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apostila de lngua portuguesa pm

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|1| 
 
 
 
 
 
|2| 
LÍNGUA PORTUGUESA 
PROF. JOSÉ CARLOS FLAUZINO 
 
SUMÁRIO 
 
FONEMA ............................................................................................. 3 
FUNÇÕES DO FONEMA ...................................................................... 3 
ORTOGRAFIA ..................................................................................... 9 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ...................................................... 16 
MORFOLOGIA .................................................................................. 17 
ESTUDO DOS SUBSTANTIVOS ......................................................... 23 
FLEXÕES: .......................................................................................... 24 
ADJETIVOS ......................................................................................... 25 
PLURAL DO ADJETIVO COMPOSTO ................................................ 27 
ESTUDO DOS PRONOMES ................................................................ 28 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL ........................................................... 33 
VERBO .............................................................................................. 34 
CONJUGAÇÃO VERBAL ................................................................... 34 
FLEXÃO VERBAL ................................................................................ 34 
VERBO ABUNDANTE ....................................................................... 35 
VERBO PRINCIPAL ........................................................................... 35 
VERBO AUXILIAR ............................................................................. 35 
LOCUÇÃO VERBAL ........................................................................... 35 
VOZES VERBAIS ............................................................................... 35 
VOZ PASSIVA .................................................................................... 35 
TEMPOS COMPOSTOS ...................................................................... 36 
NUMERAL ......................................................................................... 46 
CONJUNÇÃO .................................................................................... 47 
ADVÉRBIO ........................................................................................ 49 
PREPOSIÇÃO .................................................................................... 50 
INTERJEIÇÃO ................................................................................... 51 
TERMOS DA ORAÇÃO: ..................................................................... 53 
TERMO INDEPENDENTE .................................................................. 62 
PERÍODO COMPOSTO ...................................................................... 62 
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL .......................................... 66 
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL ..................................................... 68 
CRASE ............................................................................................... 71 
PONTUAÇÃO .................................................................................... 74 
EXERCÍCIOS ......................................................................................... 91 
 
 
 
 
 
|3| 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
PROF. JOSÉ CARLOS FLAUZINO 
 
FONEMA 
 
A unidade básica da comunicação é a palavra que, 
por sua vez, pode ser dividida em unidades menores, 
como as sílabas e os sons. 
Observe as palavras: bola – mola 
Elas apresentam sons aproximados. No entanto, 
seus significados são diferentes. Cada uma delas 
apresenta quatro sons diferentes: ―bê‖, ―o‖, ―lê‖, ―a‖; ―mê‖, 
―o‖, ―lê‖, ―a‖. As unidades sonoras que constituem uma 
palavra são chamadas de fonemas e simbolizadas entre 
barras inclinadas: /b/ /o/ /l/ /a/. 
 
Funções do fonema 
Como já constatado, as palavras ―bola‖ e ―mola‖ 
apresentam sons aproximados, mas significados 
diferentes. Isso ocorre por causa da oposição existente 
entre o fonema ―bê‖ e o fonema ―mê‖. Dessa forma, 
podemos afirmar que um fonema em oposição a outro 
estabelece distinção entre palavras e que sozinho ou 
acompanhado de outros fonemas, constitui palavras. Na 
escrita, os fonemas são representados por letras. 
 
Classificação das vogais 
Leia este poema: 
―Não digas nada! 
Nem mesmo a verdade 
Há tanta suavidade em nada se dizer 
E tudo se entender - 
Tudo metade 
De sentir e de ver... 
Não digas nada 
Deixa esquecer 
Talvez que amanhã 
Em outra paisagem 
Digas que foi vã 
Toda essa viagem 
Até onde quis 
Ser quem me agrada... 
Mas ali fui feliz 
Não digas nada.‖ 
(Não digas nada. Fernando Pessoa) 
 
Nas palavras ali e fui do poema, a vogal i 
representa fonemas diferentes. Em ali, a vogal /i/ é 
pronunciada forte; já na palavra fui, a vogal i é 
pronunciada fraca. Isso ocorre porque em ali temos duas 
vogais (a e i) e em fui, temos uma vogal e uma semivogal 
(u e y). As semivogais não constituem sílabas. 
Assim: 
Vogal é o fonema produzido por uma corrente de 
ar que passa livremente pela boca. Na língua 
portuguesa, a vogal é a base da sílaba. Os fonemas 
vocálicos podem ser orais ou nasais. São orais quando o 
ar sai exclusivamente pela boca, e nasais, quando o ar 
sai simultaneamente pela boca e pelo nariz. 
Quadro de vogais nasais 
Vogal nasal Grafema com til Dígrafos 
/ã/ 
Irmã, cãibra, 
mãe, mão. 
Ambos, âmbito, antes, 
ânfora. 
/ẽ/ 
 
Empuxo, êmbolo, 
ensino, ênclise. 
/ĩ/ 
 
Impróprio, ímpio, 
interno, índio. 
/õ/ Compõe, anões. 
Ombro, cômputo, 
ontem, cônsul. 
/ũ/ 
 
Umbigo, plúmbeo, 
unção, anúncio. 
Quadro de vogais orais 
Vogal oral Grafema Exemplo 
/a/ a Aberto 
/é/ e Era 
/ê/ e Espaço 
/i/ i Idade 
/ó/ o Obra 
/ô/ o Ostra 
/u/ u Uva 
 
As vogais ainda se classificam quanto ao timbre 
(abertas ou fechadas) e quanto à intensidade (átonas ou 
tônicas). 
Semivogal é o fonema produzido como vogal, mas 
pronunciado fraco e por isso não constitui sílaba. A semivogal 
sempre acompanha uma vogal. Na língua portuguesa, as 
semivogais i e u são representadas pelos símbolos /y/ e /w/ 
(iode e vau) respectivamente. 
 
 Além desse três, há outros encontros vocálicos 
importantes: 
 
O agrupamento de uma semivogal entre duas 
vogais. São os grupos aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, 
aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - 
começo, meio ou fim. 
Eis alguns exemplos de palavras: 
praia, ideia, joia, imbuia, arreio, arroio, balaio, 
feio, tuiuiú. 
Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo 
+ ditongo, conforme o número de semivogais. 
 
 
 
 
 
|4| 
Representa-se o som de i com duplo Y: ay- ya, ey-
ya, representando o "y-y" um fonema apenas, e não dois 
como parece. A pronúncia do i é contínua em ambas as 
sílabas, sem o silêncio que caracteriza a mudança de 
sílaba. 
A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) 
e quatro fonemas (/v/ /a/ /y/ /a/), sendo que o "y" pertence 
às duas sílabas, não havendo, no entanto, silêncio entre 
as duas no momento de pronunciar a palavra. 
Foneticamente, há, então, dois ditongos: ay e ya. Já em 
sequóia, há um tritongo (woy) e um ditongo (ya). 
Na separação silábica, o i ficará na sílaba anterior: 
prai-a, mei- a, joi-o, mai-o, fei-o, im-bui-a, tui-ui-ú. 
 
O mesmo ocorre com a semivogal W: aua, aue, 
aui... 
Pi-au-í = Representação fonética: Pi-aw-wi. Com o 
"w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, 
representa um fonema apenas e pertence a ambas as 
sílabas, não havendo o silêncio entre elasno momento de 
pronunciar a palavra. 
Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros 
vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como 
hiato. 
São eles: 
Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, eo, ia, ie, io, oa, 
oe, ua, ue, uo. 
Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-
e-lo, due-lo. 
Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui. 
re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses 
agrupamentos não sofrem sinérese nem diérese. Há de 
ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. 
Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só 
há hiato. 
 
Letras Fonemas 
Representação 
gráfica 
Representação 
fonética 
E - i 
/y/ 
(som de i) 
boi 
pães 
boy 
pãys 
O - u 
/w/ 
(som de u) 
cão 
touro 
kãw 
towro 
m* /y/ e /w/ 
cantam 
sentem 
kãtãw 
sẽtẽy 
n* /y/ Hífen ifẽy 
 
* São semivogais apenas nos encontros am, em e en, 
em final de palavra. 
 
Consoantes são fonemas que apresentam, durante 
a produção, a cavidade bucal totalmente ou parcialmente 
fechada, constituindo, assim, num ponto qualquer, um 
obstáculo à corrente expiratória. 
Papel das 
cavidades 
orais e nasal 
Orais Nasais 
 Oclusivas 
Construtivas 
 
Fricativas Laterais Vibrante 
Papel das cor-
das vocais 
Surda Sonora Surda Sonora Sonora Simples Múltiplas Sonoras 
Bilabiais /p/ /b/ /m/ 
Labiodentais /f/ /v/ 
Linguodentais /t/ /d/ /n/ 
Alveolares /s/ /z/ /l/ /r/ 
Palatais /x/ /j/ /lh/ /nh/ 
Velares /k/ /g/ /rr/ 
 
 
 
 
 
 
|5| 
 DÍGRAFOS 
 
Leia o seguinte trecho: 
Os robozinhos para montar da série Bionicles, da 
Lego, acabam de ser eleitos O Brinquedo do Ano por uma 
associação de lojistas ingleses especializados em 
produtos para crianças. Dotados de máscaras 
intercambiáveis, eles lutam entre si dirigidos por controle 
remoto. Você pode escolher tanto guerreiros, como 
monstregos em forma de caranguejo e escorpião. 
 (Superinteressante. Março de 2002) 
 
Observe a correspondência entre sons e letras das 
palavras grifadas: 
Robozinhos – 10 letras e 9 fonemas 
Escolher – 8 letras e 7 fonemas 
Guerreiro – 9 letras e 7 fonemas 
 
O número de letras não coincide com o número de 
fonemas. Nesse caso, temos quatro dígrafos. 
Dígrafo é um grupo de duas letras que 
representam um único fonema. Podem ser: 
 
Vocálicos: am e na – campo, caranguejo 
 em e en – emprego, então 
 im e in – assim e inteiro 
 om e on – ombro e ontem 
 um e un – comum e presunto 
 
ou consonantais: lh (som lhê) – galho 
 nh (som nhê) – banho 
 ch (som chê) – chuva 
 qu (som quê) – querer 
 gu (som guê) – guerra, guitarra 
 rr (som rê) – barro 
 ss, sc, xc, sç (som sê) – passo, 
 crescer, cresça, exceto 
 
Encontro consonantal é o encontro de duas 
consoantes em uma palavra. No entanto, é possível 
perceber o som distinto de cada uma delas. O encontro 
consonantal pode ocorrer numa mesma sílaba ou em 
sílabas diferentes. 
 
