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Formação dos solos 
1. Introdução 
O termo "solo" é utilizado de maneira genérica por profissionais de 
diferentes áreas (geologia, geografia, engenharia civil, agronomia, engenharia 
ambiental, dentre outros). Por esse motivo, a camada de solo que corresponde 
à porção situada entre a superfície terrestre e o substrato rochoso recebe 
diferentes denominações, tais como: regolito, material inconsolidado, manto de 
intemperismo, material superficial. A definição de solo sob a ótica do 
profissional da Engenharia civil engloba um sentido mais genérico, o qual 
corresponde a todo material que pode ser escavado manualmente. 
O solo corresponde a um sistema trifásico constituído por uma fase 
sólida (representada pelas partículas), uma fase gasosa (presença de ar e 
gases) e uma fase líquida (usualmente representada pela água). O elemento 
de solo abaixo ilustra esse sistema trifásico: 
 
2. Origem e formação dos solos 
 
Os solos são originados a partir de modificações de rochas e 
sedimentos resultantes da ação do intemperismo físico e químico. Em função 
da magnitude e da intensidade dos dois tipos de intemperismo é que são 
gerados os diferentes tipos de solos na natureza, que podem apresentar 
variações verticais (perfis de solos) e variações laterais (zonas de ocorrência). 
De acordo com a origem, os solos podem ser classificados em três 
grandes grupos: solos residuais, solos transportados e solos orgânicos. Abaixo 
veremos as principais características de cada um desses grupos: 
 
 
2.1 Solos Residuais 
Também denominados de solos autóctones, são solos resultantes da 
desintegração e da decomposição das rochas no próprio local de origem, sem 
que ocorra o transporte de qualquer tipo de fragmento. No caso dos solos 
residuais, estes mantêm as características originais da rocha mãe (também 
denominada de rocha matriz) inclusive o comportamento (mecânico e 
hidráulico, por exemplo) desses solos também esta associado com a rocha 
mãe. Como exemplo de rocha mãe e tipo de solo podemos citar: 
asalto →argiloso "Terra Roxa"b 
uartzito →arenoso q 
alcário →argiloso c 
Um perfil típico de solo residual está ilustrado abaixo. A separação das 
faixas ocorre de maneira gradativa, pois não existe um limite brusco entre elas.
 
De acordo com o perfil acima, temos: 
a) Solo Residual Maduro 
É a camada superficial do solo que perdeu toda a estrutura da rocha 
mãe e tornou-se relativamente homogêneo. 
b) Solo Residual Jovem 
Também denominado de saprolito, é a camada de solo que mantém a 
estrutura original da rocha mãe, porém não tem a consistência da 
rocha. 
c) Rocha Alterada 
É um material que lembra a rocha mãe no aspecto, porém apresenta 
dureza e resistência inferior ao da rocha mãe. 
d) Rocha Sã 
É a rocha inalterada. 
2.2 Solos Transportados 
Também denominados de solos alóctones, são solos resultantes do 
transporte de sedimentos seguido da sua deposição em locais diferentes da 
sua origem. O transporte é feito pelos denominados agentes transportadores, 
os quais darão os nomes a cada tipo de solo pertencente a este grupo. 
Pode-se dizer que os solos transportados geralmente formam depósitos 
mais fofos que os solos residuais além de apresentarem profundidade variável. 
Também podem ocorrer variações verticais e laterais na composição dos solos 
transportados, as quais são decorrentes da capacidade de transporte realizada 
pelo agente transportador. De uma maneira geral, os solos transportados são 
menos homogêneos que os solos residuais. 
De acordo com o tipo de agente transportador, os solos transportados 
podem ser classificados em solos aluvionares, solos coluvionares, solos eólicos 
e solos glaciais: 
a) Solos Aluvionares 
Ou solos de aluvião, são aqueles solos cujas partículas são 
transportadas e arrastadas pelas águas e depositados nos instantes 
em que a corrente sofre uma diminuição de velocidade. Os depósitos 
de aluvião podem ocorrer de duas maneiras em terraços (ao longo do 
próprio vale do rio) ou nas planícies de inundação (depósitos mais 
extensos). 
b) Solos Coluvionares 
Ou solos coluviais, são aqueles solos cujo transporte decorre 
exclusivamente pela ação da gravidade. Também são conhecidos por 
depósitos de tálus (depósitos de coluvião), bastante comuns de serem 
encontrados nos pés das encostas. Os solos coluvionares não são 
bons para projetos de engenharia (desvantajoso), pois são mais 
permeáveis, estão sujeitos a escorregamentos, dentre outros. 
 
c) Solos Eólicos 
São aqueles solos cujo agente transportador é o vento, destacando-se 
dois tipos mais comuns: as dunas (encontradas em regiões litorâneas) 
e os depósitos “loess” (não ocorrem no Brasil, porém ocorrem na China 
e Europa). No caso dos solos eólicos, o vento seleciona as partículas 
(uniformidade e grãos arredondados). 
 
d) Solos Glaciais 
São aqueles solos cujo agente transportador é o gelo, ou seja, são 
solos formados pelas geleiras ao se deslocarem pela ação da 
gravidade. Quando a corrente de gelo que escorre dos pontos elevados 
carrega partículas de solo, estes serão depositados em áreas mais 
baixas. Os solos glaciais são mais heterogêneos (possuem blocos de 
rochas e partículas com granulometria mais fina). 
 
e) Solos Orgânicos 
São aqueles solos em que o material transportado está misturado com 
quantidades variáveis de matéria orgânica decomposta. Quando há 
deposição de quantidades apreciáveis de matéria orgânica (como 
folha, caule, troncos) formará as denominadas turfas. 
 
