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Resumo Direito Processual Civil I - AV2
Processo Cautelar
Instrumento que se desenvolve para evitar que a tutela satisfativa torne-se inútil diante do perecimento do processo.
Ação cautelar – Direito de requerer um provimento acautelatório. É a forma como a ação é exteriorizada. 
Medida Cautelar - É o provimento jurisdicional de natureza cautelar. É o ato do julgador em uma decisão interlocutória ou sentença. Medida cautelar é o procedimento judicial que visa prevenir, conservar, defender ou assegurar a eficácia de um direito. 
1- CARACTERÍSTICAS - IPPRAR
Instrumentalidade: As cautelares são utilizadas visando a preservação de um outro direito que deverá ser reconhecido. As cautelares não têm um fim em si mesmas.
Preventividade – as cautelares têm por objetivo evitar dano ou risco de dano.
Provisoriedade - as cautelares produzirão efeitos até que não mais exista o risco de dano irreparável ou de difícil reparação.
Revogabilidade – Se a situação fática modificar-se, a cautelar concedida poderá ser revogada, como também modificada, caso tenha sido negada poderá ser concedida.
Autonomia – O objetivo do processo cautelar não é o mesmo do processo principal. No processo cautelar não há necessidade da certeza do Direito, basta a cognição sumária (possibilidade de Direito) e o risco do dano irreparável ou de difícil reparação.
Refiribilidade – esta característica faz a distinção entre cautelares e tutelas antecipadas.
2- CLASSIFICAÇÃO:
De acordo com o momento da propositura da cautelar:
preparatória: proposta antes da ação principal. A petição inicial cautelar deverá dizer qual o objeto da demanda principal. Exige a propositura da ação principal no prazo de trinta dias após a execução da tutela sob pena de ficar sem efeito a providência deferida pelo Juiz.
Incidental: proposta no decorrer do processo principal. É necessário dizer o objeto da ação principal.
De acordo com a nomeclatura do CPC
Inominada: baseada no Poder Geral de cautela do juiz que visa suprimir lacunas oriundas da impossibilidade de se prever todas as situações em que seria necessária a proteção cautelar. Refere-se à primeira parte do Livro das Tutelas no CPC. O CPC determina que havendo risco ou ameaça de lesão o juiz pode conceder a tutela cautelar. Poder Geral de Cautela: Havendo a necessidade de adequação para se chegar o equilíbrio das partes, poderá o juiz, ex offcio (ou seja, sem a provocação de nenhuma parte), tomar qualquer medida para garantir a efetividade da decisão final.
b) Típicas: As típicas dizem respeito àquelas tratadas pelo legislador, sujeitas a regulamentação e a pressupostos peculiares, para tutela de certas e determinadas situações. Elas podem ser:
	Assecuratória de bens: Para assegurar o objeto da demanda
	Assecuratória de pessoas: cautelar para evitar que alguma das partes pereça no decorrer do processo. (ex. Cautelar de alimentos provisórios).
Assecuratória de provas: assecuratórias de provas: cautelar para garantir a melhor sentença, preservando-se as provas (ex.: cautelar antecipada de provas); 
3- REQUISITOS ESPECÍFICOS DAS CAUTELARES
a) fumus boni juris: é a plausibilidade do direito alegado, ou seja, a razoabilidade, não a mera lógica; deve haver uma forte possibilidade de que a demanda será procedente; 
b) periculum in mora: é o risco de lesão grave ou de difícil reparação. Para que este requisito esteja preenchido, serão necessários três elementos: 
Para preencher os requisitos “a” e “b” são necessários três elementos:
1-risco fundado: o risco deve ser concreto, não podendo estar no campo da mera hipótese (ex.: um título levado à protesto); 
2- risco iminente: o risco deve ser próximo; 
3- risco Grave ou de difícil reparação: refere-se ao dano processual, ou seja, o risco de que o provimento do processo principal se torne inútil ou ineficaz.
4- RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
A regra geral, no sistema processual, é que serão partes do processo cautelar os mesmos sujeitos do processo principal. Isto não significa que as partes devam estar ocupando o mesmo pólo. É absolutamente possível haver um processo cautelar em que o requerente será o réu do processo principal, e o requerido, o autor.
