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18/02/2014 1 CONFORTO AMBIENTAL1 ARQUITETURA E CLIMA Prof Fernando A de M Sá Cavalcanti, Dr “Ora, se é verdade que há diversidade de regiões, que dependem do aspecto do céu, produzem efeitos diferentes sobre as pessoas que aí nascem , que são de um tipo diferente, tanto no que concerne à estrutura do corpo como na forma do espírito, está fora de dúvida que é uma escolha de grande importância a adequação dos edifícios à natureza e ao clima de cada região, o que não é difícil, posto que a natureza nos ensina a maneira que devemos seguir.” Vitruvio, primeiro capítulo do livro VI (LES DIX LIVRES D’ARCHITECTURE) 18/02/2014 2 Arquitetura Sustentável Arquitetura Sustentável 18/02/2014 3 ARQUITETURA E CLIMA: escalas A inadequação do edifício ao clima local pode proporcionar sensações de desconforto térmico em seus usuários, ocasionando a diminuição do rendimento das atividades executadas em seu interior, além do desperdício de energia (GIVONI, 1991). A construção de edificações adaptadas ao clima local, seja por meio de materiais, tecnologias, ou estratégias arquitetônicas, resulta em uma diminuição do uso de meios artificiais para obtenção de conforto térmico e luminoso. Fonte: www.globus.com.br/site/fotos/Maiojama.jpg Edifício Comercial - em Porto Alegre escalas MACROCLIMA:Descreve as características gerais de uma região em termos de sol, nuvens, temperatura, ventos, umidade e precipitações; porem pode não ser conveniente para descrever as condições do entorno imediato do edifício. 18/02/2014 4 escalas MESOCLIMA: Refere-se a áreas menores do que as consideradas no macroclima. Aqui as condições locais de clima são modificadas por variáveis como a vegetação, a topografia, o tipo de solo e a presença de obstáculos naturais ou artificiais. escalas MICROCLIMA: É a escala mais próxima ao nível da edificação, podendo ser concebido e alterado pelo arquiteto. As particularidades climáticas do local podem representar benefícios ou dificuldades adicionais, que podem não estar sendo consideradas nas escalas do macro e meso climáticas 18/02/2014 5 escalas ILHA DE CALOR: Representação do perfil típico de ilha de calor urbana. Fonte: Santamouris (2001, p.49) escalas variáveis 1 Clima 2 Diagnóstico climático 3 Estratégias bioclimáticas 4 CONFORTO 18/02/2014 6 escalas variáveis Radiação Solar é energia eletromagnética, de onda curta, emitida pelo sol sendo parcialmente absorvida pela atmosfera terrestre. A maior influência da radiação solar ocorre na distribuição da temperatura do globo. Quanto maior a altura do sol, mais concentrada será a intensidade da radiação por unidade de área e menor será o albedo. Radiação Solar Fonte: adaptado de Bardou; Arzoumanian (1984, p.20) VARIÁVEIS GLOBAIS escalas variáveis Latitude A latitude é a distância contada em graus da linha do equador, no sentido Norte e Sul, de 0° a 90°, medida pelos paralelos. Possui influência principal no controle sobre a quantidade de insolação que um determinado local recebe Fonte: adaptado de Bardou; Arzoumanian (1984, p.19). VARIÁVEIS GLOBAIS 18/02/2014 7 escalas variáveis Altitude A altitude é referenciada pela elevação de um ponto acima do nível do mar, tendo influência direta na temperatura do ar, pois, aumentando-se a altura, o ar estará menos carregado de partículas sólidas e líquidas. O gradiente termométrico do ar é de aproximadamente 1°C para cada 200m de altura, com pouca variação em relação à latitude e às estações VARIÁVEIS GLOBAIS escalas variáveis VARIÁVEIS GLOBAIS O regime dos ventos é determinado pelas correntes de convecção na atmosfera, que tendem a igualar o aquecimento diferencial das diversas zonas do globo terrestre. A diferença de pressão, ou de temperatura entre dois pontos da atmosfera, gera um fluxo de ar, que se desloca das regiões mais frias (alta pressão – anticiclone), para as regiões mais quentes (baixa pressão – ciclone) Fonte: Koenigsberger et al (1977, p.32) Regime dos ventos 18/02/2014 8 escalas variáveis VARIÁVEIS GLOBAIS A proporção entre as massas de terra e os corpos de água produz um impacto característico no clima, pelo amortecimento das variações térmicas, aumento da umidade do ar, alteração de pluviosidade e a indução de brisas locais. 