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TCC EPILEPSIAS NA INFÂNCIA

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GRUPO SER EDUCACIONAL
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSIQUIATRIA
aluno
EPILEPSIAS NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
cidade
2017
aluno
EPILEPSIAS NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de conclusão de curso apresentado pelo aluno Silvio Eraldo Gomes à Faculdade __________ – como requisito para obtenção do título de pós graduação em Psiquiatria.
cidade
 2017
RESUMO
As crises epilépticas febris são uma entidade benigna da infância e a maioria das crianças que a apresenta terá apenas um episódio na vida. Apesar disso, as crises geram grande apreensão nos familiares e há grande discussão na literatura sobre quando estes pacientes devem ser tratados e qual a melhor opção terapêutica. Esta revisão de literatura faz uma síntese sobre as recomendações atuais para diagnóstico, fatores desencadeantes da epilepsia e tratamento dos pacientes que apresentem crises febris. Atualmente novas drogas antiepilépticas estão em desenvolvimento, de modo que a terapêutica das epilepsias apresentou substancial progresso na última década. Embora, o perfil farmacocinético mais adequado destas não tenha mostrado maior eficácia no controle das crises do que as drogas tradicionais. Objetivo: fornecer informações acerca do tratamento das epilepsias da infância, fatores de recorrência e o papel das novas drogas antiepilépticas. Metodologia: realizamos um levantamento bibliográfico em periódicos da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo (Biblioteca eletrônica científica on-line), que tivessem publicações num período de 2007 a 2017, selecionamos artigos originais de revistas científicas com disponibilidade de texto completo, ao quais relataram resultados do tratamento da epilepsia na infância com drogas antiepilépticas. Considerações Finais: as novas drogas antiepilépticas podem ser indicadas no tratamento de algumas síndromes epilépticas específicas. Efeitos colaterais sérios são descritos com algumas delas. Conclusões: as drogas tradicionais devem ser consideradas como as de primeira escolha no tratamento das epilepsias em geral.
Palavras-chave: Epilepsia. Criança. Tratamento. Diagnóstico.
ABSTRACT
Febrile seizures are a benign entity in childhood, and most children who present them will have only one episode in their life. Despite this, the seizures generate great apprehension in the relatives and there is great discussion in the literature on when these patients should be treated and what is the best therapeutic option. This literature review summarizes current recommendations for diagnosis, triggering factors of epilepsy, and treatment of patients with febrile seizures. Currently new antiepileptic drugs are under development, so the therapy of epilepsy has made substantial progress in the last decade. Although the most appropriate pharmacokinetic profile of these drugs has not been shown to be more effective in controlling seizures than traditional drugs. Objective: to provide information about the treatment of childhood epilepsies, recurrence factors and the role of new antiepileptic drugs. Methodology: we carried out a bibliographical survey in BVS (Virtual health library) and Scielo (Scientific Eletronic Library Online) journals that had publications from 2007 to 2017; we selected original articles from scientific journals with full text availability, which reported results of the treatment of epilepsy in childhood with antiepileptic drugs. Final considerations: new antiepileptic drugs may be indicated in the treatment of some specific epilepsy syndromes. Serious side effects are described with some of them. Conclusions: traditional drugs should be considered as the first choice in the treatment of epilepsy in general.
Keywords: Epilepsy. Child. Treatment. Diagnosis.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS	7
2.1 OBJETIVO GERAL	7
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	7
3 REFERENCIAL TEÓRICO	7
3.1pacientes com epilepsia	7
3.1.1 Diagnóstico da doença	7
3.1.2 Etiologia das crises convulsivas	8
3.2.3 Tratamento	8
3.2 A criança/adolescente com epilepsia	9
4. METODOLOGIA	11
5. RESULTADOS	11
6. DISCUSSÕES	11
7. CRONOGRAMA	13
8. BIBLIOGRÁFIA	14
1 INTRODUÇÃO
A chamada epilepsia vem a ser uma síndrome que possui uma sintomatologia neurológica assinalada através da crise epiléptica (CE), apresentando ainda a capacidade de ser intermitente e autolimitada, que acontece sem a compleição de toxicologia metabólica e conjuntura febril. 
