Buscar

Responsabilidade Ético-Legal do Enfermeiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

A RESPONSABILIDADE ÉTICO-LEGAL DO ENFERMEIRO
ASPECTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO DAS LEGISLAÇÕES DE ENFERMAGEM 
Qual a origem das normas e regras sociais e sua importância na regulamentação das atividades da equipe de enfermagem hoje?
	Desde a Antigüidade existem normas regulando as relações das pessoas em sociedade. As normas antes buscavam estabelecer regras para o convívio social, os direitos e deveres dos indivíduos, mas também impunham sanções ou reprimendas a quem não as cumprisse.
O código de Hamurabi – dispõe sobre os atos da vida civil e comercial, como contratos, direitos e deveres em relação à propriedade, posse, casamento e atividades mercantis.
	De acordo com suas leis, o médico devia responder por atos que causassem prejuízo ao enfermo.
A quem compete estabelecer regras para o exercício das atividades dos profissionais de enfermagem? Ao Congresso Nacional.
Por que é necessário conhecermos as leis que regulamentam nossas atribuições profissionais?
	Segundo o Art. 21 do Código Penal brasileiro:
	“O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.”
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
	Portanto, o indivíduo responde por sua conduta, quando consciente, livre e capaz de entendimento das conseqüências do seu ato.
Mas, além das normas jurídicas, existem usos e costumes que precisam ser conhecidos em cada sociedade e cultura.
Nos primórdios das civilizações, a lei era o que o rei ou o imperador manifestava como sendo sua vontade soberana, e acreditava-se que sua manifestação era divina e, portanto, ele tinha o direito de tomar decisões e aplicar sanções. 
Essas decisões e sanções, inicialmente dos reis e depois dos juízes, foram sendo acumuladas e passaram a servir como parâmetros e regras para os casos similares. Passaram então a constituir um princípio de direito pelo uso e costume.
Mesmo hoje, os julgados de tribunais (acórdãos como são chamados) e decisões de juízes (as sentenças) constituem um conjunto de regras e interpretações de textos da lei conhecidos como jurisprudência.
Antes de entrar no campo da legislação é necessário conhecer algumas noções de direito.
O Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada pessoa humana como parte integrante da sociedade.
O Direito pode ser dividido em duas grandes classes: O Direito Público e o Direito Privado.
O Direito Público está voltado para os interesses da coletividade, como o direito penal, constitucional, administrativo, trabalhista e internacional. Por exemplo: investigação de homicídio.
O Direito Privado procura regular as relações entre os indivíduos, como as regras do direito civil e do direito comercial. Por exemplo: compra e venda de bens.
O Direito está pressuposto em cada ação humana, desde o ato de respirar até o de realizar negócios jurídicos.
Por essa razão o Direito é um produto social, resultado da realidade humana, cultural e histórica.
Daí o seu caráter dinâmico, porque a própria sociedade vai discutindo-o de tempos em tempos, buscando adequar-se às constantes mudanças e necessidades sociais.
Não se pode confundir o Direito (ciência) com os direitos individuais ou coletivos.
Quando falamos em direitos referimo-nos às garantias da pessoa para viver em sociedade.
Mas não existem direitos sem obrigações.
Costuma-se dizer que para cada dever cumprido há um direito correspondente.
As fontes do direito (ciência) são a lei, os usos e costumes, a doutrina (fruto do trabalho de pesquisadores e pareceristas na área jurídica) e a jurisprudência. 
Quando não houver normas jurídicas específicas regulando determinada matéria ou assunto, utilizam-se a analogia (situações semelhantes), a eqüidade (considera o ideal ético da justiça) e os princípios gerais do direito (considerados os parâmetros, referenciais ou alicerces do Direito).
A importância do conhecimento da legislação geral e da legislação profissional de enfermagem deve-se a dois motivos:
	- A legislação possibilita a criação ou a extinção de direitos e obrigações;
	- Ninguém se isenta de cumprimento da lei alegando desconhecimento.
Daí a obrigação de todas as pessoas conhecerem as normas específicas da sua profissão, mas também o ordenamento jurídico de seu País.
LEGISLAÇÃO ATUAL DO EXERCÍCIO DE ENFERMAGEM
A Legislação específica da enfermagem teve início com o Decreto n. 791, de 27 de setembro de 1890 – criação da primeira escola profissional de enfermeiros e enfermeiras no Hospital Nacional de Alienados.
A primeira legislação brasileira sobre a formação da parteira foi uma lei de 1832, que dava “nova organização às academias médico-cirúrgicas do RJ e da Bahia”, e estipulava que deveria haver um curso particular para as parteiras.