3. Perfil de Solo 
Um perfil de solo é composto por camadas características de textura, 
estrutura, composição mineralógica e cor, as quais são denominadas de 
horizontes de solo e designadas pelas letras O, A, B e C, como mostra o 
esquema abaixo: 
 
Os processos de formação dos solos começam na superfície do terreno 
e vão desenvolvendo para seu interior (para baixo), atingindo cada vez mais 
camadas inferiores. É importante mencionar que uma série de fatores 
controlam a formação dos solos, tais como: clima, rocha de origem (rocha mãe, 
material parental), atividade biológica-química de organismos, relevo e tempo. 
Abaixo estão descritas as principais características de cada horizonte, 
ressaltando que nem sempre todos os tipos de horizontes (O, A, B e C) estão 
presentes em um dado perfil de solo. 
3.1 Horizonte O 
Caracterizado por conter matéria orgânica resultante de restos de 
matérias de planta (na porção superior) e húmus (na porção inferior). Esse 
horizonte geralmente é muito fino (possui alguns centímetros de espessuras). 
Horizonte Orgânico com matéria orgânica recente e/ou em decomposição. 
3.2 Horizonte A 
Denominado de solo arável (Camada superficial de solo) é caracterizado 
pela intensa atividade biológica devido à presença abundante de plantas, 
fungos, bactérias. No caso do horizonte A, é comum ocorrer o processo 
chamado de lixiviação, que é o transporte dos minerais e nutrientes desse 
horizonte para outro (B e C) devido à infiltração da água superficial, 
favorecendo seu enfraquecimento. 
 
3.3 Horizonte B 
Denominado de subsolo, é caracterizado por conter menos organismos 
e menos matéria orgânica que o horizonte A. No caso do horizonte B, é nesta 
cama que serão acumulados os minerais e nutrientes lixiviados do horizonte A. 
Camada rica em argila, carbonatos e outros minerais trazidos pela água das 
camadas anteriores. 
3.4 Horizonte C 
Corresponde à camada mais profunda de solo, é caracterizado por 
conter pouca matéria orgânica e apresentar uma alteração parcial da rocha 
mãe. 
De acordo com o perfil de solo apresentado anteriormente, é possível 
separá-lo em duas zonas distintas: a zona de eluviação (formada pelos 
horizontes O e A) e a zona de iluviação (formada pelos horizontes B e C). 
Além disso, nesseperfil de solo pode ocorrer o chamado horizonte 
transicional, denominado de AB ou BA, BC e CB. 
4. Classificação dos Solos 
A classificação dos solos utilizada oficialmente no Brasil é o Sistema 
Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) da EMBRAPA (Empresa Brasileira 
de Pesquisa e Agropecuária), publicado no ano de 1999. Na classificação 
brasileira, tipos de sólidos definidos com base em atributos diagnósticos (como 
por exemplo: material orgânico, material mineral, teor de oxido de ferro, grau de 
decomposição do material orgânico). 
Abaixo estão citados os principais solos que ocorre no Paraná: 
4.1 Argissolos 
Solos bem evoluídos além de apresentar acúmulo de argila no horizonte 
B e reduzida capacidade de reter nutrientes para as plantas no horizonte A. 
● Exemplo: Paranavaí. 
● Ocorrência: 15% do território paranaense (litoral até o noroeste). 
 
4.2 Latossolos 
Solos altamente evoluídos, bastante intemperizados (velhos e alterados 
em relação à rocha) é geralmente de baixa fertilidade. 
● Exemplo: Cianorte e Jussara. 
● Ocorrência: 31% do território paranaense (planície litorânea e áreas 
mais declivosas (menor ocorrência)). 
 
4.3 Nitossolos 
Solos bem evoluídos caracterizados pela presença de um horizonte B 
cujos agregados apresentam em sua superfície brilho característico. 
● Exemplo: Apucarana, Londrina, Maringá. 
● Ocorrência: 15% do Território paranaense (norte, oeste, sudoeste do 
estado). 
 
 
4.4 Cambissolos 
Solos pouco desenvolvidos, pouco espessos e apresentam o horizonte 
B ainda em estagio de formação. 
● Exemplo: Curitiba, Ponta Grossa. 
● Ocorrência: 11% do território paranaense (principalmente sul e leste do 
estado). 
 
