Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Prof. Dr. Jorge Wilson Cortez 1 LITERATURA RECOMENDADA 2 Introdução As operações de desmatamento: desnudamento do solo O desmatamento envolve as seguintes operações: derrubada de árvores e arbustos, corte ou arrancamento dos tocos, enleiramento, limpeza e retirada de raízes do solo arável. 3 Desmatamento Mecanizado Cabo de aço, Correntão leve e Corda Lâminas lisa Lâminas Cortadoras Cadeia ou Correntão Cadeias com esferas de ferro ou concreto Topadores ou Barra empurradora Tesourão Rolo faca Grade Aradora p Métodos: manuais o mecânicos 4 Método Manual Ação da Motosserra 5 Método Manual Ação da Motosserra 6 2 Método Mecânico Ação de Tratores de Esteiras com lâminas lisas, lâminas cortadoras, ou ainda, o correntão 7 8 Derrubada ou Destoca com Cabo de Aço, Correntão leve ou Corda É usado por agricultores que não possuem máquinas apropriadas ou pesadas de desmatamento. Cabo de aço ligado à barra de tração. São utilizados tratores de 40 a 45 cv na barra de tração. 9 Derrubada ou Destoca com Cabo de Aço, Correntão leve ou Corda 10 DERRUBADA COM LÂMINAS LISAS E CORTADORAS 11 Lâmina lisa levantada para menor esforço do trator. Terra movimentada para corte das raízes laterais pela lâmina. 12 3 LÂMINA LISA: Angledozer (Fig. 1) Bulldozer (Fig. 2) 13 Lâmina Angledozer 14 LÂMINA LISA: Angledozer Angledozer: usada nas “condições boas e médias”. 15 Ajuste de 25 graus (direita ou esquerda); A maior curvatura aumenta o ângulo, permitindo melhor “Ação de rolamento” para os lados Lâminas Angledozer 16 MOVIMENTOS DAS LÂMINAS 17 Determinações dos ângulos máximos 18 4 Ângulo de 25 graus e posição reto frontal da Lâmina Angledozer 19 Angulação vertical obliqua, máxima esquerda, com altura da ponta direita da lâmina de 46 cm do solo e profundidade máxima de trabalho horizontal de 37 cm. 20 Lâmina reta, ou Bulldozer 21 Lâmina Bulldozer 22 LÂMINA LISA: Bulldozer Bulldozer: Robusta possui cilindros hidráulicos que proporcionam variações do ângulo de incidência, usada em “Condições Severas” de trabalho. 23 movimentação de grandes volumes de carga a longas distâncias; A superfície angular da lâminas permite empurrar o material à frente e para o centro; Ideal para manuseio de material pesado. realiza serviços; material é arrastado de distâncias curtas e médias. LÂMINAS RETA OU BULLDOZER 24 5 Serviços específicos das lâminas lisas aberturas de estradas construções de aterros sobre riachos canalizados para passagem de máquinas nivelamento de depressões transporte de terra construção de represas construção e reforma de terraços outros 25 26 Capacidade operacional de tratores equipados com lâminas lisas (ha.h-1) 27 Lâminas Cortadoras Lâminas cortadoras de árvores são de dois tipos: Lâmina cortadora em V Lâminas cortadoras em ângulo 28 Lâminas Cortadoras Lâminas cortadoras de árvores são de dois tipos: Lâmina cortadora em V Alta produção na derrubada de arvores que não necessitam remoção. Dotada de esporão, e lâminas cortantes serrilhadas. Indicada para tratores esteiras de 270 ou mais cv. Lâminas cortadoras angulares Mais rápida e econômica. Ângulo da lâmina 30 graus. 29 CONSTITUINTES DAS LÂMINAS 2 2 1 3 4 (1)Barra-guia ou deflector (2)Lâmina côncava (3)Faca de gume afiado (4)Esporão 30 6 Esporonada 31 Lâmina cortadora em V – Lâmina Fleco 32 33 LÂMINA CORTADORA EM ÂNGULO 34 35 Ação do esporão atravessando o tronco da árvore 36 7 37 Desgaste do esporão 38 Afiação do esporão por meio de esmeril portátil (motor a gasolina) 39 Lâmina Angledozer com adaptação de suporte do tipo da Lâmina Rome K/G 40 Derrubada com lâminas 41 42 8 43 44 Desmatamento com Cadeias, ou Correntão 45 Engate do correntão à barra de tração do trator 46 47 Desmatamento com Cadeias, ou Correntão 48 9 Elos de 2½” de diâmetro com dobradiça para permitir ao correntão angular-se 49 Anéis fixos do correntão, marca NAGO, de 2⅛” de diâmetro 50 51 Desmatamento com Cadeias ou Correntão É o meio mais barato para desmatamento em grande escala. O trabalho é feito por intermédio de cadeias- correntões- muito grossas e pesadas e arrastadas por tratores. Usualmente executado com os tratores D9G, D8H, TD30 ou similares. 