O fato de, eventualmente, se ter um litisconsórcio no processo principal não significa que todos eles deverão estar no processo cautelar. Em tese, é possível a propositura de uma cautelar sem a individualização do requerido, da mesma forma que no processo de conhecimento. 
Alguns autores afirmam que, em situações excepcionais, seria admissível uma cautelar em face de um terceiro da relação principal. Por exemplo, a possibilidade de, no decorrer do processo principal, se ingressar com cautelar de busca e apreensão em face de terceiro que esteja em posse de documentos que seriam prova da ação principal. 
A divergência existe, pois parte da doutrina não aceita a cautelar em face de terceiros, pelo fato da busca e apreensão em relação ao terceiro que esteja em posse de documentos que seriam prova da ação principal vir combinada com a cautelar de exibição e documentos a qual não possui natureza exclusivamente acautelatória. 
Competência 
O CPC não traz regras de caráter geral para a competência das cautelares, portanto, será competente para julgar a cautelar o juízo competente para julgar o processo principal. 
A competência para as cautelares incidentais, quando o processo principal já está em grau recursal, será fixada de acordo com uma regra específica: “interposto recurso quanto à decisão extintiva do processo, a competência para eventual cautelar será do juízo competente para julgar esse recurso”, ou seja, enquanto o recurso não for interposto, a competência é do juízo que julgou o processo principal. A partir do recurso interposto, a competência será do tribunal que julgará o recurso. 
Algumas cautelares típicas têm regra especial, por exemplo, a cautelar de atentado, que tem por competência sempre o juízo originário. Ainda que o processo principal esteja no tribunal aguardando julgamento, a cautelar de atentado será proposta perante o juízo que julgou o processo principal. 
Admite-se que o juízo incompetente aprecie eventual cautelar, desde que a urgência da medida justifique essa conduta.
5- EXTINÇÃO E PERDA DA EFICÁCIA NAS CAUTELARES
As cautelares poderão extinguir-se e perder sua eficácia de duas maneiras: 
a) De modo normal quando atinge o seu objetivo, que é o de fazer com que a decisão do processo principal não se torne inútil. No momento em que a decisão principal não mais correr o risco de se tornar inútil, a cautelar se extingue perdendo sua eficácia. 
b) De forma anômala, que pode ocorrer nas seguintes hipóteses: 
quando a cautelar for revogada, o que pode ocorrer a qualquer momento; 
quando houver desistência do processo cautelar; 
quando o requerente deixar de propor a ação principal no prazo de 30 dias (no caso de cautelar preparatória restritiva de direitos). O prazo é decadencial, entretanto é decadência da tutela cautelar, não significando a perda do direito material. Se o prazo é de natureza decadencial, a contagem deverá seguir a regra do CC, ou seja, expira no dia final, independente de ser dia útil ou não (se o prazo terminar em um domingo, por exemplo, a ação deverá ser proposta na sexta-feira anterior); 
se a medida cautelar não for executada no prazo de 30 dias por culpa do requerente; 
se a liminar tiver sido concedida e o requerente não citar o requerido no prazo de 5 dias (se a citação não tiver ocorrido por culpa do requerente); 
se o processo principal for extinto. A perda da eficácia vai ocorrer quando a extinção se concretizar (ex.: se houver recurso da sentença que extinguiu o processo principal, a cautelar não perderá a eficácia antes do julgamento do recurso). 
6- PROCEDIMENTO NAS CAUTELARES INOMINADAS 
O procedimento da cautelar inominada deverá ser observado segundo duas considerações: 
Como em qualquer procedimento,as cautelares terão início com uma petição inicial e como fim uma sentença, da qual caberá recurso. 
O procedimento das cautelares é o de conhecimento. Subsidiariamente e sempre que houver compatibilidade, serão aplicadas às cautelares típicas (nominadas) as regras das cautelares inominadas. 
REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO PEDIDO LIMINAR
Exame de eventual pedido de liminar: a doutrina e a jurisprudência entendem como requisitos que deverão estar presentes para que seja concedida a liminar: 
- risco de ineficácia da medida pela citação do requerido: nesse caso, podem haver duas situações diferentes. O requerido, citado, pode praticar um ato que inviabilize a tutela jurisdicional ou não há tempo hábil para a citação do requerido, pois a limitar é tão urgente que não haverá tempo para a citação e resposta do requerido; 
- Possibilidade de existência do direito: o CPC dispõe que a liminar será concedida diretamente ou após audiência de justificação. A respeito desta disposição, deve-se levar em conta duas considerações: se o Juiz não conceder a liminar diretamente, não será obrigado a fazê-lo em audiência de justificação, tendo em vista que poderá negar a concessão da liminar; e a segunda é que, em regra, não há citação do requerido para a audiência de justificação, visto que, se isso ocorrer, não estará preenchido o primeiro requisito para a concessão da liminar. Em algumas cautelares típicas, entretanto, há previsão legal para essa citação (ex.: busca e apreensão), e em determinadas cautelares, considerando-se a natureza do seu objeto, permite-se que o Juiz, com base no seu poder de cautela e de livre convencimento, mande citar o requerido (ex.: separação de corpos). 
O CPC permite ao Juiz, ao conceder uma liminar, que fixe uma caução real ou fidejussória. (Na caução real, como a hipoteca (imóveis) ou o penhor (móveis), a coisa dada em caução passa a ser a garantia do cumprimento da obrigação. Na caução fidejussória, o devedor passa a ser o responsável pelo cumprimento da obrigação, ou seja, quem prestou fiança.)
 A doutrina tradicional sempre foi no sentido de que compete ao requerente indicar a caução, seja ela real ou fidejussória. Nos últimos três anos, entretanto, a jurisprudência foi alterada e hoje o entendimento dominante é que o Juiz tem o direito de indicar a caução. 
Citação do requerido: a citação será feita nos moldes da ação ordinária, entretanto o CPC dispõe que o prazo para apresentar contestação será de 5 dias, podendo, inclusive, apresentar exceções, vedada, porém, a reconvenção. 
São dois os termos iniciais para a contagem do prazo de 5 dias para a apresentação da contestação: a juntada do mandado de execução da liminar e, se a citação for feita perante terceiros (ex.: sustação de protesto), o requerido deverá ser citado pessoalmente, contando-se o prazo da juntada do mandado de citação. 
Contestação: se o requerido não contestar a demanda no prazo de 5 dias, sofrerá os efeitos da revelia (presunção de verdade dos fatos). Essa presunção de verdade dos fatos, entretanto, limitar- se-á à cautela, não podendo ser transportada para o processo de conhecimento. A presunção é da verdade do periculum in mora e do fumus boni juris, não da certeza do direito. 
Réplica: o Juiz poderá abrir prazo para o autor se manifestar acerca da contestação. O prazo para o oferecimento da réplica será o mesmo da contestação, já que a lei não previu o prazo nas cautelares. 
Instrução probatória: independe do processo principal, visto que o objeto probatório da cautelar (fumus boni juris e periculum in mora) não se confunde com o objeto probatório do processo 
principal (certeza do direito). Existem, entretanto, decisões entendendo que poderão ser unificadas as instruções para a celeridade do processo. 
Sentença: preenchidos os requisitos, a cautelar será julgada procedente. A decisão que concedeu a liminar será substituída pela sentença, que passará a produzir efeitos. Se a sentença for improcedente, a liminar perderá os seus efeitos. 
A sentença do processo cautelar, como regra, não pode produzir coisa julgada material por não haver julgamento de mérito e ser a sentença sempre revogável, tendo, portanto, natureza provisória. A sentença que julgar improcedente uma cautelar sob o argumento de que ocorreu a decadência ou a prescrição da ação, fará coisa julgada material, pois quando se decreta decadência ou prescrição, o Juiz está, implicitamente, afirmando que o autor sequer tem o direito alegado na cautelar. No caso, o autor sequer teria o direito de propor a ação principal. 
Recursos: aplicar-se-ão nas cautelares as regras gerais dos recursos. O recurso de apelação, entretanto, será recebido sob efeito meramente devolutivo. Nas cautelares, o único recurso de agravo cabível é o de instrumento, tendo em vista que a decisão a se agravar em um processo cautelar é aquela que nega a liminar, não havendo, portanto, interesse no julgamento de um agravo retido, que é julgado como preliminar de apelação e, nessa fase, a sentença já substituiu a liminar. 