4.5 Neossolos 
Solos pouco evoluídos, rasos, em estagio inicial de evolução, 
apresentam horizonte A sobre horizonte C ou sobre a rocha mãe. 
● Exemplo: Guarapuava. 
● Ocorrência: 22% do território paranaense (ocorre em todas as regiões 
do estado, menor incidência região noroeste). 
 
Modificações Superficiais 
1. Introdução 
O relevo terrestre é resultante da interação entre os processos internos 
do planeta (como abalos sísmicos, atividade vulcânica), os tipos de rochas 
expostas na superfície, à ação do intemperismo e atuação de diferentes 
agentes externos (como água, o vento, o gelado, a temperatura). Com o 
decorrer do tempo esse relevo pode sofrer uma série de modificações 
superficiais, originadas a partir dos processos denominados de movimentos 
gravitacionais de massa, erosão, assoreamento, inundação, subsidência e 
colapso. 
2. Movimento Gravitacional de Massa 
O movimento gravitacional de massa ou apenas movimento de massa, é 
definido como o movimento que envolve o deslocamento de certa quantidade 
de massa e de volume do solo e/ou rocha sob a influência direta da gravidade 
em uma encosta. Esse processo pode ocorrer em qualquer lugar do planeta e a 
qualquer momento, destacando-se alguns fatores que afetam nesse processo 
tais como: declividade de encosta, intemperismo e clima, conteúdo de água, 
vegetação e sobrecarga. 
Embora a maioria desses fatores possua relação entre si, veremos a 
seguir como cada um deles afeta individualmente na estabilização de uma 
encosta. 
● Declividade da encosta 
Basicamente as encostas mais íngremes estão menos estáveis e mais 
suscetíveis à movimentação gravitacional de massa do que as encostas 
mais suaves. 
● Intemperismo e Clima 
O intemperismo (físico e químico) ocasiona a desintegração e a 
decomposição das rochas próximas à superfície terrestre (reduzindo a 
resistência ao cisalhamento e aumentando a probabilidade de ocorrer a 
movimentação gravitacional de massa). Nesse sentido, o clima 
influenciará na velocidade e no tipo de intemperismo atuante no local. 
● Conteúdo de água 
A quantidade de água presente no solo e/ou rocha influencia na 
estabilidade da encosta, agindo basicamente da seguinte maneira: a água 
da chuva é infiltrada no interior do maciço, provocando um decréscimo no 
atrito entre as partículas do solo e consequentemente, gerando uma 
diminuição na coesão do material. 
● Vegetação 
A vegetação auxilia na estabilidade da encosta de duas maneiras: 
absorvendo a água da chuva (diminuindo a quantidade de água a ser 
infiltrada no maciço) e as raízes auxiliam na sustentação do maciço. 
● Sobrecarga 
Sobrecarga é basicamente produzida pela ação antrópica, como por 
exemplo, a construção de um aterro (que aumenta a pressão neutra do 
solo e diminui a resistência ao cisalhamento, gerando uma instabilidade 
no maciço). 
3. Tipos de Movimentos de Massa 
Existem inúmeros sistemas de classificação de movimento de massa 
difundidos no Brasil e no mundo, os quais estão geralmente ligados com três 
critérios principais: 
a. Velocidade do movimento (lento ou rápido); 
b. Tipos de movimento (fluxo, escorregamento, queda); 
c. Tipo de material (solo, rocha ou ambos). 
Um dos sistemas de classificação mais utilizados no Brasil é o do Augusto 
Filho (1992), que divide o movimento de massa em quatro grupos que 
veremos os detalhes de cada um deles abaixo: 
3.1 Rastejo (“creep”) 
● Velocidade muito baixa (cm/ano) a baixa, sendo decrescentes com a 
profundidade; 
● Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes; 
● Solo, depósito, rocha; 
● Vários planos de deslocamento (interno); 
● Geometria indefinida. 
 
3.2 Escorregamento (“slides”) 
● Velocidades médias (m/h) a altas (m/s); 
● Pequenos e grandes volumes de material; 
● Poucos planos de deslocamento (externo); 
● Geometria e materiais variáveis; 
3.3 Escorregamento planares 
● Solos pouco espessos; 
● Solos e rochas com plano de fraqueza; 
 
3.4 Escorregamento circulares 
● Solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas. 
 
3.5 Escorregamento em cunha 
● Solos e rochas com dois planos de fraqueza. 
 
3.6 Quedas (“falls”) 
● Velocidades muito altas (vários m/s); 
● Pequeno a médio volume; 
● Sem planos de deslocamentos; 
● Material rochoso; 
● Geometria variável - lascas, placas, blocos – (rolamento, tombamento, 
despachamento). 
 
3.7 Corridas (“flows”) 
● Velocidade media a alta (km/h); 
● Grande volume de material; 
● Muitas superfícies de deslocamento (internos e externos a massas em 
movimentação); 
● Desenvolvimentos ao longo das drenagens; 
● Movimento semelhante ao de um líquido viscoso; 
● Mobilização de solo, rocha, detritos e águas; 
● Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas (corrida de lama, 
corrida de terra, corrida de detritos). 
 