Ex.: primavera, prato, cravo, psicologia, afta 
 
Dífonos é uma única letra representada por dois 
fonemas. 
 
Táxi /ks/ 
 
Encontros vocálicos é o encontro de fonemas 
vocálicos – vogais ou semivogais – em uma mesma 
sílaba ou em sílabas diferentes. Há três tipos de 
encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato. 
 
Ditongo – é o encontro de uma vogal e uma 
semivogal numa mesma sílaba. De acordo com a posição 
da vogal na sílaba, pode ser crescente ou decrescente. 
 
Crescente – SV + V Ex.: quase 
Decrescente – V + SV Ex.: noite 
 
Tritongo – é o encontro de uma semivogal, uma 
vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. 
Ex.: Paraguai 
 
Hiato – é o encontro de duas vogais. Como na 
língua portuguesa há somente uma vogal numa sílaba, as 
vogais do hiato formam sílabas distintas. 
Ex.: lua, rainha 
 
 SEPARAÇÃO SILÁBICA 
 
Sílaba - conjunto de sons que pode ser emitido 
numa só expiração. Pode ser aberta ou fechada se 
terminada por vogal ou consoante, respectivamente. 
Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, 
uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais e/ou 
consoantes. 
Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único 
fonema que, sozinho, forma sílaba. 
A maneira mais fácil para separar as sílabas é 
pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica. 
Toda consoante precedida de vogal forma sílaba 
com a vogal seguinte. Merece a lembrança de que m e n 
podem ser índices de nasalização da vogal anterior, 
acompanhando-a na sílaba. (ja-ne-la, su-bu-ma-no, 
é-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca; mas bom-ba, sen-ti-do) 
Consoante inicial não seguida de vogal fica na 
sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a 
consoante não seguida de vogal estiver dentro do 
vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo). 
Os ditongos e tritongos não se separam, porém no 
hiato cada vogal está numa sílaba diferente. 
Os dígrafos do h e do u também são inseparáveis, 
os demais devem ser separados. (cha-ve, ne-nhum, 
a-qui-lo,se-gue) 
Em geral, os grupos consonantais onde a segunda 
letra é l ou r não se separam. (bra-ço, a-tle-ta) 
Em sufixos terminados por consoante + palavra 
iniciada por vogal, há união dessa consoante final com a 
vogal, não se considerando a integridade do elemento 
mórfico (bi-sa-vô ≠ bis-ne-to, tran-sa-cio-nal ≠ 
trans-pa-ren-te). 
As letras duplas e os encontros consonantais 
pronunciados disjuntamente devem ser separados. 
(oc-cip-tal, ca-a-tin-ga, ad-vo-ga-do, dig-no, sub-li-nhar, 
ab-ro-gar, ab-rup-to) 
Na translineação, devem-se evitar separações que 
resultem no fim de uma linha ou no início da outra vogais 
isoladas ou termos grosseiros. (i//dei//a, cus//toso, 
puta//tivo, fede//ral) 
Dependendo da quantidade de sílabas, as palavras 
podem ser classificadas em: monossílaba (mono = um), 
dissílaba (di = dois), trissílaba (tri = três) e 
polissílaba (poli = vários / + de quatro 
 
 
 
 
 
 
 
|6| 
UM NOVO JEITO DE ESCREVER 
 
Acordo vem para unificar a ortografia oficial dos 
países de língua portuguesa e aproximar nações 
 
POR MARIANA SGARIONI 
―A adopção de uma única ortografia entre países de 
língua portuguesa pode ser óptima.‖ Se este texto fosse 
escrito em Portugal, a frase anterior estaria corretíssima. 
Já no Brasil, a letra p (nas palavras adopção e óptima) 
está sobrando e parece um erro de digitação – apesar de 
todos sabermos que se trata do mesmo idioma. 
Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças 
bastante relevantes na língua portuguesa. E não apenas 
entre os dois países. Nas outras seis nações que falam e 
escrevem o português (Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-
Leste) ocorre o mesmo. 
Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 
1990, um acordo ortográfico – que deve vigorar no Brasil 
a partir do ano que vem (saiba mais sobre os próximos 
passos da implementação do acordo no quadro da página 
7). ―A existência de duas grafias oficiais acarreta 
problemas na redação de documentos em tratados 
internacionais e na publicação de obras de interesse 
público‖, defendia o filólogo Antônio Houaiss, o principal 
responsável pelo processo de unificação aqui no Brasil. 
Originalmente, o combinado era que todos os 
membros da Comunidade dos Países de Língua 
Portuguesa (CPLP) deveriamratificar o acordo para que 
ele tivesse valor. Em 2004, porém, os chefes de Estado 
da CPLP decidiram que bastava a aprovação de três 
nações para a reforma ortográfica entrar em vigor. O 
Brasil, no entanto, definiu que mudaria o jeito de escrever 
somente se Portugal também o fizesse (e o ―sim‖ de 
Lisboa às novas normas só veio no ano passado). É 
importante ressaltar que a pronúncia, o vocabulário e a 
sintaxe permanecem exatamente como estão. A novidade 
é a unificação da grafia de algumas palavras. 
 
LÍNGUA INTERNACIONAL 
 
Daqui para a frente, a língua portuguesa (comum 
aos países lusófonos) tem tudo para ganhar espaço – até 
mesmo em fóruns internacionais –, pois o intercâmbio de 
informações e textos ficará mais fácil. Unificar a grafia 
também visa aproximar as oito nações da CPLP, reduzir 
custos de produção e adaptação de livros e facilitar a 
difusão bibliográfica de novas tecnologias, bem como 
simplificar algumas regras (que suscitam dúvidas até 
entre especialistas). 
Do ponto de vista prático, ganha força o idioma 
falado no Brasil. Isso porque os portugueses terão de 
promover mais mudanças na escrita do que nós, 
adaptando várias palavras à grafia brasileira. 
Por exemplo, acção passa a ser ação. E cai 
também o h inicial de herva e húmido (confira as 
alterações a partir da página 8). O português é a única 
língua com dois cânones oficiais ortográficos, um europeu 
e outro brasileiro, e isso não só dificulta nossa vida lá fora 
como também a dos estrangeiros que querem aprendê-lo. 
―Inscreve-se, finalmente, a língua portuguesa no rol 
daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo 
da unificação de seu sistema de grafar, numa 
demonstração de consciência da política do idioma e de 
maturidade na defesa, na difusão e na ilustração da 
língua da lusofonia‖, afirma Cícero Sandroni, presidente 
da Academia Brasileira de Letras (ABL). 
Além da unificação da grafia, o acordo propõe 
simplificar o idioma, no mesmo espírito do que ocorreu na 
década de 1910, quando uma reforma semelhante alterou 
o modo de escrever palavras como pharmacia e 
christallino (para farmácia e cristalino, sem o ph, o ch e o 
ll). Na época, porém, as mudanças foram encabeçadas 
por Portugal, que não consultou o Brasil e acabou 
aprofundando algumas diferenças ortográficas. 
O acordo prevê simplificações (como o fim do 
trema), mas tem inúmeros pontos obscuros, que só serão 
esclarecidos com o lançamento de gramáticas 
atualizadas e um novo Vocabulário Ortográfico oficial 
(tarefa a cargo da Academia Brasileira de Letras). O 
professor Pasquale Cipro Neto é um dos que se 
manifestaram contra o documento. ―Ele não se limita a 
uniformizar a grafia: estabelece outras alterações no 
sistema ortográfico, várias delas para pior.‖ 
 
Tempo de adaptação 
Aqui no Brasil, a última grande reforma do idioma 
foi realizada em 1971, a fim de aproximar mais nosso jeito 
de escrever do de Portugal. 
Desde então foi abolido o acento diferencial em 
alguns vocábulos, bem como o acento grave ou 
circunflexo nas palavras derivadas de outras acentuadas 
– mais de dois terços dos acentos que causavam 
divergências foram suprimidos. Nessa mesma época os 
substantivos acôrdo e govêrno viraram acordo e governo 
(perderam o circunflexo que os diferenciava das formas 
verbais eu acordo e eu governo, que eram e continuam 
sendo pronunciadas de forma diferente). Outras palavras, 
como somente, propriamente, rapidamente, cortesmente, 
sozinho, cafezinho e cafezal, também deixaram de ser 
acentuadas. Naquela ocasião, muitas pessoas 
estranharam a alteração (sem falar que diversos materiais 
impressos, como livros, levaram um bom tempo até ter 
novas edições com o jeito certo de escrever). Até hoje, 
aliás, ainda há quem escreva êle, com o circunflexo 
extinto no início dos anos 1970. 
In: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/Esp_021/aberto/novo-jeito-
escrever-306810.shtml 
 
Ortoepia e prosódia 
 
Observe o trecho da música de Luís Gonzaga: 
 
“Óia pru céu, meu amor, 
Vê como ele tá lindo 
Óia pra’quele balão muticor 
Qui lá no céu vai subindo” 
 
