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5º CAPITULO GERENCIAL CUSTO PADRÃO

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CONTABILIDADE GERENCIAL 2015/2 - TANIA RIBEIRO 
 
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5º CAPÍTULO – CUSTO PRADÃO 
 
CADUCEU 
 
 
 
 
Profissão Contábil significa a capacidade, a inteligência e a astúcia. 
O Bastão - representa o poder de quem conhece a Ciência Contábil, que tem por objeto de estudo o 
patrimônio das entidades. 
As Serpentes - Simbolizam a sabedoria, isto é, o quanto se deve estudar antes de agir, para escolher o 
caminho correto e ao mesmo tempo o mais vantajoso para o cliente. 
As Asas - Figuram a diligência, a presteza, a dedicação e o cuidado ao exercer a profissão. 
O Elmo - Peça de armadura antiga que protegia a cabeça, tem o significado de proteção contra 
pensamentos baixos que levem a ações desonestas. 
 
 
 
 
 
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CUSTO-PADRÃO 
 
Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de 
fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de 
cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume 
desta. 
 
IDEAL 
 
É um custo determinado da forma mais científica possível pela Engenharia de Produção da 
empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiências no uso e na 
qualidade dos insumos, apresenta muita dificuldade de ser alcançado. 
ESTIMADO 
 
É aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma média dos 
custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram ineficiências 
na produção (por exemplo, se o nível de desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se a 
produtividade da mão de obra poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam 
ser menores, etc.). 
CORRENTE 
 
Situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o Corrente, a empresa 
deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por outro lado, ao 
contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem mais que 
não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a curto e médio prazos, tais como às relativas a 
materiais comprados de terceiros, inexistência de mão de obra especializada e outras similares. 
Este tipo de Custo-Padrão pode ser considerado como um objetivo de curto e médio prazo da empresa e 
é o mais adequado para fins de controle. 
Há três tipos básicos de Custo–Padrão: 
 
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CUSTOS R$ VARIAÇÕES R$ 
REAL PADRÃO FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL 
123,00 100,00 - 23,00 
128,00 150,00 22,00 - 
CUSTO PADRÃO X CUSTO REAL VARIAÇÃO 
CUSTO REAL 
 
É o custo efetivo incorrido pela empresa num determinado período de produção. Se o Custo Real for 
superior ao Custo-Padrão, a variação (diferença) ai ocorrida será considerada DESFAVORÁVEL, uma vez 
que o custo efetivo foi maior que o estabelecido como meta para a empresa. Se ocorrer o contrário, o Custo 
Real ser inferior ao Custo Padrão, a variação será considerada como FAVORÁVEL, uma vez que a 
empresa apresentou custo menor do que estabelecido como meta. 
Observe o quadro abaixo: 
 
Como pode-se perceber das definições acima, o Custo-Padrão é um instrumento muito 
poderoso para que a empresa tenha controle sobre os seus custos, comparando os que deveriam 
ser (Custo-Padrão) com os que efetivamente ocorreram (Custo Real). Desta comparação, a 
empresa, ao analisar as razões das diferenças entre os dois tipos de custo, pode descobrir se está 
utilizando um volume maior de materiais do que deveria, se pagou preço adequado por estes 
materiais, se esta havendo um volume grande de estragos e perdas além do que se poderia 
esperar, se produtividade da mão de obra está aumentando ou diminuindo, etc. Além 
disso, o que é talvez o mais importante, ao detectar as ineficiências, a empresa terá diante de si 
um quadro adequado para determinar de que forma poderá cortar custos e aumentar a sua 
lucratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARAÇÃO 
SE: 
 
CUSTO REAL > PADRÃO - variação DESFAVORÁVEL 
 
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FIXAÇÃO DO PADRÃO 
 
 
CUSTO REAL < PADRÃO - variação FAVORÁVEL 
 
PADRÃO DE MATERIAIS - Quantidade Física x Quantidade monetária 
 
 
PADRÃO DE MOD - Estimativa de Horas x Custo da MOD p/ unidade 
 
 
 
PADRÃO DE CIF 
Parte Fixa 
Parte Variável 
 
Geralmente a taxa de absorção dos CIF é feita com base no volume (H/M, H/H, Quantidade Produzida 
etc.) 
CVu x Volume + CF 
Volume 
 
 
 
 CUSTEIO PADRÃO 
 
 
Pelo exposto no item precedente, ficou claro que a maior utilidade de Custo-Padrão é servir como 
parâmetro para o CONTROLE dos Custos Reais e como instrumento para a empresa detectar suas 
ineficiências. 
 
