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Antivirais em Antivirais em OdontologiaOdontologia Prof. Esp. Igor Fonseca dos Santos INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Até o aparecimento do aciclovir, 1º Até o aparecimento do aciclovir, 1º antiviral que surgiu, praticamente não antiviral que surgiu, praticamente não havia como se tratar as viroses. havia como se tratar as viroses. Isto principalmente devido aos vírus que Isto principalmente devido aos vírus que incorporam ao metabolismo da célula de incorporam ao metabolismo da célula de uma maneira que não se consegue uma maneira que não se consegue utilizar drogas que tenham ação seletiva utilizar drogas que tenham ação seletiva sobre esses vírus.sobre esses vírus. Os antivirais para terem ação tem que Os antivirais para terem ação tem que entrar na célula. entrar na célula. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Não existe especificidade com Não existe especificidade com relação aos antivirais, já que eles relação aos antivirais, já que eles agem no mecanismo de replicação agem no mecanismo de replicação viral, afetando todo o funcionamento viral, afetando todo o funcionamento normal da célula hospedeira. normal da célula hospedeira. Podemos perceber que o fato do Podemos perceber que o fato do vírus ficar dentro da célula vírus ficar dentro da célula representa um problema para o representa um problema para o emprego e o desenvolvimento de emprego e o desenvolvimento de novas drogas antivirais.novas drogas antivirais. INTRODUÇÃO - AIDSINTRODUÇÃO - AIDS A AIDS é uma doença viral, e além A AIDS é uma doença viral, e além disso ainda abre espaço para o disso ainda abre espaço para o aparecimento de viroses aparecimento de viroses oportunistas que também tem que oportunistas que também tem que ser tratadas. ser tratadas. O aparecimento da AIDS foi muito O aparecimento da AIDS foi muito importante para o importante para o desenvolvimento de novos desenvolvimento de novos antivirais. antivirais. FISIOLOGIA DO VÍRUSFISIOLOGIA DO VÍRUS O vírus é formado por um ácido nucléico - DNA O vírus é formado por um ácido nucléico - DNA ou RNA – envolto por um capsídeo protéico e, ou RNA – envolto por um capsídeo protéico e, em alguns casos, por um envelope lipo em alguns casos, por um envelope lipo protéico. protéico. O ácido nucléico é envolvido por um capsídeo O ácido nucléico é envolvido por um capsídeo de ptn e ao redor um envoltório lipoprotéico de ptn e ao redor um envoltório lipoprotéico que participa do mecanismo de interação do que participa do mecanismo de interação do vírus com o hospedeiro. vírus com o hospedeiro. Alguns vírus também possuem enzimas que Alguns vírus também possuem enzimas que iniciam a replicação viral. iniciam a replicação viral. Na maioria dos casos os vírus dependem Na maioria dos casos os vírus dependem inteiramente da maquinaria celular para inteiramente da maquinaria celular para poderem iniciar a sua própria replicação.poderem iniciar a sua própria replicação. O VírusO Vírus IMPORTÂNCIA DOS ANTIVIRAISIMPORTÂNCIA DOS ANTIVIRAIS Para podermos agir sobre o vírus é Para podermos agir sobre o vírus é necessário que este esteja se necessário que este esteja se REPLICANDOREPLICANDO, produzindo novas , produzindo novas unidades de ácido nucléico e novos unidades de ácido nucléico e novos capsídeos. capsídeos. Isso explicado devido aos antivirais Isso explicado devido aos antivirais interferirem em etapas que são interferirem em etapas que são importantes no processo de importantes no processo de replicação viral, interferem na replicação viral, interferem na produção de ácido nucléico.produção de ácido nucléico. ANTIVIRAISANTIVIRAIS VIRUCIDAS:VIRUCIDAS: Inativam diretamente os vírus Inativam diretamente os vírus intactos (solventes orgânicos – clorofórmio, éter, intactos (solventes orgânicos – clorofórmio, éter, etc..., luz ultravioleta)etc..., luz ultravioleta) Agridem tecidos do hospedeiro.Agridem tecidos do hospedeiro. ANTIVIRAIS (VIRUSTÁTICOS):ANTIVIRAIS (VIRUSTÁTICOS): Inibem a Inibem a replicação viral à