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Litíase renal Texto Estudo Dirigido 02 06 2017

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Ramos, Vitello e Pimentel 
 
2012 
 
Brazilian Journal of Health 
v. 3, n.2, p. 22-31, Maio/Agosto 2012 
 
 
ISSN 2177-5273 
P
ag
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2
 
Braz J Health, 2012; 3(2): 22-31 
 
 
PREVENÇÃO DE LITÍASE RENAL ATRAVÉS DE 
MUDANÇAS DE HÁBITOS DE VIDA E DIETÉTICOS 
 
RENAL LITHIASIS PREVENTION THROUGH CHANGES IN LIFESTYLE AND 
DIETARY 
 
Antoniela de Paula Ramos1, Rodrigo Lopes Luís Vitello2, Luciana Cristina Pimentel3 
 
1 
Discente do curso de Farmácia da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), São Paulo/SP, Brasil; 
² Farmaceútico; 
3
 Docente do curso de Farmácia da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), São 
Paulo/SP, Brasil 
 
 
Resumo 
A maioria dos problemas de saúde pública são preveníveis. A litíase renal é uma das doenças de trato urinário e 
está associada a quadro clínico muito doloroso. O objetivo deste trabalho é estudar métodos de prevenção 
primária de litíase renal através de mudanças de hábitos de vida e dietéticos, a fim de diminuir a incidência de 
litíase renal. Através de pesquisas em livros, artigos científicos e sites que abordam o assunto, foi possível 
concluirmos que a maneira mais comum de se prevenir litíase é através de meios saudáveis como exercícios 
físicos, ingestão de água e dietas, nas quais não devemos retirar totalmente certos alimentos, e sim reduzi-los a 
quantidades menores. 
Palavras-chave: nefrolitíase; oxalate de cálcio; dieta 
Abstract 
Most public health problems are preventable. Renal lithiasis is one of the diseases of the urinary tract and is 
associated with clinical painful. The objective of this work is to study methods for primary prevention of renal 
lithiasis through changes in lifestyle and diet in order to reduce the incidence of renal stones. Through research 
in books, scientific articles and sites that discuss this subject, it was possible to conclude that the most common 
way to prevent nefrolithiasis is through healthy means, including exercise and diets, in which we should not 
totally remove certain food, but reduce them to smaller quantities. 
 Key words: nephrolithiasis, calcium oxalate, diet 
 
Ramos, Vitello e Pimentel 
 
2012 
 
Brazilian Journal of Health 
v. 3, n.2, p. 22-31, Maio/Agosto 2012 
 
 
ISSN 2177-5273 
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3
 
Introdução 
Prevenção é o conjunto de 
procedimentos que visam proteger e 
melhorar a saúde de uma população e, 
portanto, sua qualidade de vida. Existem 
três estágios da prevenção, prevenção 
primária é o período pré-patogênico, como 
campanhas preventivas e educativas; 
prevenção secundária interrompe a 
evolução e minimizar as conseqüências; e 
prevenção terciária promove a reabilitação 
(1, 2). 
A urolitíase (ou litíase renal) é uma 
das doenças dolorosa do trato urinário 
freqüente nos países industrializados 
devido a alterações no estilo de vida, com 
particular atenção aos hábitos dietéticos e 
situação nutricional dos formadores de 
cálculos (3, 4). A formação de cálculos no 
trato urinário sofre influência de variáveis 
como idade, sexo, ocupação, atividade 
física, condições climáticas, dietéticas, 
étnicas e geográficas (5). Maior ocorrência 
entre os 20 e os 40 anos. Os homens 
apresentam taxas de incidência e 
prevalência duas a quatro vezes maiores do 
que nas mulheres e maiores em sedentários 
do que em pessoas ativas. De25 a 55% das 
pessoas que apresentam litíase renal são 
filhos de pais com a mesma patologia. A 
obesidade também aumenta as chances de 
produção de cálculos de ácido úrico (4, 6).
 
