Buscar

Protocolo Hidrocinesioterapêutico para ruptura de LCA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SN 
EQUIPE 
Bárbara Oliveira Soares1 
Leonildo de Santana Silva1 
1 Graduandos do 5° período 
OBJETIVO DESTA 
SESSÃO 
Nesta sessão, buscamos desafiar a 
amplitude de movimento recém-
adquirida (ADM), potencializar a 
manutenção da força e da 
resistência da musculatura e ainda 
ofertar ao paciente uma maior 
segurança ao retorno as atividades 
normais e de vida diária (AVD). 
Além de reduzir alguns espasmos 
musculares e edema persistentes. 
SESSÃO ATUAL: 37° sessão 
TOTAL DE SESSÕES ESTIMADA: 48 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das estruturas 
ligamentares mais afetadas no joelho devido à alta exposição a 
vários mecanismos lesivos que podem comprometer a sua 
integridade. A participação em esportes como o futebol elevam a 
vulnerabilidade dos praticantes, justificando assim o aumento 
crescente do número de casos lesões ligamentares (MOREIRA; 
MOTTA, 2013). 
Devido à grande incidência de acometimentos de reconstrução do 
LCA, buscamos desenvolver um protocolo de reabilitação (de 
sessão única) baseado em técnicas da hidrocinesioterapia para 
garantirmos o melhor e mais rápido retorno as atividades de rotinas 
diárias. 
CASO CLINICO 
PACIENTE MSR, DO SEXO MASCULINO, 29 ANOS, ATLETA PROFISSIONAL EM 
ATIVIDADE HÁ 10 ANOS, SOFREU TRAUMA NO JOELHO DIREITO DURANTE 
UMA PARTIDA DE FUTEBOL O QUE OCASIONOU RUPTURA DO LIGAMENTO 
CRUZADO ANTERIOR (LCA). DE IMEDIATO, FOI ENCAMINHADO AO 
HOSPITAL, ONDE DEU ENTRADA EM EMERGÊNCIA E FOI SUBMETIDO À 
RECONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DESSA ESTRUTURA. LOGO APÓS SER 
LIBERADO, RECOMENDOU-SE O TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA 
REABILITAÇÃO A FIM DE PROPORCIONA-LO RETOMADA O QUANTO ANTES 
AS PRÁTICAS ESPORTIVAS. AO CHEGAR AO PONTO DE ATENDIMENTO DE 
FISIOTERAPIA, O MESMO APRESENTAVA ENTRE OUTROS SINTOMAS 
EDEMA, DOR E RIGIDEZ ARTICULAR (DEVIDO À IMOBILIZAÇÃO), 
CARACTERIZANDO ESTÁGIO AGUDO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO PÓS-
CIRÚRGICO. 
TEMPO ESTIMADO PARA ESTA SESSÃO 
AQUECIMENTO – 5 minutos 
ALONGAMENTO – 5 minutos 
FORTALECIMENTO – aproximadamente 20 minutos 
PROPRIOCEPÇÃO – aproximadamente 15 minutos 
RELAXAMENTO – 5 minutos 
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – CAMPUS PETROLINA 
CURSO – FISIOTERAPIA • HIDROCINESIOTERAPIA por RENÊ AMARAL 
PROTOCOLO 
AQUECIMENTO 
 A princípio, o terapeuta pode está 
orientando o paciente a caminhar de 
frente de um lado ao outro da piscina 
para reconhecimento do meio aquático 
e ativação da circulação sanguínea, que 
se dá por meia da pressão hidrostática 
exercida sobre o corpo do paciente 
submerso. 
 Em seguida, poderá também está 
utilizando como alternativa a caminhada 
em passadas laterais combinada a 
movimentos de abdução e adução do 
ombro (abrir e fechar os braços) 
também de um lado ao outro da piscina, 
para ativação da circulação e da 
musculatura, não só do membro inferior 
como também do membro superior. 
 Outra alternativa seria instruir o paciente 
a caminhar em plano inclinado (pode-se 
utilizar como meio a rampa da própria 
piscina) e orienta-lo no retorno, de forma 
a fazê-lo voltar de costas contra o fluxo 
de turbulência. 
 Por fim, o terapeuta poderia trabalhar a 
corrida leve em círculo, de início a favor 
da turbulência e em seguida no sentido 
contrário, favorecendo uma melhor 
atividade cardiorrespiratória que o 
auxiliaria na execução dos exercícios 
que segue. 
 