A linguagem usada por Luís Gonzaga não segue a 
norma padrão estabelecida pela gramática tradicional. A 
variedade da língua usada pelo autor da música não pode 
ser considerada errada, vez que é plena-mente aceitável 
na linguagem coloquial popular. Não obstante, a norma 
culta determina para cada palavra, uma pronúncia mais 
adequada. A parte da gramática que estuda a adequação 
 
 
 
 
 
|7| 
da pronúncia nas palavras e nas frases é a ortofonia, 
que se divide em ortoepia (ou ortoépia) e prosódia. 
Ortoepia é a parte da ortofonia que estuda a 
pronúncia correta dos fonemas. 
Algumas palavras que apresentam dúvidas na 
pronúncia: 
 
Advogado Cataclismo Meritíssimo 
Aforismo Digladiar Meteorologia 
Aterrissagem Disenteria Mortadela 
Adivinhar Empecilho Prazeroso 
Babadouro Engajamento Privilégio 
Bebedouro Estourar Proprietário 
Bandeja Estupro Prostração 
Barganha Fratricídio Reivindicar 
Beneficência, 
Beneficente 
Frustração Roubar 
Cabeçalho Lagarto Salsicha 
Cabeleireiro Manteigueira Tireoide 
Caranguejo Mendigar Umbigo 
 
Pronúncia 
correta 
Pronúncia que 
deve ser evitada 
Absoluto abissoluto 
Ignorância iguinorância 
Beneficente beneficiente 
Disenteria desinteria 
Meteorologia metereologia 
Dignitário dignatário 
Bebedouro bebedor 
Umbigo imbigo 
Seja Seje 
Pneu peneu 
Frear Freiar 
Advogado Adevogado 
Cabeleireiro cabelereiro, cabeleleiro 
 
Prosódia é a parte da ortofonia que estuda a 
posição correta da sílaba predominante (tônica) nas 
palavras. 
Algumas palavras que apresentam dúvidas quanto 
à predominância silábica: 
 
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas 
Cateter Âmbar Bígamo 
Ruim Boêmia Êxodo 
Hangar Rubrica Lêvedo 
Ureter Ibero Ínterim 
Condor Fluido Réquiem 
Recém Pudico Bígamo 
Mister Gratuito Ímprobo 
Sutil Juniores Zéfiro 
Nobel Índex Quadrúmano 
Refém Celtibero Ômega 
 ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
Observe o comercial de um carro publicado na 
revista Veja, em 27/09/00: 
 
―No mínimo, você deixa seu carro novinho. 
No máximo, você ganha um carro zerinho." 
 
Apenas algumas palavras estão acentuadas, o que 
indica a sílaba tônica da palavra. Isso não quer dizer que 
as que não apresentam acento gráfico não tenham sílaba 
tônica. Assim sendo, 
Sílaba tônica é a sílaba proferida com uma 
intensidade maior do que as outras, numa palavra. 
Possui o acento tônico (ou de intensidade/prosódico). 
Uma palavra com mais de duas sílabas sempre terá 
acento tônico, mas poderá não ter acento gráfico. 
 
Ex.: mínimo, deixa, você, zerinho, máximo, novinho. 
 
Quanto à posição do acento tônico nas palavras 
com mais de duas sílabas, as palavras podem ser: 
 
Oxítonas 
– quando a sílaba tônica é a última. 
Ex.: bambu, ruim, baú. 
 
Paroxítonas 
– quando a sílaba tônica é a penúltima. 
Ex.: ônix, safira, avaro. 
 
Proparoxítona 
– quando a sílaba tônica é a antepenúltima. 
Ex.: lêvedo, álibi, âmago. 
 
 
MONOSSÍLABOS 
 
Os monossílabos podem ser: 
 
Átonos – quando se apoiam em outras palavras. 
São emitidos fracamente, como se fossem sílabas 
átonas. Quando estão isolados, são palavras sem 
sentido. 
 
Ex.: artigos, pronomes oblíquos, preposições junções de 
preposições e artigos, conjunções, pronome relativo 
que. 
 
Tônicos – são autônomos e emitidos fortemente 
como se fossem uma sílaba tônica. 
 
Os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) 
e o(s) recebem acento gráfico (agudo ou circunflexo). 
Nessa regra incluem-se as formas verbais, tais como 
pô-lo, dê-me. 
 
 REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
 
Oxítonas 
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas 
em -a, -e, -o, seguidasou não de -s. Ainda são 
acentuadas aquelas que terminam em -em, -ens e as 
formas verbais, tais como fazê-lo, amá-lo. 
 
 
 
 
 
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Paroxítonas 
 
São acentuadas as paroxítonas terminadas em: 
-i, –is _ júri 
-u, -us – vírus 
-l – útil 
-n – hífen, éden 
-r – néctar 
-x – tórax 
-ã, -ãs, -ão, -ãos – órgão, ímã 
-ps – bíceps 
ditongo – história 
 
Obs.: Não são acentuadas as paroxítonas terminadas 
em -ens, como nuvens, itens, hifens. 
 
Atenção para o que mudou! 
 
Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais 
paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado 
em hiato com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os 
casos: creem deem (conj.), descreem, desdeem 
(conj.), leem, preveem, redêem (conj.), releem, 
reveem, tresleem, veem. 
 
 
Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para 
assinalar a vogal tónica/tonica fechada com a grafia o em 
palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de 
enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e 
flexão de voar, etc. 
 
Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais 
tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas 
das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam 
oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o 
qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou 
circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, 
pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, 
tónus e tônus,Vénus e Vênus. 
 
 
Proparoxítona 
São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. 
Ex.: cáfila, cédula, máquina, lógica. 
 
Fique atento à mudança! 
Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras 
proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais 
tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e 
são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, 
conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou 
fechado nas pronúncias cultas da língua: académico / 
acadêmico, anatómico / anatômico, cénico / cênico, 
cómodo / cômodo, fenómeno / fenômeno, género / 
gênero, topónimo / topônimo; Amazónia / Amazônia, 
António / Antônio, blasfémia / blasfêmia, fémea / 
fêmea, gémeo / gêmeo, génio / gênio, ténue / tênue. 
 
Ditongos abertos 
As palavras oxítonas com os ditongos abertos 
grafados -éi, éu ou ói, podendo estes dois últimos ser 
seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), 
chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de correr), herói(s), 
remói (de remoer), sóis. 
 
Fique atento à mudança! 
Não se acentuam graficamente os ditongos 
representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das 
palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em 
muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua 
articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, 
baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, 
onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo 
apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, hoia, boina, 
comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. 
(do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, 
introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 
 
Hiatos 
Quando o i e o u tônico, sozinhos ou seguidos de -
s, forem o segundo elemento de um hiato, receberão 
acento. 
 
Ex.: saída, baú, saúva, egoísta. 
 
Obs.: Não recebem acento os hiatos seguidos de l, m, 
n, r, z que não introduzem sílabas, e nem os seguidos 
de nh na sílaba seguinte. 
Ex. 1: ainda, ruim, paul. 
Ex. 2: rainha, tainha, bainha. 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA DE ALGUNS VERBOS 
 
Os verbos ter e vir na 3
ª
 pessoa do singular do 
presente do indicativo não recebem acento. No entanto, 
na 3
ª
 pessoa do plural do presente do indicativo, esses 
verbos recebem acento circunflexo. 
 
Ex.:ele tem – eles têm ele vem – eles vêm 
 
Não obstante, os verbos derivados de ter e vir 
recebem acento agudo na 3
ª
 pessoa do singular do 
presente do indicativo e acento circunflexo na 3
ª
 pessoa 
do plural do presente do indicativo. 
Ex.: ele detém – eles detêm 
 ele provém – eles provêm 
 
 TREMA 
 
O trema, sinal de diérese, é inteiramente 
suprimido em palavras portuguesas ou 
aportuguesadas. 
 
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema em palavras 
derivadas de nomes próprios estrangeiros: hubneriano, de 
Hubner, mulleriano,de Muller, etc. 
 
 
 
 
 
 
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● Acento dos grupos gue/gui 
 
Fique atento à mudança! 
Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo 
na vogal tónica/tônica grafada u nas formas 
rizotónicas/rizotônicas seguidas de e e i: arguis, argui, 
argúem. O verbos do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, 
apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, 
delinquir e afins, seguem a mesma orientação. 
 
● Acento diferencial 
 
Fique atento à mudança! 
Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, 
para distinguir palavras paroxítonas que, tendo 
respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, 
são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de 
se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, 
e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de 
pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), 
flexão de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de 
per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação 
antiga e popular de por e lo(s);etc. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
Na língua portuguesa não há correspondência 
precisa entre letra e fonema, vez que várias letras podem 
representar um único fonema. De fato, não existe uma 
―fórmula pronta‖ que resulte numa orientação única para 
facilitar a aprendizagem da correta grafia de língua 
portuguesa. No entanto, existem algumas regras que 
auxiliam na aquisição desse conhecimento. 
 
 
 LETRAS G E J 
 
► Emprega-se j: 
 
 nas palavras de origem árabe, africana ou indígena. 
Ex.: acarajé, jibóia, pajé, alforje 
 
 nos verbos terminados em -jar ou -jear: 
Ex.: sujar, granjear 
 
 nas palavras derivadas de outras que já possuem j: 
Ex.: nojo – nojento; cereja – cerejeira 
 
► Emprega-se g: 
 
 palavras terminadas em -agem, -igem, -ugem: 
Ex.: garagem, vertigem, ferrugem 
Exceções.: pajem, labujem, lajem 
 
 palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -
úgio: 
Ex.: plágio, colégio, prodígio, relógio, refúgio. 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam g: 
Ex.: selvagem – selvageria 
 
Obs.: O substantivo viagem escreve-se com g. 
 