 
Para atingir este objetivo, não há necessidade de o Custo-Padrão servir de base para os lançamentos 
contábeis da empresa. A comparação entre o Custo Real e o Padrão pode ser feita de forma 
extracontábil, através de relatórios especiais. 
 
 
Entretanto, há empresas que preferem controlar as variações entre o Custo Real e Padrão na própria 
contabilidade. Existem várias maneiras de se fazer isso e estas formas de custeamento são 
denominadas de Custeio Padrão. 
 
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A Cia XPTO tem seguintes custos-Padrão por unidade para fabricação do seu produto X: 
 Material Direto (MD) $ 100 
 Mão de Obra Direta (MOD) 80 
 CIF 70 
 
Não havia estoques de Produtos em Elaboração e de Produtos Acabados no inicio do período. 
A produção de X foi de 4.000 unidades totalmente acabadas, sendo que 3.200 foram vendidas 
no período. 
No final do período, os Custos Reais levantados foram: 
 
 MD $ 410.000 
 MOD 310.000 
 CIF 300.000 
Total l.020.000 
Os Custos-Padrão totais referentes à produção de 4.000 unidades foram: 
 MD $ 100 x 4.000 u = $ 400.000 
 MOD 80 x 4.000 u = 320.000 
 CIF 70 x 4.000 u = 280.000 
Total 1.000.000 
 
Se a empresa fizesse o controle extra-contábil, o contador de Custo faria o seguinte relatório: 
Item de Custo Custo Real Custo Padrão Variação 
MD 410.000 400.000 10.000 - Desfavorável 
MOD 310.000320.000 10.000 - Favorável 
CIF 300.000 280.000 20.000 - Desfavorável 
Total 1.020.000 1.000.000 20.000 - Desfavorável 
 
 
 
 
 
Uma das formas de Custeio Padrão consiste em se registrar todos os custos pelos seus valores-
padrão nas contas referentes aos Produtos em Elaboração e controlar as variações entre o Real e o 
Padrão em contas especiais. 
 
EXEMPLO 
 
 
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ANÁLISE DAS VARIAÇÕES 
A análise das razões das diferenças entre o Custo Real e o Padrão é a parte mais importante do uso 
do Custeio Padrão para fins de CONTROLE. Como já enfatizamos, esta comparação é que vai 
permitir à empresa controlar os seus custos e detectar eventuais ineficiências na produção. 
Período: mensal. 
 
A empresa, ao analisar as razões das diferenças entre os dois tipos de custos, pode descobrir se está 
utilizando um volume maior de material do que deveria; se pagou o preço adequado pelos 
materiais; se está havendo um volume grande de estragos e perdas além do que se poderia esperar; 
se a produtividade está aumentando ou diminuindo, entre outras. 
Finalidade: 
Identificar a natureza das variações, suas causas e seus responsáveis e usá-las para a tomada de 
decisões corretivas. 
Suponhamos que uma empresa tenha fixado o seguinte Custo-padrão para a Matéria-prima utilizada 
na fabricação de seu produto: 
 
Preço previsto por unidades: $ 100,00 
Quantidade da matéria-prima a ser utilizada para o nível de produção previsto: 1.000 unidades. 
Custo-Padrão da Matéria-Prima = $ 100 x 1000 u = $ 100.000,00 
 
