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15/05/2017 1 Matérias-Primas para Rações de Monogástricos: Alimentos Protéicos e Energéticos 1 Alimentos Energéticos � São alimentos que possuem menos de 20% de PB e menos de 18% de FB na MS. São constituídos pelos grãos de cereais e seus subprodutos, frutos, raízes, tubérculos, gorduras e óleos de origem animal ou vegetal. (Fialho et al., 2003) 2 15/05/2017 2 Alimentos Energéticos • Milho � 60% das rações/ micotoxinas, fedegoso; • Arroz � rancidez oxidativa; • Sorgo � tanino; • Milheto � sem compostos carotenóides; • Trigo � absorção de água/ xilanases, pellets; • Triticale � trigo x centeio � inibidores de tripsina; • Óleos e gorduras � rancidez oxidativa; • Glicerina � metanol; • Soro de leite/ leite em pó � custo. 3 Alimentos Protéicos • Caracterizam-se por apresentarem um mínimo de 20% de PB e máximo de 18% FB na MS. A principal finalidade das fontes protéicas é fornecer aminoácidos com o objetivo de suplementar os alimentos energéticos, propiciando desta forma o balanceamento adequado dos nutrientes na ração, para atenderem as exigências nutricionais dos animais em cada fase do ciclo de produção. (Fialho et al., 2003) 4 15/05/2017 3 Soja • Importante produtor mundial • Ruminantes: soja crua/semiprocessada • Monogástricos: processamento c/ temperatura + pressão • Farelo de soja, soja integral: principais fontes de proteína • Ração inicial frangos (milho/fo soja): 70% PB • Processo de extração do óleo ⇒ farelo (42 - 45% PB) farelo Hypro (46 - 48% PB) • Soja integral: processamento c/ vapor + pressão 5 Soja e produtos • Grão integral moído � sem processamento • Grão integral tostado e moído � moagem após tratamento térmico • Farelo semi-integral de soja (extração mecânica) � extração parcial do óleo após tratamento térmico • Farelo de soja (solvente): c/ casca ou sem casca � tostado e extração do óleo por solventes • Casca de soja � parte externa do grão • Proteína texturizada de soja � extrusão da farinha desengordurada 6 15/05/2017 4 Grãos de Soja 7 Farelo de Soja 8 15/05/2017 5 Cascas de Soja 9 Farelo de soja super- processado 10 15/05/2017 6 Algodão • Mais usual fonte de proteína vegetal p/ bovinos • farelo de algodão 45% (solvente) • farelo de algodão 38-40% (solvente, c/ casca) • farelo de algodão com casca (solvente, + cascas e resíduos da refinação do óleo) • Caroço de algodão, torta, casca de algodão • Problemas: � monogástricos - limitações: alto teor fibra / presença gossipol (polifenol + Fe = anemias, modificações cor gema e albumen, sangue na gema) 11 Farelo de Algodão 12 15/05/2017 7 Caroço de Algodão 13 Farelo de Canola • 37 a 39% PB • 10 a 13% FB • 2.640 (NRC) a 3.100 (Embrapa) kcal EM/kg • Comparada à proteína da soja: - ↓ Lisina - ↑ aac’s sulfurados • Fatores antinutricionais: - glicosinolatos - tanino - sinapina - ácido erúcico Atividade goitrogênica � aumento do peso da tireóide � mais de 10% de inclusão afeta desempenho 14 15/05/2017 8 Farelo de Canola 15 – Aves: > 10% • Corte: problemas nas pernas • Poedeiras: ovos pequenos Efeito do farelo de canola no desempenho de suínos em crescimento e terminação Fonte: Thacker (1990) Crescimento Terminação Far. Canola, % 0 9,3 19,8 0 6,1 12,6 GDP (kg/dia) 0,64a 0,63a 0,55b 0,62 0,58 0,58 CDR (kg/dia) 1,67 1,68 1,63 2,36 2,25 2,24 CA 2,63a 2,67a 2,96b 3,80 3,87 3,87 a,b (P<0,05) 16 15/05/2017 9 17 FARELO DE GIRASSOL • Girassol ( Helianthus annuus