ALONGAMENTO 
ALONGAMENTO DOS ISQUIOTIBIAIS: 
Posição inicial: Paciente em ortostatismo, 
com postura ereta, em frente a parede 
lateral da piscina, com ambas as mãos 
apoiadas em uma barra de aço. Enquanto 
que o terapeuta irá demonstrar o 
movimento, e em seguida irá analisar a 
performance desempenhada pelo 
paciente. 
Execução: É solicitado ao paciente que 
coloque uma perna em completa extensão 
de joelho na parede, o mais próximo da 
barra de aço possível, enquanto que o 
membro inferior contralateral apoiado 
deverá estar em completa extensão 
também. Para ampliar a percepção do 
alongamento, pode-se solicitar que o 
paciente tente aproximar a cabeça do 
joelho estendido, em direção a barra de 
aço. Mantendo a perna fixa ao piso sempre 
em extensão (Figura 1). 
Comentários: Este tipo de exercício, 
associado a termodinâmica e as 
propriedades hidrodinâmicas, apresenta 
potencialização do seu efeito. A água 
morna, favorece o aumento da 
extensibilidade dos tecidos, assim como 
promove a ação vasodilatadora 
melhorando a circulação de metabólitos, 
evitando o seu acúmulo, que levaria a 
fadiga, ou mesmo câimbras. Sob o efeito 
do empuxo, o membro estará sujeito a 
atingir uma ADM maior, nas articulações 
alongadas. 
 
 
 
 
 Figura 1 – Representação da descrição do 
movimento 
 
FNP – PADRÃO DE MOVIMENTO 
ASSIMÉTRICO PARA MEMBROS 
INFERIORES: 
Posição inicial: Paciente na horizontal 
(flutuando em decúbito ventral), com 
flutuadores na altura do pescoço (colar 
cervical). Enquanto que o terapeuta no 
polo caudal, na posição de esgrimista, 
exercerá oscilações de facilitação ao 
movimento articular, oferecendo gradual 
resistência ao movimento ativo, com as 
mãos alternando entre o dorso e a região 
plantar do pé do paciente. 
Execução: Após esclarecido o movimento 
ao paciente, o terapeuta pede que este 
estenda uma das pernas enquanto que a 
outra flexione a 90°. Com uma mão no 
dorso do pé em flexão e a outra na região 
plantar (do pé em extensão), solicita-se 
que o paciente estenda a perna fletida, 
realizando o movimento final de extensão-
abdução-rotação interna com flexão do 
joelho, vencendo a resistência manual 
aplicada pelo terapeuta. Ao final do 
movimento alterna, o membro em flexão, 
passa a ficar em extensão e vice-versa 
(Figura 2). 
Comentários: A medida que este 
exercício alonga as estruturas 
periarticulares ao joelho, também é 
destacado características de 
fortalecimento de baixo impacto/eficácia. 
Esta técnica, entretanto, favorece o 
alongamento da articulação, bem como a 
liberação de bloqueios comuns em 
períodos de imobilização. Quando 
aplicada ao membro inferior, visa ainda, 
melhorar a resistência e a capacidade 
funcional do corpo. A água facilitará o 
movimento e diminuirá a percepção de 
sobrecarga da resistência. 
Figura 2 – Representação da descrição do movimento 
 
FORTALECIMENTO 
OBS 1: nesse ponto serão trabalhadas não 
apenas a articulação do joelho lesionado, 
mas também as outras articulações 
adjacentes e membro contralateral. 
OBS 2: todos os exercícios aqui descritos 
serão realizados de forma ativa e 
independente pelo paciente que receberá 
em todos os momentos estímulos e 
comandos verbais. Exceto, o último 
descrito (flexão do joelho) que terá 
assistência do terapeuta na execução. 
 