 
 LETRAS S E Z 
 
► Emprega-se s: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam s: 
Ex.: vaso – vasilhame; preso – presídio 
 
 na conjugação dos verbos pôr, querer e seus 
derivados: 
Ex.: pusesse, quisera 
 
 após ditongo aberto: 
Ex.: pausa, aplauso, pouso 
 
 palavras formadas pelos sufixos -esa, -isa, -oso: 
Ex.: formoso, poetisa, baronesa 
 
 palavras formadas com o sufixo -isar, quando a 
palavra primitiva for grafada com s: 
Ex.: pesquisa – pesquisar; análise – analisar 
 
 
 
 
 
 
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 nomes relacionados com verbos cujos radicais 
terminam em: 
 
ND- compreender – compreensão 
RG- imergir – imersão 
Rt- converter – conversão 
CORR- percorrer – percurso 
PEL- impelir- impulso 
SENT- consentir- consenso 
 
► Emprega-se z: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam z: 
Ex.: raiz – enraizar 
 
 palavras formadas com o sufixo -izar, quando a 
palavra primitiva não for grafada com s: 
Ex.: real – realizar 
 palavras formadas pelos sufixos -ez e -eza, formador 
de substantivos abstratos: 
Ex.: real – realeza; belo – beleza; timidez 
 
 LETRAS X E CH 
 
► Emprega-se x: 
 geralmente após ditongo: 
Ex.: trouxa, peixe, caixa 
 
 após a sílaba me-: 
Ex.: mexerico,mexicano 
Exceção: mecha (substantivo) 
 
 após a sílaba en-: 
Ex.: enxame, enxerido, enxoval 
Exceção: encher e seus derivados, encharcar e seus 
derivados, enchumaçar e seus derivados e enchova. 
 
 palavras de origem africana ou indígena: 
Ex.: orixá, xavante, abacaxi 
 
► Emprega-se ch: 
 em determinadas palavras por razões etimológicas: 
Ex.: chuchu, archote, flecha, chumbo, pechincha. 
 
 LETRAS SS E Ç 
 
► Emprega-se ç: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam ç e em 
palavras de origem indígena árabe e africana: 
Ex.: embaçado, açaí, miçanga, caçula. 
 
 geralmente após ditongo: 
Ex.: beiço, louça, traição 
 
 na conjugação de verbos terminados em -ecer e -
escer: cresço, desço. 
 
Escreveremos com -ção as palavras derivadas de 
vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos 
formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo 
(Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de 
infinitivo - r - do verbo). 
Portanto deve-se procurar a origem da palavra 
terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a 
palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por 
isso, escrevemo-la com ç. 
 
Exemplos: erudito = erudição 
 exceto = exceção 
 setor = seção 
 intuitivo = intuição 
 redator = redação 
 ereto = ereção 
 educar - r + ção = educação 
 exportar - r + ção = exportação 
 repartir –r + ção = repartição 
 
► Emprega-se ss: 
 
 substantivos derivados de verbos terminados em -
eder e -edir. Ex.: ceder – cessão; agredir – agressão 
 
 Nomes relacionados com verbos com radicais 
terminados em: 
 
GRED- regredir- regresso 
CED- interceder- intercessão 
MET- intrometer- intromissão 
PRIM- oprimir- opressão 
 
Escrevem-se com S ou SS: 
 
Substantivos derivados de verbos terminados em: 
-TER – converter- conversão 
-TIR- demitir- demissão 
-DER- compreender- compreensão 
-DIR- progredir- progressão 
-MIR- reprimir- repressão 
 
Exceção: reter- retenção, abster- abstenção. 
 
 
 
Cuidado com a escrita de E e I. A simples troca de 
E e I modifica completamente o sentido de muitas 
palavras. Observe: 
 
Área (superfície) Ária (melodia) 
Arrear (pôr arreios) Arriar (abaixar) 
Delatar (denunciar) Dilatar (distender) 
Emergir (vir à tona) Imergir (afundar) 
Emigrar (sair do país) Imigrar (entrar no país) 
Eminente (de condição 
elevada) 
Iminente (prestes a 
acontecer) 
Peão (que anda a pé) Pião (espécie de brinquedo) 
Recreação (diversão) Recriação (criar novamente) 
Venoso (relativo a veias) Vinoso (que produz vinho) 
ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares, 
ENEM, colégios técnicos e militares. São Paulo: Saraiva, 2003. p.26 
 
 
 
 
 
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DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS 
 
1º) A letra minúscula inicial é usada: 
a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos 
usos correntes. 
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: 
segunda-feira; outubro; primavera. 
c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro 
elemento, que é com maiúscula, os demais 
vocábulos, podem ser escritos com minúscula, salvo 
nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O 
Senhor do paço de Ninães, O Senhor do paço de 
Ninães, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou 
Árvore e Tambor. 
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano. 
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas 
abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste). 
f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos 
(opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): 
senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário 
Abrantes, o Cardeal Bembo; santa Filomena (ou 
Santa Filomena). 
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos 
e disciplinas (opcionalmente, também com 
maiúscula): português (ou Português), matemática 
(ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou 
Línguas e Literaturas Modernas). 
 
2º) A letra maiúscula inicial é usada: 
a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: 
Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote. 
b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, 
Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida, Hespéria. 
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou 
mitológicos: Adamastor; Neptuno/ Netuno. 
d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de 
Pensões e Aposentadorias da Previdência Social. 
e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, 
Ramadão, Todos os Santos. 
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O 
Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. 
Paulo). 
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando 
empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste 
do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo 
sul da França ou de outros países, Ocidente, por 
ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático. 
h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou 
nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou 
mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, 
NATO, ONU; H2O, Sr., V. Exª. 
i) Opcionalmente, em palavras usadas reveren-
cialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em 
início de versos, em categorizações de logradouros 
públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo 
dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, 
templo ou Templo do Apostolado Positivista), de 
edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou 
Edifício Azevedo Cunha). 
 
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e 
maiúsculas não obstam a que obras especializadas 
observem regras próprias, provindas de códigos ou 
normalizações específicas (terminologias antropológica. 
geológica, bibliológica, botânica, zoológica etc.), 
promanadas de entidades científicas ou normalizadoras, 
reconhecidas internacionalmente. 
 
 GRAFIA CERTA DE CERTAS PALAVRAS 
 
 AFIM / A FIM DE 
Afim – semelhança; parentesco; afinidade. 
São duas pessoas afins. 
A fim de – com o propósito de; com o objetivo de; com a 
finalidade de. 
Estou a fim de passar no vestibular. 
 
 DIA-A-DIA/ DIA A DIA 
Dia-a-dia – substantivo. 
O dia-a-dia é que preocupa. 
 
Dia a dia _ locução adverbial= dia por dia. 
Fazemos tarefas dia a dia. 
 
 AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A 
 
Ao encontro de (= aproximação) 
As minhas ideias vão ao encontro das suas. 
 
De encontro a (= posição contrária) 
As minhas ideias, infelizmente, vão de encontro às suas. 
 
 PORQUÊ/ PORQUE/ POR QUÊ/ POR QUE 
 
Porquê – substantivo = equivalente a ―o motivo‖; ―a causa‖. 
Sei o porquê do choro. 
 
Porque _ conjunção= a oração equivale a ―por esta razão‖ 
Faltei porque estava doente. 
 
Por quê – no fim do período ou seguido de pausa. 
Você faltou por quê? Se não entendeste por quê, a 
obrigação era perguntar. 
 
Por que 
 
a) Nas interrogativas diretas. 
 Por que faltaste à aula ontem? 
 
b) Nas interrogativas indiretas. 
 Perguntaram por que faltaste à aula ontem. 
 
c) Quando igual a ― motivo pelo qual‖; razão. 
 Bem sabes por que não compareci. 
 
d) Quando igual a ―por qual‖. 
 Bem sabes por que motivo não compareci. 
 
 SE NÃO/ SENÃO 
 
Se não 
Conjunção + advérbio = caso não. 
Se não pagas, não entras. 
Pronome + advérbio. Se não = não se. 
O que se não deve dizer. 
 
 
 
 
 
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Senão 
1. substantivo = defeito. 
 Ela não tem um senão de que possa falar. 
 
2. mas também. 
 Não só me ajudou, senão defendeu-me. 
 
3. palavra de exclusão = exceto 
 A quem, senão a meu pai, devo recorrer? 
 
4. depois de palavra negativa ou como segundo 
elemento dos pares aditivos não ou senão, não só... 
senão (também). 
 Não me amoles senão eu grito. 
 Ninguém te viu, senão todos já saberiam. 
 Não só me ajudou, senão também me hospedou. 
 
5. Caso contrário 
 Estude, senão não passará no concurso. 
 
 A PAR/ AO PAR 
 
A par – bem informado , ciente.Estava a par do fato. 
 
Ao par – usado para indicar relação de equivalência ou 
igualdade entre valores financeiros. 
 
As moedas dos dois países têm o câmbio praticamente 
ao par. 
 
 
 
DO HÍFEN EM COMPOSTOS, 
LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES 
1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por 
justaposição que não contêm formas de ligação e 
cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, 
numeral ou verbal, constituem uma unidade 
sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, 
podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar 
reduzido: 
ano-luz, arce-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-
sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-
coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, 
amorperfeito, guarda-noturno, mato-grossense, 
norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; 
afro-asiático, cifro-luso-brasileiro, azul-escuro, 
luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-
sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-
gotas, finca-pé, guarda-chuva. 
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, 
em certa medida, a noção de composição, grafam-se 
aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, 
pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. 
 
2º) Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos 
compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por 
forma verbal ou cujos elementos estejam ligados 
por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; 
Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, 
Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, 
Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, 
Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes. 
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos 
escrevem-se com os elementos separados, sem 
hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, 
Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O 
topónimo/topônimo Guiné- Bissau é, contudo, uma 
exceção consagrada pelo uso. 
 