4. Erosão 
É definida como sendo o processo de desagregação e remoção das 
partículas de rochas, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, 
gelo e o organismo. Em geral, distinguem-se duas formas de abordagem para 
os processos erosivos. 
● Erosão natural ou geológica: que se desenvolve em condições de 
equilíbrio com a formação do solo. 
● Erosão acelerada ou antrópica: que se desenvolve com a intensidade 
superior à formação do solo, não permitindo a sua recuperação ambiental. 
Com a erosão pela água pode ser basicamente representada pelo 
processo que ocorre a partir do impacto das gotas de chuva no solo, 
provocando a desagregação das partículas remoção e transporte pelo 
escoamento superficial. Posteriormente, essas partículas são depositadas, 
formando os depósitos de assoreamento. 
Dependendo da maneira como ocorre o escoamento superficial a erosão 
pela água pode ser desenvolvida de duas maneiras: 
● Erosão laminar: causada pelo escoamento não concentrado da água da 
chuva, resultando na remoção progressiva e uniforme dos horizontes 
superficiais do solo. 
● Erosão linear: causada pelo escoamento superficial concentrado das 
águas, podendo inclusive haver combinação entre o escoamento 
superficial concentradoe o escoamento subterrâneo. A erosão linear 
pode ocorrer de três maneiras: 
● Sulcos: são pequenas incisões na superfície (na forma de filetes 
rasos), perpendiculares às curvas de nível. Desenvolvem-se em áreas 
nas quais a erosão linear é mais interna. 
● Ravinas: possuem forma retilínea, alongada e estreita sendo que 
raramente se ramificam e não chegam a atingir o nível d’água. 
Ocorrem quando a água do escoamento superficial escava o solo 
atingindo seus horizontes inferiores e apresenta perfil transversal em 
“v”. 
● Boçorocas: ou voçorocas, são resultantes das águas do escoamento 
superficial e subterrâneo. Em geral são ramificadas, de grande 
profundidade e apresenta perfil em “u”. As boçorocas são formas mais 
complexas e destrutivas do quadro evolutivo da erosão linear, sendo 
formas erosivas de difícil controle. 
 
5. Assoreamento 
O assoreamento é um processo que consiste na acumulação de 
partículas sólidas (sedimentos) proveniente de material transportado pelo 
vento, pelo escoamento das águas ou erodido das próprias margens dos 
cursos d’água. Esses sedimentos podem ser transportados em suspensão, por 
arraste ou saltação, depositando-se quando ocorrem condições favoráveis para 
a sedimentação. A intensificação da deposição desses sedimentos pode 
acarretar assoreamento de cursos d’água. 
Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, têm ocorrido duas situações típicas 
desse processo: nas áreas rurais e urbanas em regiões de solos arenosos 
finos e nos reservatórios de barragem. 
 
6. Inundação 
A inundação é um processo que corresponde ao extravasamento das 
águas de um curso d’água para as áreas marginas, ou seja, quando a vazão a 
ser escoada é superior à capacidade de descarga de calha. A inundação está 
usualmente associada à enchente ou, calha, assoreamento de canal, 
barramentos (relacionados ao próprio assoreamento, entulhamento de 
drenagens, estruturas que tenham suas fundações no fundo do canal) ou 
remansos (decorrem de alagamentos da calha do curso d’água devido a 
intervenções nas margens). 
 
7. Subsidência e Colapso 
A subsidência é um processo que consiste na deformação ou 
deslocamento de direção essencialmente vertical descendente, relativamente 
lento, manifestando-se por afundamentos de terrenos. Enquanto que o colapso 
possui a mesma definição que subsidência, porém apresenta-se como em 
movimento brusco do terreno. 
O processo de subsidência pode decorrer de causas naturais como a 
dissolução de rochas (cartificação) como calcário, dolomito, acomodação de 
camadas do substrato pelo seu próprio peso ou por pequena movimentação 
segundo planos de falhas. 
 
