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MATERIAL DE APOIO TEORÍCO CONTABILIDADE BÁSICA. 13.02.2017
	CONTABILIDADE
1 – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS, CONCEITOS, FUNÇÕES E CAMPOS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE.
Os primórdios da Contabilidade resumem-se praticamente no homem primitivo contando seu rebanho. O homem, cuja natureza é ambiciosa, não se preocupa apenas com a contagem dos animais, mas com o crescimento, com a evolução do rebanho e, conseqüentemente com a evolução de sua riqueza.
CAMPOS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
A Contabilidade, como ciência aplicada, apresenta metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não lucrativas ou empresa.
Dentro de uma empresa os responsáveis pela administração necessitam de tomar várias decisões vitais para o sucesso do negócio. Por isso, há necessidade de dados, de informações corretas, de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão.
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem para a tomada de decisões.
O processo decisório decorrente das informações apuradas pela Contabilidade não se restringe apenas aos limites da empresa, aos administradores e gerentes, mas também a outros segmentos:
Investidores, sócios e acionistas: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômico-financeira da empresa; dessa forma, o investidor tem em mãos os elementos necessários para decidir sobre as melhores alternativas de investimentos que forneçam rentabilidade e segurança.
Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora.
Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito, etc.
Governo e Analistas Governamentais: não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadação de impostos, como também para dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a economia.
Sindicatos: utiliza os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários.
Administradores, diretores e executivos: o interesse nos dados contábeis atinge um grau de profundidade e análise, bem como de freqüência, muito maior do que para os demais grupos, pois são responsáveis pela tomadas de decisões dentro das entidades a que pertencem. Sabendo utilizar as informações contábeis têm em suas mãos um poderoso instrumento de trabalho.
Outros interessados: funcionários (desejam saber se a empresa tem condições de pagar os salários), órgãos de classes, pessoas e diversos institutos, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), concorrentes, etc.
A função do Contador é produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade. 
FINALIDADES BÁSICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Controle: por ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração. A informação contábil é útil ao processo de controle das seguintes formas: 
Como meio de comunicação: Os relatórios contábeis podem ser de grande auxílio, ao informar a organização a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das formas de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir à organização.
Como meio de motivação: As informações contábeis podem auxiliar no processo de motivação dos funcionários da organização.
Como meio de verificação: Avaliação dos serviços executados pelos empregados. As informações contábeis podem auxiliar esse processo de avaliação, embora o desempenho humano não possa ser julgado apenas pela informação contida nos registros contábeis.
Planejamento: por sua vez é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. A informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial. Mesmo em caso de decisões isoladas sobre várias alternativas possíveis, normalmente utiliza-se grande quantidade de informação contábil.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIOS CONTÁBEIS
	Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade. Ele objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquele setor em determinado período. Também conhecidos como informes contábeis, distingue-se em obrigatórios e não obrigatórios.
	Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei, sendo conhecidos como demonstrações financeiras. São exigidos na totalidade para as sociedades anônimas e, parte deles, estendida a outros tipos societários, através do Imposto de Renda.
	Os relatórios contábeis não obrigatórios, evidentemente, são aqueles não exigidos por lei, o que não significa que sejam menos importantes. Há relatórios não obrigatórios imprescindíveis para a administração.
	A Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76, retificada pela Lei 11.638/07 estabelece que, ao fim de cada exercício social (ano), a diretoria fará elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações financeiras (ou contábeis).
 
1 - Balanço Patrimonial: apresenta a situação econômico-financeira da empresa, em um dado momento, resultante das transações, envolvendo seus bens, direitos e obrigações. 
2 - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou, se companhia aberta, por exigência da CVM, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; revela as variações ocorridas no Patrimônio Líquido da empresa, bem como as causas e os efeitos dessas variações sobre esse patrimônio.
3 - Demonstração do Resultado do Exercício: apresenta, de forma padronizada, as receitas, os custos e as despesas, evidenciando o lucro ou o prejuízo operacional e o resultado líquido no período determinado.
4 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, exceto no caso de companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2 milhões; -Tem por fim controlar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa.
5 - Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado – apresenta o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, bem como a parcela da riqueza não distribuída. 
Tais demonstrações financeiras deverão ser publicadas em dois jornais: no Diário Oficial e em um outro de grande circulação.
Pela Legislação do Imposto de Renda, as sociedades por quotas de responsabilidade limitada deverão seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações. Embora não seja necessária a publicação das Demonstrações Financeiras, as “limitadas” deverão estruturar suas demonstrações nos moldes da Lei das Sociedades por Ações, para melhor atender às exigências do Imposto de Renda.
Dessa forma, as empresas “limitadas” e outros tipos societários deverão apresentar ao Imposto de Renda três demonstrações financeiras:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as Sociedades Anônimas deverão informar aos usuários desses relatórios os dados adicionais seguintes:
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS
Princípios contábeis são regras de aplicaçãoque orientam os procedimentos e práticas profissionais, visam dar uniformidade e servem como guia para a auditoria examinar a qualidade dos relatórios contábeis. 
São duas as condições básicas para que um princípio supere a fase de tentativa e se transforme em “amplamente aceito” e, portanto, incorporado à doutrina e prática contábeis:
 
