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AULA 4: 
Marés e Correntes 
Patrícia Dalsoglio Garcia 
ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE 
 Disciplina: Portos, Rios e Canais II 
DEFINIÇÃO 
• São variações (subida e descida) periódicas do nível do mar 
que se repetem com períodos longos 
• junto a costa é possível observar subidas (enchente) e 
descidas (vazante) do nível do d’água em direção a praia ao 
longo do dia 
 
DEFINIÇÃO 
Movimentos 
do Mar 
Semi – 
Permanentes 
(Correntes 
marítimas) 
Ondulatórios 
(Ondas e 
marés 
astronômicas) 
Periódicos: 
Ondas de 
oscilação - devido 
ao vento 
Ondas progressivas: 
reproduzem-se no tempo 
e espaço (Ondas de 
gravidade) 
Ondas estacionárias: 
reproduzem-se no 
tempo (Seiches) 
Não periódicos: 
Ondas de 
translação – marés 
astronômicas 
IMPORTÂNCIA 
• Fixação de cotas das obras de atracação, obras de 
proteção (quebra-mares) e fundos das bacias de 
manobras e canais de acesso 
• Regime dos litorais 
Porto do Malhado em Ilhéus 
(BA). 
Terminal Portuário Inácio Barbosa da CVRD 
em Barra dos Coqueiros (SE). 
DEFINIÇÃO 
Marés 
Astronômicas 
• Provocadas pela ação dos astros, principalmente 
Lua e Sol 
• periódica e previsível 
• período usual de 12,42 horas (semi-diurna), 
correspondendo portanto a uma onda de longo 
período 
Metereológicas 
(condições meteorológicas podem alterar 
consideravelmente a altura e horário de uma 
determinada maré - ressacas) 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Forças geradoras (Newton): 
– Força gravitacional: Apesar da Lua ser menor que o Sol, a 
influência da Lua é maior por estar mais próxima da Terra. 
– Força centrífuga: mantém o sistema Terra- Lua em 
equilíbrio 
 
A composição dessas duas forças nos diversos pontos do oceano é a 
maior responsável pela formação das marés. 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Sizígia : Luas cheia e nova (maiores amplitudes da maré) 
• Quadraturas: Quartos crescente e minguante (menores amplitudes 
de maré) 
• Equinócios: O Sol e a Lua encontram-se no melhor alinhamento, 
ocorrendo as máximas marés denominadas sizígias equinociais (a 
cada 6 meses) 
 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Sistemas de pontos anfidrômicos 
 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Níveis de referência 
– Nível máximo: máximo histórico atingido 
– Nível mínimo: mínimo histórico atingido 
– Nível médio: média dos níveis observados 
– Nível de redução: média das maiores baixa-mares de sizígia – 
referência das cartas náuticas 
 
Relação entre os diversos 
níveis verticais 
empregados no Porto de 
Santos 
 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Tipos de marés em função do seu período 
– Maré diurna: período de 24h50’28” 
– Maré semi-diurna: período de 12h25’14” 
– Maré mista: ocorre com os períodos 
 
MARÉS ASTRONÔMICAS 
• Previsão 
– A partir de um período de 
observações é feita uma 
análise harmônica 
calculando-se as 
componentes harmônicas 
para o local de previsão 
– No Brasil: feita pela 
Marinha do Brasil e editada 
anualmente através das 
Tábuas de Marés 
 
MARÉS METEREOLÓGICAS 
• Variação acidental do nível do mar 
• Não previsível 
• Função de fenômenos metereológicos (ventos, pressão, ...) 
• Sobre-elevação do nível médio do mar 
• O vento pode represar a maré, ou reduzi-la e as pressões 
atmosféricas também podem sobrelevar o nível (pressão baixa) ou 
rebaixá-lo (pressão alta). O efeito combinado de ventos com baixas 
pressões corresponde às marés meteorológicas positivas, que 
constituem ameaça de inundação para as áreas costeiras mais 
baixas. O efeito oposto é conhecido como maré meteorológica 
negativa, sendo problemático em águas rasas para a navegação 
• Na costa brasileira a influência dos efeitos meteorológicos é 
decrescente do Rio Grande do Sul até o sul da Bahia 
 
VARIAÇÃO DO NÍVEL DO MAR 
• O nível médio do mar sofre oscilações de longo período, 
documentadas pelas evidências geológicas 
• NA última grande glaciação Quaternária o nível médio do mar 
sofreu regressão de mais de 100 m, enquanto na máxima 
transgressão holocênica (conhecida como Transgressão Cananéia 
no Estado de São Paulo) atingiu cerca de 5 m acima do nível médio 
do mar atual 
• oscilações podem resultar de efeito eustático, por variação do 
volume das águas nos oceanos, e/ou tectônico 
• Estudos do IO/USP (mais de 40 anos de registros): a subida do 
nível médio do mar com taxas de: 
– 0,4 cm/ano - Cananéia 
– 0,1132 cm/ano - Santos 
– 1,3 cm/ano - Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara, como a maior 
conhecida na Costa Sudeste do Brasil 
CORRENTES 
MARÍTIMAS 
INTRODUÇÃO 
• são movimentos de translação da água do mar com 
predominância das componentes horizontais da 
velocidade e caráter semi-permanente (velocidades 
variam pouco com o tempo). 
IMPORTÂNCIA 
• Exercem influência no clima, nos recursos de pesca, na 
morfologia costeira, na poluição, na navegação, etc.. 
 
Forças que 
atuam nas 
correntes 
Forças 
externas 
Ventos 
Atrações 
astronômicas 
Forças 
internas 
gravidade 
Densidade da 
massa líquida 
Forças 
induzidas 
Rotação da Terra 
Atrito interno 
Atrito no fundo 
TIPOS 
Correntes 
marítimas 
Circulação geral dos oceanos: Tem origem nas 
diferenças de temperatura que geram ventos regulares 
e gradientes de pressão devido às diferenças na 
densidade da água. 
Circulação litorânea: 
São as correntes de 
submergência ou 
ressurgência. Água mais 
profunda fria e rica em 
nutrientes é levada para 
a superfície. Ex Cabo 
Frio. 
Correntes de 
maré: originadas 
pelas variações do 
NA devido às 
marés 
Correntes de deriva: 
Ação do vento na 
superfície que arrasta 
as partículas líquidas 
Correntes de 
gradiente: Surgem 
pelas diferenças da 
densidade da água 
do mar