L.) – originário da América do Norte – se reproduz por meio de sementes – quarta fonte de óleo vegetal mais consumida • cada t de grãos de Girassol = 400 a 500 kg de óleo • subprodutos – casca . de 200 a 250 kg – farelo . de 350 a 400 kg • elevado teor de AG poliinsaturados (50 a 70%) – ácidos linoléico e oléico • < teor de gordura saturada • Gossipol: fator antinutricional 18 • Farelo de girassol – Boa palatabilidade – Sem casca • 45 a 47% PB • baixo teor de fibra – Com casca • alto teor de fibra • baixa digestibilidade – Proteína • pobre em lisina, aas sulfurados, histidina, leucina e triptofano 15/05/2017 10 Farelo de Girassol • Suínos: fêmeas em gestação e crescimento • EM e lisina < Farelo de SOJA • Baixa digestibilidade lisina • ↑ fibra ↓ CR (Thacker; Kirkwood et al., 1990) 19 Farelo de Girassol 20 15/05/2017 11 Efeito dos diferentes níveis de farelo de girassol sobre o desempenho de suínos em crescimento e terminação Fonte : Silva et al. (2002) Não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05) FARELO DE GIRASSOL Variáveis 0% 7% 14% 21% GDP (g/dia) 832 812 813 839 11,05 CDR (g/dia) 2622 2595 2544 2571 8,22 CA 3,16 3,20 3,14 3,08 7,69 CV % 21 Torta de Girassol • Processo mecânico de extração do óleo � produto com 18% gordura • Extração ↓ lisina (reação de Maillard) • Características intermediárias entre o grão e o farelo 22 15/05/2017 12 TORTA DE GIRASSOL Variáveis 0% 5% 10% 15% GDP (g/dia) 946 924 960 940 5,34 CDR (g/dia) 2606 2448 2594 2545 9,71 CA 2,75 2,64 2,70 2,73 7,34 CV % Desempenho de suínos em crescimento e terminação alimentados com níveis de torta de girassol na dieta Fonte: Costa et al., 2005 Não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05) 23 Produtos de destilaria – leveduras • Saccharomyces cerevisiae • Produção de álcool: levedura de cana desidratada (obtida no processo de fermentação etanólica, após termólise e secagem) • Palatabilizante • Fonte de proteína, vit. compl. B, mananoligossacarídeos (CHOs complexos) 24 15/05/2017 13 Produtos de destilaria – leveduras 25 Proteína Microbiana Levedura Seca • 30 a 45% PB • 3.100 kcal EM/kg (2.655 a 3.407) • Rica em: - Lisina - vit. complexo B • Deficiente em Metionina • Palatável • Limitações: preço 26 15/05/2017 14 Proteína Microbiana Levedura Seca 27 Fonte: Miyada et al. (1997) Efeito da levedura seca no desempenho de leitões na fase de creche (10-28 kg de PV) Levedura na ração, % 0 5 10 15 20 GDP (kg/dia) 0,646 0,642 0,637 0,633 0,650 CDR (kg/dia)a 1,24 1,23 1,22 1,16 1,19 CAb 1,92 1,91 1,91 1,82 1,83 aTendência linear (P < 0,10) bEfeito linear (P < 0,0003) 28 15/05/2017 15 29 INGREDIENTES PROTÉICOS (origem animal) 30 LEGISLAÇÃO • IN 15, 17/07/2001 15/05/2017 16 Farinha de carne e ossos • valor biológico (PB, gordura, Ca, P, aminoácidos, vit. B12) • farinhas c/ 35, 40, 45, 50 e 55% PB • grandes variações de qualidade: processamento • doença da vaca louca (BSE): 1996 MAPA proibiu uso de FCO e cama de aviário em rações de ruminantes • abatedouros: digestores (temperatura/umidade/pressão) • armazenamento: teor umidade/gordura (antioxidantes) • contaminação microbiana (salmonellas) 31 32 FARINHA DE CARNE E OSSOS • Proteína de alto valor biológico • Fatores que afetam qlde – Umidade, queima nas paredes do digestor, moagem, excesso de gordura – Contaminações: • Não deve conter chifres, cascos, sangue, pêlos, sal, couro e resíduos do TGI – Tempo entre o sacrifício e processamento • Ideal mesmo dia