52 Desmatamento com Cadeias EFICIÊNCIA Apresenta elevado rendimento de serviço em grandes áreas; Não remove a camada orgânica do solo; densidade populacional: até 2500 árvores.ha- 1 diâmetro médio das árvores: até 30 cm; solos planos e bem drenados; 53 Detalhe: dois tratores e o correntão 54 10 55 Emprego de três tratores na derrubada 56 Correntão com bolas de ferro ou concreto Usado para reforçar a ação arrasante do correntão, favorecendo sua ação junto ao solo; As bolas de ferro ou concreto pesam entre 2.5 e 4.5 toneladas, com até 2 metros de diâmetro ; Não devem ser utilizadas em locais úmidos. 57 Esfera de 1,83 m de diâmetro e de 7.500 kg de peso, cheia de areia para tratores de 250 HP 58 Características das bolas utilizadas no correntão 59 Disposição das bolas de ferro no correntão 60 11 61 Lâminas Frontais Enleiradoras Ancinhos Tipos de enleiramento: Enleiramento em conjunto com a derrubada, Enleiramento como operação independente. Equipamentos utilizados: Lâminas frontais empurradoras, tipo Angledozer Lâminas frontais cortadoras Lâminas frontais enleiradoras 62 Ancinho frontal, enleirador-amontoador, tipo cavador-escarificador 63 Ancinhos frontais amontoadores RASTELO-EMPURRADOR CAVADOR-ESCARIFICADOR 64 Ancinho mais robusto para remoção de raízes, tocos de 10 a 20 cm de diâmetro e pedras 65 Ancinho para solos arenosos com dentes removíveis para aumentar o interespaço 66 12 Enleiramento 67 O emprego de dois tratores acoplados aumenta o rendimento, em proporção quase tripla, sendo possível fazer empilhamento 68 69 Ancinho frontal empilhador 70 Ancinho frontal empilhador 71 Topador ou Destopador (Braço Fleco) O ponto ideal de ação é na metade da altura do tronco da árvore. Usado na derrubada de árvores de tamanho acima da média Indicado para tratores com 180 cv de potência no motor n Recomendado para derrubada de árvores cuja madeira deverá ser aproveitada para fins industriais, pois o tronco não é ofendido. 72 13 Destopador - Braço Fleco 73 Destopador - Braço Fleco 74 Árvore derrubada completa (incluindo raízes), já derrubada pelo braço Fleco, sem lesões no tronco 75Métodos e Máquinas para a Destoca Envolve a retirada da parte aérea dos tocos e suas raízes Máquinas especialmente fabricadas para esta operação: Tratores utilizados de 180 a 385 HP 76 Destocador acoplado 77 78 14 79 Tesourão 80 Rolo facas de 10.000 kg puxado por um Caterpillar D9 81 Rolo-facas 82 83 Rolo-facas 84 15 Roçadora de arrasto para corte de vegetação arbustiva 85 86 Preparo Periódico do Solo 87 Introdução Preparo periódico do solo Propiciar condições da planta se desenvolver, evitando a degradação do solo Devido a colonização brasileira ter vindo da Europa, ocorreu a introdução dos sistemas de preparo do solo, que visavam: Descongelar o solo, Arejar o solo, Decomposição de matéria orgânica. 89 Preparo convencional - “terminologia” Primário Secundário Deslocam e destroem a massa contínua do solo para reduzir sua coesão é mais agressivo, profundo, deixando a superfície do solo mais rugosa. ASAE (1995) Trabalham o solo a uma profundidade menor , provêem pulverização do solo, nivelam e firmam o solo, eliminam pequenos bolsões de ar . ASAE (1995) 90 Preparo periódico primário do solo • operações mais profundas • objetivo de revolvimento do solo • incorporação da vegetação e dos restos de cultura • deixam a superfície do terreno irregular, • Recomenda-se: – Cuidado com a umidade do solo – Evitar a excessiva quebra dos torrões – Atingir profundidade suficiente para permitir uma boa infiltração de água no solo e menor risco de erosão. Arados 16 91 Preparo periódico secundário do solo • Operações superficiais feitas após o preparo primário • Visam: – Nivelamento – Destorroamento – Incorporação de herbicidas – Eliminação de plantas invasoras – Produz ambiente favorável ao desenvolvimento inicial da cultura Cuidados: – Mínimo