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Analgésicos Opióides CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST CURSO DE ODONTOLOGIA ACADÊMICAS: ANDRESSA, BARBÁRA ,CAMILA DE CARVALHO, ELISEANE, EVILLIN, FRANCINE, ISABELLA, JULIANI, LIDIANE, MAITÊ,PRISCILA e ZULMIRA. Podem ser derivados naturais do ópio (Morfina); substâncias sintéticas (meperidina) e semi-sintéticos (heroína); Chamados também de analgésicos narcóticos ou de hipoanalgésicos; Diferem significativamente entre si com relação à farmacocinética; Clinicamente os opióides não eliminam a sensação dolorosa e sim minimizam o sofrimento que a acompanha, tornando a dor mais tolerável Analgésicos Opióides Indicações: Indicados para dores agudas moderadas e intensas (não-responsivas a analgésicos menos potentes ou não suscetíveis à eles) e dor crônica.. São eficazes no controle da dor crônica, sendo a tolerância e dependência física fatores limitados ao uso prolongado. Classificação dos analgésicos opióides com emprego terapêutico: Agonistas fortes: Morfina, Meperidina Petidina, Fentanil, Alfentanil, Sulfentanil, Metadona, Levorfanol, Hidromorfona, Oximorfona. Agonistas Leves e Moderados: Codeína e Oxicodona ( devem ser indicados a pacientes alérgicos ao Acido Acetilisalicílico). Agonista Fraco: Propoxifeno. Agonistas Parciais ( Agonistas-Anatagonistas): Nalorfina, Pentazocina, Profadol. Antagonistas: Naloxona, Levalorfano, Naltrexona. Apenas os receptores Mu, Kappa e Delta possuem importância clínica: Os receptores opióides são polipeptídios transmembranas e acoplados a Proteína G, localizados no SNC e órgão periféricos. Eles possuem uma diversificada afinidade pelos receptores, o que justifica as diferenças de efeito observadas entre eles. Em sua maioria são bem absorvidos quando administrados por via subcutânea, intramuscular e oral; Localizam-se em concentrações mais altas em tecidos ricamente perfundidos, como o cerébro, pulmões, fígado, rins e baço; São facilmente excretados pelos rins na urina. Entretanto esse metabólito tem dificuldade de atravessar a barreira hematoencefálica. Absorção, distribuição e excreção Analgesia; Edema pulmonar agudo; Tosse; Diarréia; Calafrios; e Aplicações na anestesia. Uso clínico A ação analgésica de tais medicamentos relaciona-se com a depressão de mecanismos centrais envolvidos na nocicepção (redução de impulsos periféricos). Também podem exercer ações inibitórias nos neurônios através de hiperpolarização Mecanismo de ação Baseia-se nas características farmacológicas, experiência pessoal de quem aplica e situação clínica. Agonistas opióides fortes são os mais potentes analgésicos disponíveis, especialmente importantes no manejo de dores intensas, agudas (trauma severo e pós-operatório) e crônicas (câncer). A morfina é a droga de escolha para dor aguda intensa (pós-operatório de procedimentos cirúrgicos de maior porte) e para dor crônica intensa, não-responsiva a outros analgésicos, pela via intravenosa. Seleção e Prescrição O fentanil pode ser administrado em doses baixas (1-2mcg/kg) para o tratamento de dor associada à cirurgia de pequeno porte, possui rápido início de ação, curta duração (30minutos) e discreto efeito sedativo; Dores agudas moderadas ou menos intensas (dentais, esquelética ou por lesão de tecidos moles) são resolvidas com uso oral de opióides menos potente, a codeína e o propoxifeno ou de associações desses com analgésicos não-opióides – AINES. As associações entre analgésicos opióides, como a codeína e o propoxifeno, com ácido acetilsalicílico ou paracetamol são racionais. Estas associações estão indicadas em dores moderadas ou não-responsivas a agentes não-opióides. Não há vantagem no uso da associação quando a dor é leve. E antes que haja substituição de um opióide fraco por um mais potente, as doses máximas diárias do primeiro devem ser alcançadas. O controle inicial da dor requer da dor requer maiores doses do que as necessárias à manutenção. AGENTE DOSESUSUAIS (mg) VIA INTERVALO(h) INÍCIO DO EFEITO (min) DURAÇÃO DO EFEITO (h)* Morfina 2,5-5 10-15 30-60 IV IM, SC VO 4 4 4 10-15 3,5 4 Meperidina 30 50-75 IV IM, SC 1 3 10 10 1 3-5 Fentanil 0,05-0,1 0,1 IV IM 1 1-2 1 1-2 Codeína 