 
Utilização de Solos e Rochas na Engenharia Civil 
1. Introdução 
A importância e a utilização das rochas e dos solos (na forma de 
depósitos naturais de sedimentos) como materiais de construção civil são 
intensas, os quais são usualmente empregados como: 
● Agregado (graúdo e miúdo) para confecção de concreto; 
● Placas para revestimento de fachada de edifício; 
● Pedra britada para leitos de ferrovias; 
● Blocos para calçamento de rua. 
A exploração de uma pedreira ou de um depósito de argila, areia ou 
cascalho depende basicamente de três fatores: 
● Qualidade do material 
Não deve haver alteração no material pela ação do intemperismo bem 
como o material não deve apresentar muitas fraturas. 
● Volume de material útil 
É estimado a partir de métodos de investigação da superfície do terreno 
e do subsolo (reconhecimento geológico geotécnico). 
● Localização geográfica da jazida 
A jazida não deve estar situada a longas distâncias do canteiro de obras 
ou dos centros consumidores, de forma que sua exploração seja viável 
(economicamente). 
2. Obtenção dos materiais industriais e de construção 
Esses materiais podem ser obtidos de diferentes formas, basicamente 
através de pedreiras e jazidas de aluviões ou de solos residuais. 
2.1 Pedreira 
Usualmente são abertas para obtenção de pedra britada com a finalidade 
de confeccionar concreto ou blocos de revestimentos de fachadas de 
edifícios. Uma pedreira deve ter algumas especificações mínimas para 
exploração. 
● Possuir topografia favorável (encostas ou faces íngremes que facilitam 
o desmonte); 
● Não possuir nível d’água a pequena profundidade; 
● Conter rocha “durável” e inalterada; 
É importante ressaltar que algumas rochas metamórficas possuem planos 
de orientação, sendo estas bastante favoráveis para exploração por 
serem facilmente extraídas em placas. Exemplo: itacolomito (ou pedra 
mineira). 
2.2 Jazidas de Aluviões ou Solos Residuais 
Quando o material não é rocha, a exploração se dá por meio dos 
depósitos de aluvião ou de solos residuais. Neste caso, as aluviões são fontes 
dos seguintes materiais: 
● Cascalho 
Para a confecção de concreto, revestimento de leitos de estradas de 
terra. 
● Areia 
Para a confecção de concreto, filtro de barragem. 
● Argila 
Para cerâmica em geral, núcleo impermeável de barragem. 
Já no caso dos solos residuais, estes são explorados para obtenção dos 
seguintes materiais: 
● Terra 
Ou solo, são utilizados como áreas de empréstimo para aterros, 
barragens, estradas. 
● Areia 
Para indústria de vidro. 
● Argila 
Para cerâmica em geral. 
3. Métodos de exploração de jazidas 
Abaixo estão listados alguns métodos de exploração de pedreiras e de 
depósitos de aluviões. 
3.1 Pedreiras 
A exploração de uma pedreira requer uma série de equipamentos e 
trabalhos: 
● Limpeza por tratores do material que recobre a rocha sã; 
● Marteletes para perfuração da rocha; 
● Explosivos para serem colocados nos furos; 
● Carregadeiras para transportar o material fragmentado pelas explosões 
até a central de britagem; 
● Britadores para fragmentar os blocos de rocha em vários tamanhos 
menores; 
● Peneiras para seleção dos fragmentos; 
● Correias transportadoras para levar cada tipo de brita ou fragmento 
para o seu silo; 
● Lavadores para retirar o pó que se associa aos fragmentos. 
3.2 Depósitos de aluviões 
A exploração de um depósito de aluvião para a extração de areia, 
cascalho ou argila é mais simples, isto é: 
● Areia: dragas para retirar o material e silos para separar a água da 
areia; 
● Argila: escavadeiras pequenas; 
● Cascalho: escavadeiras ou dragas, inclusive lavador e peneiras para 
separar o cascalho dos materiais mais finos. 
 
Estudo do subsolo 
1. Introdução 
A investigação do subsolo é necessária para elaboração de projetos e a 
construção das mais variadas obras de engenharia civil. Por esse motivo, é 
importante a realização de estudos prévios para caracterização 
geológico-geotécnica da área de interesse, os quais tem a finalidade de 
orientar o projeto a partir da definição das principais características geológicas 
do local, propiciando a elaboração de um empreendimento harmônico com a 
natureza do terreno, seguro e econômico. 
Pode-se dizer que os objetivos principais da investigação do subsolos 
para fins de engenharia civil: são pesquisar os tipos de solos e/ou rochas e 
suas características geológicas, conhecer a distribuição e espessura das 
camadas, investigar a profundidade do nível d’água, dentre outros. 
Os métodos de investigação de subsolo podem ser classificados em 
duas categorias principais: 
● Métodos Indiretos: também denominados geofísicos, são ensaios de 
campo que não alteram as propriedades físicas do material ensaiado, 
fornecendo informações não muito detalhadas, as quais são baseadas na 
interpretação de certas medidas físicas. 
● Métodos Diretos: também denominados mecânicos, são ensaios de 
campo que executam perfurações/escavações ou sondagens no subsolo, 
fornecendo informações por meio da coleta de amostras ou da resistência 
oferecida pela cravação de amostradorou instrumentação geotécnica no 
subsolo. 
 
2. Métodos Indiretos 
 
Os métodos indiretos permitem determinar a distribuição de parâmetro 
físico dos maciços (em profundidade) através da aquisição e interpretação de 
dados instrumentais sendo, portanto, métodos não destrutivos. Os campos de 
atividade que mais utilizam esses métodos são: exploração de petróleo 
(métodos: gravimétricos e sísmicos), prospecção de minérios: (métodos: 
elétricos, magnéticos e radioativos) e estudos para prospecção de água 
subterrânea e investigação em projetos de engenharia civil (métodos: 
eletrorresistividade e sísmico). 
Adiante, veremos detalhadamente os métodos indiretos (geofísicos) 
mais usuais na Engenharia Civil, que são os métodos da eletrorresistividade e 
sísmico. 
2.1 Métodos da eletrorresistividade 
O método da eletrorresistividade, ou métodos da resistência elétrica, é 
muito utilizado nas investigações em Engenharia Civil, principalmente para 
determinação da posição do nível d’água. A eletrorresistividade pode ser 
medida a partir da sondagem elétrica vertical e do caminhamento elétrico. 
O método da sondagem elétrica vertical (SEV) consiste basicamente em 
determinar a diferença de posição elétrica, na superfície terrestre, empregando 
o arranjo ilustrado abaixo (configuração deste ensaio). 
 