 O Decreto n. 828, de 29 de setembro de 1851, exigia que médicos, cirurgiões, boticários, dentistas e parteiras apresentassem seus diplomas na corte e na província do Rio de Janeiro.
O Decreto n. 1387, de 28 de abril de 1854, que dispunha sobre os novos estatutos de escolas de medicina, previa que o curso obstétrico era de 2 anos e as alunas deveriam freqüentar a cadeira de partos do 4° ano médico.
O Decreto n. 7247 de 19 de abril de 1879, reformava o ensino superior de todo o império, e estipulava que a cada uma das faculdades de medicina ficariam anexos um curso de obstetrícia e ginecologia.
O ingresso era permitido a homens e mulheres entre 18 e 30 anos. O candidato deveria ser vacinado e aprovado em exames de português, aritmética, francês, álgebra e geometria.
Cinco anos depois, o Decreto n. 9311, de 25 de outubro de 1884, que dava novos estatutos às faculdades de medicina, alterava, no art. 372 as matérias nas quais deveriam ser aprovados os candidatos para poder matricular-se no curso de obstetrícia. Essas matérias passaram a ser português, francês, aritmética e elementos de física, química e história natural.
Em 1921, foi criado um regulamento para o serviço de saúde do Exército, em que os enfermeiros foram incluídos como parte do pessoal subalterno, juntamente com padioleiros e outro auxiliares, e exigia-se que fossem robustos e que soubessem ler e escrever.
O Decreto n. 15.799, de 10 de novembro de 1922, aprovou o Regulamento do Hospital Geral do DNSP e previa a criação da escola de enfermeiras desse departamento.
Um ano depois, o Decreto n. 16.300, de 31 de dezembro de 1923, criou, de fato, uma escola para enfermeiras nesse Departamento, atualmente denominada Escola de Enfermagem Anna Nery, da UFRJ.
Pode-se destacar que, até então, em matéria de exercício, o enfermeiro estava no mesmo patamar dos massagistas, manicuros, pedicuros, pois todos estavam obrigados a seguir estritamente ordens médicas.
O Decreto n. 20.109, de 15 de junho de 1931, em seu art. 1°, tratava do exercício de enfermagem e mencionava que somente poderia usar o título de enfermeiro diplomado aquele que tivesse o diploma expedido por escola oficial ou equiparada ao “padrão” Anna Nery, na forma de lei, e registrado no DNSP.
O Decreto n. 20.931, de 11 de janeiro de 1932, regulamentava e fiscalizava o exercício da medicina, odontologia, medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, parteira e enfermeira.
A Lei n. 775, de 06 de agosto de 1949, passou a regulamentar o ensino de enfermagem e, em seu art. 21 dispunha que as instituições hospitalares só poderiam contratar para a direção de seus serviços enfermeiros diplomados. A partir desta lei as demais escolas de enf. foram reconhecidas.
A Lei n. 3.780, de 12 de julho de 1960, estabeleceu a Classificação de Cargos do serviço civil do Poder Executivo, tendo grande relevância para a enfermagem, pois limitousuas denominações conforme suas atribuições e responsabilidades.
Foi essa lei que colocou o enfermeiro como profissional técnico-científico de nível superior no serviço público federal.
A Lei n. 2.604, de 17 de setembro de 1955, tratava exclusivamente do exercício da enfermagem, definindo suas categorias.
Na época existiam muitas categorias dentro da enfermagem, como os enfermeiros práticos, os práticos de enfermagem, enfermeiros assistentes, assistentes de enfermagem, enfermeiros militares, atendentes e outras tantas denominações. Essa lei revogou o Decreto n. 20.109/31 citado anteriormente.
A Lei n. 2604/55 somente foi regulamentada 5 anos depois, com o Decreto n. 50.387 de 28 de março de 1961.
O motivo dessa demora foi a existência de uma situação de conflito entre enfermeiras e obstetrizes, em que estas últimas queriam um projeto de lei específico da obstetrícia e independente em relação à enfermagem, considerando que aquela era profissão mais antiga que a enfermagem
O que caracterizou o Decreto n. 50.387/61 foi a definição do exercício da enfermagem, que consistia em observação e cuidado de doente, gestante e acidentado; a administração de medicamentos e tratamentos prescritos pelo médico; educação sanitária e aplicação de medidas preventivas de doenças.
Definiu ainda quem poderia exercer legalmente a profissão, incluindo obstetrizes e parteiras.
Neste diploma legal, quatro funções diferenciavam o enfermeiro das outras categorias de enfermagem:
	- Administrar serviços de enfermagem;
- Participar do ensino em escolas de enfermagem e de auxiliares de enfermagem ou treinar pessoa de enfermagem;
	- Dirigir e inspecionar escolas de enfermagem;
	- Participar de bancas examinadoras.