Estas crises decorrem de irregularidades existentes na agilidade elétrica e também paroxística, em uma ou diversos lugares do córtex cerebral, tendo ainda a capacidade de ser ocasionadas por múltiplas enfermidades/modificações neuroquímicas ou ainda estruturais. Deste modo, apresentamos querela em meio à crise epiléptica e epilepsia. 
A inicial como já mencionado, transcorre de modificações fisiológicas ocasionadas por patologias consistindo as mesmas em crônicas ou não, no caso da epilepsia a mesma é derivada de irregularidades epileptogênicas de natureza constante no cérebro, permitindo crises naturais e recursivas, por apenas um espaço pequeno de tempo e/ou por uns anos, e diferentes acontecimentos em meio a vida da pessoa que o apresenta, ou em outras palavras, do paciente (JESUS, NOGUEIRA, 2008;). 
As denominadas crises epilépticas, tomando como base o International League Against Epilepsy, podem ser qualificadas abraçando dois discernimentos particulares, constituindo uma localização do focalizo epileptogênico e o distinto decursivo da sua etiologia. 
O preceito de foco epileptogênico, determina que a exibição de atividade epileptiforme aconteça através de uma região cortical, a qual se gera anormalidades focais; ou perceber ao mesmo tempo ambos os hemisférios, que origina as crises difusas. Já o diferente critério determina que as CE apresentem a capacidade de concernir a três distintos conjuntos, os quais são: idiopáticas, nos casos em que possuem ligação a hereditariedade; sintomáticas, nos episódios que evidenciem a manifestação de modificações resultante de patologias, e o terceiro conjunto que diz respeito as de procedências criptogênicas, mas que não apresentam nenhuma etiologia versada (JESUS; NOGUEIRA, 2008). 
Este distúrbio é estimado como sendo grave levando em consideração a elevada morbi-mortalidade, e nas deficiências ocorrentes no que dizem respeito ao tratamento, os indicantes demonstram-se de mesmo modo como sendo máximos se conferido aos pacientes demonstraram terem algum acompanhamento de profissionais. Exames realizados exibiram que os pacientes que realizam o emprego dos fármacos acerca do tratamento da epilepsia dizem respeito ao equivalente a aproximadamente de 10 a 40% do total de pessoas que apresentam essa enfermidade (FERREIRA, 2005). 
A epilepsia permanece como sendo um amplo desafio acerca do sistema primário de saúde, no qual diversos médicos, até mesmo uma ampla parte de neurologistas, muitas vezes apresentam dificuldades ao que diz respeito ao atendimento do paciente, bem como as medicações e elementos necessários a um bom atendimento, e acompanhamento que se indispensável ao paciente. Nesse sentindo, este trabalho busca responder a seguinte questão: qual a realidade do sistema de saúde atual em nosso país ao que diz respeito ao atendimento e acompanhamento primordial a crianças e adolescentes que são epiléticos? Existem os meios necessários para um bom atendimento dos pais e dos menores?
Compreendendo a significância dessa problemática, esta pesquisa se justifica ao ressaltar a que atualmente, esse tipo de síndrome tem se demonstrado presente em toda população, dentre eles, as crianças e adolescentes que se encontram nesse quadro muitas vezes não sabem do que se tratam, nem tampouco seus pais não sabem como lidar e cuidar dos episódios epiléticos, se fazendo assim indispensável à capacitação dos profissionais responsáveis, bem como todoo ambiente para um excelente atendimento ao paciente, e o saneamento não somente dos menores, mas também dos responsáveis que os acompanham.
A elaboração da presente pesquisa justifica-se em razão de ampliar o conhecimento da comunidade acadêmica e estudos futuros sobre as crises epiléticas durante a infância e adolescência, dando ênfase ao tratamento e a origem das recorrências nesse público. 
