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ALIMENTOS FUNCIONAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS Prof MsC Luana Mota Mar.ns HISTÓRICO FAÇA DO SEU ALIMENTO SEU MEDICAMENTO HIPÓCRATES >2.500 ANOS HISTÓRICO • Isolamento de components dos alimentos • Experiências Clínicas e Laboratoriais para comprovar e eficácia dos nutracêu.cos PIMENTEL, 2005 • Japão passou a estudar os alimentos funcionais • Alimentos x Câncer x Longevidade • Dieta Mediterrânea • Estados Unidos • Consenso científico:“Alimentação-Saúde-Doença” • Novos Alimentos • Interesses Econômicos, Confusão do Consumidor • Globalização, Alimentos, Harmonização da Legislação • Riscos à Saúde Pública • Controle do Registro, Rotulagem e Propaganda CONTEXTO ATUAL Alimentos Funcionais “É aquele que, além de suas funções nutricionais básicas, é capaz de produzir no organismo efeitos metabólicos ou fisiológicos úteis na manutenção de uma boa saúde física e mental, podendo auxiliar na redução do risco de doenças crônico- degenerativas.” DEFINIÇÃO Ministério da Saúde, 1999 Alimentos Funcionais Nutracêu.cas Alimento Funcional ▪ Redução do risco de doenças ▪ Não incluem suplementos dietéticos, apenas alimentos comuns ▪ Não devem apresentar risco de toxicidade Nutracêutico ▪ Alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios médicos (prevenção e tto da doença) ▪ Incluem os suplementos dietéticos ▪ Podem apresentar risco de toxicidade DEFINIÇÃO Colla e Moraes, 2006 LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 16, de 30/04/1999, da ANVISA/MS Regulamento técnico de procedimentos para registro de novos alimentos e/ou novo ingrediente São alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no país, ou alimentos com substâncias já consumidas, e que entretanto venham a ser adicionadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos u.lizados na dieta regular. Resolução RDC n° 16/1999 da ANVISA/MS Documentação para registro – Relatório Científico • Denominação de venda • Finalidade de uso • Recomendação de uso • Descrição cien`fica dos ingredientes do produto • Composição química ou formulação • Metodologia analí.ca para avaliação do alimento ou ingrediente • Evidências cien`ficas rela.vas à comprovação de segurança de uso -‐ ensaios nutricionais e/ou fisiológicos e/ou toxicológicos em animais -‐ ensaios bioquímicos -‐ estudos epidemiológicos -‐ ensaios clínicos -‐ estudos populacionais Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 16, de 30/04/1999, da ANVISA/MS Os alimentos que vierem a ser comercializados em forma de cápsulas, comprimidos ou outras fórmulas farmacêuticas, e que não apresentem alegação de propriedade funcional ou de saúde científicamente comprovadas deverão trazer no rótulo a seguinte informação: “O Ministério da Saúde adverte: Não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças.” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 16, de 30/04/1999, da ANVISA/MS • Qualquer informação ou propriedade funcional ou de saúde veiculada, por qualquer meio de comunicação, não poderá ser diferente em seu significado daquela aprovada para constar em sua rotulagem. • Avaliação técnica: Comissão de Assessoramento Tecnicocien`fica em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 17, de 30/04/1999, da ANVISA/MS Regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para avaliação de risco e segurança dos alimentos. LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 18, de 30/04/1999, da ANVISA/MS Regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. LEGISLAÇÃO Alegação de propriedade funcional: É aquela rela.va ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano Alegação de propriedade de saúde: É aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde. LEGISLAÇÃO Diretrizes para u.lização da alegação de propriedade funcional e/ou de saúde: • Permi.da em caráter opcional • Deve ser seguro para consumo sem supervisão médica • Demonstração da eficácia • Comprovação cien`fica da alegação • Não são permi.das alegações que façam referência à cura ou prevenção de doenças • Podem fazer referências á: manutenção da saúde / papel fisiológico dos nutrientes / redução de risco a doença. Resolução RDC n° 19, de 30/04/1999, da ANVISA/MS Regulamento técnico de procedimentos para registro de alimento com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde em sua rotulagem • Registro do alimento: obrigatório • Registro da alegação autorizada • Definidas as advertências LEGISLAÇÃO Resolução RDC n° 2, de 07/01/2002, da ANVISA/MS Regulamento técnico de Substâncias Bioa.vas e Probió.cos Isolados com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde. • Carotenóides; Organosulfurados • Fitoesteróis; Polifenóis • Flavonóides; Probió.cos • Fosfolipides; LEGISLAÇÃO DEFINIÇÕES: • ProbióTco: microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intes.nal, produzindo efeitos benéficosà saúde do indivíduo. •Substância bioaTva: além dos nutrientes, os não-‐nutrientes que possuem ação metabólica ou fisiológica específica. •Novos alimentos: alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no País, ou alimentos com substâncias já consumidas e que, entretanto, venham a ser adicionadas ou u.lizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos u.lizados na dieta regular. Resolução RDC n° 2, de 07/01/2002, da ANVISA/MS LEGISLAÇÃO Ácidos graxos da Família Ômega 3 • Alegação aprovada: “O consumo de ácidos graxos Ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Ácidos graxos da Família Ômega 3 Requisitos específicos: o Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos de cadeia longa provenientes de peixe: EPA – ácido eicosapentaenóico e DHA – ácido docosahexaenóico. o Deve constar no rótulo a advertência (destaque e em negrito) “Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto.” o Quantidade de Ômega 3 deve ser declarada na Informação Nutricional - completa da gordura: totais, saturadas, monoinsaturadas, polinsaturadas, EPA e DHA. o Declarar somente quando o produto contiver no mínimo 0,1 g de EPA e/ou DHA na porção ou em 100g ou 100mL do produto pronto para o consumo, caso a porção seja maior 100g ou 100mL. Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Alegações relativas a Carotenóides Antioxidantes Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Licopeno/Luteína/ Zeaxantina Alegação aprovada: “O(A) (nome da sustância) tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisito específico: • A quan.dade de licopeno/luteína/zeaxan.na, con.da na porção do produto pronto para o consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo a alegação. Alegações relativas a Fibra Alimentar • Fibras totais (solúveis e insolúveis) • Beta glucana • Dextrina resistente • Frutooligossacarídeo – FOS • Goma guar parcialmente hidrolisada • Inulina • Lactulose • Polidextrose • Psillium • Quitosana LEGISLAÇÃO Fibras Alimentares • Alegação aprovada: “ As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Requisitos específicos: • Alegação pode ser u.lizada desde que a porção do produto pronto para o consume, forneça no mínimo 3g de fibras (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) . • Quando apresentada isolada na forma de cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, deve constar no rótulo a frase de advertência em destaque e negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos.” Instituto Adolfo Lutz Fibras Alimentares LEGISLAÇÃO Beta Glucana/ Dextrina Resistente Alegação aprovada (somente para a beta glucana presente na aveia): “A (nome da substância) (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de beta glucana/dextrina (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • Na tabela de IN deve ser declarada a quanitdade de beta glucana/dextrina, abaixo de fibras alimentares • Isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós ou similares: Advertência “O consumo deste produto deve ser acomplanhado da ingestão de líquidos” LEGISLAÇÃO Frutooligossacarídeos – FOS / Inulina Alegação aprovada : “Os fruto oligossacarídeos – FOS / inulina contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de FOS / inulina (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para o consumo. • Na tabela de IN deve ser declarada a quanitdade de frutooligossacarídeo, abaixo de fibras alimentares • Isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós ou similares: Advertência “O consumo deste produto deve ser acomplanhado da ingestão de líquidos” LEGISLAÇÃO Goma Guar Parcialmente Hidrolisada/ Lactulose Alegação aprovada: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de goma guar / lactulose (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • Na tabela de IN deve ser declarada a quan.dade de goma guar / lactulose, abaixo de fibras alimentares • Isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós ou similares: Advertência “O consumo deste produto deve ser acomplanhado da ingestão de líquidos” LEGISLAÇÃO Polidextrose Alegação aprovada: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de polidextrose (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • Na tabela de IN deve ser declarada a quan.dade de polidextrose, abaixode fibras alimentares • Isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós ou similares: Advertência “O consumo deste produto deve ser acomplanhado da ingestão de líquidos” LEGISLAÇÃO Psillium ou Psyllium Alegação aprovada (espécie Plantago ovata): “O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de psillium (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • Na tabela de IN deve ser declarada a quan.dade de Psillium, abaixo de fibras alimentares • Isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós ou similares: Advertência “O consumo deste produto deve ser acomplanhado da ingestão de líquidos” LEGISLAÇÃO Quitosana • Alegação aprovada: “A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Quitosanas Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 3g de quitosana (alimento sólido) ou 1,5g (alimento líquido) • Na informação nutricional deve ser declarada a quan.dade de Quitosanas, abaixo de fibra alimentar. • Deve constar no rótulo a frase de advertência em destaque e negrito: “Pessoas alérgicas a peixe e crustáceos devem evitar o consumo deste produto.” “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos.” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Fitoesteróis Alegação aprovada: “Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Fitoesteróis Requisitos específicos: • Porção do produto pronto para o consumo forneçer no mínimo 1,5g de fitoesteróis livres. Quan.dades inferiores poderão ser u.lizadas desde que comprovadas na matriz alimentar. • A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3 porções/dia, deve garan.r ingestão entre 1 a 3g de fitoesteróis livres/dia • Quan.dade de fitoesteróis na porção do produto pronto para o consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. • Deve constar no rótulo as advertências em destaque e em negrito: “Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica.” “Os fitoesteróis não fornecem bene]cios adicionais quando consumidos acima de 3g/dia.” “O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes.” LEGISLAÇÃO Polióis: Manitol / Xilitol / Sorbitol Alegação aprovada: “ Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O consumo do produto não subs.tui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação.” Aprovada somente para gomas de mascar sem açúcar. LEGISLAÇÃO PROBIÓTICOS (Lactobacillus Acidóphilus / Casei shirota / Casei variedade Rhammosus; Bifidobacterium Bifidum / animallis / Logum, etc) • Alegação aprovada “O (indicar a espécie do microganismo) (probió.co) contribui para o equilíbrio da flora intes.nal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” • Requisitos específicos: - Quan.dade do probió.co em UFC na recomendação diária do produto pronto para o consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. - A empresa deve apresentar laudo de análise do produto para comprovar a quan.dade do microrganismo viável até o final do prazo de validade. Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO Proteína de Soja Alegação aprovada: “O consumo diário de no mínimo 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos: ü Quan.dade de proteína de soja na porção do produto pronto para o consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não podem veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo (“contém), funcional, de saúde e terapêuTcas (prevenção, tratamento e cura de doenças)”. Instituto Adolfo Lutz LEGISLAÇÃO
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