ao abate!!!! – Teor de PB • Inversamente proporcional ao teor de ossos incorporados no processo 15/05/2017 17 33 • Índice de peróxidos – Indica a ocorrência de rancidez!!! • Contaminação microbiana – Salmonellas e outros micros a T superiores a 100 oC – Maiores fontes de contaminação • Construções e equipamentos • Contato entre MP eproduto acabado (botas, pás...) • Roedores • Embalagem imprópria ou contaminada 34 • Característica dos subprodutos de abatedouro e graxaria – Farinha de carne e ossos (35/40% de PB) • Ossos e resíduos de tecidos animais, após a desossa da carcaça de bovinos • Não deve conter cascos, chifres, pêlos, conteúdo estomacal, sangue e outros materiais estranhos – Farinha de carne e ossos (45/50% de PB) – Farinha de carne (55% de PB) • Produto oriundo do processamento industrial de tecidos animais 15/05/2017 18 Farinha de Carne e Ossos 35 Desempenho de suínos nas fases de crescimento e terminação em função do nível de inclusão de farinha de carne e ossos bovina e suína. suína em suas rações Não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05). FONTE: Gomes et al. (1982). Tratamentos Nº de animais 16 16 16 16 16 GDP (g/dia) 705 634 654 643 681 CDR (kg/dia) 2,43 2,41 2,38 2,4 2,36 CA 3,46 3,78 3,75 3,85 3,46 Variáveis Fr. de carne bovina (6%) Fr. de carne suína (6%) Fr. de carne suína (3%) Fr. de carne (0%) Fr. de carne bovina (3%) 36 15/05/2017 19 Farinhas de subprodutos de aves • aproveitamento nas rações: qualidade processamento • digestor: temperatura+umidade+pressão • variações na composição: matéria-prima empregada Farinha de penas e vísceras (penas, vísceras � carcaças, sangue, gordura) Farinha de penas hidrolizadas (cocção sob pressão de penas não decompostas � sangue) Farinha de vísceras (processamento de vísceras � cabeça e pés; NÃO � penas, resíduos de incubatório) Farinha de resíduos de incubatório (cascas e ovos não eclodidos) Farinha mista (vísceras + ossos, vísceras + resíduo de incubatório) 37 Farinha de Peixe • Fonte de proteína de alto valor biológico • Quantidades equilibradas dos aminoácidos lisina e metionina • Boa fonte de cálcio, fósforo e outros minerais • Susceptível a peroxidação lipídica!! 38 15/05/2017 20 Farinha de Peixe Variáveis 0% 4% 8% 12% 16% 20% GDP (g) 0-14 d 204 209 236 209 236 204 0- 35 da 373 404 418 409 404 400 CDR (g) 0-14 d 236 236 236 236 254 213 0- 35 da 504 529 586 595 545 527 CA 0-14 d 1,14 1,16 1,00 1,13 1,08 1,07 0- 35 d 1,34 1,31 1,40 1,44 1,36 1,32 a = Efeito Quadrático (P<0,01) Desempenho de leitões alimentados com dietas com níveis crescentes de farinha de peixe Fonte : Stoner et al. (1990) 39 40 FARINHA DE SANGUE • Excelente fonte de lisina, mas pobre em isoleucina • Problemas – Palatabilidade, baixos índices de crescimento e empenamento • Características dos produtos – Farinha de sangue: sangue após cozimento e secagem através de tambores – Plasma: centrifugação do sangue, concentração do plasma, resfriamento e secagem • Ou imunoglobulinas plasmáticas – Concentrado de hemácias: centrifugação do sangue, hemólise, remoção das membranas celulares, remoção da fração HEME, filtração e secagem • Ou Hemoglobina animal desidratada 15/05/2017 21 41 Farinha de sangue 42 15/05/2017 22 Plasma Sanguíneo SDAP (spray-dried animal plasma) • 78% PB; rico em lisina (6,8%) • ↑ CR, GP pós-desmame (Ermer et al., 1992; Hansee et al., 1993) • ↓ incidência de diarréia pós-desmame (Russel et al., 1996; Harrell et