Encerrado o período de produção, a empresa apurou um Custo Real equivalente a $115.500,00, 
cuja decomposição mostrou que: 
Preço efetivo pago por unidade: $ 105,00 
Quantidade efetivamente utilizada para o nível de produção previsto: 1.100 unidades 
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.A VARIAÇÃO TOTAL do Custo Real em relação ao Padrão foi de: 
$ 115.500,00 - $ 100.00,00 = $ 15.500,00 (desfavorável) 
Uma parcela dessa Variação Total deve ser atribuída à VARIAÇÃO DO PREÇO. 
 5,00 (diferença de preço entre o Preço Real e o Padrão) 
x 1.000 unidades (Quantidade Padrão = Quantidade Real) 
= $ 5.000 (VARIAÇÃO DO PREÇO) 
Entretanto a soma da VARIAÇÃO DO PREÇO ($5.000,00) com a VARIAÇÃO DA 
QUANTIDADE ($ 10.000,00) não coincide com a VARIAÇÃO TOTAL ($15.500,00), sendo $ 
500,00 inferior a esta última. Esta diferença de $ 500,00 é denominada de VARIAÇÃO MISTA. 
Uma parcela dessa Variação Total deve ser atribuída à VARIAÇÃO DO PREÇO. 
Caso não tivesse havido variação das quantidades, a divergência entre o Custo Real e o Padrão seria: 
 
Uma outra parcela deve ser atribuída à VARIAÇÃO DA QUANTIDADE. 
Caso não tivessem ocorrido variações nos preços, a divergência entre o Real e o Padrão seria: 
 
 100 unidades (diferença entre a Qde. Real e a Padrão) 
x $ 100,00 (Preço Padrão = Preço Real) 
$ 10.000,00 (VARIAÇÃO DA QUANTIDADE) 
 
A diferença entre os dois tipos de Custo engloba a VARIAÇÃO DO PREÇO, a VARIAÇÃO DA 
QUANTIDADE e VARIAÇÃO MISTA. Esta última corresponde à multiplicação da diferença de 
preço ($ 5,00) pela diferença de quantidade (100 unidades). Alguns contadores preferem não 
trabalhar com a VARIAÇÃO MISTA, em virtude de não se poder eleger nenhum responsável por 
ela, já que o Departamento de Compras provavelmente só aceitará ser responsabilizado pela 
VARIAÇÃO DE PREÇO e o Departamento de Produção, pela VARIAÇÃO DA QUANTIDADE. 
Nesse caso, por convenção, as VARIAÇÕES são assim definidas: 
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 Em relação aos CIF, a análise das VARIAÇÕES tem mais um complicador. Os CIF fixos por 
unidade têm que se projetados dividindo-se os valores previstos dos CIF por um volume de 
produção esperado. Se a produção real for diferente da que serviu de base para calcular os CIF 
fixos por unidade, há outra causa de divergência entre o Custo Real e Padrão, que é denominada 
VARIAÇÃO DE VOLUME. 
Nesse caso, por convenção, as VARIAÇÕES são assim definidas: 
VARIAÇÕES DE PREÇO = Diferença de Preço x Quantidade Real 
VARIAÇÃO DE QUANTIDADE = Diferença de Quantidade x Preço 
Padrão 
 
 
No exemplo analisado, teríamos: 
VARIAÇÃO DE PREÇO = $ 5,00 x 1.100(*) = $ 5.500,00 
VARIAÇÃO DE QUANTIDADE: 100 x $ 100,00 = $ 10.000,00 
VARIAÇÃO TOTAL = $ 15.500,00 
Obs.: Neste cálculo, portanto, foi considerada a quantidade real. 
 
 
 