nível celular (síntese de ácidos replicação viral à nível celular (síntese de ácidos nucléicos).nucléicos). Não são eficazes para eliminar vírus latentes ou Não são eficazes para eliminar vírus latentes ou que não estão em fase de replicação.que não estão em fase de replicação. IMUNOMODULADORES:IMUNOMODULADORES: Aumentam ou Aumentam ou modificam a resposta do hospedeiro à infecção. modificam a resposta do hospedeiro à infecção. (Ex.: interferon em herpes zoster de (Ex.: interferon em herpes zoster de imunodeprimidos).imunodeprimidos). ANTIVIRAISANTIVIRAIS Fármacos Infecções Virais Aciclovir Valaciclovir Herpes simples, Herpes zoster e Varicela. Foscarnet Herpes simples e zoster resistentes a aciclovir Fanciclovir Zoster em imunocompetente Zidovudina, didanosina, zalcitabina, lamivudina, SIDA Saquinavir, indinavir, ritonavir nelfinavir Inibidores de proteases do HIV. Alvos para ação AntiviraisAlvos para ação Antivirais Na síntese e na Na síntese e na estrutura do DNA estrutura do DNA viralviral Replicação ViralReplicação Viral 1)1) Ligação célula Ligação célula hospedeiro;hospedeiro; 2)2) Desencapsulamento Desencapsulamento do vírusdo vírus 3)3) Controle produção de Controle produção de DNA, RNA e/ou DNA, RNA e/ou proteínas;proteínas; 4)4) Produção de Produção de subunidades viraissubunidades virais 5)5) Montagem de vírionsMontagem de vírions 6)6) Liberação dos vírionsLiberação dos vírions Liberação dos VírionsLiberação dos Vírions Visão terapêutica das Visão terapêutica das abordagens de tratamento abordagens de tratamento das infecções virais:das infecções virais: Bloqueio da ligação dos vírus às céls;Bloqueio da ligação dos vírus às céls; Bloqueio do desencapsulamento do vírus;Bloqueio do desencapsulamento do vírus; Inibição da síntese de proteínas virais;Inibição da síntese de proteínas virais; Inibição de enzimas específicas do vírus;Inibição de enzimas específicas do vírus; Inibição da montagem dos vírus;Inibição da montagem dos vírus; Inibição da liberação dos vírus;Inibição da liberação dos vírus; Estimulação do sistema imune do hospedeiroEstimulação do sistema imune do hospedeiro FARMACOLOGIA DOS FARMACOLOGIA DOS ANTI-HERPESVIRUSANTI-HERPESVIRUS Quimicamente, os antivirais (em sua maioria) apresentam estrutura semelhante a de um nucleotídeo do DNA, material genético do HSV Como mecanismo básico de ação antiviral, substituem o nucleotídeo durante o processo de crescimento ou de replicação viral, produzindo DNA com pseudoestrutura, de modo a eliminar a capacidade infecciosa e destrutiva do HSV FARMACOLOGIA DOS FARMACOLOGIA DOS ANTI-HERPESVIRUSANTI-HERPESVIRUS As mais importantes deste grupo são o aciclovir e o valaciclovir. O valaciclovir no organismo é convertido em aciclovir. Existe uma vantagem em usar o valaciclovir pela via oral já que ele é melhor absorvido que o aciclovir. O aciclovir em geral, é usado pela via parenteral e tópica. Quando a gente deseja a via oral, normalmente se usa o valaciclovir. ACICLOVIRACICLOVIR Aciclovir (9-[2-hidroxietoximetil]guanina): Aciclovir (9-[2-hidroxietoximetil]guanina): Análogo da guanosina, apresenta potente Análogo da guanosina, apresenta potente ATIVIDADE SELETIVA SOBRE AS CÉLULAS ATIVIDADE SELETIVA SOBRE AS CÉLULAS INFECTADASINFECTADAS, pois só é ativado para sua forma , pois só é ativado para sua forma fosforilada pela fosforilada pela TIMIDINAQUINASE E DNA-TIMIDINAQUINASE E DNA- POLIMERASE VIRALPOLIMERASE VIRAL. . A forma trifosfato ativa se encontra em A forma trifosfato ativa se encontra em concentrações concentrações 40 a 100 vezes maiores40 a 100 vezesmaiores nas nas células infectadas que nas células sadias, células infectadas que nas células sadias, inibindo a replicação do DNA viral e produzindo inibindo a replicação do DNA viral e produzindo poucos efeitos colaterais.poucos efeitos colaterais. Pode ser usado por via oral, intravenosa e Pode ser usado por via oral, intravenosa e tópica.tópica. ACICLOVIRACICLOVIR Seu principal Seu principal efeito colateralefeito colateral, quando usado por , quando usado por via sistêmica, é a via sistêmica, é a alteração