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Conceitos de Ética, Moral, Deontologia e Bioética

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CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, DEONTOLOGIA E BIOÉTICA
ÉTICA procede do termo grego ethos, que significa modo de ser, conduta de vida.
	É a ciência que tem por objeto os atos morais.
	É a reflexão questionadora da realidade que envolve o ser humano, englobando suas experiências, vivências, dilemas, problemas e as relações sociais no mundo da vida e do trabalho. (Oguisso, 2005).
ÉTICA PROFISSIONAL é parte da ética, que provém do termo grego ethos e pode englobar a dimensão do cuidar, como prevenção, promoção, recuperação de possíveis danos, valorização e respeito à vida.
MORAL, do latim mos, moris, significa usos e costumes. É um conjunto de regras de condutas consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada. (Ferreira,1988).
	É a vivência prática dos valores que o grupo social estabelece. (Oguisso, 2005).
A fonte dos princípios morais da Enfermagem é o seu ethos, que orienta a ação do enfermeiro para o cliente, exigindo o compromisso de uma relação significativa para ambos.
A vida é o valor ético fundamental e o respeito pela pessoa humana é a atitude indispensável no relacionamento interpessoal, que possibilita ao cliente confiar sua vida aos cuidados do enfermeiro. (Santos, 2002).
DEONTOLOGIA provém do grego deon, deontos (dever) e logos (tratado).
	É qualificada como o estudo dos deveres de um grupo profissional. (Gelain, 2005).
 	 Refere-se aos valores e aos princípios éticos que fundamentam a ação dos enfermeiros ao promover a vida, a saúde, a integridade e a dignidade humana. (Santos, 2002).
A BIOÉTICA surgiu com o avanço das ciências biomédicas que trouxeram questões relacionadas com a vida (bebê de proveta, bancos de esperma, transplantes de órgãos, entre outros) e que escaparam à análise até então existente.
	Por definição, BIOÉTICA (BIOS = vida; ÉTICA = ETHOS ) é o estudo dos problemas éticos ocasionados pelo avanço das ciências biológicas, bioquímicas e médicas.
É também conceituada como uma ética aplicada que se ocupa do uso correto das novas tecnologias na área das ciências médicas e da solução adequada dos dilemas morais por ela apresentados. (Gelain, 2005).
	Ética aplicada: utilização da estrutura das teorias gerais da ética e dos princípios morais, aplicando-a a problemas específicos. (Smeltzer e Bare, 1994).
A BIOÉTICA baseia suas reflexões sobre princípios éticos comuns (que podem ser empregados para validar alegações morais):
AUTONOMIA: Refere-se a uma regra pessoal. Inclui os direitos, a privacidade e as opções individuais. Implica na capacidade de escolha, livre de restrições externas.
BENEFICÊNCIA: O dever de fazer o bem e a promoção de atos de benevolência (bondade, gentileza e caridade). Também pode incluir a obrigação de não fazer o mal.
NÃO MALEFICÊNCIA: O dever de não infringir o mal, assim como de impedir e remover o mal.
PATERNALISMO: A limitação intencional da autonomia de outro indivíduo, justificada por um apelo à beneficência ou o bem-estar ou às necessidades de outra pessoa.
CONFIDENCIALIDADE: Princípio relacionado ao conceito de privacidade. As informações obtidas de um indivíduo não serão reveladas a outrem, a não ser que isto beneficie a pessoa ou haja uma ameaça direta ao bem social.
DUPLO EFEITO: Princípio que justifica moralmente algumas ações que podem produzir efeitos tanto benéficos quanto maléficos.
FIDELIDADE: Cumprimento das promessas. O dever de ser fiel aos próprios compromissos.
JUSTIÇA: É a distribuição justa, eqüitativa, apropriada e universal no que se refere aos benefícios dos serviços e ações dos agentes de saúde
RESPEITO ÀS PESSOAS: Respeito pela autonomia daquele que é assistido, de modo a possibilitar-lhes fazer escolhas.
SANTIDADE DA VIDA: A perspectiva de que a vida é o maior bem.
VERACIDADE: A obrigação de dizer a verdade e não mentir ou enganar as outras pessoas.
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CONSCIÊNCIA: Significa o julgamento interno que cada pessoa faz de seus atos e dos atos dos outros.
	 Baseia-se nos valores e nas potencialidades de cada ser humano, envolvendo sua realização, formando-se com isso a consciência deontológica. Cria-se uma forma individual ou grupal de analisar o que está conforme ou não com os parâmetros éticos.
	A partir daí estabelece-se a consciência profissional de um grupo, ou seja, a maneira característica de uma profissão analisar, interpretar e julgar os problemas deontológicos.
LIBERDADE: É a expressão da necessidade de poder tornar-se pessoa. Reside na própria atitude do homem de assumir-se e assumir o processo de se realizar.
	Livre é quem puder realizar seu projeto vital.
	Liberdade é poder personalizar-se, é poder criar novidades existenciais no ser a partir da realização de seus projetos. É poder crescer.
VALORES: São os fundamentos motores do agir humano, ou seja, os valores dão a dinâmica do agir; o homem que perde os valores perde a razão de seus atos e sente perder o sentido da vida. É algo pelo qual vale a pena viver, lutar e até morrer.
	São as aspirações básicas do ser humano: e estão relacionadas com a realização das potencialidades originárias do homem, de acordo com suas escolhas e seus interesses.
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A Consciência constitui-se num dos fundamentos da consciência deontológica pelo fato de que, no aspecto psicológico, o nível de consciência vai caracterizar o nível de responsabilidade do agir humano, e no aspecto deontológico, forma um modo próprio ou coletivo de julgar, que pode sofrer alterações de um grupo profissional para outro, de época para época.
Como a Deontologia trata dos atos humanos relacionados com a realização do ser, (onde aí se incluem seus deveres e sua responsabilidade profissional), a Liberdade, por definição, também inclui a realização do ser, fundamentando a Deontologia.
	Os valores também fundamentam a deontologia, uma vez que são através dos valores que se fundamentam as ações dos enfermeiros. (Gelain, 2005).
BIBLIOGRAFIA:
BÁSICA:
SANTOS, Elaine Franco dos, et al. Legislação em Enfermagem – Atos Normativos do Exercício e do Ensino. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006.
OGUISSO, Taka; SCHMIDT, Maria José. O Exercício da Enfermagem – Uma Abordagem Ético-Legal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
OGUISSO, Taka (org). Trajetória Histórica e Legal da Enfermagem. Barueri, São Paulo: Manole, 2005.
COMPLEMENTAR:
BERNARD, jean. Bioética. São Paulo: Ética, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Código de ética dos profissionais de Enfermagem. Rio de Janeiro, 1993.
FERNANDES, Javier Gafo. 10 Palavras Chave em Bioética. São Paulo: Paulinas, 2001.
SANTOS, Iraci dos. et al. Enfermagem Fundamental: Realidade, Questões, Soluções. São Paulo: Atheneu, 2002.
SEGRE, Marco. A Questão Ética e a Saúde Humana. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006.
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