Execução: a execução nas cautelares é de modalidade imprópria (lato sensu), ou seja, executa-se diretamente, inexistindo processo de execução. A conseqüência disso é que não serão admitidos os embargos à execução, sendo, entretanto, admitidos os embargos de terceiros. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA NAS CAUTELARES 
O CPC, em seu art. 811, determina que o requerente responda pelos prejuízos causados ao requerido. Acabou, entretanto, relacionando as hipóteses de responsabilidade objetiva, procurando regulamentar a matéria, dizendo em quais hipóteses o requerente vai responder objetivamente. Essa lista do código é taxativo, visto que a responsabilidade objetiva é uma exceção dentro do sistema jurídico, possuindo uma interpretação restritiva. O código não foi feliz na redação, visto que algumas hipóteses, tecnicamente mais graves, ficaram excluídas do rol. O requerente responde objetivamente: 
• quando a ação principal for julgada desfavorável ao requerente: o código adota uma responsabilidade rígida do requerente. Desconsidera-se a autonomia das cautelares, não importando sua procedência; 
• quando o requerente não propuser a ação principal no prazo de 30 dias: neste caso, o requerente estará sendo punido pela tentativa de eternizar a cautelar; 
• quando o requerente deixar de citar o requerido em 5 dias: deve-se fazer uma interpretação sistemática. Não se pode esquecer das excludentes de responsabilidade, ou seja, o requerente não vai responder pelo dano nos casos em que a não-citação ocorreu em razão da omissão do Estado ou de um de seus agentes; 
• quando o requerente deixar de executar a medida no prazo de 30 dias: neste caso, podem acontecer duas situações diferentes: decorridos os 30 dias, há a prática de uma medida abusiva; ou o CPC prevê que a medida cautelar pode causar danos mesmo que não tenha sido executada. Pelo simples fato de ser concedida a cautelar, poderá causar um dano, sendo ela executada ou não; 
• caso o processo principal seja extinto com ou sem julgamento do mérito: houve uma repetição, visto que, na primeira hipótese, já há disposição sobre isso; 
• quando na cautelar for reconhecida decadência ou prescrição: prevê a hipótese de, pelo fato de a cautelar já não dar o direito da principal, o requerente responderá pelo dano. 
Na hipótese do requerente obter uma liminar e perder a cautelar, não há responsabilidade objetiva, visto que o código vincula essa responsabilidade à perda do processo principal. A perda da cautelar leva a uma responsabilidade subjetiva. 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Aplicado a todas as causas para as quais a lei não determine outro procedimento.
As provas dever ser requeridas no momento da petição inicial
O Juiz receberá ou não a petição inicial através de despacho inicial que poderá ser de três naturezas:
Despacho positivo: recebe a petição inicial e determina o processamento da ação
Despacho Correcional: Concede-se o prazo de 10 dias para acorreção de eventuais defeitos existentes na petição inicial.
Despacho negativo: Sentença terminativa que extingue o processo (com ou sem julgamento do mérito). O juiz pode reconhecer a decadência, contudo não pode reconhecer a prescrição de ofício. (Com o advento da alteração do §5º do art. 219 do CPC o juiz pode reconhecer a prescrição de oficio).
Deferida a petição inicial, o réu será citado pelo correio, salvo as exceções.
Concretizada a citação, abre-se o prazo para a defesa, se for pelo correio, conta-se o prazo a partir da juntada do AR.
Modificação do pedido: antes e após a citação, após o despacho saneador.
Antes da citação é possível ao autor alterar a inicial. Contudo, após a citação e antes do saneamento, a alteração só é possível com o consentimento do réu. Logo, é possível, sim, alterar a causa de pedir após a citação, desde que o réu tenha consentido. 