Deve ser considerado praticável e objetivo pelo consenso profissional;
Deve ser considerado útil.
Alguns Postulados, Princípios e Convenções Contábeis
a) Postulados
Entidade
Continuidade
b) Princípios
Realização (oportunidade)
Custo como base de valor (Registro pelo Valor Original)
Competência dos Exercícios
Denominador comum monetário
c) Convenções
Consistência (uniformidade)
Conservadorismo (prudência)
Materialidade (relevância)
Objetividade
Postulados: são dogmas e proposições evidentes cuja aceitação como verdadeira é indiscutível.
Entidade contábil: qualquer indivíduo, empresa ou entidades, que efetue movimentações quantificáveis monetariamente e que tenha necessidade de manter contabilidade, será tratado como entidade contábil. É fundamental destacar a entidade como pessoa distinta da figura dos sócios ou acionistas.
Continuidade: As entidades são consideradas empreendimentos em prosseguimento, em operação, em andamento, em continuidade.
Princípios: são preceitos básicos que devem orientar os registros contábeis mutáveis no tempo. 
Custo histórico como base de valor: os registros contábeis são efetuados com base no valor de aquisição do bem ou pelo preço de fabricação, incluindo todos os gastos necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios para a empresa.
Denominador comum monetário: Por meio da avaliação monetária, a Contabilidade homogeneíza e agrega diferentes itens em um único denominador comum monetário.
Realização (Oportunidade): Concernente a apuração de resultado. A receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada, ou seja, quando os bens ou serviços são transferidos aos compradores em troca de dinheiro, à vista ou a prazo, ou por permuta. O fato gerador, normalmente, é a transferência do bem ou serviço.
Competência de Exercícios: Concernente a apuração de resultado. No momento em que reconhecemos a despesa, associa-se com a despesa sacrificada para obtê-a e apuramos o resultado final.
Convenções: são restrições, delimitações. São as placas da estrada. 
Materialidade: Define o que é relevante e o que o contador deve informar em seus relatórios. Análise do custo x benefício de um trabalho.
Conservadorismo: Posição conservadora do contador (precaução) será evidenciada para antecipar prejuízo e não o lucro. Não fornecer imagem otimista em uma situação alternativa, que poderá reverter-se. Assim não influenciará os acionistas a um otimismo ilusório.
Consistência: Deve ser evitada a mudança de critério contábil de ano em ano (ou constantemente), para possibilitar a comparação dos relatórios no decorrer do tempo e facilitar estudos.
Objetividade: Para que não haja distorções nas informações contábeis, deverá ser escolhido o procedimento mais adequado, mais objetivo para descrever um evento contábil. Deverão ter suporte (documentação) que possibilite avaliação posterior.
2- BALNÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade.
O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito é denominada de Passivo e Patrimônio Líquido. A coluna do lado esquerdo é denominada Ativo. Atribui-se, por mera convenção, o lado esquerdo para o Ativo e o lado direito para o Passivo e Patrimônio Líquido. Vejamos graficamente:
	BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	LADO ESQUERDO
	LADO DIREITO
ATIVO
O ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Caixa, Bancos (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, Veículos, Equipamentos, Mercadorias, Títulos a Receber, Clientes (estes últimos sendo quantias que terceiros devem à entidade em virtude de transações de crédito, como empréstimos de dinheiro ou vendas a prazo) são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui. 
Bens e direitos
Bens: Máquinas, terrenos, estoques, dinheiro, ferramentas, veículos, instalações, etc. Os bens podem ser divididos em tangíveis (quando em corpo, matéria) e intangíveis – incorpóreos (marca, ponto comercial, etc.). Há ainda, a divisão em móveis e imóveis. O grande problema para a Contabilidade é como avaliar o Intangível, que normalmente tem um valor objetivo. 
O Ativo invisível pode ser algo muito mais valioso do que os bens tangíveis. Exemplo: A IBM adquiriu a Lótus por US$ 3 bilhões, embora o valor do mercado dos bens da adquirida fosse de cerca de US$ 250 milhões. 
Esses US$ 2.750 milhões a mais, esse valor excedente (ágio), são conhecidos como Goodwill, ou ainda como Capital Intelectual.
Esse valor a mais só é definido na negociação da empresa, sendo impossível sua avaliação pela Contabilidade por não existirem valores objetivos.
 
