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28/03/2017 1 Profª. Drª. Sheila Tavares Nascimento 2017 Estudo dos nutrientes 1 Alimento Conjunto de nutrientes 2 O valor de um alimento é baseado no seu teor de nutrientes! 28/03/2017 2 Alimento 3 105ºC Peso constante volume peso Alimento 4 Água Matéria seca Matéria orgânica Matéria mineral Carboidratos Lipídeos Proteínas Vitaminas Macroelementos Microelementos DIGESTÃO 28/03/2017 3 Alimento 5 Água Matéria seca Matéria orgânica Matéria mineral Carboidratos Lipídeos Proteínas Vitaminas Macroelementos Microelementos DIGESTÃO Alimento 6 ENERGIA 28/03/2017 4 ÁGUA 7 FUNÇÕES, DIGESTÃO, ABSORÇÃO E METABOLISMO ÁGUA � Principal componente quantitativo do organismo. � Componente mais abundante na composição dos organismos vivos. � Principal componente das secreções animais: leite, secreção hormonal e enz. digestivas, fetais e crescimento. 50 – 80% DO ORGANISMO ÁGUA 8 28/03/2017 5 GORDURA ÁGUA ÁGUA 9 ÁGUA 10 28/03/2017 6 FONTES DE ÁGUA: �Digestão; �Absorção dos nutrientes do trato digestório; �Translocação de todos os componentes químicos do organismo; �Excreção dos resíduos do metabolismo orgânico; �Termorregulação; FUNÇÕES DA ÁGUA 11 FONTES DE ÁGUA: �Secreção de hormônios, enzimas e outras substâncias bioquímicas; �Manutenção da pressão osmótica intracelular; �Equilíbrio ácido-básico; �Facilita reação enzimática que ocorre no metabolismo intermediário. FUNÇÕES DA ÁGUA 12 28/03/2017 7 FONTES DE ÁGUA: �FLUIDOS: �Cerebroespinhal; �Sinovial; �Auricular; �Intraocular; �Amniótico. FUNÇÕES DA ÁGUA 13 FONTES DE ÁGUA: � ÁGUA DE BEBIDA; � ÁGUA DOS ALIMENTOS; �ÁGUA METABÓLICA (produzida como resultado do metabolismo dos nutrientes): � proteínas; � carboidratos; � lipídios. FONTES DE ÁGUA 14 28/03/2017 8 FONTES DE ÁGUA: � ÁGUA DE BEBIDA FONTES DE ÁGUA Deve ser limpa! 15 FONTES DE ÁGUA: � ÁGUA DE BEBIDA FONTES DE ÁGUA Imprópria por: Traços de minerais � presença de elementos tóxicos como o flúor, selênio, ferro � tóxicos em excesso; Nitrogênio � indica decomposição da MO, contaminação fecal ou nitratos. Os animais tem pouca tolerância à presença de nitratos solúveis na água; 16 28/03/2017 9 FONTES DE ÁGUA: � ÁGUA DE BEBIDA FONTES DE ÁGUA Imprópria por: Dureza � excesso de sais de Ca e Mg; Bactérias � indicam MO e/ ou contaminação fecal � deve ser feito tratamento (cloretação). 17 FONTES DE ÁGUA: � ÁGUA DE BEBIDA FONTES DE ÁGUA Imprópria por: Coloração � deve ser incolor, inodora e sem gosto; pH � entre 7,0 a 7,6. Acima de 7,6 = alcalinidade 18 28/03/2017 10 19 PERDAS DE ÁGUA: � Excreção renal; � Exceção fecal; � Evaporação; � Respiração; � Sudorese. Ex.: suínos com 75 kg, perdem 1kg de vapor de água/dia. marrãs com 182 kg, perdem 2,32 kg de vapor de água/dia. PERDAS DE ÁGUA 20 28/03/2017 11 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO: - T e umidade relativa do ambiente, temperatura da água; - Tipos de bebedouro; - Consumo da MS (qto > água no alimento < consumo); FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE ÁGUA 21 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO: -Ração farelada, peletizada ou triturada: restrita ou à vontade; - Idade e estado fisiológico do animal; - Qualidade da água. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE ÁGUA TRITURADA PELETIZADA FARELADA 22 28/03/2017 12 • Água metabólica: produzida pela oxidação de subst. que contém H em sua fórmula. - responde somente por 5 a 10% das necessidades diárias de manutenção do cão; - o gato concentra a urina para economizar água (capacidade herdada de seus ancestrais); - estes aproveitam melhor a água metabólica e juntamente c/ a água do alimento, corresponde a 80% das suas necessidades. 23 �Necessidade total de água exógena (mL), para manutenção, em um ambiente termoneutro: • duas a três vezes a ingestão de matéria seca (gramas). • Água limpa, fresca e sempre disponível. 