3º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que 
designam espécies botânicas e zoológicas, 
estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer 
outro elemento: 
abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-
verde; benção-de-deus, 
erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-
inâcio, bem-me-quer 
(nome de planta que também se dá à margarida e 
ao malmequer); andorinhagrande, cobra-capelo, 
formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d'água, 
lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um 
pássaro). 
 
4º) Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios 
bem e mal, quando estes formam com o elemento 
que se lhes segue uma unidade sintagmática e 
semântica e tal elemento começa por vogal ou h. 
No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, 
pode não se aglutinar com palavras começadas 
por consoante. Eis alguns exemplos das várias 
situações: bem-aventurado, bemestar, bem-
humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-
humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso 
(cf. malditoso), bem-falante (cf malfalante), bem-
mandado (cf. malmandado). bem-nascido (cf. 
malnascido) , bem-soante (cf. malsoante), bem-
visto (cf. malvisto). 
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece 
aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha 
ou não vida à parte: benfazejo, benfeitor, 
benquerença, etc. 
 
5º) Emprega-se o hífen nos compostos com os 
elementos além, aquém, recém e sem: além-
Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-fiar, 
aquém-Pireneus; recém-casado, recém-nascido; 
sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha. 
 
6º) Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas 
substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, 
prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em 
geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas 
pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-
velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao 
deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo 
de emprego sem hífen as seguintes locuções: 
a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de 
jantar; 
b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor 
de vinho; 
c) Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, 
quem quer que seja; 
 
 
 
 
 
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d) Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à 
vontade, de mais (locução que se contrapõe a de 
menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), 
depois de amanhã, em cima, por isso; 
e) Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim 
de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, 
debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, 
quanto a; 
f) Conjuncionais: afim de que, ao passo que, contanto 
que, logo que, por conseguinte, visto que. 
 
7º) Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras 
que ocasionalmente se combinam, formando, não 
propriamente vocábulos, mas encadeamentos 
vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-
Fraternidade, a ponte Rio Niterói, o percurso Lisboa-
Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, e bem 
assim nas combinações históricas ou ocasionais de 
topónimos/ topônimos (tipo: Austria-Hungria, Alsácia-
Lorena, Angola-Brasil, Tóquio- Rio de Janeiro, etc.). 
 
 
DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO, 
RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO 
 
1º) Nas formações com prefixos (como, por exemplo: 
ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, 
hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, 
super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por 
recomposição, isto é, com elementos não autónomos 
ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais 
como: aero-, agro-, arqui-, auto-, hio-, eletro-, geo-, 
hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, 
neo-, pan-, pluri-, proto, pseudo, retro-, semi-, tele-, 
etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos: 
 
a) Nas formações em que o segundo elemento começa 
por h: anti -higiénico/anti-higiênico, circum-
hospitalar, co-herdeiro, contra -harmónico/contra-
harmônico, extra-humano, pré-história, sub-
hepático, super-homem, ultrahiperbólico; arqui-
hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-
helénico/neo-helênico, pan-helenismo, semi-
hospitalar. 
 
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que 
contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o 
segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, 
desumidificar, inábil, inumano, etc. 
 
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo 
termina na mesma vogal com que se inicia o segundo 
elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-
axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-
observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-
interno. 
 
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se 
em geral com o segundo elemento mesmo quando 
iniciado por o: coobrigação, coocupante, 
coordenar, cooperação, cooperar, etc. 
 
c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, 
quando o segundo elemento começa por vogal, m ou 
n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): 
circum-escolar, circum-murado, circum-
navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-
negritude. 
 
d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e 
super-, quando combinados com elementos iniciados 
por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-
revista. 
 
e) Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de 
estado anterior ou cessamento),sota-, soto-, vice- e 
vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-
presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-
piloto, soto-mestre, vicepresidente, vice-reitor, 
vizo-rei. 
 
f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos 
acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o 
segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do 
que acontece com as correspondentes formas átonas 
que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-
graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); 
préescolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, 
pró-europeu (mas promover). 
 
2º) Não se emprega, pois, o hífen: 
 
a) Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo 
termina em vogal e o segundo elemento começa por rou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática 
aliás já generalizada em palavras deste tipo 
pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: 
antirreligioso, antissemita, contrarregra, 
contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, 
minissaia, tal como hiorritmo, hiossatélite. 
eletrossiderurgia, microssistema, micror-
radiografia. 
 
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo 
termina em vogal e o segundo elemento começa por 
vogal diferente, prática esta em geral já adotada 
também para os termos técnicos e científicos. Assim: 
antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, 
autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, 
hidroelétrico, plurianual. 
 
3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o 
hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem 
tupi-guarani que representam formas adjetivas, como 
açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento 
acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a 
pronúncia exige a distinção gráfica dos dois 
elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, 
capim-açu, Ceará-Mirim. 
 
 
 
 
 
 
|14| 
 
Formas variantes 
Abdômen ou abdome Arrebitar ou rebitar 
Assobiar ou assoviar Assoprar ou soprar 
Bêbado ou bêbedo Catorze ou quatorze 
Cociente ou quociente Infarto ou enfarte 
Lajem ou laje 
Percentagem ou 
porcentagem 
Loiro ou louro Empanturrar ou empaturrar 
Maquiagem ou 
maquilagem 
Debulhar ou desbulhar 
Flecha ou frecha Hem? Ou hein? 
Hidrelétrica ou 
hidroelétrica 
Cãibra ou câimbra 
Hemorroida ou 
hemorroide 
Tesoura ou tesoira 
Aluguel ou aluguer Azaleia ou azálea 
Assoalho ou soalho Biscoito ou biscouto 
Amídala ou amigdala Cãibra ou câimbra 
Aritmética ou arimética Chipanzé ou chimpanzé 
Arrebentar ou rebentar Cumular ou acumular 
Aluguel ou aluguer Imundície ou imundícia 
Degelar ou desgelar Dependurar ou pendurar 
Entoação ou entonação Estralar ou estalar 
Flauta ou frauta Fleuma ou legma 
Geringonça ou gerigonça Maribondo ou marimbondo 
Mobiliar ou mobilhar Nenê ou neném 
Parêntese ou parêntesis Projétil ou projétil 
Radioatividade ou 
radiatividade 
Rastro ou rasto 
Réptil ou reptil Surrupiar ou surripiar 
Toicinho ou toucinho Trilhão ou trilião 
Voleibol ou volibol Tramela ou taramela 
ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares, 
ENEM, colégios técnicos e militares. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 27 
 
 Ortografia oficial 
 
Emprego da letra Z (fonema Z) 
● Substantivos abstratos derivados de adjetivos: 
Pobre – Pobre__a 
Belo – Bele__a 
Altivo – Altive__ 
Ácido – acide__ 
 
● Aumentativos e diminutivos: 
Copá__io 
Papel__inho 
Homen__arrão 
Animai__inhos 
Coraçõe__inhos 
● Verbos terminados em ZER e ZIR: 
Fa__er 
Tra__er 
Di__zer 
Apra__er 
Adu__ir 
Fran__ir 
Condu__ir 
Produ__ir 
 
Exceto: Co___er 
Tran__ir (repassar, assombrar, penetrar) 
 
● Sufixo IZAR (em nomes sem S): 
Finali__ar 
Reali__ar 
Centrali__ar 
Ideali__ar 
Morali__ar 
 
Cuidado: 
catequese = catequizar 
síntese = sintetizar 
hipnose = hipnotizar 
 
 
● Desinência TRIZ (formadora de feminino); 
Embaixatri__ 
Imperatri__ 
Atri__ 
 
 
Emprego da letra S (fonema /z/): 
 
● Adjetivos que indicam origem: 
Burguê__ 
Francê__ 
Inglê__ 
Camponê__ 
 
 
● Desinências de feminino ESA/ ISA: 
Barone__a 
Marque__a 
Japone__a 
Poeti__a 
Sacerdoti__a 
Profeti__a 
 
 
 
 
 
 
|15| 
● Em todas as formas do verbo PÔR e QUERER: 
Pu__ Qui__ 
Pu__emos Qui__emos 
Pu__era Qui__era 
Pu__este Qui__este 
 
● Adjetivos terminados em OSO (A): 
Aquo__o (a) 
Melo__o (a) 
Jeito__o (a) 
Gosto__o (a) 
Sebo__o (a) 
Vaido__o (a) 
 
● Depois de ditongos: 
Cau__a 
Coi__a 
Lou__a 
Náu__ea 
Aplau__o 
Clau__ura 
Sou__a 
Neu__a 
 
 
Empregos das letras S e SS (fonemas /z/ e /s/) 
 
Substantivos derivados de verbos terminados em: 
 
● ENDER 
Defender – Defe__a 
Empreender – Empre__a 
Surpreender – Surpre__a 
Despender – Despe__a 
Compreender – Compreen__ão 
Repreender – Repreen__ão 
 
● ERGIR 
Imergir – Imer__ão 
Submergir – Submer__ão 
 
● ERTER 
Inverter – Inver__ão 
Perverter – Perver__ão 
 
● PELIR 
Repelir – Repul__a 
Compelir – Compul__ão 
● CORRER 
Discorrer – Discur__o 
Percorrer- Percur__o 
 
● CEDER 
Ceder- Ce___ão 
Conceder – Conce__ão 
 
● GREDIR 
Agredir – Agre__ão 
Regredir – Regre__o 
 
● PRIMIR 
Exprimir – Expre___ão 
Comprimir – Compre___ão 
 
● TIR 
Permitir – Permi___ão 
Discutir – Discu___ão 
 
Emprego da letra X (fonema /x/) 
● Depois de ditongo: 
 
Cai__a 
Quei__o 
Amei__a 
Bai__o 
Pai__ão 
 
Exceção: Recau___utar 
 
Depois das sílabas iniciais: 
 
● Me 
Me__ilão 
Exceto: Me___a, Me___oação 
 
● La 
La___ante 
 
● Li 
Li__a 
Li__o 
 
● Lu 
Lu__o 
Lu__úria 
 
● Gra 
Gra__a 
Gra__eiro 
Engra __ate 
 
● Bru 
Bru___a 
 
 
 
 
 
|16| 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
Observe os trechos abaixo: 
―Descubra a química que existe entre a medicina e você.‖ 
(Superinteressante, maio/2004) 
 
―Os mecanismos do olfato e de seus efeitos no cérebro 
envolvem intrincadíssimos sistemas que, para serem 
decifrados, requerem perícia em diversas áreas: química, 
física, biologia molecular, fisiologia, neurociência ...‖ 
(Superinteressante, maio/2004) 
 
Em comum nos dois excertos é a palavra química. 
No entanto, tal palavra é empregada em sentidos 
diferentes, por estarem em contextos diferentes. 
 
