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Unidade 4
Seção 2
Matrizes do
pensamento  
em psicologia –
Psicanálise
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O mal­estar na civilização
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O mal­estar na civilização
Bem vindo à seção 4.2. Desta vez vamos dirigir nossos
estudos em direção à compreensão psicanalítica dos
fenômenos sociais.
Veremos como Freud explica o surgimento da civilização
humana, das religiões e qual relação existe entre essas
ocorrências, o Complexo de Édipo e o superego.
Também conheceremos como e porque Freud tinha uma
visão pessimista da humanidade e acenou com a
possibilidade do ser humano destruir, além da própria
civilização, a própria vida humana de todo o planeta.
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O mal­estar na civilização
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Interdito ao homicídio Interdito ao parricídio Interdito ao incesto
O Totem e tabu
Freud apoiou-se em evidências de pesquisas etnológicas e antropológicas para dar
argumentação científica às suas proposições, em especial, àquelas que dão base à
manifestação coletiva do Complexo de Édipo na ordem social. Para isso, trabalhou com o
momento histórico em que a humanidade foi capaz de estabelecer:
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Segundo Freud, deve ter havido um momento em que a humanidade de fato viveu o drama de
um parricídio que chocou a comunidade a ponto de ter mobilizado seus membros a
estabelecer rituais de redenção de culpa. Com o tempo, a repetição do ritual propiciou a
fundação de uma religião totêmica.
A consequência desse evento teria sido o interdito do parricídio e do incesto
Parricídio Rituais de redenção Fundação da religião
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Nesta obra, Freud apresenta os objetivos da
civilização e seus desdobramentos:
Proteção aos perigos da natureza.
Proteção aos perigos da natureza.
Distribuição dos recursos necessários à
vida.
Facilitação do modo de vida.
O futuro de uma ilusão
Contudo, logo percebeu-se que a
civilização não podia proteger o homem
contra a morte e contra as catástrofes
naturais, surgindo então um sentimento
de desamparo.
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Esse sentimento de desamparo foi projetado no
ambiente, em alguém ou algo que poderia ter
poder para oferecer proteção e consolação.
Pelo lado religioso, surgiram as divindades e
suas religiões.
Houve, então, a consolidação das religiões e
das regras sociais como mecanismos de
estabelecimento da ordem social e sua
manutenção.
Sentimento de desamparo
Sentimento projetado nas divindades
Obtenção de amparo e consolação espirituais
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Outro aspecto interessante da manutenção da
ordem social é o desenvolvimento do superego.
Sem o superego internalizado, dificilmente os
homens seguiriam leis ou normas sociais ou
religiosas.
Sigmund Schlomo Freud
Fonte: <https://goo.gl/WbGPGY>. Acesso em: 7 mar. 2017.
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Mas qual seria então a fonte desse sentimento religioso que
impele o homem a criar deuses e rituais litúrgicos?
Para Freud, é a memória que carregamos da função
paterna. Quando crianças muito pequenas, vivemos
situações de desamparo em que fomos atendidos e
consolados por uma mãe e depois por um pai que é
reconhecido pela criança como mais forte e poderoso que a
mãe.
O mal­estar na civilização
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Quando em situação de desamparo ou desalento,
inconscientemente buscamos no meio em que vivemos
“algo mais forte e poderoso” que possa vir a nosso socorro.
Facilmente, compreende-se que os homens passaram
então da aspiração de um “pai poderoso” terreno para um
“Pai Poderoso” espiritual.
Assim, Freud explica a origem do sentimento religioso.
Freud também conclui que a agressividade do ser humano
poderá levá-lo, em um futuro próximo, a destruir se não
toda a civilização, a própria vida humana neste planeta.
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O artigo a seguir apresenta uma outra
abordagem. Ele analisa que já havia em Freud
uma preocupação constante com os desígnios
da civilização ao propor sua metapsicologia.
Acesse: Considerações teóricas sobre a
psicanálise freudiana: da metapsicologia aos
textos sociais.
Disponível em: <https://goo.gl/C8XGcU>.  
Acesso em: 27 nov. 2016
Link
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Freud e a religião
Assista um vídeo que apresenta, de maneira sucinta, a ideia central da obra “O futuro de um
ilusão”.
Freud e a religião
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qC4IL_HaxRg>. Acesso em: 17 nov. 2016.
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Bons estudos!
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