da função renalalteração da função renal por por cristalização e depósito do fármaco nos rins de cristalização e depósito do fármaco nos rins de pacientes com grau insuficiente de hidratação pacientes com grau insuficiente de hidratação ou com função renal comprometida.ou com função renal comprometida. Por sua potente seletividade e baixa toxicidade Por sua potente seletividade e baixa toxicidade é, atualmente, o é, atualmente, o antiviral de escolha para o antiviral de escolha para o tratamento das diferentes formas de tratamento das diferentes formas de apresentação do HSV em humanosapresentação do HSV em humanos.. Nome comercial: Zovirax pomada oftálmica 3% Nome comercial: Zovirax pomada oftálmica 3% Zovirax comprimidos de 200 e 400 mg Zovirax comprimidos de 200 e 400 mg Aviral comprimidos de 200 mgAviral comprimidos de 200 mg MECANISMO DE AÇÃOMECANISMO DE AÇÃO Eles são primeiramente Eles são primeiramente fosforilados pela fosforilados pela timidina quinase viral. timidina quinase viral. O aciclovir pode entrar em qualquer célula do O aciclovir pode entrar em qualquer célula do nosso organismo com a mesma facilidade, mas nosso organismo com a mesma facilidade, mas nas células infectadas pelo vírus que a gente nas células infectadas pelo vírus que a gente quer tratar, uma vez dentro, ele tem muita quer tratar, uma vez dentro, ele tem muita dificuldade de sair (FOSFORILAÇÃO). dificuldade de sair (FOSFORILAÇÃO). Na realidade o aciclovir pode agir inibindo a Na realidade o aciclovir pode agir inibindo a replicação/duplicação do DNA também nas replicação/duplicação do DNA também nas nossas células.nossas células. Geralmente ele Geralmente ele não faz isso com intensidade não faz isso com intensidade que chegue a produzir efeitos tóxicosque chegue a produzir efeitos tóxicos pois ele pois ele se concentra no interior das células que estão se concentra no interior das células que estão infectadas (ele se concentra centenas de vezes infectadas (ele se concentra centenas de vezes mais no interior das células infectadas).mais no interior das células infectadas). MECANISMO DE AÇÃOMECANISMO DE AÇÃO 1.1. O aciclovir age inibindo a DNA polimerase viral. O aciclovir age inibindo a DNA polimerase viral. 2.2. Interrompe o alongamento da cadeia de DNA e Interrompe o alongamento da cadeia de DNA e leva à inativação suicida da DNA polimerase. leva à inativação suicida da DNA polimerase. 3.3. O aciclovir substitui o nucleotídeo correto. O aciclovir substitui o nucleotídeo correto. – Uma vez incorporado ao DNA do vírus, não é Uma vez incorporado ao DNA do vírus, não é possível continuar sintetizando DNA, pois a possível continuar sintetizando DNA, pois a estrutura química do aciclovir impede que estrutura química do aciclovir impede que um novo nucleotídeo seja ligado. um novo nucleotídeo seja ligado. Então, o aciclovir Então, o aciclovir age inibindo a DNA age inibindo a DNA polimerase, interrompe o alongamento da polimerase, interrompe o alongamento da cadeia de DNA e leva à inativação suicida da cadeia de DNA e leva à inativação suicida da DNA polimeraseDNA polimerase.. Valaciclovir (VACV)Valaciclovir (VACV) Pró-droga do Aciclovir, atua contra HSV e Pró-droga do Aciclovir, atua contra HSV e VZV. VZV. Usada por via oral, converte-se por ação da Usada por via oral, converte-se por ação da valaciclovir-hidrolase em aciclovirvalaciclovir-hidrolase em aciclovir, que por , que por sua vez sofre a ação da timidinaquinase sua vez sofre a ação da timidinaquinase viral, transformando-se na forma trifosfato viral, transformando-se na forma trifosfato ativa com biodisponibilidade absoluta de ativa com biodisponibilidade absoluta de 54% 54% A A biodisponibilidade do Valaciclovir oral é biodisponibilidade do Valaciclovir oral é consideravelmente maiorconsideravelmente maior que aquela obtida que aquela obtida pelo Aciclovir oral, havendo portanto pelo Aciclovir oral, havendo portanto necessidade de menores dosagens diárias. necessidade de menores dosagens diárias. Nome comercial: Valtrex comprimidos de Nome comercial: Valtrex comprimidos de 500 