● Campo semântico 
 
Denomina-se de campo semântico o conjunto de 
empregos/usos de uma palavra num determinado 
contexto, ou seja, são as diversas acepções que uma 
mesma palavra assume dentro de situações diferentes. 
No primeiro trecho, a palavra química assume o 
significado de ―entendimento‖, ―boa interação‖; já no 
segundo, significa ―ciência‖. 
 
● Polissemia 
 
―É a capacidade que uma palavra tem de assumir 
diferentes significações ou sentidos.‖ 
 
 HIPÔNIMOS E HIPERÔNIMOS 
 
Hiperonímia é a palavra que possui um sentido 
genérico, em relação a outras de sentido mais restrito, 
específico. 
 
Ex.: fruta é hiperônimo de laranja, banana, maçã. 
 
Hiponímia é a palavra que possui um sentido mais 
restrito, específico quando relacionada a outras de 
sentido mais geral. 
 
Ex.: homem, mulher e criança são hipônimos de ―ser humano‖ 
 
 SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS 
 
Sinonímia é a relação existente entre palavras que 
possuem significados semelhantes. 
 
Ex.:―A legalização da ‗morte piedosa‘ na Holanda faz o 
mundo inteiro se perguntar: nós temos o direito de 
escolher como e quando nossa vida vai acabar?‖ 
(morte piedosa = eutanásia) 
 (Superinteressante, março/2001) 
 
Antonímia é relação existente entre palavras que 
possuem significados opostos, contrários. 
 
Ex.: ―Goiana morta em desastre aéreo está viva.‖ 
 (Veja, 11.10.2000) 
Obs.: Não existem sinônimos perfeitos. 
 HOMÔNIMOS, HOMOGRÁFOS, HOMÓFONOS E 
PARÔNIMOS 
 
Homonímia é a relação existente entre palavras 
que possuem significado diferente, mas grafia e 
pronúncia iguais. 
 
Ex.: nós (pronome) – nós (plural de nó) 
 mato(bosque)–mato (verbo) 
livre (solto) – livre(verbo livrar) 
rio (verbo rir) – rio (curso de água natural) 
amo (verbo amar) – amo (servo) 
canto (ângulo) – canto (verbo cantar) 
fui (verbo ser) – fui (verbo ir) 
 
Homografia é a relação existente entre palavras 
que possuem grafia igual, mas significado e pronúnciadiferentes. 
 
Ex.: O governo brasileiro tenta vencer a inflação. 
 Eu governo com responsabilidade meus assuntos. 
 
Homofonia é a relação existente entre palavras 
que possuem pronúncia igual, mas grafia e significado 
diferentes. 
 
Ex.: O prisioneiro estava triste em sua cela. 
 A sela estava sobre o cavalo. 
 
Acender (atear fogo) Ascender (subir) 
Bucho 
(estômago de animais) 
Buxo (arbusto) 
Caçar (perseguir animais) Cassar (anular) 
Cela (compartimento) Sela ( arreio) 
Censo (recenseamento) Senso (juízo, raciocínio) 
Cerração (nevoeiro denso) Serração (ato de serrar) 
Cidra (fruto) Sidra (vinho de maçã) 
Concertar (harmonizar) Consertar (reparar) 
Insipiente (ignorante) Incipiente (principiante) 
Laço (nó) 
Lasso (cansado ou 
frouxo) 
Paço (palácio) Passo (andar) 
Seção/secção (parte, 
divisão) 
Cessão 
(ato de ceder, doar) 
Sessão (reunião) 
Tacha ( pequeno prego) Taxa (imposto) 
 
 
Paronímia é a relação existente entre palavras 
semelhantes na pronúncia e na grafia, mas com 
significado diferentes. 
 
Ex.: Muito se lutou contra o tráfico negreiro. 
 Hoje, pela manhã, o tráfego estava um horror. 
 
 
 
 
 
|17| 
recrear (divertir, alegrar) recriar (criar novamente) 
sortir (abastecer) surtir (produzir efeito) 
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) 
vadear (atravessar a 
vau) 
vadiar (andar 
ociosamente) 
vultoso (volumoso) 
vultuoso (atacado de 
congestão na face) 
imergir (afundar) emergir (vir à tona) 
inflação (alta dos preços) infração (violação) 
infligir (aplicar pena) 
infringir (violar, 
desrespeitar) 
Mandado (ordem 
judicial) 
mandato (procuração) 
ratificar (confirmar) retificar (corrigir) 
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país) 
Eminente (elevado) 
iminente (prestes a 
ocorrer) 
esbaforido (ofegante, 
apressado) 
espavorido (apavorado) 
estada (permanência de 
pessoas) 
estadia (permanência de 
veículos) 
fusível (o que funde) fuzil (arma) 
absolver (perdoar, 
inocentar) 
absorver (sorver, aspirar) 
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) 
Cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem cortês) 
comprimento (extensão) cumprimento (saudação) 
Descrição (ato de 
descrever) 
discrição (reserva, 
prudência) 
descriminar (tirar a 
culpa, inocentar) 
discriminar (distinguir) 
Despensa (onde se 
guardam mantimentos) 
dispensa (ato de 
dispensar) 
 
 
MORFOLOGIA 
 
 DEFINIÇÃO 
 
Em linguística, morfologia é o estudo da estrutura, 
da formação e da classificação das palavras. A 
peculiaridade da morfologia é estudar as palavras 
olhando para elas isoladamente e não dentro da sua 
participação na frase ou período. A morfologia está 
agrupada em dez classes, denominadas classes de 
palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, 
Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, 
Preposição, Conjunção e Interjeição. 
 
● Palavras denotativas 
Série de palavras que se assemelham ao advérbio. 
A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, 
não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. 
 
Classificam-se em função da ideia que expressam: 
 Adição - ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda 
queria mais) 
 Afastamento - embora (Foi embora daqui) 
 Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente 
(Ainda bem que passei de ano) 
 Aproximação - quase, lá por, bem, uns, cerca de, por 
volta de etc. (É quase 1h a pé) 
 Designação - eis (Eis nosso carro novo) 
 Exclusão - apesar, somente, só, salvo, unicamente, 
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos 
saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real) 
 Explicação - isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários 
livros, a saber, os clássicos) 
 Inclusão - até, ainda, além disso, também, inclusive 
etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água) 
 Limitação - só, somente, unicamente, apenas etc. 
(Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa) 
 Realce - é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você 
lá sabe essa questão?) 
 Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. 
(Somos três, ou melhor, quatro) 
 Situação - então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, 
quem perguntaria a ele?) 
 
● PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
Processos de formação de palavras 
● Raiz - morfema lexical originário, irredutível, 
geralmente monossilábico, que contém o núcleo 
significativo comum às palavras cognatas ou de 
mesma família. Por sofrerem muitas alterações e 
serem de difícil delimitação, as análises trabalham 
basicamente com os radicais. 
● Radical - morfema lexical que se opõe aos outros de 
derivação e flexão numa palavra (galo, galinha, 
galináceo). Alguns vocábulos são constituídos apenas 
por radical (lápis, mar, hoje). Na prática, pode-se 
fazer distinção entre diversos níveis de radicais, 
sendo o radical primário a raiz (desregularizar - 
desregulariz > regulariz > regul> reg - são 4 níveis de 
radicais ditos primário, secundário ...) 
 
 
 
 
 
|18| 
● Vogal temática - vogal que, em alguns casos, 
agrega-se ao radical, preparando-o para receber as 
desinências. Nos verbos, indicam a conjugação 
verbal (1ª -a, 2ª -e, 3ª -i), e são átonas (-a, -e, -o) nos 
nomes. 
● Tema - união de radical mais vogal temática. Nos 
nomes, o tema é mais evidente em derivados de 
verbos (caça-dor / ferve-nte). 
 
 
 
● Formas atemáticas - terminadas em cons. ou vog. 
tônica (mar, café), constituem-se apenas de radical. 
 
● Desinências - apoiam-se ao radical para marcar as 
flexões gramaticais. Podem ser nominais ou verbais: 
Nominais - indicam flexões de gênero e 
número dos nomes (gat-a e gato-s) 
Verbais - indicam tempo e modo (modo temporais) 
ou pessoa e número (número-pessoais) dos verbos. 
 
● Afixos - morfemas derivacionais (gramaticais) 
agregados ao radical para formar palavras novas. 
Prefixo - antes do radical (infeliz) 
Sufixo - depois do radical (felizmente) 
 
● Vogal e consoante de ligação - elementos mórficos 
insignificativos que surgem para facilitar ou até 
possibilitar a pronúncia de determinadas construções 
(silv-í-cola, pe-z-inho, pobre-t-ão, gas-eificar, rat-i-
cida, rod-o-via)· 
 
● Alomorfes - são as variações que os morfemas 
sofrem (amaria - amaríeis; feliz - felicidade). 
 