 
A verdadeira utilidade do CUSTO-PADRÃO vai se revelar no momento em que se começa a 
analisar as causas, tanto da VARIAÇÃO DO PREÇO quanto da VARIAÇÃO DA QUANTIDADE. 
O departamento de Compras terá que explicar por que comprou $ 5,00 mais caro do que o preço-
padrão dos Materiais; o Departamento de Produção explicar por que foram utilizadas 100 unidades a 
mais de matéria-prima para fabricar a produção prevista. 
Este é o processo de CONTROLE: fixa uma meta, verifica se ela foi atingida e, caso não tenha 
sido, quais as razões que justificam isto. 
No caso da MÃO DE OBRA DIRETA, a análise das VARIAÇÕES é similar a dos MATERIAIS 
DIRETOS, com a única diferença de que a VARIAÇÃO DE QUANTIDADE das horas trabalhadas 
previstas é chamada de VARIAÇÕES DA EFICIÊNCIA e a VARIAÇÃO DE PREÇO do custo 
horário da MOD é denominado VARIAÇÃO DE TAXA. 
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VARIÂNCIA 
Fixado o padrão e posto em prática, este será comparado com os custos reais de matéria-prima, mão-
de-obra direta e custos indiretos de fabricação e poderá ser observada a variação ocorrida em cada 
um desses três fatores de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As variações de quantidade e preço são calculadas mediante a aplicação das seguintes fórmulas: 
Variação de Preço 
( PR – PP ) X QP = VARIAÇÃO DE PREÇO 
Variação de Quantidade 
( QR – QP ) X PP = VARIAÇÃO DE QUANTIDADE 
Compreende-se como variação ou variância qualquer afastamento de uma variável em relação a 
um parâmetro pré-estabelecido. Em outras palavras, são os resultados obtidos da comparação entre o 
custo real e o custo padrão. 
As variações podem ser favoráveis, quando o custo real for menor que o padrão; desfavoráveis, 
quando o custo real for maior que o padrão. 
Estas precisam ser analisadas antes de se tomarem medidas para as correções. A capacidade 
administrativa de um gerente pode ser medida através das variações que seu departamento incorre 
em um determinado período. 
Variação de material 
 
Onde: 
 PR = Preço Real 
 PP = Preço padrão 
QP = Quantidade Padrão 
QR= Quantidade Real 
 
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Obs: geralmente a variação mista é de difícil atribuição de responsabilidade. Costuma-se, na prática, 
incluí-la na variação de PREÇO: 
(PR –PP) x QR[quando quiser considerar a variação mista, então,(PR –PP) x QP] 
PRINCIPAIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DE PREÇO 
 
Oscilações do preço do mercado; 
Ineficiência do pessoal da área de compras; 
Compras não programadas ou emergenciais; 
Falta de planejamento financeiro; 
Estimativa deficiente dos padrões fixados. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DE QUANTIDADE 
 
 Maquinário desgastado, obsoleto; 
 Manutenção, na maior parte dos casos, corretiva e ineficaz; 
 Mão de obra não especializada; 
 Má qualidade do material 
 Estimativa deficiente dos padrões fixados. 
 
 
Variação Mista (VM) - quando há variação no preço e na quantidade do insumo: 
(QR –QP) x (PR –PP) = 
 
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 … 
 
 
 
 
 
Variação de mão de obra 
PRINCIPAIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DE TAXA 
 
 Uso de mão de obra não qualificada para a tarefa; 
 Oscilação do preço da mão de obra 
 Política de remuneração inadequada; 
 Oscilações sazonais em mão de obra emergencial; 
 Estimativa deficiente dos padrões fixados. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DE EFICIÊNCIA 
 
 Paralisação anormal das máquinas; 
 Falta de treinamento adequado aos operários; 
 Falta de motivação; 
 Sobretempos devidos ao material ou a operações imperfeitas; 
 Estimativa deficiente dos padrões fixados. 
 
Da mesma forma que material, as variações de mão de obra são calculadas com o uso das fórmulas 
abaixo: 
 
Variação de Taxa (Salário) 
( TR – TP ) X HP = VARIAÇÃO DE TAXA 
 
Variação de Eficiência (Tempo) 
( HR – HP ) X TP = VARIAÇÃO DE EFICIÊNCIA 
 
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Variação dos custos indiretos de fabricação 
 A variância orçamentária - reflete maior ou menor volume de gastos comparado com a 
importância do CIF orçado. 
 
A variância da capacidade - representa maior ou menor utilização da capacidade da fábrica em 
função das horas trabalhadas quando comparadas com as horas estimadas para o período. 
 