A maneira exata da formação de 
cálculo ainda é desconhecida, porém ha 
vários eventos importantes que 
desenvolvem a sua produção. O aumento 
nas concentrações urinárias de substâncias 
precipitadoras, substâncias promotoras da 
cristalização e da agregação e presença dos 
inibidores fazem parte do mecanismo da 
criação de cálculos renais (3). O cristal 
pode dissolver-se, agregar-se, crescer ou 
induzir a nucleação de outros cristais, a fim 
de formar um cálculo, serão os fatores 
presentes no trato urinário que irão 
determinar qual destas variáveis 
predominará. As substâncias que 
promovem a cristalização são cálcio, ácido 
úrico, fosfato e oxalato (3, 5). O oxalato 
de cálcio, o fosfato, a hidroxiapatita 
(fosfato de cálcio cristalino) e a bruchita 
(fostafo de cálcio dihidratado) estão 
normalmente presentes na urina e só 
formam cálculos renais de oxalato de 
cálcio se houver deficiência dos inibidores 
endógenos da cristalização, como citrato, 
magnésio e pirofosfato inorgânico, pH 
urinário persistentemente alto ou baixo, 
obstrução do trato urinário e desidratação. 
O citrato urinário aumenta a solubilidade 
do cálcio ao complexar-se com este e 
exerce um efeito inibitório direto na 
cristalização dos sais de cálcio e ácido 
Ramos, Vitello e Pimentel 
 
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úrico. O magnésio também aumenta a 
solubilidade do oxalato e fosfato de cálcio. 
Dessa forma, existem vários distúrbios 
metabólicos que são associados à formação 
de cálculos de oxalato de cálcio, como: 
hiperoxalúria, hipercalciúria, 
hipocitratúria, hipomagnesúria (3, 6, 7, 8). 
A nucleação é o início de um cristal 
urinário que se dá pelo aumento da 
formação de microcristais em superfícies 
de células epiteliais ou hemácias. Quando 
esses cristais ancoram nas células 
epiteliais, devido à supersaturação na urina 
ou pela agregação de novas partículas, há a 
formação dos cálculos renais (9). Os 
cálculos urinários diferem em relação às 
quantidades variadas de cristais e de matriz 
orgânica. A maior proporção dos cálculos 
renais é de constituição mista. Dentre 
estes, o mineral mais freqüente é o oxalato 
de cálcio. Os cálculos de cistina, urato e 
xantina são raros (4, 8, 10). De 80 a 90 % 
do oxalato urinário são sintetizados no 
fígado, sendo o restante proveniente da 
dieta. Os dois principais precursores do 
oxalato hepático são o ácido ascórbico e o 
ácido glioxílico e, uma vez produzido, é 
totalmente excretado pelos rins. O oxalato 
oriundo da dieta se liga ao cálcio 
intraluminal no intestino delgado e é 
excretado como um complexo insolúvel de 
oxalato de cálcio, que não é absorvido. 
Apenas cerca de 10 a 20% do oxalato 
ingerido são absorvidos. Dietas pobres em 
cálcio aumentam a absorção de oxalato (7, 
8). 
Os cálculos de ácido úrico podem 
ocorrer por hiperuricemia e 
hiperuricosúria, mas metade deles são 
idiopáticos e decorrentes da acidez urinária 
ou de defeito renal na reabsorção tubular 
de ácido úrico (4, 8). Considera-se 
hiperuricosúria para níveis urinários de 
ácido úrico superiores a 700 mg/dia. É o 
mecanismo mais comum para a formação 
de litíase devido o meio estar 
supersaturado de oxalato de cálcio e de 
ácido úrico que removem as substâncias 
inibidoras da formação de cálculos cálcicos 
(3, 8). 
Na litíase úrica o pH da urina é 
menor que 6,0 (6, 7). A acidez da urina 
pode ser promovida por fatores diversos, 
entre eles estão dieta rica em proteínas 
animais, Diabetes mellitus e doenças 
respiratórias, podendo resultar na formação 
de cálculos de oxalato de cálcio e de ácido 
úrico (11). 
Não existe uma causa única para a 
litíase renal. Fatores metabólicos, 
ambientais ou nutricionais, como 
obesidade, alto consumo protéico, de sal e 
diminuição da ingestão hídrica estão 
relacionados como fatores de risco (6). 
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Mediante a crescente prevalência da 
litíase renal, faz-se necessário a 
intervenção dietética que contribua para a 
melhor qualidade de vida dos 
nefrolitisiacos e a prevenção primária para 
os propensos. O objetivo geral deste 
trabalho consiste em estudar ações 
preventivas primárias de natureza 
educativa que, mediante a divulgação da 
informação científica e recomendações 
normativas de mudanças de hábitos, sejam 
capazes de contribuir para a melhoria da 
qualidade de vida da população no que se 
refere à litíase renal. 
O objetivo específico é realizar uma 
revisão bibliográfica sobre os métodos de 
prevenção primária de litíase renal através 
de mudanças de hábitos de vida e 
dietéticos, a fim de diminuir a incidência 
de litíase renal. 
 