 
 Cegalla divide os elementos estruturais: raiz/ radical / 
tema (elementos básicos e significativos) + afixos / 
desinências / VT (elementos modificadores da 
signficação dos primeiros) + vogal e consoante de 
ligação (elementos de ligação, eufônicos, não são 
morfemas) 
 
 Nomes terminados por r, z, s (oxítonas) ou l 
apresentam vogal temática só no plural (anima-i-s) 
 
 Grau não é flexão, por que os elementos que o 
caracterizam não são desinências. Os sufixos usados 
na construção de graus podem sofrer flexões 
(menin-inh-a-s) 
 
● Morfemas 
 
Unidades mínimas de significação, integrantes da 
palavra, que não admitem subdivisão em unidades 
significativas menores. 
Quanto à significação, podem ser: 
● morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de 
significação externa, série aberta. 
● morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de 
significação interna, relacionados ao universo 
linguístico, série fechada. 
● Resumo esquemático: 
 
VOGAIS TEMÁTICAS 
Conj. VT VT alom. Exemplos 
1ª. A- E / O falei, falou (pret. perf. Ind.) 
2ª. E- I /temia (pret. imp.. Ind.), temido (Part.) 
3ª. I- E partes, parte, partem (pres. Ind.) 
 
 
Observações 
1ª pessoa do singular do presente do Indicativo e todo o 
presente do Subjuntivo têm VT = ø 
 
● o elemento o da 1ª pessoa do singular do presente do 
Indicativo é DNP 
 
● os elementos e e a do presentedo subjuntivo são DMT 
 
 
DMT INDICATIVO 
 
Tempo DMT DMT alom. Exemplos 
Pres. - - amo, amas 
Pretérito perfeito- - amei, amaste 
Imp. (1ª. conj.) VA VE (vós) 
amava, amáveis 
Imp (2ª e 3ª conj.) 
A E (vós) 
temia, temíeis 
+-que-perf RA (át.) RE (vós) 
amara, amaríeis 
Futuro Pres. 
RA(tôn.) 
RE (eu, nós, vós) 
amará, amarei 
Futuro Prét. RIA RIE (vós) 
amaria, amaríeis 
 
DMT SUBJUNTIVO 
Tempo DMT DMT alom. Exemplos 
Pres. (1ª conj.) E - ame, ames 
Pres. (2ª conj.) A - tema, parta 
Imp. SSE - amasse, partisse 
Futuro R - amar, amares 
 
 
 
 
 
 
|19| 
DNP GERAL 
 
Pessoa DNP DNP alom. Exemplos 
1ª sing. O / ø I / U sei, vou, sou 
2ª sing. S ES amares, andares 
3ª sing. Ø - ama, temeria 
1ª pl. MOS -amássemos, tememo s 
2ª pl. IS DES amais, amardes 
3ª pl. M EM, nasalidade + O amarem, amarão 
 
 
● DNP PRETÉRITO PERFEITO INDICATIVO 
 
Pessoa DNP DNP alom. Exemplos 
1ª. sing. I ø amei, temi, fiz, pus 
2ª. sing. STE - amaste, temeste 
3ª. sing. U ø amou, temeu, fez, pôs 
1ª. pl. MOS - amamos, tememos 
2ª. pl. STES - amastes, temestes 
3ª. pl. RAM - amaram, temeram 
 
 
FORMAS NOMINAIS 
DMT DMT alom. Exemplos 
Infinitivo R - amar, temer, partir 
Gerúndio NDO - amando, vendendo 
Particípio DO 
TO, STO, SO, 
etc. amado, feito, visto 
 
Observações 
● DNP para pretérito perfeito do Indicativo é cumulativa 
(indica também modo e tempo) 
● DNP alomórfica no pretérito perfeito é marcada pela 
sua ausência na 1ª e 3ª pessoas do singular (fiz, fez, 
pus, pôs, disse, trouxe) 
 
 
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS ATRAVÉS DOS 
ELEMENTOS MÓRFICOS 
 
Pode-se identificar o significado de algumas 
palavras através de seus elementos estruturadores. 
Assim, o conhecimento de palavras cognatas auxilia não 
só na delimitação dos elementos mórficos, mas também 
na descoberta do significado de um vocábulo 
desconhecido. 
Aqui seguem algumas palavras com seus 
elementos formadores e sua significação. Entretanto, a 
quantidade de prefixos, sufixos e radicais é grande e seus 
significados também múltiplos, merecendo um estudo 
mais aprofundado. 
 
● Prefixos: 
Ambi duplicidade: ambíguo, ambidestro 
bene/bem muito bom: beneficente, benfeitor 
Cis do lado de cá, aquém: Cisplatino 
De de cima para baixo: decrescer, declive 
Justa ao lado: justaposição 
Ob em frente: obstáculo 
Per movimento através, perfurar: percorrer 
Pro para frente, em lugar de: progresso, pronome, prólogo 
Sesqui um e meio: sesquicentenário 
vice/vis no lugar de, inferior a: vice-presidente, visconde 
Anfi em torno, duplicidade: anfiteatro, anfíbio 
arqui/arc/arque/arce superioridade: arcebispo, arcanjo, 
arqueduque 
Cata de cima para baixo: catálogo 
Dis dificuldade, mau estado, disenteria, dispnéia 
Endo/end interior, movimento, para dentro, envenoso, 
endovenoso 
Epi superior, posterioridade epiderme, epitáfio, epílogo 
eu/ev bem, bom: eufonia, evangelho, 
 
EUFEMISMO 
Hipó inferior, escassez: hipocrisia, hipodérmico 
sin/sim/si simultaneidade, companhia sinfonia, sílaba 
 
● Sufixos: 
 
Por sua natureza formadora, podem ser nominais, 
verbais e adverbiais. 
 
● Nominais (substantivos e adjetivos): 
agente, profissão - vendedor, inspetor, padeiro, 
manobrista, bibliotecário 
ação ou resultado de ação - martelada, 
aprendizagem, matança, casamento, formatura 
qualidade, estado - maldade, patriotismo, 
surdez, delicadeza, loucura 
doença, inflamação - cefaléia, anemia, 
apendicite, tuberculose 
lugar - oratório, bebedouro, principado, orfanato, padaria 
ciência, técnica, doutrina - geografia, estética, cristianismo 
feito de, parece com - argênteo, ósseo, aquilino 
coleção, aglomeração - cafezal, arvoredo, cabeleira 
aumentativo - bocarra, cabeçorra, casarão, homenzarrão 
diminutivo - riacho, viela, camarim, portinhola, homúnculo 
 
 
 
 
 
|20| 
● Verbais: 
verbos frequentativos (que se repete) - 
espicaçar, pestanejar 
verbos diminutivos (ação diminutiva) - 
petiscar, chuviscar, pinicar 
verbos incoativos (início de ação ou passagem 
para novo estado ou qualidade) - 
amanhecer, florescer 
verbos causativos (ação que deve ser 
praticada ou dar certa qualidade a uma 
coisa) - canalizar, debilitar, esquentar 
 
● Adverbiais: 
-mente - felizmente, bondosamente 
 
 RADICAIS: 
 
O significado de alguns radicais. 
 
● 1º elemento: 
acrópole, acrofobia - alto 
agricultura - campo 
anemômetro - vento 
apicultura - abelha 
asterisco, asteroide - estrela 
cacofonia - mau 
caligrafia - belo 
eneágono - nove 
equivalência - igual 
filologia, filarmônica - amigo 
fisionomia, fisiologia - natureza 
fotofobia, fotosfera - fogo/luz 
heterossexual, heterogêneo - outro 
isósceles - igual 
locomotiva - lugar 
megalomaníaco - grande 
misantropo - ódio 
mitologia - fábula 
necropsia - morto 
onomatopéia - nome 
ornitologia - ave 
oxítono - agudo/penetrante 
pan-americano - todos 
patologia - sentimento/doença 
peleografia - antigo 
pirotecnia - fogo 
pisciforme - peixe 
plutocracia - riqueza 
pneumático - ar/sopro 
quiromancia - mão 
retângulo - reto 
tipografia - figura/marca 
2º elemento: 
anagrama - escrita/letra 
antropofagia - ato de comer 
astronomia - lei/regra 
autônomo, metrônomo - que regula 
barítono, monótono - tensão/tom 
bibliofilia - amizade 
cartomancia - adivinhação 
centrífugo - que foge ou faz fugir 
demagogo - que conduz/leva 
democracia - poder 
diálogo, psicólogo - palavra/estudo 
frutífero - que produz ou faz 
helicóptero - asa 
heterodoxo - que opina 
heterogêneo - que gera 
lobotomia - corte/divisão 
microscópio - examinar/ver 
monarca - que comanda 
neurastenia - debilidade 
nevralgia - dor 
ovíparo - que produz 
xenofobia, hidrofobia - ódio/temor 
 
3.3. Processos de formação de palavras 
 
As palavras estão em constante processo de 
evolução, tornando a língua um fenômeno vivo que 
acompanha o homem. Alguns vocábulos caem em 
desuso (arcaísmos), outros nascem (neologismos) e 
muitos mudam de significado com o passar do tempo. 
 
Em Língua Portuguesa, em função da estruturação e 
origem das palavras, pode-se chegar à seguinte divisão: 
● Palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) 
● Palavras derivadas - derivam de outras (casebre, 
florzinha) 
● Palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) 
● Palavras compostas - possuem mais de um radical 
(couve-flor, aguardente) 
 
Para a formação das palavras portuguesas, é 
necessário o conhecimento dos seguintes processos de 
formação: 
● Composição - junção de radicais. São dois tipos de 
composição, em função de ter havido ou não alteração 
fonética. 
● Justaposição - sem alteração fonética (girassol, sexta-
feira) 
● aglutinação - alteração fonética, com perda de 
elementos (planalto, pernalta). 
 