A variância de eficiência - representa a diferença entre o número de horas empregadas para 
fabricar certo volume e o número de horas-padrão que foi fixado para esse mesmo volume. 
Taxa de Absorção 
 
CIF Orçado = TAXA DE ABSORÇÃO 
Base de Volume 
Variação de Orçamento 
CIF REAL - CIF ORÇADO = VARIAÇÃO DE ORÇAMENTO 
Diferentemente do material e da mão de obra, a tarefa de cálculo das variações dos CIF’s é mais 
complexa, uma vez que resulta do jogo simultâneo do orçamento da despesa e do orçamento da 
produção. 
Ao se estabelecer o quociente ou medida-padrão do CIF para o cálculo do custo-padrão, é 
indispensável ter presente a variabilidade eventual dos três elementos: a capacidade utilizável, o 
orçamento da despesa e o volume de produção atingível. 
 
As variações do CIF são três: orçamentária, de capacidade e de 
eficiência. 
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Variação de Capacidade 
( HO – HR ) X TX ABSORÇÃO = VARIAÇÃO DE VOLUME 
Variação de Eficiência 
( HR – HP ) X TX ABSORÇÃO = VARIAÇÃO DE EFICIÊNCIA 
PRINCIPAIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DOS CIF’S 
VARIAÇÕES DO ORÇAMENTO 
 Estimativa incorreta dos gastos; 
 Excesso dos gastos em relação às necessidades normais 
 
VARIAÇÕES DA CAPACIDADE 
 
 Estimativas incorretas de programação; 
 Paralisações devidas a causas anormais 
 
VARIAÇÕES DA EFICIÊNCIA 
 
 Anormalidades no fluxo e no abastecimento do material; 
 Maior ou menor rendimento do trabalho em termos de horas de mão de obra absorvidas. 
 
 
 
Onde: 
HO = Horas orçadas 
HR = Horas reais 
HP = Horas padrão 
 
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Vantagens e desvantagens do custo-padrão 
A demarcação dos elementos controláveis e incontroláveis das variâncias é uma tarefa 
extremamente difícil. 
 
 
 
 
Podemos ressaltar algumas vantagens no uso do custo-padrão, tais como: 
 
Os custos-padrão constituem instrumento valioso para apoio às decisões, quanto a preços de 
venda e políticas de produção. 
 
No sistema de custo-padrão produzem-se relatórios que tornam possível um controle mais rápido 
das operações por parte da administração. 
 
Os padrões de custo podem ser um importante instrumento para a avaliação do desempenho. 
Quando os padrões são realistas e atingíveis, e são utilizados apropriadamente eles podem 
incentivar os indivíduos a se desempenhar com mais eficiência. 
 
Constitui os custos-padrão um poderoso auxílio ao trabalho de elaboração e acompanhamento dos 
orçamentos. 
 
Como desvantagens (entendem-se limitações) do custo-padrão podemos relacionar as 
seguintes: 
 
Os padrões, muitas vezes, tendem a se tornar rígidos ou inflexíveis, mesmo em períodos de tempo 
relativamente curtos. 
 
Quando os padrões são alterados freqüentemente, sua eficácia para a aferição do desempenho é 
enfraquecida, já que isto se assemelha a medir as atividades através de critérios elásticos. 
 
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1ª Questão - (Anal Jud TRE PA 2009_FCC) Em relação ao Custo-padrão, considere: 
 
I. O custo-padrão é um custo predeterminado. 
II. O custo-padrão corrente considera algumas ineficiências que a entidade julga não poder saná-las. 
III. Do pondo de vista gerencial, as diferenças verificadas entre custo real e padrão devem ser 
analisadas e, se necessário, o custo-padrão deve ser ajustado. 
IV. Um produto deve deixar de ser produzido quando o custo-padrão não for atendido. 
V. O custo-padrão não pode ser utilizado para a avaliação de desempenho. 
É correto o que se afirma APENAS em: 
a) I, II e III. 
b) I, III e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I, III e V. 
e) III, IV e V. 
 
2ª Questão - Por custo padrão, entendem-se: 
 
a) todos os gastos aplicados na obtenção de produtos para serem comercializados e/ou consumidos 
na produção; 
b) todos os gastos que uma empresa aplicou na obtenção de um padrão na contabilidade de custos; 
c) os custos totais de fabricação incorridos em um determinado mês; 
d) os custos determinados previamente/ baseados em cálculos analíticos sobre os processos 
produtivos, incluindo os estudos do tempo e dos movimentos relativos a cada operação; 
e) os custos calculados e contabilizados de acordo com o critério de custeio por absorção. 
 