Portanto, as atividades de enfermagem poderiam ser exercidas por todos os membros da equipe, sem distinção.
Esta legislação tratava também dos deveres e proibições para o pessoal de enfermagem, exceto o técnico de enfermagem, que ainda não existia na época do Decreto n. 50.387/61. (Oguisso, 2005)
LEGISLAÇÃO ATUAL DO EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM
A Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 regulamenta o exercício da enfermagem em todo o território nacional. Ela estabelece os direitos e as competências de cada categoria da enfermagem.
	Discute a responsabilidade de enfermeiros, técnicos e auxiliares, sobretudo quando ocorrem casos de denúncias de negligência, imperícia ou imprudência cometida por estes profissionais que, de alguma forma, acarretam prejuízos ao cliente, à instituição e à reputação da profissão.
IMPRUDÊNCIA = inconveniência; fazer o que não se deve (quando o profissional sabe fazer certo, mas faz errado);
NEGLIGÊNCIA = descuido, incúria, a não realização de uma ação (quando o profissional sabe o que fazer, mas não faz);
IMPERÍCIA = incompetência (quando o profissional não sabe como fazer, mas faz assim mesmo).
Responsabilidade: tem a conotação de obrigação, compromisso ou dever de satisfazer ou executar alguma coisa que se convencionou ou, suportar as sanções ou penalidades decorrentes dessa obrigação.
Conduta profissional: conseqüente da intenção (dolo) de provocar determinado resultado ou da culpa, em que não se deseja um resultado prejudicial ao cliente.
DOLO = é quando o agente quis o resultado ou assume o risco de produzi-lo.
CULPA = quando o agente deu causa do resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
	No entanto, havendo culpa ou dolo o profissional responde pelos riscos e danos acarretados, como atos lesivos contra a vida, lesões corporais, perigo à vida e à saúde, maus tratos e abandono de incapaz. (delitos)
Agindo com ou sem intencionalidade de causar prejuízo ao cliente, o profissional poderá ser responsabilizado nas instâncias ética, civil ou criminal.
 Somente na Lei 7.498/86 (e seu Decreto regulamentador n. 94.406, de 08 de junho de 1987), é que as categorias são discriminadas quanto às suas atribuições específicas, inclusive a do técnico de enfermagem.
O Art. 7° destaca quem são os técnicos de enfermagem e o Art. 12 determina quais as atividades que lhes competem.
Por outro lado, no Art. 11 determina as competências privativas do enfermeiro, algo não contemplado em legislações anteriores.
Pela primeira vez as ações de enfermagem foram classificadas em atividades complexas e elementares.
Neste artigo a Lei do Exercício estabelece que ao enfermeiro compete, privativamente, cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica, que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
As atividades elementares são aquelas de fácil execução e entendimento, que não requerem conhecimento científico, adquiridas por treinamento e/ou prática;
As atividades elementares requerem ainda destreza manual, restringem-se a situações de rotina e repetição, não envolvem cuidados diretos ao cliente, não colocam em risco a comunidade, o ambiente e/ou a saúde do executante, mas contribuem para que a assistência de enfermagem seja mais eficiente. (Resolução COFEN n. 186/1995)
As atividades dos técnicos e auxiliares estão sob supervisão e acompanhamento do enfermeiro, tendo este portanto uma responsabilidade mais abrangente, cabendo-lhe avaliar a capacidade técnica de cada membro de sua equipe.
A Lei n. 8.697, de 28 de dezembro de 1994 alterou a redação do art. 23 da Lei n. 7.498/86, assegurando aos atendentes de enfermagem admitidos antes da vigência desta lei o exercício de atividades elementares.
O referido art. 23 estabelecia um prazo de 10 anos, a contar da promulgação daquela lei, para que o pessoal que exercesse atividades de enfermagem sem formação específica pudesse continuar a exercê-las, devidamente autorizado pelo COFEN.
Atualmente o MS criou o projeto de profissionalização de trabalhadores da área de enfermagem (PROFAE) com o objetivo de complementar a qualificação destes profissionais.
Esta política de profissionalização de recursos humanos é necessária, pois visa a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, principalmente se considerarmos o enorme contingente de atendentes de enfermagem, cerca de 63% de sua força de trabalho de enfermagem, conforme levantamento realizado pelo COFEN (1985).
Nessa categoria está incluído todo o pessoal auxiliar não regulamentado por lei, como agente de saúde, visitador sanitário, auxiliar operacional de serviços diversos, auxiliar de serviços médicos, auxiliar hospitalar, atendente de saúde rural, instrumentador cirúrgico, auxiliar de saúde e outras tantas denominações, sem preparo formal, com ou sem programas de treinamento.