Direitos: Contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, depósitos em contas bancária, títulos de crédito, etc. Os direitos podem ser vistos como bens de posse de terceiros. Por exemplo, se a empresa tem Contas a Receber, ela tem dinheiro (bens) de posse de terceiros para receber no futuro.
Portanto, para ser Ativo, é necessário preencher os quatro requisitos simultaneamente:
Bens ou direitos;
De propriedade da empresa;
Mensurável monetariamente;
Benefícios presentes ou futuros.
Todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados do lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
PASSIVO
	O Passivo evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros, compreende basicamente as obrigações a pagar: Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, Hipotecas a Pagar são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma entidade. 
O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer será exigida (reclamada) a sua liquidação. Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Também conhecido como Situação Líquida, evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O investimento inicial dos proprietários no empreendimento. O investimento inicial dos proprietários (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente, Capital Social. 
	O Patrimônio Liquido não só é acrescido com os novos aumentos de Capital, mas também, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento é denominado Lucro.
Definimos Patrimônio Líquido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em determinado momento.
 
Na verdade, tanto o Passivo quanto o Patrimônio Líquido são obrigações da empresa. No Passivo, temos as obrigações reclamáveis por terceiros e, por isso, também conhecidas como Capital de Terceiros. 
No Patrimônio Líquido, temos as obrigações com os proprietários da empresa. Entretanto, os proprietários, usualmente, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido. Ora, se o proprietário só tiver seu dinheiro de volta no encerramento da empresa, podemos dizer que, num processo de continuidade, os recursos do Patrimônio Líquido pertencem à empresa e, por essa razão, também são conhecidos como Capital Próprio.
Atenção: A Lei das Sociedades Anônimas denomina Passivo todo o lado direito do Balanço Patrimonial. Dessa forma, o Patrimônio líquido estaria incluído na denominação Passivo.
REQUISITOSDO BALANÇO PATRIMONIAL
Cabeçalho: O balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho do qual constará:
Denominação da Empresa
Título da Demonstração (Balanço Patrimonial)
Data de encerramento do Balanço
Corpo: O corpo do balanço é constituído por duas colunas: a da esquerda que chamamos Ativo e da Direita que chamamos Passivo e Patrimônio Líquido (Ou passivo conforme a Lei)
Colunas Comparativas: A Lei das Sociedades por Ações dispõe que as demonstrações de cada exercício sejam publicadas com a indicação dos valores correspondentes do exercício anterior. Assim o Balanço Patrimonial e todas as Demonstrações Financeiras são apresentados em duas colunas: Exercício Atual e Exercício Anterior.
Exemplo:
	EMPRESA ALFA LTDA (Denominação da Empresa)
	BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31.12.X9.
	ATIVO
	PASSIVO
	BENS E DIREITOS
	ANO ATUAL
	ANO ANTERIOR
	PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	ANO ATUAL
	ANO ANTERIOR
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	
	TOTAL
	
	
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO
	A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida como Balanço Patrimonial’. Por definição, Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. É por essa razão que o balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial.
	Suponhamos uma balança de dois pratos: colocaremos no da esquerda o Ativo e no da direita o Passivo. Se ambos tiverem valores iguais, o equilíbrio estará conseguido. 
	Já que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a representação mais comum de seu patrimônio, isto é, seu Balanço Patrimonial ou Equação Contábil Básica, assume a forma:
 
Outras situações podem ocorrer: 
 
 
ORIGENS E APLICAÇÕES
	O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo) como Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de capital. Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio Líquido.
	
O lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos originados no Passivo e no Patrimônio Líquido. Daí, o lado do Ativo será sempre igual ao lado do Passivo + Patrimônio Líquido.
	