I. FLEXÃO PLANTAR E DORSO FLEXÃO 
DO TORNOZELO 
Posição inicial: Paciente em posição 
ortostática com tornozeleira de peso leve 
presa ao calcanhar e com as mãos 
apoiadas na barra de aço da piscina, um 
pé apoiado no chão e outro em cadeia 
cinética aberta (CCA) para realização do 
movimento. 
Execução: Solicita-se que se realize 
dorso-flexão e flexão-plantar do tornozelo 
para fortalecimento dos músculos 
responsáveis por essas ações: tibial 
anterior e tríceps sural, respectivamente 
(Figura 3). 
Comentários: A própria ação gravitacional 
e a pressão exercida pela união das 
moléculas da água contribuirão no ganho 
de força que será exercida pelos músculos 
contra essas ações. 
 
 
 
 
Figura 3 – Representação da descrição do movimento 
 
 
II.EXTENSÃO DO JOELHO 
Posição inicial: Paciente ainda em 
posição ortostática com os pés apoiado no 
chão, o tronco ereto e com as mãos 
apoiadas na barra de aço da piscina, 
mantendo distância suficiente para 
realização do movimento. 
Execução: Solicita-se que ele traga a 
perna em extensão em direção à parede e 
retorne a posição inicial de forma lenta e 
cuidadosa (Figura 4). 
Comentários: Este exercício será 
indicado para fortalecimento do 
quadríceps, principal músculo responsável 
pela estabilidade dinâmica do joelho, e que 
estará sendo trabalhado na fase 
concêntrica do movimento, além de contar 
com ação dos isquiotibiais que auxiliarão 
no retorno a posição inicial. 
 
 
 
 
Figura 4 – Representação da descrição do movimento 
 
III. ABDUÇÃO DA COXA 
Posição inicial: Segue as mesmas 
recomendações da posição descrita 
anteriormente. 
Execução: Solicita-se que o paciente 
eleve a perna em abdução e retorne a 
posição inicial, respeitando o limite máximo 
da sua ADM (Figura 5). 
Comentários: Este exercício será 
indicado para ganho de força dos 
músculos abdutores, que em sua maioria 
se inserem próximo à região patelar. 
Trabalhará também a ação do ligamento 
colateral lateral, que tem como função a 
estabilização estática do joelho. 
 
 
 
 
Figura 5 – Representação da descrição do movimento 
 
IV. ADUÇÃO DA COXA 
Posição inicial: nesse caso, para 
realização desse exercício, o 
posicionamento inicial do paciente seria o 
início do momento em que ele retorna do 
movimento de abdução. 
Execução: O terapeuta pode está 
solicitando ao paciente o retorno da perna 
passando da linha média do corpo, 
fortalecendo a musculatura adutora e 
trabalhando o ligamento colateral medial 
(Figura 6). 
Comentários: O uso da tornozeleira, ou 
qualquer outro recurso aquático que sirva 
como resistência, ainda seria 
recomendado. Pois, junto com ação da 
gravidade e do próprio peso do membro do 
paciente imerso, esses recursos 
contribuem para uma melhor eficácia na 
realização do exercício proposto. 
 