Gera perda da delimitação vocabular e a existência 
de um único acento fônico 
● Derivação - palavra primitiva (1 radical) acrescida, 
geralmente, de afixos. São cinco tipos de derivação. 
● Prefixal - acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-
feliz, des-leal) 
● Sufixal - acréscimo de sufixo à palavra primitiva (feliz-
mente, leal-dade) 
 
 
 
 
 
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● Parassintética ou parassíntese - acréscimo 
simultâneo de prefixo e sufixo, ao mesmo tempo, à 
palavra primitiva (en+surdo+ecer / a+benção+ado / 
en+forca+ar). Por esse processo se forma 
essencialmente verbos, de base substantiva ou 
adjetiva; mas há parassintéticos de outras classes 
(subterrâneo, desnaturado) 
 
Observação: Se com a retirada do prefixo ou do sufixo 
não existir aquela palavrana língua, houve parassíntese 
(infeliz existe e felizmente existe, logo houve prefixação e 
sufixação em infelizmente; 
Ensurde não existe e surdecer também não existe, logo 
ensurdecer foi formada por parassíntese); o regressiva ou 
deverbal - redução da palavra primitiva (frangão > frango 
gajão > gajo, rosmaninho > rosmano, sarampão > 
sarampo, delegado >delega, flagrante > flagra, 
comunista>comuna). Cria substantivos, que denotam 
ação, derivados de verbos, daí ser chamado também 
derivação deverbal (amparo, choro, voo, corte, destaque, 
conserva, fala, pesca, visita, denúncia etc.). 
 
Observação: Para determinar se a palavra primitiva é o 
verbo ou o substantivo cognato, usa-se o seguinte critério: 
substantivo denotando ação constitui-se em palavra 
derivada do verbo, mas se o substantivo denotar objeto 
ou substância será primitivo (ajudar > ajuda, estudar > 
estudo ≠ planta > plantar, âncora > ancorar) o imprópria 
ou conversão - alteração da classe gramatical da palavra 
primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um 
judas" - de substantivo próprio a comum, damasco por 
Damasco) 
 
● Hibridismo - são palavras compostas, ou derivadas, 
constituídas por elementos originários de línguas 
diferentes (automóvel e monóculo- gr e lat / sociologia, 
bígamo, bicicleta - lat e gr / alcalóide, alcoômetro - ár. e 
gr. / caiporismo - tupi e gr. / bananal - afric e lat. / 
sambódromo - afric e gr / burocracia - fran e gr) 
● Onomatopéia - reprodução imitativa de sons (pingue-
pingue, zunzum, miau, zinzizular) 
● Abreviação vocabular - redução da palavra até o limite 
de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra) 
● Siglonimização - formação de siglas, utilizando as 
letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia 
Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se 
outras palavras também (aidético, petista, uergiano) 
 
ESTUDO DO ARTIGO 
 
É a palavra variável que tem por finalidade 
individualizar, isto é, indicar a coisa, essa individualização 
ou indicação pode ser feita de duas maneiras; ou de 
maneira precisa, definida, ou de maneira imprecisa, 
indefinida. 
 
A própria conceituação de artigo leva-nos aos dois 
subgrupos. 
 
Definidos: o, a, os, as. 
 
Indefinidos: um, uma, uns, umas. 
 
Do ponto de vista sintático, o artigo é um termo que 
funciona sempre como adjunto adnominal. 
 
O artigo pode ser confundido com: 
 
Pronome oblíquo. 
 
Pronome demonstrativo. 
 
Preposição. 
 
Numeral. 
 
COISA LINDA, ATENÇÃO! 
 
1 - Artigo contra pronome oblíquo. 
 
Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as atuam 
como complemento de verbo, logo acompanham um 
verbo, e não um substantivo. 
O livro é este aqui, eu o trouxe agora. 
 
2 - Artigo contra demonstrativo. 
Os pronomes demonstrativos o, a, os, as 
aparecem em alguns casos: antes de pronome relativo 
que, antes da preposição de e quando substitui um termo 
ou uma frase inteira ( somente o demonstrativo o atua 
nesse terceiro caso, vindo normalmente acompanhados 
dos verbos ser ou fazer). Tais pronomes podem ser 
substituídos por aquele, aquela, aquilo, isso, isto. 
 
A verdade é que uma turma só é boa de seus 
componentes também o (isso = bons) forem. 
- João, eu soube que você brigou com a sua namorada. 
- José Carlos, eu não o fiz ( perceba que, nessa frase, o 
pronome o refere-se ao ato de brigar com a namorada, 
podendo ser substituído, inclusive, pela palavra isso – Eu 
não fiz isso. 
 
Mas que melhor metafísica que a ( aquelas) delas. 
São poucos os que mandam e muitos os que obedecem. 
 
3 - Artigo contra preposição. 
 
A preposição vem indicando locução adjetiva. 
 
Barco a vela. 
 
● LOCUÇÃO ADVERBIAL 
 
Ali as coisas eram ditas a meia voz 
 
● LOCUÇÃO PREPOSITIVA 
 
A despeito de. 
 
Ligando verbos e nomes a seus complementos. 
 
Isto é útil a todos. 
 
Ligando verbo a verbo. 
 
Votei a correr. 
 
 
 
 
 
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Quando é invariável. 
 
Iremos a Manaus. 
 
Quando inicia oração. 
 
Sou favorável a que se tome isso 
 
4 - Artigo contra numeral. 
 
O numeral um ou uma indica quantidade 
correspondente à unidade e admite o acompanhamento 
das palavras só, somente ou apenas. 
José Carlos flauzino gastou um litro de álcool para 
sair. (só, somente, apenas um litro). 
 
Quantas flores você ganhou? 
 
____ ganhei, uma! 
 
COISA LINDA, CUIDADO! 
 
Em "José Carlos Flauzino entrou na livraria para 
comprar um livro de psicologia." temos de entender tal 
vocábulo como artigo indefinido. Mas é possível colocar 
só, somente, apenas antes de um. Sempre observe o 
contexto. 
 
5 - Artigo contra pronome indefinido. 
 
Os pronomes indefinidos um, uma, uns, umas não 
vem acompanhando um substantivo, vem substituindo-o. 
Normalmente, na mesma frase, aparece o pronome outro. 
 
Uns chegam, outros saem. 
 
 
COISA LINDA, MUITO CUIDADO! 
 
Existem alguns casos em que o artigo vem antes de: 
 
1 - Advérbio seguido de adjetivo. 
 
Ele é o mais divertido do programa. 
 
2 - Antes de numeral. (substituindo substantivo) 
 
Tio, tia e filha bebiam. Os três eram engraçados. 
 
3 - Antes de pronome de tratamento. (mesmo). 
 
José Carlos Flauzino passou na prova. O mesmo não 
aconteceu com o Paulo. 
 
4 - Antes de pronomes possessivos. ( substituindo 
substantivo). 
 
Não direi nada a teu tio, porém ao meu. 
 
5 - Antes de pronome de tratamento. ( senhor, senhora, 
senhorita) 
 
A senhora é muito bonita. 
6 - Antes de pronome interrogativo.( que) 
 
O que você quer com ela? 
 
7 - Antes de pronome indefinido. ( outro, demais). 
 
Não fale nada à outra colega. 
 
8 - Antes de pronome relativo ( na locução o ( a) qual). 
 
As mulheres as quais fumam... 
 
9 - Antes de conjunção comparativa. 
 
José Carlos flauzino é mais inteligente do que o Arthur. 
 
COISA LINDA! 
 
Que o artigo individualiza, isto é, indica, aponta um 
objeto, é coisa fora de questão; consideremos a 
expressão minha filha. A omissão do artigo, nesse caso, 
deixa entrever a existência de outros filhos; se, 
acrescentando à expressão o artigo a, dissermos a 
minha filha, já outro sentido ela adquire, pois o artigo virá 
indicar, individualizar a coisa expressa, denotando a 
existência de uma única filha ou de uma filha toda 
especial, mais querida. 
 
Usa-se, obrigatoriamente, o artigo definido: 
 
1. Após o pronome indefinido todo, no sentido de 
totalidade, inteiro. 
 
O jovem leu todo o livro. (o livro inteiro) 
 
Se o pronome indefinido todo tiver o sentido de 
qualquer, faz-se a omissão do artigo: 
 
Todo homem tem suas paixões. (qualquer). 
 
2. No plural, empregam-se sempre os artigos os ou as 
após todos, todas, especialmente quando seguidos de 
numerais e substantivos: 
 
Todas as mulheres do bairro frequentam a feira. 
 
3. Após o numeral ambos e antes do substantivo a que 
se refere: 
 
O professor puniu ambos os alunos. 
 
4 Antes de nomes de estado, países, continentes, rios, 
serras e de outros nomes próprios geográficos: 
 
O Rio de Janeiro é lindo. 
 
5. Sempre que desejar designar criações literárias; 
 
O Grande Sertão: Veredas. 
 
Se o artigo pertencer ao título da obra, não de admite 
combinação com preposição. 
 
Li isto em Os Sertões. 
 
 
 
 
 
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6. Quando não de deseja repetir substantivo já 
mencionado. Neste caso, o artigo deve substituí-lo 
sempre que necessário. 
 
Usou a blusa amarela e a azul muitas vezes. 
 
Se houver omissão do artigo, a frase assume um outro 
sentido: neste exemplo, tem-se a impressão de que a 
blusa tem duas cores. 
 
Usou a blusa amarela e azul muitas vezes. 
É facultativo o emprego do artigo definido antes de 
pronomes possessivos, 
 
Venderam o meu livro por engano. 
 
NÃO SE DEVE USAR O ARTIGO. 
 
1. Após o pronome relativo cujo: 
 
Aquele é o menino cujo

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