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL 
Descrever os quadros que compõem a epilepsia, como narrar as formas de orientação e intervenção com pacientes que a possuem. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
a) Contribuir para uma melhor compreensão dos interessados sobre o quadro epiléptico durante a infância e adolescência;
b) Descrever a incidência e complicações da recorrência da epilepsia 
3 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 conceito de epilepsia
Segundo Fischer (2005), A epilepsia foi definida conceitualmente como uma disfunção do cérebro caracterizada por uma predisposição permanente para gerar crises epilépticas’’. Uma crise epiléptica é uma breve ocorrência de sinais e/ou sintomas devido à atividade neuronal anormal excessiva ou sincrônicano cérebro.
A epilepsia é um distúrbio caracterizado por episódios de crises convulsivas relacionadas a descargas de alta frequência não fisiológicas. (PEDLEY; BAZIL; MORRELL, 2006).
Portanto, a crise epiléptica (CE) é uma manifestação de um distúrbio cerebral subjacente, e que pode ser melhor avaliada levando em consideração outros fatores como idade, dados do exame físico, resultados de estudos de imagem e eletrencefalogramas. 
Estas informações devem ser reunidas para possibilitar o diagnóstico sindrômico, que é fundamental para a programação terapêutica e determinação do prognóstico. O conhecimento da síndrome epiléptica permite ao clínico formular uma hipótese racional sobre a necessidade do tratamento com medicação antiepiléptica e, se assim for, qual medicação deve ser escolhida. 
2.1.1 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA 
O diagnóstico é especialmente clínico e se encontra fundamentado na exposição da crise fornida pelo paciente ou por diferente individuo que se encontre presente no acontecimento, principalmente quando existe avaria ou perca de consciência. 
O eletrencefalograma (EEG) se trata do procedimento de diagnóstico basilar no que diz respeito às crises convulsivas e também das epilepsias. Uma vez que tal metodologia dispõe da capacidade de evidenciar sem modificações no momento das intercrises, o que não aparta o diagnóstico de epilepsia (FERREIRA, 2005).
Tomando como base os estudos de Lopez e Junior (2008), os mesmos defendem que se faz necessário atentar-se ao fato de que determinadas revelações clínicas periódicas, como perca ou ausência de fôlego, tiques, sincopes e determinados distúrbios conectos sono trazem a aptidão de serem embaraçados ou em outras palavras, confundidos com crises epiléticas.
De acordo com Wong (1997), uma verificação tanto física como neurológica completa, abrangendo a julgamento do alargamento da linguagem, do aprendizado, do desempenho e das habilidades motoras, repetidamente munem indicativos de distúrbios neurológicos. 
Com base em Ferreira (2005), diferente fator que ampara no diagnóstico se trata do emprego da ressonância magnética (RM), a qual permite enxergar e identificar ínfimas áreas danificadas, dificílimas de serem detectadas na tomografia, outrora o singular elemento de analise do cérebro por imagem (TC). 
Apesar disso a fundamental função da RM se dá através do diagnóstico da etiologia das epilepsias intratáveis farmacologicamente, a exemplo do que ocorre nos chamados distúrbios de migração neural, consistindo em um procedimento imprescindível no programa da cirurgia da epilepsia. 
2.1.2 ETIOLOGIA DAS CRISES CONVULSIVAS 
Com base em Behrmn, Kliegman e Jenson (2005), estes afirmam que crises ocorrem de maneira mais habitual nos lactentes. Na população pediátrica, determinadas crises são explicitas da faixa etária, tal reserva nasce, uma vez que análises insinuam que o cérebro em alargamento se demonstre como se tratando mais suscetível a determinadas espécies de crises, em comparação a um cérebro de uma pessoa mais formada, ou seja, de um adulto, o qual demonstra um desenvolvimento bem mais elevado, como acontece com a chamada crise convulsiva por hipertermia (MARCONDES, 2003).