 
 
 
Figura 6 – Representação da descrição do movimento 
 
V. FLEXÃO DO JOELHO 
Posição inicial: Fazendo uso de alguns 
pontos abordados no método de Bad 
Ragaz, o terapeuta pode estar trabalhando 
a flexão do joelho com o paciente pairando 
(boiando) sobre a superfície aquática, 
utilizando o colar cervical para melhor 
equilíbrio da flutuação causada pela força 
do empuxo. 
Execução: Estando o terapeuta submerso 
à altura dos ombros, mantendo os 
membros inferiores semi-fletidos, aplicará 
uma resistência manual nas porções 
dorsais dos pés do paciente e irá orienta-lo 
a realizar o movimento de flexão do joelho, 
bilateralmente, buscando sempre manter a 
simetria dos membros. O retorno à posição 
inicial seria a extensão do joelho, por assim 
dizer, onde o terapeuta pode estar fazendo 
a associação entre esses movimentos e 
trabalhando nos dois sentidos, uma vez 
que ele venha aplicar, nesse retorno, a 
resistência na região plantar do pé (Figura 
7). 
Comentários: Assim como os outros 
exercícios acima descritos, este tem por 
finalidade o ganho de ADM do paciente, e 
garante, progressivamente, aumento da 
velocidade do movimento, gerando ganho 
de força e estabilidade da articulação, o 
que consequentemente proporcionará 
maior independência ao paciente em 
estágio de reabilitação. 
Figura 7 – Representação da descrição do movimento 
 
PROPRIOCEPÇÃO 
ANDAR SOBRE O MACARRÃO 
Posição inicial: Paciente em posição 
bípede, com a coluna ereta e a lateral do 
corpo perpendicular à parede da piscina, 
com ambos os pés sobre um macarrão que 
deveram estar um a frente do outro 
(calcanhar logo à frente do hálux do pé 
contralateral), com olhar fixo ao horizonte*. 
Enquanto que o terapeuta se posiciona 
imediatamente a lateral do paciente, 
analisando o desenvolvimento do exercício 
e lhe conferindo a segurança necessária 
durante o exercício. 
*Caso necessário, o paciente pode segurar 
na barra de aço lateral, para executar o 
movimento. 
Execução: Sob o estimulo verbal/auditivo, 
é solicitado que o paciente deambule em 
passos lentos e precisos sobre o rolo de 
espuma, localizado abaixo dos pés dele, 
de uma extremidade a outra. A velocidade 
deve aumentar gradualmente conforme o 
paciente ganhe segurança para realizar o 
movimento (Figura 8). 
Comentários: Durante o desenvolvimento 
desta marcha, o fluído em conjunto com a 
força do empuxo, estarão diminuindo a 
sobrecarga no joelho, decorrente da força 
gravitacional e o peso das estruturas 
ascendentes a esta articulação, 
favorecendo o desenvolvimento de 
movimentos ativos em ortostatismo com 
baixo impacto e de forma segura. Os 
proprioceptores profundos acionados farão 
com que haja mais fibras musculares 
recrutas, além do controle ideal da tensão 
dos tendões e funcionamento dos 
ligamentos “remanescentes”, enquanto 
que os localizados na articulação do joelho 
operem de maneira a garantir um 
movimento efetivo e seguro da articulação. 
Logo, a informação proprioceptiva auxilia 
na determinação apropriada entre forças 
sinérgicas e antagônicas periarticulares. 
 
 
 