 
EXERCÍCIO PARA SER FEITO EM SALA DE AULA
No “Plano de Contas” da Cia. São Paulo constavam as contas a seguir com os seguintes saldos. Classifique-as em contas de Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido e monte o Balanço Patrimonial.
	Terrenos
Mercadorias
Capital
Contas a Pagar
Fornecedores
Duplicatas a Pagar
Títulos a Receber
Instalações
Clientes
Duplicatas a Receber
Caixa
Aplicações Financeiras
Lucros Acumulados
Móveis e Utensílios
Salários a Pagar
	100.000
30.000
500.000
50.000
16.000
20.000
43.000
40.000
25.000
35.000
60.000
100.000
50.000
20.000
10.000
	Imposto de Renda a Pagar
Material de Escritório
Contas a Receber
Aluguéis a Pagar
Veículos
Dividendos a Pagar
Equipamentos
Títulos a Pagar
Peças para Reparos
Almoxarifado de Materiais
Máquinas
Empréstimos Bancários
Prédios e Edifícios
Bancos – Conta Movimento
	1.000
2.000
10.000
8.000
20.000
15.000
40.000
10.000
5.000
6.000
14.000
20.000
100.000
50.000
	ATIVO
	VALORES
	PASSIVO
	VALORES
	
	
	
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	TOTAL ATIVO
	
	TOTAL PASSIVO
	
3 – CONTAS, GRUPO DE CONTAS E PARTIDAS DOBRADAS.
CONTAS
	Como foi visto na aula anterior, o Balanço Patrimonial é constituído de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. O Ativo, por sua vez, compõe-se de Bens, Direitos aplicados na entidade Contábil. O Passivo e o Patrimônio Líquido registram todas as entradas (origens) de recursos na empresa.
	As operações registradas ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido. Esses aumentos e diminuições são registrados em contas.
	Utilizam-se contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido. Cada uma dessas contas será distinguida das demais por sua denominação. Por exemplo, o dinheiro em mãos será representado pela conta Caixa. 
	Podemos, também, e é o que ocorre na prática, representar diversos elementos de características semelhantes em uma mesma conta, a qual receberá o nome que melhor represente os elementos agrupados.
	A prática aconselha a numeração ou codificação das contas, de forma racional e bem planificada. 
GRUPO DE CONTAS
Se demonstrássemos um Balanço Patrimonial cujo Ativo fosse um “amontoado de contas de Bens e Direitos” (de forma heterogênea), teríamos dificuldades em ler, interpretar e analisar o Balanço Patrimonial. Por isso, é importante apresentar o Balanço agrupando-se as contas de mesmas características, isto é, separando grupos de contas homogêneas entre si. Por exemplo, poderíamos agrupar as contas Caixa e Bancos (depósito que a empresa tem nos Bancos), em um único grupo denominado Disponível (dinheiro à disposição da Entidade).
Para facilitar a interpretação do Balanço existe uma preocupação constante em estabelecer uma adequada distribuição de contas. Duas regras básicas orientam a distribuição de contas no Balanço Patrimonial:
Prazo: em contabilidade Curto Prazo significa, normalmente, o período de até um ano e Longo Prazo (superior a um ano).
Grau de Liquidez decrescente: os itens de maior liquidez são classificados em primeiro plano. Os de menor liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo, entre três contas: Estoques, Caixa e Duplicatas a Receber, a mais líquida é o Caixa (1o. lugar); em segundo lugar, recebe-se mais rapidamente as duplicatas que os estoques (estes possuem uma liquidez mais lenta – 3o. lugar). 
Assim, conforme lei 11.638/07 e MP 449/08 as contas de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido encontram-se assim distribuídas.
Ativo no ativo encontramos as contas dispostas em grupos de forma homogênea ou de mesma característica. O itens do ativo são agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua liquidez, ou seja, de acordo com a rapidez que podem ser convertidos em dinheiro. Portanto o Ativo divide-se em Circulante e Não Circulante
No Circulante serão classificados todos os bens e direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente, ou seja, serão convertidos em dinheiro em um tempo equivalente a 12 meses contados a partir do seu registro.
O grupo Não Circulante compreende os ativos cuja liquidez seja menor ou mesmo de difícil venda, pois sua característica básica não se destina a este propósito, portanto no Não Circulante as contas são dispostas em subgrupos assim definidos:
		Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte (12 meses após a data de seu registro).
Investimentos São considerados investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Passivo: No passivo assim como no ativo as contas são dispostas conforme seu vencimento, isto aquelas que serão liquidadas mais rapidamente aparecerão em um primeiro grupo e aquelas com maiores prazos de vencimento aparecerão em outro grupo assim o Passivo divide-se em Circulante e Não Circulante.
No Circulante encontramos as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte.
E no passivo Não-Circulante as obrigações cujos vencimentosencontra-se em prazo maior ao período de 12 meses de seu registro.
Patrimônio Líquido representa os investimentos dos proprietários aplicados na empresa e demais responsabilidades (obrigações) da empresa para com seus proprietários. Sendo assim, encontram-se no Patrimônio Líquido as seguintes contas:
Capital Social A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada sob o título de capital a integralizar.
Lucro Acumulados – Conta transitória que demonstrará o resultado do exercício quando positivo, más para Sociedades Anônimas de Capital aberto o saldo deverá ter sua destinação já demonstrada no fechamento do Balanço do ano vigente.
Prejuízos Acumulados – Deverão ser registrados nesta conta o resultado do exercício quando este for negativo, ou seja, quando a empresa apurar prejuízo.
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo (valor de mercado).
Existem outras contas que compõe o Patrimônio Líquido que deverá ser adequada quanto ao porte e formação societária da entidade.
	ATIVO
	PASSIVO
	