Art. 294.  Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. (Redação dada pela Lei nº 8.718, de 14.10.1993)
Art. 264.  Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Parágrafo único.  A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo. (Redação Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
MODALIDADES DE DEFESA:
Contestação : devem ser impugnados todos os fatos alegados na petição inicial, salvo se nomeado curador especial, devem ser argüidos também os fatos modificativos, impeditivos ou extintivos de direito. Caso não seja alegada a matéria na contestação, preclue o direito (não poderá mais alegar o direito)
Regra de impugnação específica: Deve haver uma impugnação individualizada, exceto nos casos que não sejam objetos de impugnação, quando a inicial não estiver acompanhada de documento essencial à propositura da demanda e quando a defesa em seu conjunto, implicitamente se opõe a um determinado fato, ainda que não tenha sido impugnado diretamente, quando existir litisconsórcio passivos sendo os fatos comuns um dos réus oferece defesa a respeito do fato e quando o réu estiver representado por advogado dativo, curador especial ou pelo MP.
Exceções: Impedimento do juiz, suspeição e incompetência do juízo.
Reconvenção: . é um instituto de direito processual, pelo qual o réu formula uma pretensão contra o autor da ação. Somente é admitida no rito ordinário (de cognição ampla). Admitem-se como base da reconvenção novos fatos alegado pelo réu.
Exemplo: O autor A inicia uma ação de cobrança contra B, mas B acredita que ele é quem possúi o direito de cobrar A, então em face da ação de cobrança de A, pela reconvenção, B diz: "Eu não lhe devo, é você quem me deve".
Polos processuais
Reconvinte é o réu da ação originária, que passa a ser autor na reconvenção, na qual ocupa o pólo ativo.
Reconvindo é o autor da ação originiária, que passa a ser réu na reconvenção, na qual ocupa o pólo passivo.
Condições e pressupostos para reconvenção:
- Requisitos de qualquer ação: legitimidade das partes, possibilidade jurídica do pedido, etc)
Legitimidade das partes – Pode ocorrer do autor ter legitimidade para propor a ação, mas não possuir legitimidade para figurar no pólo passivo em uma reconvenção (o autor ingressa com uma demanda por meio de representante, visto sua menoridade. Nesse caso, o réu não poderá reconvir em face do representante do autor) 
- Tempestividade 
- Existência de um processo em curso e em fase de resposta.
- Forma – peça apartada da contestação
- Identidade de procedimento
- Competência – admite-se a prorrogação de competência
- A reconvenção obrigatoriamente deverá ter conexão com os fundamentos da defesa ou com os - fundamentos da demanda proposta pelo autor.
- Inexistência de impedimento ou suspeição – haverá deslocamento tanto do processo principal quanto da reconvenção
Excepcionalmente, admite-se a formulação de um pedido contraposto (pretensão do réu em face do autor que só pode ter como base os fatos alegados pelo autor na inicial, o réu admite que os fatos alegados pelo autor existem, mas apresenta outros fundamentos jurídicos alegando que não é o autor que tem direito)
Réplica: o autor poderá juntar documentos, tal momento só aberto se o requerido na contestação argüir as preliminares do art. 301 CPC ou se argüir fatos modificativos, extintivos ou impeditivos de direito.
Verifica-se o caso de extinção do processo ou se cabe julgamento antecipado da lide. Nesse momento são aplicados os efeitos da revelia.
Designa-se a data da audiência preliminar. As partes são intimadas.
Pode haver conciliação e saneamento (lacunas e omissões que podem dificultar o andamento do processo)
Obrigatória em se tratando de direitos indisponíveis ou não
10-Possíveis intercorrências:
Pedido de antecipação da audiência: necessidade de intimação pessoal dos advogados
Adiamento da audiência: por convenção das partes – única vez no período não superior a 6 meses, não comparecimento do advogado por motivo justo.
DA RESPOSTA DO RÉU
Regularmente citado, o réu deverá oferecer sua resposta, nesta fase o réu poderá tomar três atitudes: 
Manter-se inerte- deixa transcorrer o prazo para a resposta, nãos e manifesta no prazo . (REVELIA)
Reconhecer juridicamente o pedido - quando isto ocorrer, passa-se a análise tão somente do pedido, ou seja, o réu aceitou a pretensão do autor. O juiz não pode manifestar-se de forma contrária ao desejo do réu. Só ocorrerá nos casos em que se admite transação. 
Responder à demanda - através de contestação, reconvenção e exceção.
1- Prazos para resposta do réu: 15 dias, entretanto a Lei permite o prazo em quádruplo para a fazenda pública e em dobro nos casos de litisconsórcio passivo em que os patronos sejam diferentes. 