al., 2000) (ação de proteínas funcionais = globulinas) • Efeito protetor intestino delgado (Torrallardona et al., 2003; Gatnau et al., 1995) 43 Desempenho de leitões de 14 a 28 dias de idade alimentados com dietas com diferentes níveis de plasma sangüíneo em pó Fonte : Gattás et al. (2008) PLASMA Variáveis 0% 4% 6% 8% PI (kg) 4,32 4,3 4,34 4,32 - - PF (kg) 5,18 5,46 5,69 5,69 - - GDP1 (g/dia) 61 83 96 98 0,01 14,7 CDR1 (g/dia) 114 142 164 169 0,01 11,66 CA 1,87 1,71 1,71 1,72 - - CV %Sig 1 Efeito linear P <0,01 Não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05) 44 15/05/2017 23 Ingredientes Minerais Fosfato Bicálcico • P abundante no organismo, deficiente nos solos tropicais • fornecimento na ração (monogástricos) • P inorgânico: jazidas de apatita (qualidade ác. fosfórico) • Ác. fosfórico fertilizante ⇒ purificação • Fosfato bicálcico: 24% Ca e 18% P 45 Ingredientes Minerais Calcário Calcítico/Ostras • Fontes de Ca (inorgânico/orgânico) • Tamanho das partículas (Aves em postura) • Solubilidade do Ca (qualidade das jazidas) • Calcário Calcítico: 37% Ca, 1% Mg • Calcário Dolomítico: 36% Ca, 3,5% Mg • Ostras: 35% Ca 46 15/05/2017 24 Ingredientes Minerais Sal (Cloreto de Sódio - NaCl) • Fonte de Na (importante para o equilíbrio da pressão osmótica, absorção de vit. hidrossolúveis, pH sanguíneo, processos enzimáticos, contrações musculares) • produtos de origem vegetal: pouco Na (suplementação) • monogástricos: deficiência ou falta de sal (redução do consumo); excesso de sal (↑ consumo água: diarréia) • origem marinha, mineração ou sintético • umidade/granulometria: empedramento • 2% umidade, 97% pureza, 38% Na 47 Profª. Drª. Sheila Tavares Nascimento 2017 Aditivos de rações 48 15/05/2017 25 Aditivos • Alimento nutricionalmente completo: • Reduzir stress; • Minimizar deficiências; • Melhorar competência imunológica; • Produzir carcaça de qualidade; • Melhor desempenho; • Maior lucratividade. 49 Aditivos Para os nutrientes serem ingeridos, digeridos, protegidos da destruição, absorvidos e transportados às células do organismo 50 Aditivos Microingredientes de alimentação 15/05/2017 26 Aditivos • Substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos (rações), que não sejam prejudiciais aos animais, ao homem, não deixem resíduos nos produtos de consumo, não contaminem o meio ambiente e que sejam utilizados sob determinadas normas. (Decreto 76.986 de 06/01/1976, artigo 4º, item VII, que regulamenta a lei 6198 de 26/12/1974) 51 Aditivos Normas para utilização dos aditivos: – Melhorar o desempenho de maneira efetiva e econômica – Ser atuante em pequenas dosagens – Não apresentar resistência cruzada com outros microingredientes de alimentação – Permitir a manutenção da flora gastrointestinal normal – Não podem ser tóxicos para animais ou humanos, nas dosagens recomendadas – Não podem ser mutagênicos ou carcinogênicos – Não devem ter efeitos deletérios ao meio ambiente 52 15/05/2017 27 Grupos ou Categorias Classificados em grupos de acordo com natureza e função, divididos em classes conforme o modo de ação e característica funcional 53 Categorias de aditivos Instrução Normativa MAPA no 13 (30/11/2004) Grupo I - Tecnológicos • Adsorventes • Aglomerantes/Antiaglome- rantes • Antiumectantes • Conservantes • Emulsificantes • Estabilizantes/Antioxidantes • Espessantes/Gelificantes • Umectantes/Aglutinantes Grupo II - Sensoriais • Corantes/Pigmentantes • Aromatizantes • Palatabilizantes • Flavorizantes Grupo III - Nutricionais • Vitaminas/Pró-vitaminas • Oligoelementos ou compostos de oligoelementos 54 15/05/2017 28 Categorias de aditivos Grupo IV - Zootécnicos • Enzimas • Probióticos • Prebióticos • Simbióticos • Ácidos orgânicos • Antifúngicos • Nutracêuticos • Melhoradores do Desempenho/Promotores do Crescimento/Eficiência Alimentar - Antimicrobianos Grupo V - Anticoccidianos • Químicos • Ionóforos 55 Classes: 56 GRUPOS A B C Acidificantes/conservantes * * Adsorventes * * * Aglutinantes * * Anticoccidianos * * Antifúngicos * * Antioxidantes * * * Aromatizantes * * Corantes * Enzimas * Palatabilizantes * * Prebióticos * * Probióticos * * Promotores do Crescimento * * Nutracêuticos * * Classes A – Pró-nutrientes B – Coadjuvantes de ElaboraçãoC – Profiláticos 15/05/2017 29 Classes: 57 Classes A – Pró-nutrientes B – Coadjuvantes de Elaboração C – Profiláticos Produtos de origem vegetal ou animal em seu estado natural, fresco ou preservado, bem como produtos derivados de processamentos industriais, substâncias orgânicas ou inorgânicas, utilizadas isoladamente ou em misturas, fornecidas oralmente aos animais, em doses pré-estabelecidas através de ensaios biológicos. Classes: 58 Classes A – Pró-nutrientes B – Coadjuvantes de Elaboração C – Profiláticos Substâncias que demonstrem um efeito sobre as características físicas dos alimentos, tais como: cor, odor, consistência, dureza e estado de conservação, devendo ser livre de contaminantes que possam prejudicar o estado nutricional dos animais. 15/05/2017 30 Classes: 59 Classes A – Pró-nutrientes B – Coadjuvantes de Elaboração C – Profiláticos Microingredientes utilizados de maneira preventiva em doses pré- estabelecidas através de ensaios químicos, com a finalidade de evitar a oxidação e a destruição de vitaminas e de ensaios biológicos observando-se os aspectos do metabolismo, farmacocinética, resíduos e resistência bacteriana para a prevenção quanto o aparecimento de enfermidades ou intoxicações causadas pela presença de microrganismos patogênicos (bactérias, fungos, leveduras, protozoários), que normalmente estão presentes no meio ambiente, podendo também estar presente nos ingredientes que compõe o alimento destinado aos animais. Acidificantes/conservantes • Ácidos orgânicos: redução do pH do trato digestivo para facilitar a digestão e dificultar a colonização de bactérias patogênicas • Ác. fórmico, propiônico, formaldeído, ác. cítrico, fumárico, fosfórico, butírico e misturas 60 A) Pró-nutrientes; C) profiláticos Quantidade adicionada depende do pH e da capacidade tamponante Conservantes � atuam diretamente sobre microrganismos indesejáveis 15/05/2017 31 Adsorventes • Não são absorvidos no trato e ligam-se às micotoxinas transportando-as para fora do trato, impedindo a intoxicação • Argilas e aluminosilicatos • Não podem adsorver vitaminas, microminerais • pH ácido � intestino grosso • pH básico � intestino delgado • (aflatoxina, ocratoxina, fumonisina, zearalenona) 61 B) Coadjuvantes de elaboração; C) profiláticos Aglutinantes • Naturais ou artificiais • Aumentam a capacidade de peletização dos ingredientes • Melhoria da qualidade do pelete e produtividade no processamento • Condensado de ureia/ formaldeído: lignosulfonato, polimetilcarbamida (peixes e camarões) • Proteína isolada de soja (cães e gatos), subprodutos de trigo 62 A) Pró-nutrientes; B) Coadjuvantes de elaboração 15/05/2017 