3.1.5 Massas de água e terra Deslocamento e desvio de massas úmidas: falta de chuva no sertão. Fonte: Bustos Romero (1988, p.30). escalas variáveis VARIÁVEIS LOCAIS A topografia influencia na redução de temperatura, quando ocorrem mudanças na elevação e orientação do sítio, devido à diferença de radiação solar incidente. Um relevo acidentado pode, também, atuar como barreira à ventilação modificando, muitas vezes, as condições de umidade e de temperatura do ar em escala regional Topografia Efeitos do relevo na incidência dos ventos predominantes – posições privilegiadas e desprivilegiadas de assentamentos a partir de diferentes conformações de relevo. Fonte: Oke (1999, p.183) 18/02/2014 9 escalas variáveis VARIÁVEIS LOCAIS Os revestimentos do solo podem ser massas d’água, cobertura vegetal ou revestimentos artificiais de urbanização. As massas d’água funcionam no amortecimento e diferenciação das variações térmicas, provocam aumento de umidade, alteração de pluviosidade e indução de ventos locais Revestimento do Solo Brisas do mar e da terra durante o dia e durante a noite. Fonte: Lechner (2000, p. 70) escalas variáveis ELEMENTOS CLIMÁTICOS Temperatura do ar: Resulta basicamente dos fluxos das grandes massas de ar e da diferente recepção da radiação do sol de local para local 18/02/2014 10 escalas variáveis ELEMENTOS CLIMÁTICOS Umidade É importante observar que apesar das áreas urbanas provocarem a diminuição da umidade, podem também incrementá-la por processos liberadores de vapor d´água (combustão). Em climas quentes e secos, o incremento do teor de umidade do ar é importante, e pode ser alcançado através de estratégias projetuais que incluam, no recinto urbano, água e vegetação Fonte: Leonardo Bittencout (1992) escalas variáveis ELEMENTOS CLIMÁTICOS O movimento do ar é resultado das diferenças de pressão atmosférica verificadas pela influência direta da temperatura do ar, deslocando-se horizontalmente e verticalmente. No centro urbano, a velocidade do vento é mais baixa que nos arredores. O ar tende a se mover mais devagar próximo ao solo e aumenta a sua velocidade com a altura. Ventos Efeito de canalização Efeito VenturiEfeito Barreira Efeito Esquina Efeito Pilotis Exemplos dos efeitos do vento no meio urbano: 18/02/2014 11 escalas variáveis Nebulosidade A atmosfera urbana contém numerosas partículas ao redor das quais o vapor d’água pode condensar-se, incrementando a turbidez, e conseqüentemente, afetando a visibilidade urbana. Precipitações As precipitações são o resultado de qualquer deposição em forma líquida ou sólida derivada da atmosfera. Refere-se, portanto, às várias formas líquidas e congeladas de água, como chuva, neve, granizo, orvalho, geada e nevoeiro. A evaporação das águas de superfície leva à formação de chuva e outras precipitações. Esta água flui através dos córregos, rios, etc, voltando para o oceano e completando o ciclo hidrológico ELEMENTOS CLIMÁTICOS escalas variáveis Variáveis humanas Variáveis ambientais Outras variáveis Idade Raça Hábitos alimentares Altura Massa corporal etc Temperatura do ar Temp Radiante média Velocidade do ar Umidade Relativa MET – Metabolismo CLO- Vestimenta 18/02/2014 12 escalas variáveis adaptação CONFORTO HIGROTÉRMICO: sensação experimentada pelo organismo quando em condições ambientais de temperatura e umidade tais que, considerando fatores próprios como idade, vestimenta e atividade, não precisa fazer uso de seus sistemas termo-reguladores, para manter sua temperatura na faixa dos 36.5°C. escalas variáveis adaptação M – Metabolismo, ou a produção de calor interno do corpo face a determinada atividade. Pode ser incrementada pela ingestão de alimentos e líquidos. R – trocas por radiação. Entre o Sol e o corpo, entre o corpo e a abóbada celeste, entre o corpo e os demais corpos (paredes, etc.) C – trocas por condução, contato. Entre o corpo e toda superfície em que ele toca. Cv – trocas por convecção. Entre o corpo e o ar que está em seu contato direto. E – trocas por evaporação/sudação. Eliminação do calor pela troca pulmonar, na expiração e através da pele, pelos poros. E R Cv C R R 18/02/2014 13 escalas variáveis adaptação As trocas térmicas entre o homem, a edificação e seu entorno Arquitetura E R Cv C R R E R Cv C R E R Cv C R R escalas variáveis adaptação O clima influencia na sociedade, e na cultura local, está refletida nas relações inter- pessoais e consequentemente no urbano e no edifício. 18/02/2014 14 escalas variáveis adaptação ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA escalas variáveis adaptação ADAPTAÇÃO COMPORTAMENTAL 18/02/2014 15 escalas variáveis adaptação climas escalas variáveis adaptação climas 18/02/2014 16 escalas variáveis adaptação climas escalas variáveis adaptação climas 18/02/2014 17 escalas variáveis adaptação climas escalas variáveis adaptação climas 18/02/2014 18 escalas variáveis adaptação climas escalas variáveis adaptação climas 18/02/2014 19 ARQUITETURA + CLIMA • clima quente e seco Assentamento urbano em clima quente e seco (Marrakesh,Marrocos). Fonte: www.euroimage.com 18/02/2014 20 • clima quente e seco • clima quente e úmido 18/02/2014 21 • clima mediterrâneo • clima frio
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