Método 
Para essa revisão da literatura, foram 
utilizados livros de fisiologia humana da 
biblioteca da Universidade Camilo Castelo 
Branco, diversas teses e dissertações das 
bibliotecas virtuais de universidades 
públicas como a USP, UnB e UNESP, 
artigos científicos de bases de dados como 
a Scielo, Bireme, e principalmente, em 
revistas virtuais de nefrologia, associações 
e sociedades governamentais com material 
eletrônico. Foram consultadas, também, as 
diretrizes clinicas online de nefrolitíase e 
para complementar a revisão examinaram-
se sites que abordam o tema em questão de 
uma forma generalista e pouco profunda. 
Utilizaram-se como critério de inclusão as 
referências atuais, com dados clínicos e 
mecanismos de formação de calculo renal, 
assim como sua profilaxia e dietética. 
Priorizaram-se também materiais em 
língua portuguesa e artigos científicos 
brasileiros por esses apresentarem 
inúmeras informações dietéticas para 
litisíaco ou propensos. Excluíram-se os 
materiais que apresentaram muitas 
definições “embromaticas” e descrições 
morfológicas do sistema renal, e conteúdos 
antigos. 
As referências datam de 1991 a 
2011, um intervalo de 20 anos, sendo que a 
maioria está entre seis a três anos de 
publicação (2006 a 2009). Utilizaram 
referências com pouco tempo de 
vinculação garante informações mais 
seguras e atuais, com quebras de 
paradigmas e conceituações errôneas ou 
ultrapassadas. 
 
 
 
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Resultados 
Utilizaram como referência 24 
autores por esses abordarem definições 
atualizadas e predominâncias (quatro 
referencias), mecanismo de formação de 
cristais com diversos constituintes (± 15 
referencias), tratamentos naturais e 
profilaxia (± 13 referencias). De todos os 
18 autores citados que abordam o 
mecanismo de formação de cálculo 12 
afirmam haver mais de um evento 
envolvido como, sedentarismo, idade, 
alimentação, hereditariedade, 
profissão/função, sexo, etc. Desses 18 
autores, 10 detalham possíveis mecanismos 
para diferentes tipos de cálculos e 11 
garantem que meios naturais (exercícios 
físicos e ingestão de líquidos) auxiliam na 
diminuição dos cristais, a mesma 
quantidade de autores garantem que 
mudanças de hábitos dietéticos previnem 
e/ou reduz a litíase renal e apenas nove 
destacam as principais fontes dietéticas 
(frutas, legumes, verduras e bebidas) que 
auxiliam na prevenção e controle da 
doença. 
A partir do século XX houve um 
aumento na freqüência de litíase urinária, 
especialmente em países industrializados, 
devido a alterações no estilo de vida, com 
particular atenção aos hábitos dietéticos e 
profissões sedentárias (5, 12). 
O lado ruim da industrialização 
reflete diretamente no ser humano 
causando patologias dolorosas e 
corriqueiras. Uma das alternativas mais 
acessíveis consiste em manter hábitos 
saudáveis sem restrições agressivas a fim 
de garantir uma boa qualidade de vida. O 
melhor tratamento consiste na prevenção 
com regular ingestão de líquidos e 
modificação da dieta (13). Durante a 
revisão bibliográfica para a realização 
desse trabalho, foi possível observar que 
existe pouca quantidade de artigos com 
linguagem simples e que tenham exemplos 
de alimentos e bebidas comuns a toda 
população. Com esse resultado buscaram-
se fazer uma revisão da literatura com 
destaque as principais fontes nutricionais 
prejudiciais e as benéficas de uma forma 
compreensível ao publico em geral. 
 