24 28/03/2017 13 Consumo de água esperado pelas principais espécies domésticas. Espécie Consumo esperado (litros / dia) Bovino de Corte 22 - 66 Bovino de Leite 38 - 110 Caprinos e Ovinos 4 - 15 Eqüinos 30 - 45 Suínos 11 - 19 Galinhas 0,2 - 0,4 Perus 0,4 - 0,6 Fonte: POND et al. (1995) 25 Consumo aproximado de água por suíno. Idade/fase (dias) Peso corporal aprox. (kg) Consumo de água (l/dia) Até 55 dias 5-30 2,8 55-95 30-50 8 95-156 50-85 12 157-230 85-110 20 Marrãs 150 16 Fêmeas gestantes 180 22 Fêmeas lactantes 180 27 Cachaços 180 20 Fonte: MILLER et al. (1991) 26 28/03/2017 14 CONSUMO DE ÁGUA EM AVES: Importância: O consumo adequado de água pelas aves é fator essencial, estando associado aos processos de termorregulação em condições ambientais às quais estão submetidos, especialmente no Brasil. 27 ABSORÇÃO DE ÁGUA: 28 28/03/2017 15 SEDE: 29 30 28/03/2017 16 Consumo semanal aproximado de ração e de água para frangos de corte. Idade (sem.) Machos Fêmeas Ração Água Ração Água 2 235 375 230 365 4 670 975 560 810 6 910 1396 780 1130 8 1060 1530 980 1420 Fonte: INRA 31 Fatores que afetam o consumo de água em aves: 1. Temperatura ambiental: � A taxa das perdas evaporativas em aves determinam em grande parte o aumento do consumo de água nas aves. 32 28/03/2017 17 33 Consumo de água em frangos de corte em condições termoneutras e no estresse calórico agudo (30- 33ºC). Idade(semanas) 1 2 3 4 5 6 Termoneutras 47 111 184 244 282 300 Estresse calórico 61 155 266 366 410 450 Fonte: MACARI (1996) 34 28/03/2017 18 2. Consumo de ração: � Não existe relação fixa entre o consumo de água e de ração, pois está diretamente ligada a diferentes fatores, como a temperatura ambiental. Relações água: ração → 1,88 a 25ºC → 3,64 a 32,5ºC Fase produtiva/reprodutiva: Pré-postura: 1,21 ± 0,02 g água / g ração Postura: 2,04 ± 0,20 g água / g ração Pós-postura: 1,33 ± 0,20 g água/g ração 35 3. Composição da dieta: � Alguns componentes da ração podem ter uma relação direta com o consumo de água, como provado para o potássio, sal comum, cevada e proteína. 4. Forma da ração: � Existem opiniões diferentes quanto à forma física, mas a maioria dos autores sugerem que o consumo de água reduz em virtude do menor consumo de ração para rações peletizadas. 36 28/03/2017 19 5. Fatores genéticos: �Normalmente mais facilmente explicados pelas diferenças de peso entre linhagens ou ração, explicado pelo aumento das exigências nutricionais. 37 Consumo de água pelos frangos de corte. Idade (sem.) T (°C) Cons. água % do total consumido (g/ave) alimento metabólica consumida 1 31 16 9 19 72 2 25 32 11 23 66 5 22 91 7 14 79 7 20 140 6 16 78 9 20 163 6 16 78 Média 8 18 74 Fonte: NRC 38 28/03/2017 20 Sexo: Consumo semanal aproximado de ração e de água para frangos de corte. Idade (sem) Machos Fêmeas Ração Água Ração Água 2 235 375 230 365 4 670 975 560 810 6 910 1396 780 1130 8 1060 1530 980 1420 Fonte: INRA (1984) 39 Sexo: 40 28/03/2017 21 Temperatura da água: Efeito da temperatura da água na produção de ovos. Idade da ave (semanas) Temperatura ambiental de 32°C Água a 32°C Água a 27°C 25 64 74 26 74 79 27 77 86 28 76 84 29 88 93 Média 76 83 Consumo de ração (gr) 83 90 Fonte: LEESON & SUMMERS (1997). 41 42 28/03/2017 22 CARBOIDRATOS 43 FUNÇÕES, DIGESTÃO, ABSORÇÃO E METABOLISMO DIGESTÃO 44 Fase luminal Fase membranosa Ação hidrolíticade enzimas 28/03/2017 23 Carboidratos � Açúcares Fundamentais (não necessitam de qualquer alteração para serem absorvidos) � Fórmula geral (CH20)n. Podem conter N, P, S. � Definição = Polihidroxialdeídos ou cetonas. � São os nutrientes mais abundantes na natureza e representam a fonte primaria de energia para os organismos vivos. OXIDAÇÃO 45 Carboidratos Propriedades: � solúveis em água � brancos e cristalinos � maioria com sabor doce � estão ligados à produção energética. 46 Hidrólise de carboidratos 28/03/2017 24 Carboidratos � Principal fonte de energia para os monogástricos. * glicose � O produto final da digestão dos carboidratos : açucares simples que são metabolizados organicamente produzindo água, CO2 e energia, ou participando da construção de outras substancias. 47 Carboidratos Classificação 1. Monossacarídeos 2. Oligossacarídeos 3. Polissacarídeos 48 28/03/2017 25 Carboidratos Classificação 1. Monossacarídeos = são carboidratos não polimerizados, por isso, não sofrem hidrólise. Possuem em geral entre três e sete átomos de carbono. O nome genérico do monossacarídeo é dado baseado no número de carbonos mais a terminação “ose”. 03 carbonos – trioses 04 carbonos – tetroses 05 carbonos – pentoses 06 carbonos – hexoses 07 carbonos – heptoses Podem ser classificados ainda como aldoses ou cetoses. 