Circulante
Pode ser convertido em dinheiro em um período máximo de 12 meses
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Provavelmente será convertido em dinheiro em um período superior a 12 meses.
Investimentos}
Imobilizado} 
Intangível}
Normalmente não se destinam a venda, servem para uso ou são adquiridos sem um tempo exato para realização.
	
Circulante
Paga-se rapidamente, dentro do período de 12 meses
Não Circulante
Exigível a Longo Prazo
Demora-se muito tempo para pagar, o vencimento é maior do que 12 meses.
Patrimônio Líquido
Não precisa pagar enquanto a empresa estiver em continuidade.
4 - GRUPOS DE CONTAS DO ATIVO
	O Ativo está disposto em grupos de contas homogêneas ou de mesmas características. Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua liquidez, isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro.
ATIVO CIRCULANTE
Disponível: Caixa e Bancos
Contas a Receber: são valores ainda não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias ou prestação de serviços a prazo. São valores a receber de clientes, também denominados duplicatas a receber.
Estoques: são mercadorias a serem revendidas. No caso de indústria, são os produtos acabados, bem como matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o produto em fabricação.
Investimento Temporário: são aplicações realizadas normalmente no mercado financeiro com excedente do Caixa. São investimentos por um curto período, pois logo a empresa necessite do dinheiro, ela se desfaz da aplicação.
Dedução do Circulante: 
Provisão para devedores duvidosos: a parcela estimada pela empresa que não será recebida em decorrência dos maus pagadores deve ser subtraída de Contas a Receber.
Duplicatas Descontadas: parte das Duplicatas a Receber negociadas com as instituições financeiras com o objetivo da realização financeira antecipada daqueles títulos, deve ser subtraída de Contas a Receber.
NÃO CIRCULANTE
	
Realizável a Longo Prazo: Neste item, são classificados os empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou controladas, a diretores, acionistas, etc. além dos Títulos a Receber no Longo Prazo.
Investimentos: as participações (que não se destinam à venda) em outras sociedades (investimentos em Coligadas e Controladas) e outras aplicações de característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade operacional da empresa, tais como: imóveis alugados a terceiros, obras de arte, etc.
Imobilizado: as aplicações que tenham por objetivo bens corpóreos destinados à manutenção da atividade operacional da empresa, tais como: imóvel (onde está sediada a empresa), instalações, móveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos.
 
Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, exemplo: marcas e patentes.
GRUPOS DE CONTAS DO PASSIVO
	O Passivo agrupará contas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais rapidamente integrarão um primeiro grupo. Aquelas que serão pagas num prazo mais longo formarão outro grupo.
Passivo Circulante 
	São as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: Contas a Pagar, Dívidas com Fornecedores, Impostos a Recolher, Empréstimos Bancários, Provisões, etc.
Passivo Não Cirulante 
	São as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: Financiamentos, Títulos a Pagar, Provisões,etc..
Patrimônio Líquido 
	Representa os investimentos dos proprietários (Capital) mais o Lucro Acumulado. Além desses itens podemos observar neste grupo de contas as reservas.
	O lucro obtido em determinado período, pela atividade da empresa, parte é distribuído aos donos sob a forma de DIVIDENDOS e outra parte é reinvestido no negócio, isto é fica retida na empresa.
CICLO OPERACIONAL E PRAZOS EM CONTABILIDADE
	Entende-se como Ciclo Operacional o período de tempo que uma indústria, por exemplo, leva para produzir seu estoque, vendê-lo e receber as duplicatas geradas na venda, entrando em caixa. Em outras palavras, é o tempo que a empresa demora em produzir, vender e receber o produto que ela fabrica.
	Pela Lei das Sociedades Anônimas, se o Ciclo Operacional de uma empresa for superior a um ano, para a Classificação de Contas no Balanço Patrimonial, passa a ser considerado como de Curto Prazo. Portanto, se o Ciclo Operacional for de 17 meses, o Curto Prazo será de até 17 meses. Se for de nove meses, o Curto Prazo será de um ano, pois neste caso, não ultrapassou 12 meses.
	A regra geral é: considera-se curso prazo o período de 12 meses ou o Ciclo Operacional, valendo o maior.
PLANO DE CONTAS
	É o agrupamento ordenado de todas as contas que serão utilizadas pela Contabilidade dentro de determinada empresa. Portanto, o elenco de contas considerado é indispensável para os registros de todos os fatos contábeis.
	Cada empresa, de acordo com sua atividade e seu tamanho (micro, pequena, média ou grande), terá seu próprio Plano de Contas. Não há razão, por exemplo, para uma empresa prestadora de serviços ter uma conta de Estoque em seu Ativo, pois, normalmente, ela não realizará operações com mercadorias.
	Portanto, na formulação do Plano de Contas, deverão constar as contas que serão movimentadas pela contabilidade em decorrência das operações da empresa ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no presente, possuem boa perspectiva de serem utilizadas no futuro.
	Na prática, o Plano de Contas é numerado ou codificado de forma racional, facilitando, assim, a contabilidade desenvolvida. O Plano de contas pode ser codificado iniciando com a unidade 1 todas as contas do Ativo; com a unidade 2 todas as contas do Passivo; com a unidade 3 todas as contas do Patrimônio Líquido; com a unidade 4 todas as contas de Receitas e com a unidade 5 as contas dedutivas do Resultado (Custos, Despesas, Participações, etc.). 
	Em seguida, adicionamos um segundo número que representará o grupo de contas. Desse modo, se observarmos o código 1.1, teremos o Ativo Circulante; 1.2 - Ativo Não Circulante; 2.1 – Passivo Circulante; 2.2 – Passivo Não Circulante.
	O terceiro dígito significa a conta do grupo. Assim, o código 1.1.1 será: 1 - Ativo, 1.1 – Ativo Circulante, 1.1.1 – Ativo Circulante Caixa. O número de dígitos pode ser aumentado para detalhar uma conta, exemplo: 1.1.2 – Bancos; 1.1.2.1 – Banco do Brasil, etc.
	5 - MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
	A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contasdeve corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. “Não há débito(s) sem crédito(s) correspondentes”.
 
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS BÁSICOS
	As contas são registradas em um livro chamado Razão com as seguintes características:
 
	Para simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas, utilizamos uma representação gráfica de conta bastante simples, que será denominada Conta T ou Razonete:
 
 
DÉBITO E CRÉDITO 
	O lado esquerdo de uma conta é chamado de lado do débito; o lado direito é chamado lado do crédito. 
	Os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a pensar que débito significa algo desfavorável e crédito algo favorável. Na realidade, isto não ocorre, pois tais denominações são hoje, simplesmente convenções contábeis, com função específica em cada conta.
	A diferença entre o total de débitos e o total de créditos em uma conta, em determinado período, é denominada saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor do crédito, a conta terá um saldo devedor. Se acontecer o contrário, a conta terá um saldo credor.
	Como já vimos, as operações ocasionam aumentos e diminuições do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido.
	As contas possuem dois lados (esquerdo e direito); dessa forma, os aumentos podem ser registrados em um lado e as diminuições em outro. A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições. 
Contas do Ativo
	Os elementos que compõe o Ativo figuram no lado esquerdo do Balanço. Em coerência, as contas do Ativo sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo. Quando sofrerem diminuições, tais valores serão lançados no lado direito (crédito). 
Contas de Passivo e Patrimônio Líquido 
	Como as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido aparecem no lado direito do Balanço, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as contas do Ativo, isto é, os aumentos serão registrados no lado direito (crédito) e as diminuições no lado esquerdo (débito). Tais contas, normalmente, possuem saldos credores. Resumindo...

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