Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
POTENCIAL ELÉTRICO/CB UP/2017 Potencial Elétrico de uma carga elétrica puntiforme O Potencial de uma carga elétrica puntiforme é expresso como: r Q krV )( [volt, V] (1) Da equação (1) podemos deduzir que: r dr rdV r ˆ )( )( [NC1] (2) Superfícies equipotenciais Definição: são superfícies que têm o mesmo potencial em qualquer ponto considerado. Entre quaisquer dois pontos P1 e P2 temos sempre que: 0122,1 VVV Energia Potencial Elétrica O trabalho realizado sobre uma carga Qo num campo elétrico ao longo de uma trajetória de comprimento d é dado por: d QQ kWd d Q kQdEQdFW ooo 2 Mas V = kQ/d, portanto o trabalho sobre a carga Qo ou a Energia Potencial Elétrica (EP) desta carga pode ser definida como: VQoP J (3) Linhas de Campo numa superfície equipotencial As linhas de campo elétrico são sempre perpendiculares às superfícies equipotenciais, ou seja, a componente perpendicular do campo elétrico é diferente de zero: E 0. Enquanto as componentes de campo elétrico tangenciais são sempre nulas: E// = 0. Se assim não fosse, haveria deslocamento de cargas entre dois pontos de uma superfície equipotencial, o que contradiz a sua propriedade de ter o mesmo potencial em quaisquer dois pontos. Para um condutor em Equilíbrio Eletrostático (E. E.) não há movimentação de cargas em todo seu volume e as linhas de campo elétrico são sempre perpendiculares à superfície do mesmo: E 0 e E// = 0. Em outras palavras, a superfície de um condutor em E. E. é uma superfície equipotencial. Na figura as linhas equipotenciais de uma carga puntiforme. + O Potencial Elétrico de esferas metálicas carregadas Campo Elétrico em pontas metálicas Consideremos os dois condutores esféricos 1 e 2 com cargas Q1 e Q2 e raios R1 e R2 onde R1 > R2. V1 V2 Cada um deles tem um Potencial na superfície dado por: 1 1 1 R Q KV 2 2 2 R Q KV Ao conectarmos os dois condutores com um fio condutor, após um curtíssimo intervalo de tempo (da ordem de 1015s) ambos atingirão um estado de Equilíbrio Eletrostático (sem movimentação de cargas). V2V1 Nesta condição temos que: oVVV ' 2 ' 1 . Igualando os novos potenciais: 2 ' 2 1 ' 1 2 ' 2 1 ' 1' 2 ' 1 R Q R Q V R Q K R Q KVV o Isolando a razão entre as cargas elétricas obtemos: 1 2 ' 1 ' 2 R R Q Q (1) Os campos elétricos na superfície de cada esfera após a conexão feita pelo fio condutor são dados por: 2 1 ' 1' 1 R Q K 2 2 ' 2' 2 R Q K Isolando as cargas e fazendo a razão entre elas: 2 1 ' 2 2 2 ' 2 ' 1 ' 2 R R Q Q (2) Igualando as equações (1) e (2) obtemos: 2 1 ' 1 ' 2 R R (3) Como R1 > R2 chegamos à conclusão que: '1'2 Este resultado mostra que o Campo Elétrico na esfera menor (de raio R2) é mais intenso que na esfera maior (de raio R1). Como sempre podemos imaginar uma esfera em qualquer região de um condutor não importando a forma geométrica deste, podemos concluir que as pontas, ou seja, as regiões de menor raio, possuem um campo elétrico maior em relação a outras regiões, desde que o condutor esteja carregado. Este resultado ajuda a entender a razão da forma geométrica dos pára-raios do tipo Benjamim Franklin, que é ponte agudo. Também mostra que a melhor escolha da forma de um condutor, no qual queremos acumular cargas minimizando a possibilidade de que haja descarga elétrica para o ar, é o esférico. Qualquer outra forma terá uma região de menor raio e, portanto, maior Campo Elétrico E. Do ponto de vista das densidades de carga elétrica, se substituirmos E = /o na equação (3), onde é a densidade superficial de carga elétrica, obtemos: 2 1 11 2 2 1 ' 1 ' 2 / / R R R R o o 2 1 12 R R (4) Pela eq. (4), como R1 > R2, temos que: 12 Ou seja: quanto menor o raio da esfera condutora, maior a densidade superficial de carga elétrica. Sequência de fenômenos físicos no funcionamento de um pára-raios 1) O campo elétrico é muito intenso próximo a pontas metálicas, devido à alta densidade de cargas; 2) O ar torna-se ionizado próximo a uma ponta metálica; 3) Uma vez ionizado, o ar torna-se condutor de eletricidade; 4) A região próxima a uma ponta metálica, encurta o caminho (por diminuição da resistência elétrica) da descarga elétrica em direção ao solo. Prof. Dinis Gomes Traghetta Universidade Positivo/2017
Compartilhar