32 Anticoccidianos • Coccidiose aviária: protozoários do gênero Eimeria (epitélio intestinal) • Especificidade com hospedeiro: prejuízos elevados para aves • Doença com sérios prejuízos para avicultura (morbidade, ↓ ganho peso e ↑ CA) • Controle: manejo (higiene), imunidade, vacinação e uso de aditivos 63 A) Pró-nutrientes; C) profiláticos Quimioterápicos Ionóforos Anticoccidianos – Quimioterápicos (ex: nicarbazina) – Ionóforos (ex.: monensina, salinomicina) • Compostos quimioterápicos (sintéticos) ou ionóforos (obtidos da fermentação de microorg.) 64 Coccidicidas (mata os parasitas) Coccidiostáticos (interrompe o ciclo dos parasitas) 15/05/2017 33 Antifúngicos • Prevenir ou eliminar fungos em matérias-primas, evitando a produção de micotoxinas e perda de valor nutritivo • Associação com controle da umidade e temperatura • Ác. propiônico, hidroxiquinilona, cobre elementar, violeta de genciana 65 A) Pró-nutrientes; C) profiláticos Antioxidantes • AG poliinsaturados = alta susceptibilidade a oxidação (óleos e gorduras) • Sintéticos ou naturais capazes de neutralizar os radicais livres e inibir ou retardar a oxidação • Neutralizar os radicais livres doando íons H+ e estabilizando sua molécula novamente • Naturais: tocoferóis, flavonóides (vit. E natural ou sintética, extratos de ervas, condimentos e plantas) • Artificiais 66 A) Pró-nutrientes; B) Coadjuvantes de elaboração; C) profiláticos 15/05/2017 34 • Polifenóis conhecidos – Alecrim, sálvia (ácido rosmarínico) – Orégano (carvacrol, timol) – Cravo (eugenol) – Pesquisas de novas alternativas (erva mate: diversos compostos) – Utilização como aditivos em rações Antioxidantes Naturais 67 Aromatizantes/Palatabilizantes • Conferir aroma e melhorar a aceitação do alimento • Melhoram paladar e consumo • Escolha depende do produto e finalidade • Artificiais ou naturais • Hidrolisados de origem animal (fígado, aves) = “pet food” • Rações pré-iniciais de suínos, equinos e bovinos (leite, lactose, plasma), cães e gatos • Aves: pouca sensibilidade (papilas gustativas = 24, bovinos = 25.000 e humanos = 9.000) 68 A) Pró-nutrientes; B) Coadjuvantes de elaboração 15/05/2017 35 Corantes • Conferem ou intensificam a cor (cães e gatos) • Naturais: Açafrão, carmin, páprica, beterraba, urucum • Artificiais: azul brilhante, amarelo crepúsculo, amaranto, etc. • Químicos (inorgânicos): perigo de contaminação com metais pesados 69 B) Coadjuvantes de elaboração Pigmentantes • Naturais ou sintéticos • Pigmentar os produtos para consumo humano • Poedeiras, frango de corte, camarão, truta, salmão • Naturais: alfafa, subprodutos de milho, pétalas de Marigold (xantofila=6500 mg/kg, milho = 25 mg) • Artificiais: cantaxantina, citranaxantina, astaxantina, ác. carotenóico 70 A) Pró-nutrientes 15/05/2017 36 71 Pigmentos carotenóides Enzimas • Melhoria na digestibilidade da dieta (EUA – centeio e cevada) • Década de 70 (milho e soja); década de 90 • Betaglucanases, proteinases, lipases, fitases, endoxilanases, alfa-amilases, pectinases, pentosanases • Redução do impacto ambiental (P) • Instáveis em altas temperaturas (> 70oC) 72 A) Pró-nutrientes 15/05/2017 37 Efeitos das enzimas • Melhor digestibilidade de CHO´s complexos • Aumento da utilização de energia • Melhor atividade no lúmen e consistência das excretas • Melhor digestibilidade de lipídios em animais jovens • Melhor utilização do P • Menor eliminação de N e P no meio 73 Probióticos/Prebióticos/Simbióticos • Séc. 19: camponeses da Bulgária que ingeriam resíduo de leite fermentado com lactobacillus acidophilus tinham sobrevida maior (colonização intestinal prevenindo efeitos maléficos de patógenos intestinais) • Probióticos: suplementos alimentares à base de microrganismos vivos que afetam beneficamente o animal hospedeiro, melhorando o balanço microbiano intestinal. 