Ainda as crises epiléticas tenham a capacidade de surgir em qualquer que seja a idade da pessoa, elas compõem uma conjuntura patológica do jovem; nota-se que aproximadamente até atingiros20 anos, 90% das pessoas serão epiléticas já principiaram as suas crises; tomando como base as crianças, cerca de 60% apresentaram uma inicial crise até a faixa de três anos de idade, contudo, observa-se ainda que a maior parte delas tivesse sua primária crise no primeiro ano de vida (FERREIRA, 2005). 
Confirmando o pensamento de Ferreira, os pensadores Lopez e Junior (2008), asseguram por meio de seus estudos que o principio das crises ocorre de forma precoce, apontando uma incidência de ocorrência dos primeiros episódios de crise por volta de bebês entre 09 (noves) e 18 (dezoito) meses de vida. 
2.1.3 TRATAMENTO 
Ainda de acordo com Lopez e Junior (2008), o tratamento precisa ser começado continuamente quando existir fidúcia do diagnostico, por meio da utilização de droga exclusiva e diligente, que seja extremamente tolerada pelo menor e se trata de uma despesa acessível aos seus familiares. Eleger em todas as ocasiões que a farmacologia da droga admitir o ínfimo de doses habituais para promover a aderência ao tratamento. 
Quando alcançado o sucesso no controle das crises, a interrupção do tratamento necessita ser perpetrada sendo de maneira vagarosa e evolutiva, após um tempo que pode variar entre um prazo de 02 (dois) a 05 (cinco) anos. 
As diversidades desses períodos apresentam como autoridade a história habitual da síndrome epilética, quantidade de crises antecedentes ao princípio do tratamento, tenacidades de modificações expressivas no EEG, além evidentemente da compleição de detrimento cerebral e estrutural, bem como o retardo mental (FERREIRA, 2005).
Ainda segundo as doutrinas do autor supracitado, o desígnio capital do tratamento da conjuntura de mal epilético (EME) se trata de impedir o detrimento cerebral peremptório. Por tal razão, se faz extremamente significativo monitorizar a agilidade convulsiva no estágio I. 
O manejo das drogas antiepileticas (DAE), a sustentação apropriada das qualidades metabólicas bem como as cardiorrespiratórias, e a inquirição judiciosa das admissíveis razões do EME, se tratam das medidas a serem adotadas. Nos casos em que o quadro progrediu para o estágio II, o paciente necessita ser aprazado para a UTI e passar a ser monitorado. Drogas anestésicas são imprescindíveis no tratamento.
2.2 A criança/adolescente com epilepsia 
A atitude positiva do menor em analogia a sua patologia se faz mais manifesta naquelas que têm um sufrágio familiar. A autoconfiança deste modo assim como também a autoestima do menor é constituída por meio do discernimento da mesma em analogia às reações ou comprometimento de diferentes indivíduos, afora afetar ao mesmo tempo seus sentimentos. A recusa dos pais com filhos epilépticos promove com que o menor se demonstre mais agressivo e compareça dificuldades comportamentais. 
Os problemas escolares coligados à conexão das dificuldades comportamentais progridem de tal maneira, que em diversos momentos, tornam-se mais atinados até mesmos que as próprias convulsões (WONG,1997).
Estes menores que apresentam o diagnóstico de epilepsia necessitam ser motivados a possuírem apreciação própria, além de que quando houverem uma faixa etária a qual se tenha a capacidade de se incumbir determinadas responsabilidades aos mesmos; se necessita conduzi-los desde o diagnóstico acerca de sua patologia e a significância do tratamento com o desígnio de que ampare ou ainda se culpe pelo emprego de sua medicação (WONG, 1997). 
2.3 FATORES DESENCADEANTESHirtz et al.(1984) identificaram como fatores desencadeantes mais comuns de crises convulsivas afebris trauma com (34%) e encefalopatia tóxica com (20%), num estudo multicêntrico prospectivo de 7 anos de acompanhamento de 518 crianças com uma ou mais crises afebris.