mg500 mg FOSCARNETFOSCARNET Um outro antiviral também do grupo dos Um outro antiviral também do grupo dos anti- herpesvírus, porém menos usado, é o anti- herpesvírus, porém menos usado, é o foscarnetfoscarnet.. O foscarnet tem 2 ações: O foscarnet tem 2 ações: – age contra os vírus DNA, impedindo o age contra os vírus DNA, impedindo o alongamento do DNA dos vírus, alongamento do DNA dos vírus, – e também e também inibe a transcriptase reversa nos inibe a transcriptase reversa nos retrovírusretrovírus, também agindo então nos , também agindo então nos retrovírus.retrovírus. O foscarnet possui uma O foscarnet possui uma nefrotoxicidade nefrotoxicidade acentuadaacentuada, também associada à formação , também associada à formação de cristais.de cristais. GANCICLOVIRGANCICLOVIR O O ganciclovirganciclovir também é um antiviral do grupo também é um antiviral do grupo dos anti-herpesvírus, porém não tem atividade dos anti-herpesvírus, porém não tem atividade anti-retroviral como tem o foscarnet. anti-retroviral como tem o foscarnet. Ele é mais tóxico que o aciclovir, por isso que Ele é mais tóxico que o aciclovir, por isso que fica restrito a situações em que você realmente fica restrito a situações em que você realmente não tem escolha. não tem escolha. O problema dele é a O problema dele é a mielotoxicidademielotoxicidade, ele causa , ele causa neutropenianeutropenia e e trombocitopeniatrombocitopenia. . Devido a esta mielotoxicidade ele Devido a esta mielotoxicidade ele pode pode requerer a associação de filgrastima (G-requerer a associação de filgrastima (G- CSFCSF fator estimulante de colônia ligado aos fator estimulante de colônia ligado aos granulócitosgranulócitos)). . ANTI-RETROVIRAISANTI-RETROVIRAIS Os anti-retrovirais são divididos em Os anti-retrovirais são divididos em categorias: categorias: 1.1. nucleosídeos, nucleosídeos, 2.2. não nucleosídeos não nucleosídeos 3.3. inibidores da protease.inibidores da protease. NUCLEOSÍDEOSNUCLEOSÍDEOS são os que se assemelham aos nucleosídeos são os que se assemelham aos nucleosídeos que entram na síntese dos ácidos nucléicos.que entram na síntese dos ácidos nucléicos. Exemplos: Exemplos: – zidovudina (AZT)zidovudina (AZT) potencial de produzir potencial de produzir mielotoxicidade e miopatiamielotoxicidade e miopatia – didanosinadidanosina pode produzir neuropatia e pode produzir neuropatia e pancreatitepancreatite – zalcitabina (ddc), iamivudina (3-TC) e zalcitabina (ddc), iamivudina (3-TC) e estavudina (d4T)estavudina (d4T) INIBIDORES DA PROTEASEINIBIDORES DA PROTEASE esta é uma 3ª classe de anti-retrovirais, esta é uma 3ª classe de anti-retrovirais, relativamente mais recente. relativamente mais recente. Os inibidores da protease Os inibidores da protease agem inibindo a agem inibindo a clivagem e a modificação das clivagem e a modificação das macroproteínas virais que são os macroproteínas virais que são os precursores do capsídeoprecursores do capsídeo. . Exemplo: Exemplo: indinavirindinavir ritonavirritonavir saquinavirsaquinavirVÍRUS HERPESVÍRUS HERPES Sete tipos de herpes infectam o ser Sete tipos de herpes infectam o ser humano:humano: – Varicela zosterVaricela zoster – Herpes simples 1 e 2Herpes simples 1 e 2 – Epstein-barr (Mononucleose)Epstein-barr (Mononucleose) – CitomegalovírusCitomegalovírus – Vírus herpes humano tipo 6 (exantema)Vírus herpes humano tipo 6 (exantema) – Vírus herpes humano tipo 7 (ex súbito)Vírus herpes humano tipo 7 (ex súbito) – Vírus herpes humano tipo 8 (proposto) SK ?Vírus herpes humano tipo 8 (proposto) SK ? VÍRUS HERPES SIMPLES:VÍRUS HERPES SIMPLES: EFICAZES: EFICAZES: Aciclovir (primeira escolha).Aciclovir (primeira escolha). Ganciclovir (maior toxicidade, Ganciclovir (maior toxicidade, resistência cruzada)resistência cruzada) Valaciclovir (éster acíclico, maior Valaciclovir (éster acíclico, maior concentração sérica com VO).concentração sérica com VO). Fanciclovir e Foscarnet: Casos de Fanciclovir e Foscarnet: Casos de resistência.resistência. HERPESHERPES Todos os vírus herpes podem ser difundidos Todos os vírus herpes podem ser