de operações Grades 92 • Funciona como uma enxada manual de ação contínua • Executa a mobilização por desagregação • Corta e incorpora restos vegetais • Controla plantas invasoras • Incorpora corretivos, fertilizantes minerais ou orgânicos Enxada Rotativa Preparo secundário 93 IMPEDE A DRENAGEM IMPEDE A AÇÃO CAPILAR IMPEDE O DESENVOLVIMENTO DE RAÍZES COMPACTAÇÃO Problemas do preparo periódico 94 • menor número de operações que o preparo convencional • menor incorporação de resíduos vegetais • menor inversão do solo • menor custo de preparo • redução das perdas de solo e água Preparo reduzido 95 • proporciona a menor mobilização possível do solo, visando preservar sua estruturação • mantém no mínimo 30% da superfície do solo coberta com palha, entre o período compreendido da colheita da cultura anterior e a implantação da cultura seguinte Preparo conservacionista 96 17 97 MELHORA A DRENAGEM MELHORA A AÇÃO CAPILAR MELHORA O DESENVOLVIMENTO DE RAÍZES AÇÃO DAS HASTES Preparo conservacionista 98 “Plantio Direto” Prática de semeadura ou de cultivo de plantas, • mobiliza o solo o mínimo possível • implantação de uma cultura para proteger o solo • posteriormente, com a utilização de dessecantes e/ou passagem de triturador de palha ou roçadora, são criadas condições para a semeadura • utilizam-se máquinas próprias, capazes de trabalhar solos não preparados 99 Sistema Plantio Direto 100 101 “História” • Mais de 4.000 anos, (madeira) • Mais de 3.000 anos A.C., • Com 2.000 anos de ferro na China. • Rodas, segadeiras e aivecas somente 1.500 anos D.C “Controle de ervas daninhas e sulcamento superficial para deposição da semente” 102 “História” • Arados de discos surgiram 1890, sendo de arrasto por animais. • Os maiores arados eram tracionados por tratores a vapor. 18 103 “Etimologia e conceito” • Etimologia - Arado: do latim aratru, com dissimulação ( ato ou efeito de dissimular, encobrimento das próprias intenções) •Conceito: é um equipamento de preparo primário do solo, que corta e inverte parcialmente ou completamente uma camada de solo causando o esboroamento do solo e o enterrio dos materiais de superfície, ASAE (1999) 104 Corte Elevação Inversão Leiva ou Fatia do solo 105 Corte Elevação e Inversão 106 107 108 Classificação dos arados “Quanto ao tipo de órgão ativo” Arados de discos Arados de aiveca 19 109 Classificação dos arados “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” Arados Fixos 110 Classificação dos arados Arado reversível de aiveca “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” 111 Classificação dos arados Arado Reversível de disco “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” 112 Classificação dos arados Arados Fixos Área “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” 113 Classificação dos arados Arados Fixos Área quadrada “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” 114 Classificação dos arados Arados Reversíveis Área quadrada “Quanto a movimentação dos órgão ativos (reversibilidade)” 20 115 Classificação dos arados “Quanto ao número de órgão ativos” 1 corpo monocorpo 2 corpos bicorpo 116 Classificação dos arados “Quanto ao número de órgão ativos” 3 corpos tricorpo 4 corpos multicorpos 117 Classificação dos arados “Quanto a fonte de potência” Animal Tratorizados 118 Classificação dos arados “Quanto ao acoplamento” Arrasto (BT) Montados (SHTP) Semi - Montados 119 Arados de aiveca “Constituição” 120 Arados de aiveca “Constituição” (1) aiveca, (2) relha, (3) costaneira (rastro), (4) suporte e (5) coluna “Corpo de aiveca” “ABNT (1987)” 21 Arados de aiveca “Tipos de Relha” a) normal; b) bico de pato; c) angular; d) com formão. 