30-120 10-20** VO VO 4-6 30-60 3-4 Propoxifeno 65-130 75 VO IM 4-6 30-60 4-6 Naloxona 0,4-1,2 IV, IM 2-5 5-10 0,5-1 Tabela: Farmacocinética Clínica e dosagens dos analgésicos opióides de uso corrente. Fonte: FERREIRA & WANNMACHER Reações Adversas e Contraindicações Sedação, constipação intestinal, náuseas e vômitos, boca seca, depressão respiratória, prurido, pele quente e eritematosa, hipotensão arterial e retenção urinária. Tolerância, síndrome de abstinência dependência física com o uso crônico como analgésico A dependência física não é um problema com o uso de codeína porque o tratamento em Odontologia é feito com baixa dosagem e por curtos períodos, e mesmo em tratamento com duração de seis semanas, a dependência não se desenvolve com baixas doses. É contraindicado o uso em pacientes com traumatismo cranioencefálico, uso durante a gravidez, uso em pacientes com comprometimento da função pulmonar, hepática ou renal e o uso em pacientes com doença endócrina. Morfina Agonista puro ou integral; Efeitos: Analgesia; alívio da ansiedade; sedação; redução do trânsito intestinal Aplicações clínicas: dor intensa; adjuvante na anestesia; edema pulmonar(morfina). É eliminada com mais dificuldade, tendo ação analgésica mais prolongada Morfina oral em doses de 30 mg ou menos a cada 4 horas fazem um bom controle da dor. Têm-se preconizado comprimidos de 60 mg para liberação prolongada, administrados a cada 8 ou 12 horas. Devido o metabolismo de primeira passagem, precisa de ajustes de doses de 4-6 vezes maiores quando utilizada oralmente. Substâncias sintéticas; Também apresenta propriedades contra calafrios; Possui meia-vida mais curta, apresenta menos efeitos cardiovascular e gastrintestinal, porém não apresenta vantagem sobre a morfina; Agonista forte com efeitos anticolinérgicos; Com altas doses ou na presença de insuficiência renal, acumula-se um metabólito, causando excitabilidade do sistema nervoso central, manifesta por tremor, abalos musculares e até convulsões. Meperidina Fentanil Penetra com mais facilidade(156 vezes) no SNC do que a morfina, entretanto as outras propriedades são similares as da morfina. O fentanil está disponível como adesivos transdérmicos para uso na dor crônica e como pirulito para uso pediátrico como pré- medicação Codeína Efetiva por via oral, em virtude do seu reduzido metabolismo de primeira passagem; Ligeiramente menos eficaz do que a morfina e seus efeitos colaterais limitam a dose máxima tolerada; Utilizados como antitussígenos; Mostra um efeito “teto” com 60 a 90 mg a cada 4 horas; Indicada em dores agudas ela tem melhor efeito que os analgésico comuns porque diminui a reatividade emocional a dor. Em tratamento crônico pode causar dependência. 20 Propoxifeno Atividade analgésica bastante baixa; Em virtude de sua baixa eficácia, é inapropriado para alívio da dor intensa, mesmo em associação com ácido acetilsalicílico; Menos eficaz que ambos os analgésicos não-opióides; Naloxona É um antagonista puro A naloxona é habitualmente administrada por injeção e apresenta curta duração de ação (1 a 2 horas quando administrada por esta via). A principal aplicação da naloxona consiste no tratamento da superdosagem aguda de opióides O antagonismo opióide pode precipitar sintomas de abstinência no paciente dependente de opióides Não tem atividade própria agonista (estimulante) opióide. Relevância clínica Durante a inflamação, ocorre uma alta densidade de receptores opióides nos terminais nervosos periféricos, que contribuem para a eficácia antinociceptiva dos opióides nos tecidos inflamados. A descoberta de receptores opioides em neurônios sensoriais gerou a pesquisa de peptídeos ligantes endógenos (granulócitos, macrófagos e linfócitos), nos tecidos com processos inflamatórios. Peptídeos opioides endógenos são continuadamente liberados e têm uma ação de combate à dor.O aumento da produção, migração e liberação de opioides endógenos a partir das células imunes pode ser uma nova opção para o desenvolvimento de agentes que atuem perifericamente e sejam destituídos dos efeitos centrais indesejáveis dos opioides exógenos. Obrigada pela atenção!
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