 
Figura 8 – Representação da descrição do movimento 
 
TREINO SENSÓRIO MOTOR COM 
PRANCHAS 
Posição inicial: Paciente em pé, com leve 
flexão de tronco, membro não lesionado 
em semi-flexão, (estando o ápice do joelho 
alinhado ao hálux) sobre uma plataforma 
submersa estável, e o membro lesionado 
em neutro sobre uma prancha (flutuador 
plano) também submersa. Braços em 
posição confortável, entretanto com a 
palma da mão aberta. Terapeuta a frente 
do paciente dará os comandos iniciais e 
após o início do movimento ativo, o 
terapeuta se desloca para a lateral do 
indivíduo, a fim de analisar a execução do 
movimento, bem como checar a postura na 
qual o mesmo está sendo adotada. 
Execução*: Ofertando o estimulo 
verbal/auditivo, é solicitado que o paciente 
mantenha a postura ereta e a semi-flexão 
do joelho não lesionado sobre base 
estável, enquanto o membro lesionado fará 
o movimento de extensão do joelho/flexão 
de quadril (levando a prancha a frente do 
corpo) e o retorno deste movimento, 
extensão de quadril, mantendo também a 
extensão do joelho (levando a prancha 
para trás do alinhamento sagital corpo) 
(Figura 9). 
Caso seja necessário (no início do 
movimento), o paciente pode segurar na 
barra de aço fixa na lateral da piscina com 
um dos membros superiores. Entretanto, 
evitar que essa ação se mantenha por todo 
o exercício, para que o ganho possa ser 
otimizado. 
* O terapeuta deverá reproduzir o 
movimento fora da piscina inicialmente, 
garantindo um aprendizado prévio, e 
quando dentro da piscina, notar o feedback 
do aprendizado dado pelo paciente 
durante a execução do movimento. 
Comentários: A medida que este 
exercício é proprioceptivo, também 
apresenta característica de fortalecimento, 
visto que a execução de movimentos 
ativos contra a viscosidade do líquido e a 
pressão hidrostática, proporcionam uma 
ativação dos proprioceptores, 
recrutamento das fibras musculares do 
grupo muscular ativado (de maneira 
excêntrica/concêntrica do membro inferior 
e isométrica dos estabilizadores do 
tronco/abdominais). Além destes, o 
movimento ativo gera turbulência, o que 
proporciona em maior escala ao membro 
inferior, seguido do tronco, aumento e 
manutenção da força e resistência 
muscular, além da melhora doequilíbrio 
estático e dinâmico estimados pela 
instabilidade ocasionada pela turbulência. 
 
 
 
 
Figura 9 – Representação da descrição do movimento 
 
SALTOS NO JUMPER 
Posição inicial: Paciente em ortostatismo, 
sobre um jumper (cama elástica) com 
ambos os pés aplanados na superfície do 
equipamento, estando os pés alinhados a 
linha do ombro. Enquanto que o terapeuta 
se encontra a frente deste, dando os 
comandos e avaliando a execução do 
movimento ativo. 
Execução: Por meio do estimulo 
verbal/auditivo, solicita-se que o paciente 
mantenha a postura ereta, com o olhar fixo 
ao terapeuta, enquanto realizar o 
movimento de propulsão vertical (saltos 
simples) (Figura 10), seguido de saltos 
com pernas alternadas a frente do corpo 
(alternando a base de apoio) (Figura 11), 
saltos e chutes anteriores (Figura 12) e 
movimento em tesoura dos MMII (Figura 
13). Esta alternância de apoios trata-se da 
transferência do apoio bipodal ao 
monopodal. 
Comentário/ Considerações: Trabalho 
de descarga de peso, concomitante ao 
trabalho de equilíbrio durante o movimento 
ativo. A turbulência criada durante o 
movimento requisita ainda mais do 
paciente que este mantenha a postura e o 
equilíbrio. Esta prática em base de apoio 
instável amplifica o estímulo constante da 
manutenção de postura e recrutamento 
dos grupos musculares da coxa que 
estabilizam o joelho (quadríceps e 
isquiotibiais). Além de aumentar a 
atividade cardiorrespiratória e vascular e 
movimentos peristálticos. 
 