difundidos pela saliva, com risco de transmissão em pela saliva, com risco de transmissão em ambiente odontológico.ambiente odontológico. Infecção por herpes simples é o processo viral Infecção por herpes simples é o processo viral que mais freqüentemente acomete a região que mais freqüentemente acomete a região perioral.perioral. Até 90% das lesões herpéticas orais primárias Até 90% das lesões herpéticas orais primárias são assintomáticas. Quando se manifestam, se são assintomáticas. Quando se manifestam, se apresentam como gengivoestomatite ou apresentam como gengivoestomatite ou faringite.faringite. GENGIVOESTOMATITE:GENGIVOESTOMATITE: Menores de 5 anos, apresentam erupções Menores de 5 anos, apresentam erupções vesiculares mucosa oral, faringe e língua, vesiculares mucosa oral, faringe e língua, com dor, febre e mal estar.com dor, febre e mal estar. Duração: 10 a 14 dias.Duração: 10 a 14 dias. Após infecção primária: genoma viral Após infecção primária: genoma viral mantém-se em gânglios nervosos sensoriais.mantém-se em gânglios nervosos sensoriais. Fatores desencadeantes Herpes simples ⇛Fatores desencadeantes Herpes simples ⇛ labial recorrente.labial recorrente. Herpes simples labial Herpes simples labial recorrente:recorrente: Pequenas vesículas de paredes finas e base Pequenas vesículas de paredes finas e base eritematosa na junção mucocutânea de eritematosa na junção mucocutânea de lábios que erupcionam, formando úlceras lábios que erupcionam, formando úlceras (palato, gengivas, superfície dorsal da (palato, gengivas, superfície dorsal da língua).língua). As lesões são fontes de vírus As lesões são fontes de vírus contaminam pelo contato.contaminam pelo contato. Superfícies cutâneas podem ser infectadas: integridade rompida da pele. HERPESHERPES VÍRUS PODEM ESTAR PRESENTES NA VÍRUS PODEM ESTAR PRESENTES NA SALIVA DE PACIENTES SALIVA DE PACIENTES CONTAMINADOS, MESMO SEM A CONTAMINADOS, MESMO SEM A PRESENÇA DE LESÕES (9% das PRESENÇA DE LESÕES (9% das crianças e adultos podem disseminar crianças e adultos podem disseminar assintomaticamente)assintomaticamente) GENGIVOESTOMATITE GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA: HERPÉTICA: Uso oral ou parenteral de aciclovir: Uso oral ou parenteral de aciclovir: Diminui a duração dos sintomas Diminui a duração dos sintomas (dor/hipersalivação) e a disseminação (dor/hipersalivação) e a disseminação viral.viral. Aciclovir tópico não tem benefício Aciclovir tópico não tem benefício clínico, não sendo indicado.clínico, não sendo indicado. LESÕES LABIAIS LESÕES LABIAIS RECORRENTES:RECORRENTES: COM QUADRO AGUDO, TRATADOS COM COM QUADRO AGUDO, TRATADOS COM ACICLOVIR, TEM SEU TEMPO DE DOR ACICLOVIR, TEM SEU TEMPO DE DOR REDUZIDO (13 P/ 9 DIAS), FORMAÇÃO DE REDUZIDO (13 P/ 9 DIAS), FORMAÇÃO DE CROSTAS (13,5 P/ 9 DIAS) E CURA DAS CROSTAS (13,5 P/ 9 DIAS) E CURA DAS LESÕES (20 P/ 14 DIAS).LESÕES (20 P/ 14 DIAS). Em herpes labial o uso local de aciclovir não Em herpes labial o uso local de aciclovir não é indicado por ser ineficaz e propiciar é indicado por ser ineficaz e propiciar seleção de cepas resistentes.seleção de cepas resistentes. Terapia oral com aciclovir (400 mg, 5 dias) Terapia oral com aciclovir (400 mg, 5 dias) mostra pequeno benefício quando indicada mostra pequeno benefício quando indicada precocemente em casos de resistência.precocemente em casos de resistência. VARICELA ZOSTERVARICELA ZOSTER Varicela: manifestação da doença em Varicela: manifestação da doença em indivíduo não imunizado (nunca exposto), indivíduo não imunizado (nunca exposto), enquanto o Zoster representa a reativação enquanto o Zoster representa a reativação do vírus latente em hospedeiro parcialmente do vírus latente em hospedeiro parcialmente imunizado.imunizado. Transmitido por contato ou perdigotos, Transmitido por contato ou perdigotos, altamente contagioso – 67-87% altamente contagioso – 67-87% susceptíveis.susceptíveis. A infecção primária por varicela-zoster A infecção primária por varicela-zoster quase sempre leva a doença clínica, quase sempre leva a doença clínica, caracterizada