 
Neste ensaio, os eletrodos centrais, denominados de eletrodos de 
potencial (ou de recepção) MN, medem a diferença de potencial elétrico gerada 
pela corrente (I) aplicada no terreno pelos eletrodos laterais, denominados de 
eletrodos de corrente (ou de emissão) AB. Deste modo, a resistividade elétrica 
aparente ( a) no subsolo, entre os eletrodos MN será igual a:ρ 
a → ρa a ·Kr = I
∆V = r 
Onde: ra = resistência aparente; 
a = resistência elétrica aparente;ρ 
I = corrente; 
K = fator geométrico. 
 
A resistividade elétrica é medida a partir de um campo elétrico gerado 
artificialmente pela introdução de uma corrente elétrica no subsolo por meio de 
eletrodos laterais, cuja diferença de potencial é detectada pelos eletrodos 
centrais. Este ensaio pode ser feito utilizado dois tipos de arranjo: 
● Wenner: em que os quatro eletrodos são colocados equidistantes. 
● Schlumberger: em que os eletrodos laterais se deslocam e os eletrodos 
centrais permanecem muito próximos do centro. 
No quadro abaixo, encontram-se alguns exemplos de valores de 
resistividade elétrica de algumas rochas. 
Rocha Resistividade elétrica (Ohm.M) 
Basalto 10 – 1.3 10· 7 
Xisto 20 – 104 
Quartzito 10 – 2 10· 8 
Arenito 1 – 6.4 10· 8 
Calcário 50 – 107 
 
2.3 Método Sísmico 
O método sísmico tem finalidade estudar a distribuição em profundidade 
do parâmetro velocidade de propagação das ondas sísmicas, que depende das 
características do meio, tais como densidade, porosidade, composição 
mineralógica, conteúdo de água. 
Este ensaio consiste basicamente na medição da propagação de ondas 
sísmicas provocadas artificialmente por meio de explosões (detonação de 
explosivos), choque mecânico (martelo), rifle sísmico ou a simples queda de 
peso. As ondas sísmicas irão se propagar através dos solos e/ou rochas com 
diferentes velocidades (dada em função da característica do meio físico) e 
retornarão à superfície ao sofrerem reflexão ou refração após atingirem o 
horizonte (interface) que separa dois meios físicos diferentes. O registro da 
chegada das ondas sísmicas na superfície é feito por sensores, os quais são 
denominados de geofones (em terra) e de hidrofone (em água), e estão 
dispostos linearmente na superfície. 
O quadro abaixo apresenta alguns exemplos de valores de propagação 
de ondas 
Velocidade (m/s) Provável Tipo de Material 
200 – 400 Solos, depósitos superficiais 
de sedimentos não 
consolidados. 
2400 – 3700 Folhelhos, arenitos, rochas 
ígneas e metamórficas 
alteradas e/ou fraturadas. 
4500 - 6000 Rochas ígneas e metamórficas 
sãs, não fraturadas. 
 
Esse tipo de investigação do subsolo não deve ser o único empregado 
em Engenharia Civil, pois fornece uma estimativa prévia do terreno 
(características do perfil do subsolo). Deve-se utilizar métodos diretos para 
complementar esses resultados fornecendo amostras de solo e/ou rocha para 
quantificar determinadas características. 
Vale ressaltar que os dois métodos gráficos mencionados anteriormente 
(eletrorresistividade e sísmico) devem ser executados por uma empresa 
qualificada e com equipamentos adequados, sendo os dados processados por 
um corpo técnico apto a execução desse serviço. 
 
Água Superficial e Subterrânea 
1. Introdução 
 
O Planeta Terra possui um volume estimado de água de 1,36 bilhão de 
km³, do qual 97,2% encontram-se nos oceanos e o restante de 2,8% estão 
distribuídos nos lagos (0,017%), águas correntes (0,0001%), atmosfera 
(0,0001%), gelo na Terra (2,15%) e água subterrânea (0,625%). 
O estudo do comportamento das águas superficiais e subterrâneas são 
importantes para a geologia de Engenharia devido aos efeitos associados aos 
processos de dinâmica superficial e na estabilidade das obras de engenharia 
além dos desgastes das formas de relevo, transporte e deposição de 
sedimentos (originando planícies, deltas). 
O aproveitamento da água na natureza possibilita a geração de energia 
elétrica, o abastecimento de água potável, a irrigação de áreas agrícolas e 
outras atividades essenciais para a vida do homem no planeta. 
Neste item será abordado água superficial e subterrânea, onde serão 
discutidos as formas de ocorrência de cada um deles. Antes de iniciar a 
abordagem desses tópicos, veremos como ocorre o ciclo hidrológico na 
natureza. 
 