El Radhi, Banajeh (1989) constataram que temperaturas de 40ºc oferecem 9 vezes menor risco de recorrência de crises convulsivas do que temperaturas de 38º a 38,9ºc.
Komori et al. (1995) relataram crises convulsivas de caráter benigno durante um episódio de gastrenterite aguda, sem recorrências de crises num seguimento de 2 anos.
2.4 RECORRÊNCIA
	De acordo com a observação de Berg,Shinnar (1991), 80% das crises se manisfetaram nos 2 anos subsequentes ao primeiro episódio, achado que embasou o tempo de acompanhamento dos pacientes da presente série.
	Pavone (1989) estudando crianças com convulsões tardias em vigência de febre, encontraram um índice de recorrência de 42,3%, incluindo as crise afebris. 
	Smith (1994) observou, em média de 30% de recorrências de crises febris, mostrando índices maiores quanto menor fosse a idade da criançana primeira crise.
	Knudsen (1985) avaliou os fatores de riscos para recorrência de crises convulsivas febris e demonstrou que o uso de diazepam intermitente reduziu a possibilidade de repetição de crises nas crianças de alto risco (com três ou mais fatores).
3. METODOLOGIA 
Segundo Lakatos e Marconi (1992 p. 132) metodologia é: “o conjunto de procedimentos aceitos e validados por determinada comunidade científica que irá assegurar a qualidade e a fidedignidade do conhecimento gerado”. A pesquisa científica na visão de Severino (2004) tem a intenção de reconhecer e construir suposições que possam ser úteis a estudos posteriores. Esse trabalho se caracteriza por ser uma pesquisa exploratória, cujo intuito é recolher informações e conhecimentos acerca do problema, e bibliográfica, pois são utilizadas diversas fontes que abordam esta temática.
O presente estudo teve por base a pesquisa de revisão bibliográfica, com a análise de estudos a partir da base de dados de revistas científicas e portais de pesquisa. A pesquisa foi realizada por meio do banco de dados da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo (Biblioteca Eletrônica Científica On-line) utilizando como descritor ‘epilepsia’ e “tratamento”. A busca dos arquivos foi realizada utilizando os seguintes descritores Epilepsia; criança; tratamento; diagnóstico.
Uma vez selecionados os descritores, iniciamos a fase de coleta de artigos cruzando os descritores nas bibliotecas virtuais, realizamos a busca que ocorreu em março de 2017. Para avaliar os artigos utilizamos nossos critérios de inclusão: ser artigo científico, publicado nos últimos dez anos, ou seja, de 2007 a 2017, idiomas português e inglês, disponibilidade do texto completo. Nossos critérios de exclusão foram: artigos com texto completo indisponível, não estar associado à temática da pesquisa, seleção duplicada. 
As análises dos dados foram feitas a partir de BARDIN (2009). Para a autora, a análise de discurso é caracterizada por um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens.
Desse modo, a pesquisa possibilitou analisar a correlação entre os dados estudados, demonstrando dessa maneira, uma comparação e explanação quanto ao progresso e desenvolvimento do transtorno de ansiedade, de maneira a deixar claro o grau de ocorrência da ansiedade em meio aos adolescentes atualmente.
Ao falar sobre pesquisa exploratória, Oliveira (2002) destaca alguns pontos principais, tais como: permitir que sejam disponibilizadas mais informações sobre o tema escolhido; encontrar um novo enfoque sobre o tema; facilitar a demarcação do tema da pesquisa; ou conduzir a fixação dos objetivos e a criação das hipóteses, assim, este estudo se trata de uma pesquisa exploratória, que não apresenta o desejo de exaurir o tema, contudo, objetiva-se facilitar a explanação acerca das possibilidades e características a qual este tema se conduz.
No que diz respeito quanto aos procedimentos adotados, trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Oliveira (2002 p. 78) descrevem pesquisa bibliográfica como:
[…] procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. 