como varicela, com incubação caracterizada como varicela, com incubação de 14-15 dias.de 14-15 dias. VARICELA ZOSTERVARICELA ZOSTER Lesões vesiculares intraorais são comuns, Lesões vesiculares intraorais são comuns, podendo ser o primeiro sinal da doença.podendo ser o primeiro sinal da doença. Após infecção primária, o vírus fica latente Após infecção primária, o vírus fica latente em gânglios da raiz dorsal da medula em gânglios da raiz dorsal da medula espinhal ou nervos sensitivos cranianos.espinhal ou nervos sensitivos cranianos. REATIVAÇÃOREATIVAÇÃO: Erupções vesiculares em pele : Erupções vesiculares em pele e mucosas supridas pelo gânglio sensorial e mucosas supridas pelo gânglio sensorial afetado.afetado. HERPES ZOSTERHERPES ZOSTER – Geralmente é unilateral afetando de 1-3 Geralmente é unilateral afetando de 1-3 dermátomos.dermátomos. – Predomina nas regiões torácica e lombar.Predomina nas regiões torácica e lombar. – Lesões faciais, orais e cervicais são Lesões faciais, orais e cervicais são comuns.comuns. – LESÕES INTRAORAISLESÕES INTRAORAIS: Acometem : Acometem superfície mucosa, de distribuição superfície mucosa, de distribuição unilateral. Precedidas por dor, unilateral. Precedidas por dor, aparentemente de estruturas dentárias.aparentemente de estruturas dentárias. VARICELA ZOSTER:VARICELA ZOSTER: Imunocompetentes geralmente são Imunocompetentes geralmente são acometidos após 60 anos de idade.acometidos após 60 anos de idade. Varicela em crianças normais – cura Varicela em crianças normais – cura espontânea.espontânea. Em adultos: doença mais grave.Em adultos: doença mais grave. Aciclovir utilizado nas primeiras 24 Aciclovir utilizado nas primeiras 24 horas após aparecimento das horas após aparecimento das erupções, diminui a intensidade dos erupções, diminui a intensidade dos sintomas e a duração da febre.sintomas e a duração da febre. HERPES ZOSTERHERPES ZOSTER Em imunocompetente é autolimitado.Em imunocompetente é autolimitado. Sintomas: Desconforto / dor aguda Sintomas: Desconforto / dor aguda intercostal / neuralgia pós-herpética.intercostal / neuralgia pós-herpética. AciclovirAciclovir oral ou EV – Melhora oral ou EV – Melhora sintomas, principalmente em idosos, sintomas, principalmente em idosos, febris, e aqueles com dor à menos de febris, e aqueles com dor à menos de 4 dias.4 dias. HERPES ZOSTERHERPES ZOSTER Benefício do tratamento é maior com menos Benefício do tratamento é maior com menos de 48 horas de erupção.de48 horas de erupção. Maioria sem necessidade de tratamento, Maioria sem necessidade de tratamento, principalmente com mais de 72 horas de principalmente com mais de 72 horas de erupção e comprometimento de somente erupção e comprometimento de somente um dermátomo.um dermátomo. Administração oral é indicadaAdministração oral é indicada:: Em disseminação cutânea (+ de 15 lesões além dos Em disseminação cutânea (+ de 15 lesões além dos dermátomos primário e adjacentes).dermátomos primário e adjacentes). Dor muito intensa desde o início.Dor muito intensa desde o início. Maiores de 60 anos com patologias subjacentes.Maiores de 60 anos com patologias subjacentes. Caso Clínico 2:Caso Clínico 2: Paciente de 1a e 6 ms de idade foi Paciente de 1a e 6 ms de idade foi levado pela mãe ao dentista levado pela mãe ao dentista para consulta por presença de para consulta por presença de lesões em boca além de febre, lesões em boca além de febre, inapetência, irritabilidade e inapetência, irritabilidade e prostração há 5 dias. Ao exame prostração há 5 dias. Ao exame físico intra-bucal notaram-se físico intra-bucal notaram-se lesões ulceradas em dorso de lesões ulceradas em dorso de língua de aproximadamente língua de aproximadamente 3mm de diâmetro recobertas 3mm de diâmetro recobertas por pseudomembrana por pseudomembrana esbranquiçada e delimitado por esbranquiçada e delimitado por halo eritematoso. Eritema halo eritematoso. Eritema gengival intenso também era gengival intenso também era observado. Dê o diagnóstico e a observado. Dê o diagnóstico e a conduta terapêutica (na forma conduta terapêutica (na forma de receita)de receita) Caso Clínico 3:Caso Clínico 3: Identificação:Identificação: Paciente feminina, 13 anosPaciente feminina, 13 anos H.D.A.: H.D.A.: Há 2 semanas a paciente Há 2 semanas a paciente observou dor do tipo queimação observou dor do tipo queimação em hemi-face esquerda. em hemi-face esquerda. 