2. Hidrológico 
 
As relações entre as várias formas de ocorrência da água na natureza 
se processam dentro de um sistema fechado denominado ciclo hidrológico. 
O ciclo hidrológico na natureza é iniciado com a evaporação da água 
presente nos rios, lagos e oceanos e a evapotranspiração da água contida na 
cobertura vegetal. Dessa maneira, o vapor d’água atinge a atmosfera, ocorre a 
formação de nuvens e a água se precipita na forma de chuva. A partir do 
momento em que a água atinge a superfície terrestre uma parte dela é 
evaporada (retorna à atmosfera) e outra parte é escoada superficialmente (rios, 
lagos) ou infiltradas no subsolo (água subterrânea). O esquema abaixo ilustra 
este ciclo hidrológico. 
 
3. Águas Superficiais 
 
A maior parte das águas superficiais está contida nos cursos d’água, nos 
lagos ou nas geleiras. Adiante os detalhes associados aos cursos d’água. 
 
a. Cursos d’água 
 
Os cursos d’água podem ser definidos como corpos de água natural que 
fluem em decorrência do gradiente topográfico ao longo de um canal, 
transportando e depositando sedimentos por sua área de atuação até o 
oceano. 
 
Usualmente, as águas originadas de precipitação direta, do degelo e do 
lençol freático formam pequenos córregos, os quais se unem para dar 
origem a grandes cursos d’água. Como exemplo: Rio Amazonas (Brasil) e 
Rio Mississipi (EUA). 
Em função do tipo de alimentação de água e do escoamento, os cursos 
d’água podem ser classificados em: efêmero e perene. 
● Curso d’água efêmero: também denominado temporário, apresenta 
escoamento somente nos períodos de chuva, sendo que o lençol 
freático encontra-se abaixo da sua superfície (o curso d’água é 
alimentador do lençol freático). 
 
 
 
● Curso d’água perene: também denominado permanente, apresenta 
escoamento em todos os períodos, oscilando seu volume em função 
dos períodos com maior ou menor precipitação (o lençol freático é 
alimentador de curso d’água). 
 
 
O curso d’água apresenta ao longo de seu percurso três fases de 
escoamento: juvenil, madura e senil. 
● Fase Juvenil: caracterizada por um excesso de energia, o qual 
possibilita intensaescavação em profundidade bem como o transporte 
do material escavado. O vale do rio é constituído em forma de “V”. 
 
● Fase Madura: caracterizada por uma diminuição da velocidade das 
águas decorrente da diminuição da declividade do rio (ocasiona a 
deposição de fragmentos maiores e predomina o transporte de 
fragmentos menores). O vale do rio é constituído em forma de “U”. 
 
● Fase Senil: representada por uma intensa deposição do material 
transportado, formando extensas áreas de planície de sedimentos 
apresentando vales exageradamente largos e rasos. 
O perfil longitudinal de um curso d’água pode ser representado pela 
curva exponencial. 
 
Além disso, os cursos d’água podem ser classificados de acordo com a 
vazão e a direção do escoamento: efluentes e influentes. 
● Efluentes: a vazão aumenta o sentido do escoamento (Especialmente 
pela descarga do lençol freático). 
● Influentes: a vazão diminui no sentido do escoamento (especialmente 
pela perda de água por infiltração). 
 
b. Redes de Drenagem 
O tipo de rede de drenagem depende do tipo(s) de rochas atravessadas 
pelos cursos d’água e de certos elementos estruturais dessas rochas (como 
folhas, juntas, fraturas, dobras). Pode-se dizer que os tipos de drenagem mais 
comuns são: 
● Retangular e ortogonal: quando os rios apresentam certo paralelismo. 
● Paralela: quando os rios quase se alinham. 
● Radial: quando a parit de uma determinada região, os cursos d’água 
normalmente irradiam-se em todas as direções. 
● Dendrítica: esse tipo de drenagem é resultante das régios onde não 
existe um predomínio estrutural acentuado e assemelha-se à estrutura 
apresentada por uma folha de um vegetal. 
 
 
 
 
 
4. Água Subterrânea 
 
A água subterrânea tem origem na atmosfera (maior parcela) ou nas 
camadas mais profundas do planeta Terra (menor parcela). Nesse ultimo caso, 
a água que compõe o magma e que atinge a superfície terrestre é denominada 
de água juvenil. 
Usualmente, as águas subterrâneas encontram-se mais protegidas dos 
agentes poluidores (como esgotos domésticos/industriais, substancias 
químicas utilizadas na agricultura) e normalmente possuem melhor qualidade 
para consumo (não necessitam de tratamento, em geral). 
A utilização da água subterrânea no Brasil encontra-se em expansão, tendo 
baixo consumo em relação a países da Europa e da América do Norte. 
 
a. Zonas de ocorrência da água subterrânea 
 
As zonas de ocorrência da água subterrânea podem ser distintas ao 
longo de um perfil do subsolo, considerando da superfície terrestre até o lençol 
freático. O esquema abaixo ilustra essas zonas de ocorrência. 
 