Quanto ao tipo de abordagem, ela pode ser: qualitativa ou quantitativa. A visão de Otoni, Fialho e Souza (2007, p. 97) trata esse tipo de abordagem como: “A abordagem qualitativa difere-se da quantitativa por não empregar o instrumento estatístico no processo de análise dos dados coletados na investigação do problema de pesquisa”. Neste sentido, a pesquisa feita é apontada como qualitativa, visto que esta abordagem permite que seja feita uma análise de forma mais criteriosa, sendo este tipo que analisa mais que números, levando em consideração a finalidade de averiguar a situação presente e social que envolve o transtorno de ansiedade.
	O objeto de estudo constitui-se na problemática social que se trata ocorrência de epilepsias na infância, e os tratamentos disponíveis no sistema de saúde de nosso país tanto para as crianças quanto para os adolescentes. 
4 RESULTADOS 
A partir do descritor e após leitura e análise dos artigos selecionamos 10 trabalhos que foram utilizados para a realização desse trabalho, pois abordavam a epilepsia na criança e adolescência, ou mesmo traziam importantes informações acerca dessa síndrome. 
Os artigos foram classificados por em partes separadas por tema, a primeira aborda a origem da epilepsia, diagnóstico, etiologia das crises convulsivas, tratamento, incidência; a segunda trata sobre as particularidades relacionadas às crianças e adolescentes, e a terceira por sua vez fala sobre o uso de novas drogas para o tratamento das crises convulsivas.
5 DISCUSSÃO
Para Rizzutti e Muszkat et al. (2000), destacam que as crises epilépticas representam um dos mais frequentes problemas neurológicos na infância. Entre 0,5% e 1% de crianças e adolescentes apresentam uma crise epiléptica associada com um distúrbio metabólico agudo ou um insulto neurológico, muitos dos quais ocorrem no período neonatal. Elevada incidência de epilepsia ocorre no primeiro ano de vida.
Maia e Costa et al. (2006), afirmam que as taxas de transtornos mentais nos pacientes estudados são maiores do que em crianças normais ou mesmo com outras doenças crônicas. Uma vez que a epilepsia é uma síndrome heterogênea, múltiplos fatores podem determinar o desenvolvimento de psicopatologia.
Yacubian (2000), ressalta que a epilepsia constitui um dos distúrbios neurológicos mais comuns na infância, com incidência geral de aproximadamente 1% para epilepsia idiopática. O estabelecimento do diagnóstico nesta faixa etária é algumas vezes complicado devido às múltiplas formas de apresentação clínica das crises epilépticas, dependentes da faixa etária e manifestações diferentes das verificadas em adultos. 
Vicenzi (2007), relata as diferenças entre os episódios de epilepsia, quanto aos tipos de crise ela são subdivididas em crises parciais, generalizada e indeterminadas. Em relação à etiologia as epilepsias classificam-se como ideopáticas, sintomáticas ou criptogênicas. As crises parciais por sua vez, subdividem-se em crises parciais simples (CPS) e crises parciais complexas (CPC). Nas crises parciais simples a responsividade do paciente é preservada, ou seja, ele mantém-se com a consciência preservada durante a alteração da atividade elétrica do cérebro (crises epiléticas). Nas crises parciais complexas a responsividade não é preservada. 
Em relação ao diagnóstico Ferreira (2005), afirma que é principalmente clínico e está baseado na descriçãoda crise fornecida pelo paciente ou por outra pessoa que esteja presente naquele momento, especialmente quando há perda de consciência. O eletrencefalograma (EEG) é o principal método diagnóstico das crises convulsivas e das epilepsias. Ele pode se apresentar sem alterações no período intercrises, o que não afasta o diagnóstico de epilepsia. 
Ainda de acordo com Ferreira (2005), outro fator que auxilia no diagnóstico é o uso da ressonância magnética (RM), a qual possibilita a visualização de pequenas áreas lesadas, impossíveis de serem detectadas na tomografia, antigamente o único meio de analise do cérebro por imagem (TC). No entanto o principal papel RM é no diagnóstico da etiologia das epilepsias intratáveis farmacologicamente, como os distúrbios de migração neural, sendo um método indispensável na programação da cirurgia da epilepsia.