122 Arados de aiveca “Tipos de Aivecas” Recortada Lisa 123 Arados de aiveca “Tipos de Aivecas” Cilíndrica Helicoidal < velocidade > velocidade 124 Arados de aiveca “Constituição” “Chassi” 125 Arados de aiveca “Constituição” “Torre” 126 Arados de aiveca “Constituição” “Roda de controle de profundidade” 22 127 Arados de aiveca “Constituição” “Acessórios” Cega circular ou disco de corte boa penetração < embuchamento > corte 128 Arados de aiveca “Constituição” “Acessórios” Facão 129 Arados de aiveca “Constituição” “Acessórios” Pino de segurança 130 Arados de aiveca “Constituição” “Acessórios” Mecanismo de segurança 131 Arados de aiveca “Constituição” “Acessórios” Molas de segurança 132 Arados de aiveca “Regulagens” “Bitola do trator” 23 133 Arados de aiveca “Regulagens” “Bitola do trator” B = L + l em que, B – bitola (m) L – largura de corte do arado (m) l – largura do pneu (m) Ex: Arado: 90 cm Pneu do trator: 18,4 - 30 B = 0,9 + 0,47 = 1,37 m 134 Arados de aiveca “Regulagens” “Bitola do trator” Exemplo: Bitola trator: 1,55 m Largura do pneu: 0,45 m Largura de corte: ? B = L + l 1,55 = 0,45 + l l = 1,55 – 0,45 L = 1,10 m 135 Arados de aiveca “Regulagens” “Bitola do trator”Ajuste: traseira Dianteira 136 Arados de aiveca “Regulagens” “Bitola do trator” Importância B = 1,37 m B > 1,37 m B < 1,37 m 137 Arados de aiveca “Regulagens” “Acoplamento” BIE – 1º 3º ponto – 2º BID – 3º 138 Arados de aiveca “Regulagens” “Alinhamento” 24 139 Arados de aiveca “Regulagens” “Nivelamento” “Transversal” “Arado Fixo” 140 Arados de aiveca “Regulagens” “Nivelamento” “Transversal” “Arado Fixo” 141 Arados de aiveca “Regulagens” “Nivelamento” “Transversal” “Arado Reversível” 142 Arados de aiveca “Regulagens” “Nivelamento” “Longitudinal” 3º ponto 143 Arados de aiveca “Regulagens” “Profundidade” 144 Arados de aiveca “Regulagens” “Largura de corte” 25 145 Arados de aiveca “Regulagens” “Sega circular ou disco de corte” 146 Arados de discos “Constituição” 147 Arados de discos “Constituição” “Corpo do disco” Disco Mancal Coluna 148 Arados de discos “Constituição” “Disco” 149 Arados de discos “Constituição” “Disco” Tipo do arado Número de discos Diâmetro(pol egadas) Arrasto e semimontado 4 a 7 26 a 32 Montado 2 a 4 24 a 26 150 Arados de discos “Constituição” “Chassi” 26 151 Arados de discos “Constituição” “Chassi articulado” 152 Arados de discos “Constituição” “Torre” 153 Arados de discos “Constituição” “Limpador de disco” 154 Arados de discos “Constituição” “Roda guia” 155 Arados de discos “Regulagens” “Bitola do trator” Ajuste: traseira Dianteira 156 “Regulagens” “Acoplamento” BIE – 1º 3º ponto – 2º BID – 3º Arados de discos 27 157 “Regulagens” “Alinhamento” Arados de discos 158 “Regulagens” “Nivelamento” “Transversal” “Arado Fixo” Arados de discos 159 “Regulagens” “Nivelamento” “Transversal” “Arado Reversível” Arados de discos 160 “Regulagens” “Nivelamento” “Longitudinal” 3º ponto Arados de discos 161 “Regulagens” “Profundidade” Arados de discos “Inclinação” Roda guia 162 “Regulagens” “Sustentação” Arados de discos Roda guia 28 163 “Regulagens” “Largura de corte” Disco Arados de discos Ângulo horizontal: 42º e 55º 164 “Regulagens” “Largura de corte” Disco Arados de discos Ângulo horizontal: 42º e 55º 165 “Regulagens” “Largura de corte” Disco Arados de discos Ângulo horizontal: 42º e 55º 166 “Regulagens” “Largura de corte” Arado Arados de discos 167 “Regulagens” “Largura de corte” Arado Arados de discos 1º 2º 3º 168 “Regulagens” “Largura de corte” Arado Arados de discos 29 169 “Regulagens” “Penetração” do Arado Arados de discos Ângulo vertical: 15º a 25º 170 “Regulagens” “Penetração” do Arado Arados de discos Ângulo vertical: 15º a 25º 171 “Regulagens” “Penetração” do Arado Arados de discos Ângulo vertical: 15º a 25º 172 “Regulagens” “Penetração” do Arado Arados de discos Ângulo vertical: 15º a 25º Ângulo Horizontal e Vertical Tipo de Solo Ângulo Vertical Ângulo Horizontal Solos duros, difícil penetração 15 45 Solos normais 18 a 20 45 a 50 Solos macios e/ou úmidos, fácil penetração 22 50 a 60 174 “Regulagens” “Primeiro sulco” Arados de discos Aumentar o 3º ponto Apenas o ultimo disco no solo 30 175 “Arados” Manutenção Proteção 176 “Arados” Manutenção Limpeza após o trabalho 177 “Arados” Manutenção Pintura 178 “Arados” Manutenção Lubrificação 179 “Arados” Manutenção Reposição de peças 180 “Arados” Manutenção Reposição de peças
Compartilhar