Discussão 
Há uma necessidade muito grande de 
prevenir doenças renais pela alta taxa de 
recorrência, 50 % dos doentes não tratados 
sofrem de repetições da doença a cada 
cinco anos. Mudanças de hábitos devem 
ser implantados como métodos de 
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prevenção para uma melhor qualidade de 
vida para a população, pois, apesar dos 
avanços ocorridos no conhecimento da 
fisiopatologia da litíase, o atendimento 
médico se restringe, normalmente, ao 
alívio da dor ou do processo infeccioso 
concomitante e a retirada do cálculo, 
quando não ocorre a eliminação 
espontânea. Nas formas não complicadas 
da litíase renal opta-se por uma avaliação 
simples. Considera-se que o risco baixo de 
recorrência da litíase não justifica em 
termos da relação custo-benefício a 
realização de uma avaliação detalhada (7, 
8, 14, 15). 
O mecanismo mais freqüentemente 
envolvido para a formação de litíase é 
nucleação heterogênea do oxalato de cálcio 
e de ácido úrico devido ao meio 
supersaturado nestas moléculas e ainda 
pela ação que estas exercem na remoção de 
várias substâncias inibidoras da formação 
de cálculos cálcicos. A hiperoxalúria pode 
ocorrer devido à síntese alterada, dieta rica 
em alimentos com oxalato como, alimentos 
de origem vegetal, ou excesso de vitamina 
C. Espinafre e ruibarbo são considerados 
alimentos de alto risco, pois há alta 
concentração de oxalato biodisponível. 
Amendoim, amêndoa e cacau são 
considerados alimentos de moderado risco. 
Muitos alimentos à base de soja são ricos 
em oxalato, contudo, por apresentarem alta 
concentração de fitato, um provável 
protetor na gênese da litíase, os alimentos à 
base de soja que contêm menores 
concentrações de oxalato podem ser 
benéficos. No entanto, estas causas são 
uma minoria. A maior proporção das 
hiperoxalúrias tem origem entérica, devido 
a doenças de má absorção lipídica. Os 
lipídios não absorvidos saponificam o 
cálcio e o magnésio que deixam de estar 
disponíveis para se complexarem com o 
oxalato (8, 16). 
A hidratação diminui a saturação das 
substâncias (litogênese) causadoras de 
litíase urinária. Deve-se ingerir de 2,5 a 3,0 
L/dia de líquidos a fim de obter um débito 
urinário de 2.000 mL/dia e reduzir a 
saturação do oxalato de cálcio. É 
importante ingerir líquidos nos períodos 
mais críticos onde a saturação urinária 
poderá ser maior, como duas horas após as 
refeições, durante exercícios físicos, antes 
de deitar e eventualmente durante a noite. 
Cabe ressaltar, entretanto, que não se deve 
exceder 3,0 L/dia de ingestão hídrica, para 
não diluir substâncias inibidoras, como o 
citrato (8, 17, 18).
 
O café, chás (mate e preto) e bebidas 
alcoólicas, por serem mediadores da 
inibição do hormônio antidiurético, 
diluindo a urina, diminuem o risco para a 
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formação de cristais. O café por possuir 
oxalato, deve ser ingerido 240 mL/dia, pois 
essa quantidade diminui o risco da 
formação de cálculos renais em 10% (7, 
19). Com relação ao chá de quebra-pedra 
(Phyllanthusniruri), ele provoca redução 
do ritmo de crescimento dos cálculos, 
normaliza os níveis de cálcio urinário, 
aumenta a filtração glomerular, aumenta a 
excreção do ácido úrico e relaxam os 
ureteres facilitando a descida os cálculos, 
por isso é uma alternativa no tratamento 
e/ou prevenção da urolitíase (20, 21). 
O consumo excessivo de vitaminas C 
e D podem levar também a uma 
hiperoxalúria e hipercalciúria. A vitamina 
C é encontrada na acerola, no caju, na 
goiaba, na manga, no mamão, no morango, 
na laranja, no limão e na tangerina, nas 
folhas vegetais cruas e nos tomates, 
desempenhando fator de risco na formação 
de cálculo que será convertido em oxalato, 
o qual é excretado na urina. Uma ingestão 
diária acima de 2,0 g/dia pode causar a 
litíase renal (7, 22). Sucos de frutas cítricas 
(exceto grapefruit) auxiliam na prevenção 
da litogênese, possivelmente devido ao 
ácido cítrico (23, 24). Como sugestão 
prática, o consumo de 120 ml de suco de 
limão, na forma de limonada, ao longo do 
dia, ou 1 litro de suco de laranja reduzem a 
formação de cálculos em cerca de 60% nos 
pacientes com litíase recorrente (24). No 
entanto, o ácido ascórbico, freqüentemente 
presente nessas frutas, pode ser um fator 
negativo (25). 
Dieta rica em proteínas e sódio torna 
o meio propício à formação de cálculos de 
ácido úrico e cristalização dos sais de 
cálcio, respectivamente (7, 26). O excesso 
de proteína animal aumenta a formação de 
ácido úrico por conta da redução do pH. 
Uma forma de se evitar é fazendo uma 
dieta com restrição de proteína animal e 
incluir frutas ricas em potássio, como 
frutas cítricas e vegetais, pois estes inibem 
a formação de cristais de oxalato e de 
fosfato de cálcio. Essas frutas fornecem 
ânions orgânicos que são metabolizados 
em álcalis, neutralizando a acidez da urina. 
Ademais, o potássio diminui a excreção 
urinária de cálcio e o pH da urina alcalino 
também inibe a reabsorção tubular de 
oxalato (7, 9, 16, 23, 24, 27). 
Em 50% dos indivíduos com 
cálculos renais é encontrado hipercalciúria 
decorrente de aumento da absorção 
intestinal do cálcio, alteração de 
reabsorção tubular renal de cálcio ou por 
aumento da reabsorção óssea (6, 7). No 
entanto, dietas restritivas em cálcio não são 
mais recomendadas, uma vez que 
provocam elevação na absorção do 
oxalato, levando a uma hiperoxalúria, 
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assim, convém reduzir a ingestão de 
oxalato (7, 9, 16, 23, 24, 27). O aumento 
da calcemia determina um aumento do 
cálcio filtrado e uma supressão do 
paratormônio. Esta supressão origina uma 
menor reabsorção tubular do cálcio. O 
citrato é um componente normal da urina, 
ele aumenta a solubilidade do cálcio ao 
complexar-se com este, mas também 
exerce um efeito inibitório direto na 
cristalização dos sais de cálcio e ácido 
úrico. Dietas ricas em proteínas e grandes 
ingestões de sódio e excesso de exercício 
físico causam redução da citratúria (7, 8). 
Recomenda-se que a dose diária de sódio 
para um adulto é de 1,5g/dia e o nível 
máximo de ingestão tolerável é 2,3 g/dia. 
Todos os pacientes hipercalciúricos devem 
evitar alimentos enlatados e/ou 
conservados na salmoura, sopas 
instantâneas, temperos e condimentos à 
base de sal e molhos prontos. Recomenda-
se utilizar temperos e molhos naturais e 
não utilizar saleiro à mesa. Recomenda-se 
utilizar temperos e molhos naturais e não 
utilizar saleiro à mesa (16). 
O citrato de potássio, bicarbonato de 
potássio ou de sódio e líquidos citrinos, por 
alcalinizarem a urina, podem ser usados 
para a prevenção de cálculos de ácido úrico 
e hiperuricosúrias e de cálculos de cistina 
(8). 
É recomendado que as pessoas 
pratiquem exercícios físicos, no mínimo 
duas vezes por semana, já que a litíase é 
comum em pacientes sedentários (5, 23, 
28). 
 