 
Figuras 10 e 11 – Representação da descrição do 
movimento 
 
Figuras 12 e 13 – Representação da descrição do 
movimento 
 
BALANÇANDO 
Posição inicial: Paciente em pé, com 
semi-flexão do joelho, pés afastados 
alinhados com os ombros, pelve 
encaixada, com os membros superiores 
em supino, abduzidos a 90°, ombros 
relaxados e o olhar para o horizonte. 
Enquanto que o terapeuta observa o 
movimento, alternando sua localização 
sem causar turbulência dentro da piscina, 
certificando-se da eficácia do movimento. 
Execução: O terapeuta explica todo o 
movimento antes que o paciente execute, 
preferencialmente no solo, para o feedback 
dentro da água possa ser melhor. Só então 
é solicitado que o paciente, inspire 
profundamente, solte o ar realizando os 
movimentos de pronação dos antebraços, 
girando o tronco a direita, unindo o 
membro superior esquerdo ao direito, a 
cabeça segue o movimento, e a perna 
esquerda, ficará sobre apoio do antepé, 
com semi-flexão do joelho, enquanto que o 
direito ficará fletido quase que a 90° e o pé 
fixo firmemente ao piso. Em uma segunda 
inspiração profunda, supina os antebraços 
levando-os para atrás do corpo (finalizando 
o movimento em extensão), enquanto que 
simultaneamente a perna esquerda vai à 
frente do corpo. Prona os antebraços 
novamente o levando à frente do corpo, 
enquanto que, ainda, a perna esquerda, 
flexiona o joelho, estende o quadril. Esse 
movimento ocorrerá sem que a perna 
“balançada” toque o piso, além de ser 
controlada com a respiração. Este 
exercício deverá ser feito 5 vezes para 
cada lado. Tendo certo que, ao termino do 
lado esquerdo, o paciente retornará à 
posição inicial, e somente assim passará a 
executar os movimentos para o lado direito 
(Figura 14). 
Comentários: Conforme este exercício 
seja proprioceptivo, também apresenta 
características de fortalecimento, 
relaxamento e alongamento de baixo 
impacto. Uma vez que o movimento ativo, 
cria determinada turbulência, surge a força 
do arrasto que vai de encontro com o 
movimento do membro, entretanto de 
maneira leve. Como o apoio do movimento 
se concentra basicamente em um pé só, 
exige uma alta ativação dos grupos 
musculares estabilizadores do tronco e do 
membro fixo, aumentando a força e 
resistência desta musculatura, enquanto 
que o membro movimentado tem sua 
articulação, sendo mobilizadas e 
alongadas, sendo que o movimento suave 
exercido, aumenta a lubrificação das 
articulações, e como o membro agirá como 
um pêndulo, estará alongando a 
musculatura, melhorando a circulação 
periférica e reduzindo inchaços. Os 
proprioceptores articulares do joelho, 
estão em constante ativação para garantir 
melhor ativação muscular e das estruturas 
periarticulares e estabilizadoras estáticas. 
Em se tratando de uma técnica adaptada 
ao uso em agua tépida, levará a diminuição 
da ativação de nociceptores, reduzindo 
ainda espasmos musculares, melhorando 
a atividade respiratória. Obtendo uma 
melhora global. 
 
10 11 
12 13 
Figura 14 – Representação da descrição do 
movimento 
 
RELAXAMENTO 
Findado todos os exercícios apresentados, 
o terapeuta pode está utilizando técnicas 
como a de Watsu, para proporcionar 
relaxamento ao paciente, controlando sua 
atividade cardiorrespiratória. De início, 
trabalhando o controle da respiração dele, 
ao que chamamos de dança da respiração, 
onde o paciente estará flutuando na água, 
estando este, sustentado pelos braços do 
terapeuta totalmente imóvel sem realizar 
movimento algum, apenas o movimento do 
paciente a criar uma onda corporal: 
durante a inspiração o corpo expande e se 
eleva a superfície, e durante a expiração, o 
corpo retrai afundando, mantendo-se 
nessa posição até o paciente alcançar 
essa sincronia. Logo em seguida, o 
terapeuta pode está realizando 
movimentos sutis de deslocamento na 
água, acompanhado a respiração, 
deslocando, por vezes na direção da 
cabeça do paciente, por vezes em direção 
ao sentido caudal, criando um ritmo 
longitudinal que faz com o que paciente 
sinta e perceba novas sensações táteis, 
provocando também a ativação dos 
proprioceptores, o que irá o relaxamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
moreira, B. S.; Motta, A. Entorse do 
Ligamento Cruzado Anterior e as Fases de 
Reabilitação. Caderno Unisuam, P. 136–
153, 2013. 
Sá, T. S. T. F.; Accacio, L. M. P. e Radl, 
A.L.M. Fisioterapia Aquática - Barueri, Sp: 
1ed. Manole, 2007

Outros materiais