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Ciência Moderna versus Ciência Pós-Moderna

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Resumo de Pesquisa 
Um discurso sobre as ciências na transição para ciência pós-moderna 
Os progressos científicos datam o século XVI ao século XIX. A ciência que nos tira de 
uma carência e uma insegurança,auxiliando-nos a comunicarmos e a satisfazer outras 
necessidades. Entretanto, essa mesma ciência pode ser a causa de catrastofes naturais e ser 
usada para guerras nucleares e químicas. 
O período de transição da ciência é marcado por uma complexidade e ambiguidade, 
por conta da perda de confiança epistemológica e mudanças na forma de se ver as ciências 
naturais e sociais. 
 O paradigma dominante: 
O modelo de racionalidade da modernidade pauta-se na ciência natural. 
A ciência moderna nega a cientificidade daqueles que não seguem seus princípios 
epistemológicos e metodológicos. Sendo assim autoritária e dogmática. 
Além disso, essa ciência acaba fazendo com que o homem seja possuidor da natureza, 
ela cria leis naturais, as quais possuem resultados que se mantém iguais em qualquer condição 
inicial, tempo e lugar. 
 Ela pauta-se no rigor matemático, assim ela possui um método quantitativo, sendo 
aquilo que não for quantificável tende a ser cientificamente irrelevante. Esse método tenta 
tornar as coisas menos complexas. 
A ciência moderna possui características como: analise, separação entre sujeito e 
objeto que acaba por dificultar com que o sujeito torne-se um objeto de estudo, quantificação, 
informação, disciplina e escrita cientifica. 
Ele acaba tendendo a uma divisão em duas vertentes: 
- A primeira que acaba tentando fazer com que os estudos da sociedade se enquadrem 
nos seus princípios epistemológicos e metodológicos, tendendo-se portanto ao positivismo. 
O positivismo possui como princípios básicos: neutralidade, objetividade, 
distanciamento. Além de outros quatro princípios: 
Principio do fenomenalismo: que faz com que apenas aquele objeto que seja cabível a 
uma experiência sensorial poderá ser uma objeto de experiência cientifica. 
Principio do nominalismo: Que faz com que a linguagem cientifica tenda a ter como 
referencia um objeto externo, privado e individual, e não um objeto abstrato. 
Principio da unidade da ciência: que indica a existência de um único método que deve 
ser seguido por todas as outras ciências. 
Principio que nega o valor cientifico a juízos de valor 
 - A segunda vertente tende a criar seus próprios princípios epistemológicos e 
metodológicos, essa que se liga com as ciências sociais. 
 As ciências sociais possuem obstáculos que impedem com que ela consiga seguir a 
primeira vertente que é positivista. Esses obstáculos são: ela não cria teorias explicativas, nem 
leis universais, ela não consegue criar previsões e tem como objeto de estudo fenômenos 
subjetivos. 
 Nagel aponta esses obstáculos como fatores para o atraso das ciências sociais,mas que 
podem ser superados com o tempo e dinheiro. 
 Khun diz que ela tende a esse atraso por conta dela ser pré-paradigmática e não 
paradigmática como as ciências naturais. Sendo o paradigma um conjunto de teorias e 
princípios seguidos por uma comunidade científica. 
 Assim, as ciências sociais tendem a criar seus próprios princípios, levando a formação 
de um método qualitativo, que forma um conhecimento intersubjetivo, descritivo e tenda a 
compreensão e não a explicação, ou seja, tenda ao anti-positivismo. 
 A crise do Paradigma Dominante: 
A crise do paradigma dominante tem marco na criação da mecânica quântica de 
Einsten, que acabou superando o paradigma de Newton ao acpresentar uma nova concepção 
de tempo e espaço. 
A crise foi formulada pelos limites da ciência moderna, que impedia o estudo de 
fenômenos entre outros assuntos, por conta de sua autoridade e dogmatização, o que resultou 
numa divisão entre anti-positivismo e positivismo. 
Durante essa crise começou-se a desenvolver reflexões sobre o conhecimento 
cientifico, entre outras problematizações sobre a pratica cientifica, que já eram formuladas 
pelos sociólogos da época. Uma dessas reflexões acabou por criticar o rigor matemático, ao 
qual a ciência moderna pautava-se, visto que a matemática não era algo extremamente 
confiável. 
A ciência auxiliou no avanço industrial, mas acabou tendendo cientistas a nível de 
proletarização em laboratórios e tornou instrumentos extremamente caros. 
 O Paradigma Emergente: 
Formula-se um novo paradigma, que é o paradigma da ciência pós-moderna. Ele 
pauta-se no ideal de Boaventura que diz que temos que tender a um conhecimento prudente 
para uma vida descente. A prudência viria a partir da ciência natural e a vida descente da 
ciência social, ambas iriam se unir e voltar-se a busca de tornar a ciência algo funcional e que 
leva-se a uma vida melhor, evitando-se coisas fúteis e indecências (negligencias, problemas 
etc). 
Com isso essa ciência pós-moderna apresentará característica como: síntese, auto-
conhecimento, escrita não tão cientifica, transdisciplinalidade, qualidade e exemplificação. 
O conhecimento, portanto, é pautado em 4 afirmações: 
1- Todo conhecimento cientifico-natural é cientifico-social: 
Isso que aponta a existência de uma união entre ciência natural e social, acabando com 
a dicotomia. Elas acabam por trabalhar juntas em pesquisa como: natural/ cultura, 
mente/matéria, anima/pessoa, etc. 
2- Todo conhecimento é local e total: 
Que tende a finalizar a formação de especialistas que não leva em conta o todo, ou 
seja, não levam em conta o social, econômico e o político. Além disso, tende-se a 
exemplificação tornando o conhecimento mais ilustrado. 
3- Todo conhecimento é autoconhecimento 
O objeto de experimento tende a ser a continuação do pesquisador. A pesquisa tornará 
uma forma do pesquisador se autoconhecer. 
 
