na colagem de mantas de EPDM, o produto 
funciona como uma fita dupla face de alto desempenho. A 
fita reduz o tempo de execução da impermeabilização das 
estruturas. Pode ser aplicado a mantas aderidas à laje, 
mecanicamente fixadas ou flutuantes. Proporciona aumento 
de produtividade - o serviço pode ser feito até duas vezes 
mais rápido, de acordo com o fornecedor. 
 
 
Membranas EPDM 
 
As membranas de borracha EPDM são resistentes aos 
raios UV, ao ozônio e à degradação por calor. Mesmo 
submetidas a baixas temperaturas, continuam com alta 
flexibilidade. Podem alongar-se em mais de 400%, o que 
lhes confere alto poder de absorção de movimentação da 
estrutura impermeabilizada. 
 
 
 
 
 
 
Mantas anti-raiz 
 
A adição de herbicida à base de asfalto no processo de 
produção é a principal característica das mantas 
asfálticas anti-raiz. Isso proporciona ao produto proteção 
contra o ataque de raízes de plantas, que podem perfurar 
a manta, afetando o sistema de impermeabilização. 
 
 
 
Aderência a frio 
 
As mantas auto-adesivas dispensam o 
uso de maçarico ou emulsão asfáltica, 
reduzindo os riscos para os aplicadores 
quanto a queimaduras e exposição a 
gases tóxicos. Sua face superior é 
revestida com várias lâminas 
entrecruzadas de PEAD (Polietileno de 
Alta Densidade), que proporcionam 
estabilidade dimensional, resistência a 
rasgos, puncionamentos e impactos. A 
faixa adesiva fica na extremidade inferior 
da manta. Sua aplicação deve ser feita sobre superfície limpa e revestida com primer. 
 
Manta para piscinas 
De aparência semelhante à das demais mantas do mercado, as mantas especiais para 
piscinas apresentam maior resistência mecânica para suportar a carga dinâmica da água 
contra a estrutura. À base de asfalto, o produto é estruturado com umacamada de não-tecido 
em poliéster e coberto com filme de polietileno. 
 
 
 
Cristalização capilar 
 
Aplicado em forma de pasta, o impermeabilizante por 
cristalização capilar penetra na matriz do concreto. Em 
contato com a água, seus componentes químicos são 
ativados e cristalizam-se, vedando fissuras e 
microcanais que se formam no concreto. O processo 
funciona com pressão d'água positiva ou negativa. 
Compatível com concretos, blocos e argamassas, o 
produto não tóxico pode ser usado inclusive em 
reservatórios de água potável. Dispensa longos períodos 
de cura. 
 
 
 
 
Manta isolante 
 
As mantas asfálticas revestidas, na face 
exposta, com filme de alumínio refletem grande 
parte da radiação solar, proporcionando maior 
isolamento térmico ao ambiente, além da 
impermeabilização em si. Aplicável em 
estruturas não transitáveis, o produto também 
dispensa proteção mecânica. (FARIA, 2008) 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
FARIA, R. Tecnologia estanque. revista Téchne, Dec. 2008. Disponível em: 
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/141/artigo287606-1.aspx>. Acesso em: 
5/5/2015.

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