3ª Questão - (Petrobras 2011/Contador Jr_Cesgranrio) Um dos critérios mais eficientes de controle 
de custos é o custo padrão, em virtude do detalhamento com que é determinado e verificado após a 
apuração dos custos reais. Na fase de comparação entre padrão e real, a mão de obra direta deve ser 
analisada em relação a três variações. Essas variações são: 
 
(A) quantidade, preço e mista 
(B) quantidade, eficiência e volume 
(C) qualidade, preço e volume 
(D) eficiência, taxa e mista 
(E) volume, eficiência e custo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4ª Questão - (Petrobras/Contador/2010) A Cia Chicago Celulose S.A. utiliza o sistemade controle 
denominado Custo-padrão. No mês de maio de 2009 apresentou, em reais, os seguintes resultados: 
 
 
Informações adicionais: 
 A empresa adota a análise de variações de matéria-prima em quantidade, preço e mista e, na mão 
de obra direta em eficiência, taxa e mista 
 As variações devem ser apresentadas em valores unitários. 
 As variações podem ser favoráveis ou desfavoráveis. 
 
Considerando apenas as informações dadas, a variação de preço da matéria-prima montou, em reais, a: 
(A) 0,15 desfavorável. 
(B) 0,12 desfavorável. 
(C) 0,10 desfavorável. 
(D) 0,08 favorável. 
(E) 0,10 favorável. 
5ª Questão - (Petrobrás_Contador 2014/Cesgranrio) A indústria K, que adota o custo padrão na 
elaboração de seu plano operacional, apresentou as seguintes informações, ao final de um período 
produtivo: 
Elementos Custo Padrão Custo Real 
Matéria-Prima 
Quilos consumidos por unidade 
Preço unitário (R$ por kg) 
 
15 
6,00 
 
18 
4,90 
Mão de obra direta 
Horas consumidas por unidade 
Custo hora MOD (R$ por hora) 
 
12 
7,80 
 
10 
8,90 
 
Considerando exclusivamente as informações acima e que a indústria K adota o cálculo das três 
variações, a variação da quantidade, em reais, é: 
 
 
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(A) 13,20, desfavorável 
(B) 18,00, desfavorável 
(C) 1,80, favorável 
(D) 2,20, favorável 
(E) 16,50, favoráve 
6ª Questão - (Liquigás_Contador 2013/Cesgranrio) Uma indústria apresentou as anotações a 
seguir, referentes a um determinado período produtivo. 
ELEMENTOS CUSTO PADRÃO CUSTO REAL 
Matéria-prima 32 kg x R$ 8,00/kg = R$ 256,00 38 kg x R$ 7,50/kg = R$ 285,00 
Mão de obra direta 25 h x R$ 3,30/h = R$ 82,50 20 h x R$ 3,60/h = R$ 72,00 
 
Considerando exclusivamente as informações recebidas e utilizando nos cálculos o método das três 
variáveis (Quantidade/Eficiência, Preço/Taxa e Mista), a variação do preço, em reais, é de: 
(A) 10,50 Favorável 
(B) 16,00 Favorável 
(C) 7,50 Desfavorável 
(D) 29,00 Desfavorável 
(E) 48,00 Desfavorável 
7ª Questão - (QCO 2011_Contabilidade) A indústria de artefatos LUCA utiliza no custeio de seus 
produtos o método do custo padrão. Para a produção do art. XIZ, o tempo padrão é de 45 min por 
unidade produzida e a taxa salarial horária padrão é de R$ 10,00. Tendo em vista que na produção 
de 5000 unidades foram aplicadas 4000 horas num montante de R$ 44.000,00. A variância 
eficiência foi de: 
(A) R$ 2.000,00 favorável 
(B) R$ 2.500,00 favorável 
(C) R$ 2.500,00 desfavorável 
(D) R$ 2.800,00 desfavorável 
(E) R$ 6.500,00 desfavorável 
8ª Questão - (BR Biocombustível 2010_Contador) A Indústria de Plásticos Plastimóvel Ltda. 
trabalha com custo-padrão. Em novembro de 2009, extraiu os seguintes dados de sua contabilidade 
de custos: 
 
