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LEI DE COULOMB A equação da Lei Sabemos que às cargas elétricas está associado o fenômeno de atração e repulsão eletrostática. Este fenômeno obedece à seguinte regra, quanto ao sinal das cargas: cargas de sinais diferentes se atraem, enquanto cargas de sinais iguais, repelem-se. Este foi um fenômeno observado durante muito tempo, sem haver no entanto, uma abordagem quantitativa para isto. A partir de 1672 iniciou-se um estudo sistemático com a eletricidade produzida por atrito, com o físico alemão Otto von Guericke (1602-1686). Em 1727, o eletricista inglês Stephen Gray (1696-1736) fez vários experimentos com a “virtude elétrica”, o mesmo ocorrendo em 1733 com o físico francês Charles François Du Fay (1698-1739), que denominou a eletricidade adquirida pelo vidro de vítrea (hoje denominada positiva) e a eletricidade adquirida pelo âmbar (uma resina vegetal fossilizada) de resinosa (hoje denominada negativa). Em 1785, o físico francês Charles Augustin Coulomb (1736-1806), usando uma balança de torsão, demonstrou quantitativamente o fenômeno que atuava entre corpos carregados, escrevendo a expressão da força, que ficou conhecida como Lei de Coulomb )(ˆ )( )( 12122 12 21 21 rFr r qq krF −= × = (1) O subíndice 21 da força F, refere-se à força eletrostática sentida pela carga 2, devido à carga 1. O subíndice 12 em r e no versor r, significa que o vetor posição tem origem na carga 1 e extremidade na carga 2. O segundo membro da equação (1) mostra que a carga 2 exerce uma força de mesmo módulo na carga 1, porém, em sentido oposto, como esperaríamos que ocorresse. O versor rˆ 12 mostra que a força é paralela à reta que une as cargas. E não poderia ser diferente, pois o espaço é isotrópico, ou seja, não existe nenhuma propriedade direcional intrínseca que pré-estabeleça direções para interação de forças (no espaço vazio, nenhuma direção pode ser individualizada). Se a própria carga elétrica tivesse uma estrutura interna, que condicionasse a força de interação a atuar em uma direção particular, então precisaríamos de mais uma grandeza, vetorial, além da grandeza escalar q, para caracterizá-la. A constante k depende da escolha da unidade de carga elétrica adotada. No nosso caso, com unidade de carga em Coulomb (SI), k = 8,98755××××109 Nm2/C2, que aproximaremos para k = 9,0××××109 Nm2/C2. Com a constante k sendo dada em função destas unidades, a força de Coulomb é dada em Newtons. A constante k, no SI, também pode ser escrita como o k πε4 1= Onde εεεεo é denominada de permissividade no vácuo. A Lei de Coulomb foi estabelecida experimentalmente, em 1785. Utilizando uma balança de torsão, Coulomb verificou que a força entre corpos carregados era proporcional ao x, m y, m ( i )^ ( j )^ q 1 q 2 r^ 12 21F 12F- inverso do quadrado da distância que as separa, e ao produto entre as cargas. Supondo que a proporcionalidade da força com o produto das cargas não pudesse ser estabelecida pela experiência, não seria contestável que o numerador dessa Lei trouxesse o produto das cargas, em analogia ao produto das massas, na Lei da Gravitação Universal de Newton, estabelecida em 1687, nos Principia, portanto 98 anos antes. É importante lembrar que ambas são leis de inverso do quadrado da distância. O Princípio da Superposição O Princípio da Superposição assegura que a força elétrica resultante sobre uma carga teste qt, devida a uma coleção de cargas q1, q2, q3, ....qn, pode ser calculada para cada carga individualmente e depois somá-las vetorialmente para obter a resultante. Isto significa que a força que uma carga exerce sobre uma carga teste, não é afetada pela presença de outras cargas. Uma carga não interfere com outra, quanto à força que elas exercem sobre uma ou mais cargas. Este Princípio também é válido para as forças de atração gravitacional, que envolvem massas. Como conseqüência, se n cargas estiverem exercendo uma força sobre uma carga teste qt, basta efetuarmos o cálculo da força eletrostática sobre qt para cada uma e no final encontrar o vetor resultante. Em sala de aula veremos dois exemplos interessantes aplicando a Lei de Coulomb: um deles mostrando que a unidade de carga, o Coulomb é muito grande e por isso sempre utilizaremos seus submúltiplos e outro exemplo trata da enorme diferença de intensidade entre as forças de atração de Coulomb e a gravitacional para o próton e o elétron no átomo de hidrogênio. Prof. Dinis G. T.
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