O Decreto n. 94.406, de 08 de junho de 1987, destaca que o exercício de enfermagem é privativo do enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteiro, somente sendo permitido ao profissional inscrito no COREN da respectiva região.
	Além de determinar quem faz parte de cada uma dessas categorias, estabelece as atividades privativas do enfermeiro e aquelas em que ele participa como parte da equipe de saúde.
Assim, cabe ao enfermeiro privativamente, de acordo com o Art. 8° do Decreto n. 94.406/87, dentre outras:
Direção e liderança das atividades e dos serviços de enfermagem;
Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação da assistência de enfermagem;
Consulta e prescrição da assistência de enfermagem;
Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida e maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.
	Como participante da equipe de saúde, cabe ao enfermeiro, dentre outras ações, de acordo com o art. 8°, inc. II, integrar-se:
Na elaboração, planejamento, execução e avaliação de planos e programas de saúde, de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos ou prioritários e de alto risco;
Na prevenção e controle da infecção hospitalar;
Na educação sanitária e vigilância epidemiológica;
Em projetos de construção ou reforma de unidades de saúde;No treinamento de pessoal de saúde;
Na prestação de assistência obstétrica e execução de parto sem distocia, em casos de emergência.
	Ao enfermeiro obstétrico cabe, conforme os artigos 9° e 12 do referido Decreto, prestar assistência à parturiente e ao parto normal, identificar distocias obstétricas e tomar providências até a chegada do médico, e realizar episiotomias e episiorrafias, com aplicação de anestesia local, havendo necessidade.
Ao técnico de enfermagem compete, de acordo com o art. 10 do Decreto 94.406/87, as atividades auxiliares de nível médio técnico, cabendo-lhe:
 I – Assistir o enfermeiro:
No planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem;
Na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave;
Na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância epidemiológica;
Na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde;
Na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar;
Na execução dos programas referidos na letras i e o do item II do art. 8°;
II - Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no art. 9° deste Decreto;
III – Integrar a equipe de saúde.
Ao auxiliar de enfermagem compete as atividades auxiliares, de nível médio, cabendo-lhe:
Art. 11 [...]
I – Preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – Executar tratamentos, especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais como:
Ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
Realizar controle hídrico;
Fazer curativos;
Aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
Executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
Efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
Realizar testes e proceder à leitura, para subsídio de diagnóstico;
Colher material para exames laboratoriais;
Prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
Circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
Executar atividades de desinfecção e esterilização;
Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
Alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – Integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
Orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas;
Auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a saúde;
VII – Executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII – Participar dos procedimentos pós-morte.
________________________________________________________________________________
Pontos para estudo:
	1) Qual a origem das normas e regras sociais e sua importância na regulamentação das atividades da equipe de enfermagem hoje?
	2) Por que é necessário conhecermos as leis que regulamentam nossas atribuições profissionais?
3) Identificar as principais legislações brasileiras que repercutem na atuação da equipe de enfermagem.
	4) Discutir as atribuições específicas do enfermeiro na legislação vigente até o ano de 1961.
Curiosidades:
O Código de Hamurabi é um dos mais antigos conjuntos de leis já encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotâmia. Segundo os cálculos, estima-se que tenha sido elaborado por Hamurabi por volta de 1700 a.C..
Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais. Os acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. Acórdão, portanto, é a decisão do órgão colegiado de um tribunal (câmara, turma, seção, órgão especial, plenário etc.), se diferenciando da sentença, decisão interlocutória e do despacho, que emana de um órgão monocrático, seja este um juiz de primeiro grau, seja um desembargador ou ministro de tribunais. Estes, normalmente, na qualidade de relator, de presidente ou vice-presidente, quanto os atos de sua competência.
A instalação da Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) em terreno anexo ao Hospital Geral de Assistência do DNSP foi prevista pelo artigo 7° do decreto n° 15.799, de 10/11/1922, que aprovou o regulamento desse Hospital, destinado a prestar assistência médico-cirúrgica aos indigentes.
A Escola de Enfermagem Anna Nery/EEAN da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, primeira Escola de Enfermagem no Brasil, surgiu no contexto do movimento sanitarista brasileiro do início do século XX, sendo criada pelo Decreto n0 16.300 de 31 de dezembro de 1923, como Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde, denominada Escola de Enfermeiras D. Ana Néri, pelo Decreto n0 17.268 de 31 de março de 1926, implantando a carreira de Enfermagem – modelo “Nightingale” – em nível nacional.

Outros materiais