3 dias após, ocorreu rash 3 dias após, ocorreu rash cutâneo. No dia seguinte, cutâneo. No dia seguinte, surgiram grupos de bolhas de surgiram grupos de bolhas de conteúdo fluido, transparente, na conteúdo fluido, transparente, na hemi-face esquerda. O conteúdo hemi-face esquerda. O conteúdo das bolhas então modificou-se, das bolhas então modificou-se, tornando-se purulento. tornando-se purulento. 1)1) Qual o provável diagnóstico?Qual o provável diagnóstico? 2)2) Qual deve ser a sua abordagem Qual deve ser a sua abordagem terapêutica?terapêutica? ANTIFÚNGICOS EM ODONTOLOGIA INTRODUÇÃO Os fungos são microganismos de estrutura mais complexa que as bactérias – SERES EUCARIONTES A parede celular constitui-se por polímeros sólidos, que resiste ao ataque dos antibióticos Por isso, para combater os fungos é necessário o uso de agentes específicos chamados: ANTIFÚNGICOS Dificuldade de desenvolvimento devido algumas semelhanças celulares com os seres humanos CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS 1. Patogênicos >>> Infectam hospedeiro hígido Ex: Blastomicose; Histoplasmose; Coccidiodomicose; Esporotricose; Pararcoccidiodomicose 2. Oportunistas >>> fazem parte da flora endógena humana Ex: Candida; Aspergillus; Criptococcus FUNGOS Odontologia os mais comuns são do gênero Candida, especialmente a Candida albicans (comensais em 30 a 60% dos indivíduos sadios) Vários fatores podem influenciar para que fungos oportunistas (comensais) desenvolvam infecções nos seres humanos Fatores predisponentes para infecções fúngicas Deficiência Nutricional Neutropenia Imunodeficiências primária e adquirida Câncer Diabete Melitus Corticoterapia crônica Radioterapia Uso de antibióticos Xerostomia Mucosite Próteses mal adptadas ANTIFÚNGICOS As cândidas representam um reservatório de fungos na cavidade oral, devendo ser tratadas principalmente em pacientes imunodeprimidos, como os aidéticos ANTIFÚNGICOS Mecanismos de ação Imidazólicos e nistatina agem através do BLOQUEIO DA SÍNTESE do ergosterol, levando a deficiência na membrana celular, com alteração de permeabilidade e morte celular. Triazólicos agem além do mecanismo anterior, através da inibição do citocromo P450 na célula fúngica. ANTIFÚNGICOS COMPOSTOS IMIDAZÓLICOS SÃO A PRIMEIRA ESCOLHA EM MICOSES CUTÂNEAS E DE MUCOSAS Os azólicos agem de forma seletiva, inibindo uma enzima específica fúngica, tendo assim menores efeitos adversos 1. Eficazes e pouco tóxicos 2. Geram baixos níveis de resistência 3. Têm baixo custo Agentes Antifúngicos Fármacos poliênicos: Anfotericina B; Nistatina; Flucitocina; Griseofulvina Fámacos Imidazólicos (década de 70): Cetoconazol; Clotrimazol; Econazol e Miconazol Fármacos Triazólicos (década de 80): Fluconazol e Itraconazol Anfotericina B Produzida pelo Streptomyces nodosus Agente fungicida Mecanismo de ação (LIGAÇÃO ao ergosterol e ao Colesterol – maiores efeitos colaterais) Estimula a função dos macrófagos do hospedeiro Farmacocinética Absorção oral ruim, IM tóxica. Usada via EV Meia-vida de 15 dias Excreção renal e biliar Concentração sérica não é alterada por insuficiência renal ou hepática Indicações e Resistência Histoplasmose Coccioidomicose Paracoccidioidomicose Criptococose Aspergilose Meningite por algas e amebas de vida livre Leishmaniose Esporotricose Micose de Jorge Lobo Cladosporidiose Candida krusei* Candida parakrusei* Candida lusitaneae* Candida albicans* Candida tropucalis* Fusarium* C. neoformans* *resistência adquirida Anfotericina B Em infecções sistêmicas >> via Intravenosa Em infecções locais >>>>> creme à 3%, pomada ou loção > ( tratam: Candida ) Efeito colaterais: a administração local não possui alterações significativas, já a administração sistêmica possui muitos efeitos indesejados Efeitos Colaterais