 
 
 
2.1 Aquífero Não Confinado 
2.2 Aquífero Confinado 
2.3 Aquífero Suspenso ou Aquífero Empoleirado 
 
1. Implantação de Estudo de impacto Ambiental (EIA) 
Estabelecimento de grandes projetos gerou movimentos ambientalistas 
que protestavam contra: derramamentos de petróleo, construção de grandes 
represas, rodovias, complexos industriais, usinas nucleares, projetos agrícolas 
e de mineração. 
No Brasil, o primeiro EIA foi realizado em 1972 na Bahia. Com isso a 
parir da década de 1980, o Brasil dispõe de legislação exigindo a determinação 
de estudos de impacto ambiental, tais como as citadas a seguir: 
Lei Nº 6803/1980: Nas áreas críticas de poluição a que se refere o art. 4º 
do Decreto-lei nº 1.413, de 14 de agosto de 1975, as zonas destinadas à 
instalação de indústrias serão definidas em esquema de zoneamento urbano, 
aprovado por lei, que compatibilize as atividades industriais com a proteção 
ambiental. 
Lei Nº6938/1981 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente); 
considerou o estudo de impacto ambiental como um dos instrumentos da 
política ambiental no país, exigindo de forma mais ampla que a anterior. 
Decreto Federal Nº 88351/1983: regulamentou a Lei Nº 6938/1981 e 
vinculou a avaliação de impacto ambiental aos sistemas de licenciamento de 
empreendimentos. 
Na constituição da República Federativa do Brasil de 1988 houve uma 
inclusão da obrigatoriedade de realização de estudo de prévio de impacto 
ambiental no caso de instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente. Nas décadas de 
1980 e 1990 o EIRA/RMA 
2. Definição de Impacto Ambiental 
 
Segundo o CONAMA, impacto ambiental, “é qualquer alteração das 
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, 
direta ou indiretamente, afetam: 
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
 
II - as atividades sociais e econômicas; 
 
III - a biota; 
 
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
 
V - a qualidade dos recursos ambientais.” 
 
3. O que é EIA/ RIMA? 
Estudo de Impacto Ambiental pode ser definido como um conjunto de 
estudos realizados por especialistas de diversas áreas, os quais são 
responsáveis pelo levantamento técnico-cientifico detalhado do novo 
empreendimento. 
Nesse caso, os especialistas deverão avaliar detalhadamente os 
segmentos básicos do meio ambiente, que são meios físicos, meios biológicos 
e meio socioeconômico. 
O acesso ao EIA é restrito, em respeito ao sigilo industrial. 
Relatório de Impacto Ambiental reflete as conclusões do Estudo de 
Impacto Ambiental (EIA), sendo apresentado em parecer de forma objetiva e 
adequada a compreensão do público leigo. Além disso, as informações devem 
ser traduzidas em linguagem simples e acessível. 
O EIA refere-se a um projeto específico de uma atividade modificadora 
do meio ambiente, a qual deve ser adequadamente descrita em termos das 
alternativas propostas e dos diversos processos tecnológicos que caracterizam 
as fases de implantação, funcionamento e desativação (EX: aterro sanitário ou 
empreendimento de mineração). 
Além disso, é importante destacar que os dois são dependentes um do 
outros, sempre que houver um, haverá o outro. 
4. Atividades do EIA 
 
Construção de ferrovias, Linhas de Transmissão, Hidrelétricas, 
Construção de Ferrovias entre outras. 
 
5. Atributos do Impacto Ambiental 
 
Os impactos ambientais possuem dois atributos principais: 
 
5.1 Magnitude 
 
É a grandeza do impacto 
 
5.2 Importância 
 
 
6. Característica Do Impacto Ambiental 
6.1 Características de valor 
Impacto positivo ou benéfico: quando uma ação é o resultado de uma 
melhoria na qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. 
Impacto Negativo ou adverso: quando uma ação é o resultado de um 
dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. 
6.2 Características de Ordem 
Impacto direto: são as modificações que exigem uma relação inicial, ou 
seja, é resultante de uma simples relação de causa e efeito. 
Impacto Indireto (impacto secundário ou de enésima ordem): são as 
modificações que são resultantes de uma reação secundária em relação à 
ação inicial. 
6.3 Características Especiais 
Impacto Local: quando uma ação afeta apenas o próprio local e as 
proximidades. 
Impacto Regional: quando o efeito se propaga por uma área maior à do 
local onde se dá a ação. 
Impacto Estratégico: Quando é afetado um componente ambiental de 
maneira controlada. 
6.4 Características Temporais 
Impacto Imediato: quando o efeito surge no instante em que se executa 
a ação e desaparece com término dela. 
Impacto a Médio ou Longo Prazo: quando o efeito manifesta-se após 
certo tempo de efetuada a ação. 
Impacto Temporal: quando o efeito permanece por um determinado 
tempo depois de efetuada a ação. 
Impacto Permanente: quando o efeito permanece para o resto do tempo.

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