Considerações Finais 
Podemos concluir que a maneira 
mais comum de se prevenir litíase é através 
de meios saudáveis como exercícios 
físicos, ingestão de água e dietas rica em 
frutas e vegetais que contenham potássio 
como, abacate, banana, beterraba, batata e 
alimentos à base de soja que contêm 
menores concentrações de oxalato. A 
ingestão de cálcio em forma de alimento 
não pode ultrapassar de 800 a 1.200 
mg/dia. Alimentos ricos em vitamina C 
(ácido ascórbico) devem ser consumidos 
moderadamente entre eles estão a acerola, 
caju, goiaba, manga, mamão, morango, 
laranja, limão e tangerina, folhas vegetais 
cruas e tomates. O consumo de alimentos 
enlatados e/ou condimentados devem ser 
evitados, assim como, o excesso de 
proteína animal. Espinafre, ruibarbo, 
amendoim, amêndoa e o cacau apresentam 
alto teor de oxalato e devem ser evitados 
também. Porém, não devemos retirar 
totalmente esses alimentos e sim reduzi-los 
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a quantidades menores para que não 
venhamos formar cálculos. 
 
Referências 
 
 
 
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Internet]. Jul. 2003 [acesso em mar. de 2011]; 1-35. 
Disponível 
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_02_dczeresnia_acoespromocaosaude.pdf>. 
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Carolina Guido; 2005 [acesso em Mar. de 2011]. 
Disponível 
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3. TOSTES V, CARDOSO LR. Revisão: Recentes 
avanços em litíase urinária. J. Bras.Nefrol. [periódico 
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73. Disponível em: 
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?Is
isScript=iah/iah.xis&nextAction=lnk&base=LILACS&ex
prSearch=314643&indexSearch=ID&lang=e>. 
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[periódico naInternet]. 2007 [acesso emMar. de 2011]; 
36(2): 99-106. Disponível 
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5. GLASHAN RQ, SCHOR N. Litíase renal: 
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Abr./Dez. 1994[acesso emMar. de 2011]; 8(2/4): 3-6. 
Disponível em: 
<http://www2.unifesp.br/acta/index.php?volume=7&num
ero=2-4#>. 
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Recebido em: 13/10/2014 
Aceito em: 06/04/2015 
 
Endereço para Correspondência: 
Luciana Cristina Pimentel, Universidade Camilo Castelo 
Branco, Rua Carolina Fonseca, 584 Itaquera - CEP 
08230-030, São Paulo – SP, Brasil. 
E-mail: pimentelfarmacia@gmail.com

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