Flebite - associar com hidrocortisona Mal estar, calafrio, febre durante a infusão - fazer pré medicação com paracetamol Cardiotoxicidade - miocardite, arritmias, hipotensão arterial Anemia por diminuição da eritropoietina renal e hemólise Leucopenia, plaquetopenia Anafilaxia Hipocalemia, hipomagnesemia Nefrotoxicidade NISTATINA Estrutura semlhante a Anfotericina B Fungicida Insolúvel em água Espectro de atividade (Candida, Histoplasma, Cryptococcus, Blastomyces) Mecanismo de ação semelhante à Anfotericina B A maior parte da droga aparece de forma inalterada nas fezes NISTATINA Não deve ser administrada por via parenteral, e sim por via oral Útil principalmente no tratamento da Candidose Efeitos adversos tolerados, porem possui gosto amargo CETOCONAZOL Único composto antifúngico imidazólico usado por via sistêmica rotineiramente Espectro de ação amplo (Histoplasma, Coccidioides, Paracoccidiodes, Cladosporium, Phialophora, Blastomyces e Aspergillus) Possui propriedades semelhantes ao do miconazol, entretanto, é menos tóxico e, ao contrário do miconazol, é absorvido no trato gastrointestinal (meio ácido) - antiácidos e anti-histamínicos reduzem sua absorção CETOCONAZOL Disponível de forma sistêmica (VO - Nizoral®, 200 à 400 mg) e na forma tópica (creme à 2 %) Metabolizada no fígado e excretada principalmente através da bile Eficaz no tratamento de candidose oral em pacientes aidéticos Efeito adversos: náusea e vômito Interfere na esteroidogênese e pode levar a hepatite fulminante MICONAZOL 1° agente imidazólico aprovado para uso tópico e parenteral Via local de administração (creme de nitrato de miconazol 2%) Dactarin® - trat: candidose cutânea Via sistêmica (parenteral) - trat: coccidiodomicose, paracoccidiodomicose, criptococose, candidose sistêmica e mucocutânea Efeitos adversos raros (náusea e vômito)CLOTRIMAZOL Agente Imidazólico de uso local Espectro e o mecanismo de ação semelhantes ao do Cetoconazol Tratamento da candidose oral - utilizada em forma de pastilha (10 mg) - 5 x ao dia -14 dias Sabor agradável e alta eficiência em HIV+ com Candida Cuidado em pacientes com risco de hepatotoxicidade (alcoólatras) ITRACONAZOL Triazol insolúvel em água Amplo espectro de atividade (paracoccidiodomicose, blastomicose, aspergilose, histoplasmose e esporotricose) Efeito clínico mais rápido Bem absorvido pelo trato digestivo (adicionar às refeições) Forma farmacêutica: cápsula (pouca biodisponibilidade) Efeitos adversos: náusea e vômito FLUCONAZOL Insolúvel em água; Atividade antifúngica eficaz em imunocompetentes e imunocompromissados; Atividade semelhante ao Cetoconazol; Eficaz na candidose orofaríngea, na blatomicose e histoplasmose; Pequeno espectro de ação; Dose diária de 100 a 200 mg/vo; Bem absorvido pelo trato digestivo; Infecções fúngicas intraorais Paracoccidiodomicose Aspergiloses Histoplasmose Candidíase Mucormicose Criptococose CANDIDOSE São os fungos mais encontrados na mucosa oral e pertencem ao gênero Candida albicans, existindo como comensais no meio oral Pode ser tratada com medicações tópicas. Aguda ou crônica. Algumas ocasiões são necessárias drogas sistêmicas. Apresenta-se de diferentes formas, causando sensação de queimação, dor, halitose, disgeusia e disfagia. Causas de aumento do risco de candidose oral Uso de antibióticos Tabagismo Má higiene oral Lesões orais de natureza diversa Dieta rica em carboidratos Extremos de idade Gestação TRATAMENTO - HIV+ SISTÊMICA: Cetoconazol- 200 a 400 mg/dia Fluconazol- 50 mg/dia ou 150 mg (dose única) Itraconazol- 50 a 100 mg/dia (caso de resitência) LOCAL: Anfotericina B (pastilhas) Nistatina (VO. - 400 a 600.000 UI) Tratamento - Normal Higienização da cavidade oral Higienização da prótese dentária, com eventual substituição da mesma Hidratação Nistatina: 2 a 3 ml de suspensão contendo 100.000 unidades/ml de Nistatina - bochechos 4x ao dia, perdurando por cerca de 2 a 10 dias dependendo da eliminação dos sintomas Cetoconazol- 200 mg/dia por 7 dias (VO) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70
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