49 Carboidratos Classificação 2. Oligossacarídeos – cadeias curtas de unidades monossacarídicas Dissacarídeos = duas unidades de monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica. Importância dietética, pois são encontrados na natureza e concorrem como fonte de energia para os animais. Nomenclaturas = açucares comuns ou oligossacarídeos. 50 28/03/2017 26 Carboidratos Classificação 3. Polissacarídeos= + de 20 unidades de monossacarídeos �por hidrólise, originam uma grande quantidade de monossacarídeos. *Principal fonte de energia para os monogástricos. *Maior importância = Amido, glicogênio e celulose. 51 glicogênio Carboidratos 3 tipos gerais de origem vegetal: fibras, açúcares e amidos. Fibras = parte estrutural das plantas � fonte de energia para herbívoros Não estão sujeitas à digestão hidrolítica de enzimas dos mamíferos � não são digeridas diretamente 52 28/03/2017 27 Carboidratos Amido � Principal polissacarídeo digerível das plantas � Armazenado nos grãos de cereais na forma hidratada (C6H10O5H2O)n � Reserva energética – análoga ao glicogênio � Constituição: Amilose (15-30%) e Amilopectina (70-85%). * Em processo térmico a fração mais solúvel (amilose) é dissolvida e a amilopectina tem a estrutura preservada (problemas – secagem rápida e alta temperatura = amido resistente 53 Carboidratos Amido 28% de amilose 72% de amilopectina Digestibilidade superior a 95% 54 28/03/2017 28 Carboidratos Digestão do Amido �Na digestão o amido é decomposto por reações de hidrólise em carboidratos menores. Essa hidrolise é efetuada pelas enzimas amilases presentes na saliva e suco pancreático. 55 Fase luminal da digestão ocorre somente para o amido Carboidratos Amido (Digestão com participação da amilase pancreática) A amilase pancreática tem especificidade para ligações α 1-4, no entanto, a velocidade de digestão da amilopectina é maior devido a sua conformação de cadeia (ramificada), o que aumenta a possibilidade do ataque enzimático no processo digestivo intestinal. 56 28/03/2017 29 Carboidratos 57 dextrinas Oligossacarídeos de cadeia ramificada Resultado final da fase luminal da digestão dos CHOs = muitos dissacarídeos, trissacarídeos e oligossacarídeos AMIDO Carboidratos 58 Fase luminal da digestão ocorre somente para o amido 28/03/2017 30 Amido 59 Fase luminal Fase membranosa Ação hidrolítica de enzimas Enzimas ligadas à membrana de superfície do intestino Amido 60 28/03/2017 31 Amido 61 Carboidratos Glicogênio � Polissacarídeo pouco solúvel, bastante ramificado e constituído exclusivamente por monomeros de glucose unidos entre si por ligações α-1,4 e α- 1,6 (nas ramificações). � Carboidrato de reserva no animal Responsável pela glicemia , especialmente no metabolismo do jejum. 62 28/03/2017 32 Carboidratos Glicogênio � Polissacarídeo pouco solúvel, bastante ramificado e constituído exclusivamente por monomeros de glucose unidos entre si por ligações α-1,4 e α- 1,6 (nas ramificações). � Carboidrato de reserva no animal Responsável pela glicemia , especialmente no metabolismo do jejum. 63 Carboidratos Celulose � A celulose (C6H10O5)n é um polímero de glicose com ligações do tipo β-1,4, apresentando uma cadeia longa. � É um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas (cerca de 33% do peso da planta). � Digestibilidade limitada para suínos e aves, porém *atua no controle de passagem do bolo alimentar nos vários compartimentos do trato digestório. 64 28/03/2017 33 Carboidratos *Celulose (lig. Glicosídicas) v v Aves e suínos não produzem β- glicosidases → Não aproveitam a celulose. 65 Carboidratos Celulose � Suínos e aves: Qd adultos tem uma taxa relativamente boa de fermentação no intestino grosso. (Digestão da fração fibrosa →Prod. AGVs) ↑ Fonte de energia 30% da energia p mantença – AGVs. 66 28/03/2017 34 Carboidratos Celulose � Aves: Melhora o aproveitamento do amido pela redução da vel. De passagem (moela- intestino grosso ) 67 Metabolismo dos Carboidratos Destinos metabólicos dos carboidratos na dieta 1. Boca - Saliva – α amilase 2. Estomago – paralização – pH ácido 3. Intestino delgado – continua... 68
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