4- Todo conhecimento visa construir um novo senso comum: 
Isso que fará com que o conhecimento tecnológico torne-se funcional, levando ao que 
o senso comum tenta nos levar: a uma vida mais simples, de maior qualidade de vida e no 
saber viver. Entretanto não se pautando num conhecimento empírico, mas agora num 
conhecimento cientifico. 
Cuidado metodológico signo crucial da qualidade 
 Grandes autores tendem a um cuidado metodológico para que suas pesquisas sejam 
dadas como científicas. Até mesmo Freud tentou colocar as teorias psicanalíticas nas bases 
cientificas. 
 A escola de Frankfurt destaca-se por tentar criar um método alternativo que conteste o 
positivismo e o empirismo, tornando possível o conhecimento se aproximar da realidade. 
 Método é o caminho que se pode seguir para alcançar algo. 
 Epistemologia é o estudo do conhecimento, formação de análises filosóficas sobre o 
conhecimento. 
 Cuidado metodológico tende a tirar a superficialidade da ciência, evitando dicotomias, 
certezas e parcialidade. 
 Discutindo o cuidado do método: 
Antigamente as disputas acadêmicas pautavam-se nas ideologias dividindo-se em 
positivistas, dialéticos, marxistas e não marxistas entre outros. 
Atualmente, a ideologia não é mais levada em conta, mas sim se a pesquisa é de 
qualidade aceitável. 
A mudança de paradigma aponta uma tendência pluralista que evita a prevalência de 
um único método, evitando-se assim a autoridade e dogmatismo, levando a ciência a um 
senso crítico. 
Há ciências que não consegue obter esse senso crítico e o pluralismo por conta de seu 
país estar em um regime autoritário. 
O paradigma antigo tende a um eurocentrismo que acaba por gerar uma epistemologia 
não multicultural. Agora com as mudanças há uma tendência de evitar esse eurocentrismo, 
lançando o método a uma epistemologia multicultural que auxilie na formação da autonomia. 
O novo paradigma ao tender a aproximar-se da realidade, aponta que não é possívela 
formação de uma teoria sobre tudo, visto que a realidade é complexa, dinâmica, não linear e 
ambivalente. Além disso, por meio de teorias, como a de Gödel, compreendemos essa ideia. A 
teoria da incompletude de Göhel aponta-nos que a matemática não é totalmente certa e 
completa, ela muitas vezes leva a erros e também não possui a interpretação que o humano é 
capaz de realizar. 
Essa ideia é explicada pelo estudo da inteligência artificial, que aponta que a maquina 
é linear e sintática, com isso é capaz de processar tudo, já nosso cérebro não é capaz de 
processar tudo, pois por ser dinâmico, não linear, ambivalente e semântico tende a interpretar, 
tal interpretação que leva ao não processamento de tudo. 
Muturana e Varela apontam que nós tendemos a uma categoria de autopoiese que nos 
faz tender a uma reconstrução da realidade. 
O aluno que pesquisa tende a essa autopoeise e torna-se autônomo e crítico. Assim ele 
evitará ser instruído e influenciado.O professor não pode influenciar o aluno, só pode fazer 
isso quando seu objetivo é tornar o aluno autônomo. 
 Qualidade Metodológica 
A qualidade metodológica liga-se a qualidade do conhecimento, com isso ela provém 
do cuidado na reflexão e prática do conhecimento, isso que pode ocorrer tanto subjetivamente 
quanto em uma comunidade científica. Isso que levará a critica e auto critica,evitando-se a 
autoridade e as banalidades.

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