• CUSTO-PADRÃO 
Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,80 por unidade 
Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 600.000,00 por mês 
Volume de produção prevista 120.000 unidades 
 
 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 2015/2 - TANIA RIBEIRO 
 
 18 
• CUSTO REAL 
Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,85 por unidade 
Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 605.000,00 por mês 
Volume de produção realizada 120.500 unidades 
Sabe-se que a análise dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF), pelo critério do custo-padrão, 
possui dois tipos de variação: de volume (VV) e de custos (VC). 
 
Considerando-se exclusivamente as informações acima, a Variação de Custo (VC) dos Custos 
Indiretos Variáveis (CIF variável) referente ao volume total, em reais, foi desfavorável em: 
(A) 5.825,50 
(B) 6.025,00 
(C) 6.400,00 
(D) 6.425,00 
(E) 6.815,00 
9ª Questão - (Exame de Suficiência/CFC 2014) Uma Sociedade Empresaria elaborou o seguinte 
plano operacional de produção para o mês de julho de 2014: 
 
Ao final do mês fez o levantamento da produção e dos custos e chegou aos seguintes resultados: 
 Quantidade produzida no mês 40.000 unidades 
 Horas consumidas para produzir cada unidade 2,1 horas 
 Valor ago para a mão de obra direta R$ 58,00 por hora 
 Custo unitário realizado R$ 121,80 
 
Com base nos dados acima, assinale a opção INCORRETA. 
 
a) Houve Variação de Preço favorável de R$4,00 por unidade. 
b) Houve Variação de Volume desfavorável de R$6,00 por unidade. 
c) Houve Variação Mista favorável de R$0,20 por unidade. 
d) Houve Variação Total favorável de R$1,80 por unidade 
 
 
 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 2015/2 - TANIA RIBEIRO 
 
 19 
10ª Questão - (Exame de Suficiência/CFC 2014-1) Uma indústria estabeleceu os seguintes padrões 
de consumo de matéria-prima para cada unidade de produto fabricado: 
Tipo de Matéria-Prima Quantidade Preço 
A 2 kg R$1,50 por kg 
B 3 m2 R$4,00 por m2 
 
No mês de janeiro de 2014, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto, e ocorreu o seguinte 
consumo de matéria-prima: 
Tipo de Matéria-prima Quantidade total consumida Custo da matéria-prima consumida 
A 4.000 kg R$6.800,00 
B 6.500 m2 R$26.000,00 
 
Com base nos dados fornecidos e em relação ao custo com matéria prima: 
 
a) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço 
desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B. 
b) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de 
quantidade desfavorável na matéria prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-
prima B. 
c) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço 
desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B. 
d) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de 
quantidade desfavorável na matéria prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-
prima B 
11ª Questão - Analise os dados a seguir referentes à produção: 
os dados a seguir referentes à produção 
Itens Custo Padrão Custo Real 
Materiais diretos 20.000,00 17.000,00 
Mão de Obra 9.500,00 12.000,00 
Custos Indiretos de Fabricação 14.000,00 13.500,00 
 
Informações adicionais: Venda de 75% das unidades produzidas; estoque final de produtos em 
elaboração: 0; estoque inicial de matéria-prima: $ 28.000; receita apurada na venda: $ 60.000. 
O valor dos custos dos produtos vendidos, o estoque final de matéria-prima, o estoque final de 
produtos acabados e o lucro líquido apurado no período foram respectivamente de: 
a) $ 32.000, $ 11.000, $ 10.625, $ 28.125; 
b) $ 31.875, $ 11.000, $ 10.625, $ 28.125; 
c) $ 45.875, $ 10.000, $ 10.325, $ 29.000; 
d) $ 31.875, $ 10.000, $ 10.325, $ 29.000.

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