11
6. CRONOGRAMA 	
	MES/ETAPAS
	Ano 2016
	Ano 2016
	
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Jun
	Jul
	Agos
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Escolha do tema
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do anteprojeto
	
	
	
	 X
	X
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do projeto
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	Análise dos dados
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Organização do roteiro/partes
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Redação do trabalho
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Revisão e redação final
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Entrega da monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Defesa da monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As crises epilépticas febris são um problema neurológico comum na infância, mas de baixa morbidade e recorrência pouco habitual. Mesmo que já se saiba muito a respeito da história natural da doença e prognóstico, ainda há muita discussão sobre a indicação de tratamento profilático e a melhor forma de fazê-lo. 
Foi possível observar que na maioria dos casos, as crises febris são benignas, com baixos riscos de progressão para epilepsia e não há evidências satisfatórias de que prevenir crises epilépticas recorrentes modificaria qualquer risco. No entanto, essas crises levam a um grande sofrimento para o paciente, sua família e cuidadores. 
Atualmente não há suporte na literatura sobre a profilaxia secundária em evento de crises febris simples, sendo apenas constatado em evento de crises febris complicadas, especialmente quando há crises prolongadas ou focais, a profilaxia secundária intermitente pode ser considerada. 
Portanto, estas orientações da literatura ainda precisam de maiores análises para que seja apresentadas aos familiares. A opção ou não pelo tratamento profilático e qual a melhor forma de fazê-lo envolverá não apenas o conhecimento desses dados, mas também aspectos individuais, familiares e a estrutura social em que a criança está inserida.
8. REFERÊNCIAS
BERG AT, Shinnar S, Hauser WA, Alemany M, Shapiro ED, Salomon ME, et al. A prospective study of recurrent febrile seizures. N Engl J Med 1991. 
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente.3 ed. Brasília, 2001.
BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Atenção ao Portador de 
Doença Neurológica. Portaria GM/MS nº 1.161, de 7 de julho de 2005
FERREIRA, J. P. Org. Pediatria: diagnóstico e tratamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
FISHER R S, VAN, Emde Boas W, et al. Epileptic seizures and epilepsy: definitions proposed bythe International League Against Epilepsy (ILAE) and the Inter-national Bureau for Epilepsy (IBE). Epilepsia. 2005.
Hirtz DG, Camfield CS, Camfield PR. Febrile convulsions. In: Engel Jr. J & Pedley TA, editors. Epilepsy: a comprehensive textbook. Philadelphia: Lippincott-Raven; 1997. p.2483-8. 
JESUS, M.B.P.; NOGUEIRA, V.O. Assistência de enfermagem aos pacientes 
sob investigação de epilepsia submetidos ao vídeo-eeg prolongado. Journal 
Epilepsy Clin. Neurophysiol, v.14, 2008. 
LOPEZ, F. A.; JUNIOR, D.C. Org. Tratado de pediatria: sociedade brasileira de pediatria. Barueri: Manole, 2008.
KNUDSEN FU. Recurrent risk after first febrile seizure and effect of short-term diazepam prophylaxis. Arch Dis Child 1985.
MARCONDES, E. Pediatria básica. 9 ed. São Paulo: Sarvier, 2003.
Pavone P, Incorpora G, Fiumara A, Parano E, Trifiletti RR, Ruggieri M. Study on neurological disorders and epileptic seizures. Neuropediatrics 1989. 
PEDLEY, Timothy A.; BAZIL, Carl W.; MORRELL, Martha J. Epilepsia. In: M.D., Lewis P. Rowland. Tratado de Neurologia. 10. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Cap. 140, p.705-722.
WONG, D.L. Enfermagem pediátrica: elementos essenciais a intervenção efetiva. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997

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