74 A) Pró-nutrientes; C) profiláticos 15/05/2017 38 Probióticos • Probióticos: lactobacillus, bifidobacteria, enterococcus, streptococcus Humanos: resistência a doenças intestinais redução de carcinogênios Animais: aumento do ganho de peso e da eficiência da produção aumento da resistência a doenças 75 Probióticos • Modos de ação: – Competição por sítios de ligação: Exclusão competitiva: aderência dos probióticos a sítios de ligação no epitélio intestinal, competindo com outras bactérias – Antagonismo direto: capacidade de inibir patógenos através da produção de substâncias bactericidas (bacteriocinas e ácidos orgânicos) e enzimas (ação inibitória) – Estímulo ao sistema imune (↑ na produção de anticorpos, ativação de macrófagos, prolif. céls. T) – Competição por nutrientes: competição entre bactérias por nutrientes específicos 76 15/05/2017 39 Prebióticos • Ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiamo animal por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou poucas espécies de bactérias no intestino, melhorando a saúde do animal. • Oligossacarídeos: frutoligossac. (FOS) glucoligossac. (GOS) mananoligossac. (MOS) 77 Prebióticos FOS : naturais (derivados de plantas) n=12 ou n=4 sintéticos (polímeros de frutose) GOS e MOS: obtidos de parede celular de levedura MOS (Saccharomyces cerevisiae): estrutura complexa de manose fosforilada, glicose e proteína • Modo de ação: favorecem as espécies benéficas 78 15/05/2017 40 Probióticos/Prebióticos • Simbióticos • Fornecimento de microrganismos probióticos juntamente com substâncias prebióticas específicas que estimulem seu desenvolvimento e atividade, potencializando o efeito de ambos os produtos 79 Promotores de Crescimento/Eficiência Alimentar • Melhorar o rendimento de aves e suínos, uma vez que bactérias deprimem o desempenho • Déc. 50: atividade agropecuária (antimicrobianos) – Fermentação de fungos/bactérias: avilamicina, virginiamicina, tilosina, bacitracina, flavomicina – Compostos químicos sintéticos: halquinol, ác. 3-nitro – Elementos orgânicos:cobre, zinco e sais • Antimicrobianos específicos: antibióticos (fermentação) ou quimioterápicos (síntese química) 80 A) Pró-nutrientes 15/05/2017 41 Antibióticos • Grande número de substâncias com eficácia comprovada em melhorar a produtividade de animais • efeito dos antibióticos: resultado de sua ação sobre a microbiota intestinal → aves e suínos germ-free apresentam desempenho superior a animais convencionais X animais convencionais tem bom desempenho qdo tratados com antibióticos → aves e suínos germ-free não se beneficiaram do efeito promotor de crescimento (Whitehair eThompson, 1956; Forbes e Park, 1959) 81 Antibióticos • eficácia foi mantida ao longo do tempo • vantagens maiores em condições de campo • quase a totalidade dos frangos recebem antibióticos: constituintes importantes das rações Rosen (1996): resultados de 12.153 experimentos com antibióticos como promotores de crescimento → 72% com respostas positivas no desempenho 82
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