2- As respostas são classificadas em dois tipos: 
a) Defesas processuais - o réu afirma que o autor não preenche os requisitos legais para que a demanda seja julgada 
- peremptórias: o processo será extinto se o juiz acolher a tese da defesa. Ex . alegação de ilegitimidade da parte (tem força de extinguir o processo) 
- dilatórias: a defesa, ainda que acolhida. não produzirá a extinção do processo, pois ou próprio juiz regularizará a exemplo de declarar-se suspeito ou declarar a conexão, etc. Há casos em que a regularização deverá ser feita pelo autor Ex. alegação de falta de documento essencial ao processo, caso não seja regularizado o processo será extinto. 
b) Defesas de mérito - são as defesas em que o réu se opõe à própria pretensão deduzida pelo autor: 
- diretas: quando o réu impugna o fato ou suas conseqüências jurídicas. O ônus da prova é do autor. 
- indiretas: Ao impugnar a demanda, o réu concorda com a narrativa do autor, mas alega a existência de fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor; 	 
, 
3- Preliminar de mérito: defesa processual apresentada pelo réu, devem ser alegadas antes da abordagem do mérito: Art 301 CPC
 Inexistência ou nulidade da citação, 
Incompetência absoluta. 	 
Inépcia da inicial- de caráter peremptório. 
Perempção.e litispendência 
Coisa julgada e conexão. 
Incapacidade da parte e existência de convenção e arbitragem. 
 Quando a lei exige caução ou outra prestação que não é atendida pelo autor - para garantir eventual ônus de sucumbência. 
 Carência de ação – falta das condições da ação – legitimidade possibilidade jurídica do pedido. Carência de ação é a inexistência ou falta do direito de ação, carece de ação quem não tem ação
4- Exceções: são sempre de caráter dilatório. 
A exceção de suspeição e de impedimento não é exclusiva da defesa, o autor também poderá interpô-Ias. 
Apresentada a exceção, o processo será suspenso. 
DA PROVA- FASE PROBATÓRIA.
Entende-se como prova a soma dos fatosprodutores da convicção do julgador no processo.
O juiz não é obrigado a aceitar qualquer prova. Em tese cada prova tem seu peso, sendo valorado pelo juiz
1- O fato a ser alegado em juízo deve ser determinado, relevante e incontroverso (aqueles aceitos expressos ou tacitamente pela parte contrária). 
2- Independem de prova: fatos incontroversos, fatos notórios e os que possuem presunção legal de veracidade ou de existência. 
3 - Classificação das provas: 
Quanto ao objeto- direto (servem para demonstração do fato principal, de dedução óbvia. Ex. Sangue no local do homicídio) e indireto (demonstram fatos secundários Ex. Sangue no local do roubo).
Quanto ao sujeito de que emana a prova - pessoal ou real.
Quanto à preparação - simples (certidão, contrato) ou pré- constituída (recibos que são juntados ao longo do tempo no sentido de instruir ação)
4- Princípios relativos a prova: 
Constitucionais: principio da ampla defesa e proibição da prova obtida ilicitamente (princípio do fruto contaminado)
Princípios gerais ou processuais:
. 	- Princípio do livre convencimento motivado do juiz - persuasão racional
- Princípio da oralidade - as provas devem ser produzidas preferencialmente na audiência de instrução e julgamento
- Princípio da imediação: é o juiz que recebe as provas acatando-as ou não
- Princípio da Identidade física do juiz
- Princípio da aquisição processual ou da comunhão da prova – A prova acostada aos autos é prova do processo (não pertence mais a ninguém)
5- Meios de prova: são instrumentos processuais ou materiais levados ao processo para demonstrar a verdade dos fatos o juiz. 
Depoimento pessoal e confissão.
Exibição de documento ou coisa
Prova documental e prova testemunhal
Prova pericial e inspeção judicial
6- Outros meios de prova admitidos e não previstos no CPC
a) 	Reconhecimento de pessoas ou coisas 
Prova emprestada (retirada de outro processo) – prova oriunda de um processo transitado em julgado – mesmo assim deve-se abrir vistas à outra parte.

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